Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 3
Capítulo 3- Cidade das Antas - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esse é um capítulo intermediário, para deixá-las curiosas com o que vem a seguir, pensei em postar tudo junto, mas como ontem não postei decidir dividir em duas partes e terminar de escrever no próximo capítulo. Esse não está como os outros, mas prometo compensar com o próximo, juro. Se não gostarem comentem que eu volto a fazer como antes. Beijos e obrigada pelos comentários. :)



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Ao chegarem a casa de Pedro Falcão e Dona Tê, o casal entrou, cumprimentou o casal que estava na sala de jantar tomando o café da manhã, sentaram-se a mesa e começaram também a tomarem seus cafés.

_oi pai, oi mãe!

_ Oi seu Pedro, Dona Tê!

_ Bom dia procês tumbém. Responderam os pais de Gina. _ Como passaram a noite? Perguntou Dona Tê curiosa.

_ Bem, mãe. Mior impossíver.

Dona Tê arregalou os olhos com a afirmação da filha ao imaginar a noite de núpcias dela.

_ Intonce coma muito bem pra repor as força. Dizia Dona Tê.

No momento em que Dona Tê disse isso, Gina e Ferdinando se olharam com um pouco de vergonha do comentário dela e deram um sorrisinho um para o outro, como se tivessem confirmando um para o outro, que deveriam mesmo repor as energias, pois também teriam um longo dia lá nas Antas.

O silêncio pairava na sala de jantar, até que Gina disse:

_ Ô mãe, pai, nós vai agora lá nas Antas, e quando nós vortar, vamos lá na casa do coronér pra mó de pegar as ropas do Nando e trazê pra cá, ta bão?

_Ué fia, ocê num vai morar lá na casa do amigo Epaminondas?

_ Não, já cunversei cum Nando e ele e ieu vamo morar por cá, purque ieu num quero morar cum pai dele e o Nando aceito morar aqui.

_ Tá bão fia, mas nós vai ter que arrumar o quarto procês ficar.

_ Ô mãe, num carece de ficar tão preocupada, a cama de casar nós já tem só tem que trazê pra cá e minha ropa pode ficar no quarto que era meu e a do Nando, no nosso quarto.

_ É sim Dona Tê, a gente não quer dar ninhum trabaio procês.

_ Num é trabaio ninhum, não Nandinho, nós inté que ta filiz que vai ter nossa fia perto di nós.

_ É verdade, mãe. Ieu inté que gostei da nossa fia ficar cum nós mais o Nando aqui em casa.

Eles não sabiam, mas Gina e Nando não estavam tão preocupados com o quarto, pois não pretendiam ficar lá por muito tempo, então terminaram de tomar o café em silêncio.

_ Bão, com licença, ieu vou mudar de ropa pra mó de nós ir lá nas Antas, Nando.

_ Tá bão, meu amor.

_ Mas o que ocês dois vão fazê lá nas Antas.

_ Ah, Dona Tê, nós vamos passear um pouco por lá, fazer argumas comprinhas, namorar um pouco, quem sabe nós num fica por lá hoje e amanhã nós vorta.

Ferdinando adorava provocar a sogra,por isso disse aquilo, “mas inté que tive um ótima ideia, ficar mais tempo a sós com ela, sem a interferência deles, seria ótimo, vou falar com a Gina, dispois”.

Gina desceu as escadas vestida com o primeiro vestido que Nando lhe dera, maquiada, pois agora não precisava mais da ajuda de Juliana para se arrumar, fazia tudo sozinha agora.

_ Vamo, frang ..., digo Nando.

_ Vamos, meni... digo Gina.

Ambos riram da provocação, pois Gina falou sem querer, mas Nando falou para provocar, porque ele não gostava de ser chamado assim na frente de outras pessoas, mas não se importa de ser chamado assim em outras ocasiões, pelo contrário adorava. E assim foram em direção a estação de trem da Vila.

Ao chegarem as Antas, já estava na hora do almoço, ambos estavam com muita fome e decidiram entrar num restaurante de comida caseira da capital, que Nando conhecia bem, então ele falou:

_ Ali Gina, tem cada comida boa da capital onde eu estudei, ocê quer provar algo de lá cumigo?

_ E a cumida é boa mermo?

_ É sim, deliciosa!

_ Intão vamo, que cum a fome que ieu tô, ieu como inté pedra.

Eles entraram no restaurante, sentaram Nando pegou o cardápio para escolher o prato, deu uma olhada para Gina e falou:

_ Gina, ieu vou escolher um prato delicioso, que ieu adorava quando tava na capital, ele é bem fácil de cumer, pois num quero que ocê se enrole e jogue a cumida pra fora do prato igual no nosso noivado, meu amor.

_ Um, ieu ia fazê u que? Ficá com fome, e pelo que ieu sabia, nós come leitão a pururuca cum as mão, ieu só fiz o que ieu sabia, fique ocê sabendo.

_ Carma, ieu só fiz um comentário, mas ieu vô pedi um prato que ocê num precisa de garfo e faca pra cortar nada, apenas o garfo pra cumer normalmente como ocê sempre faz.

_ Ata.

Nando, não queria cutucar a onça com vara curta, então deu essa desculpa, pois não queria ver sua mulher sujando a mesa toda igual ao noivado, ele iria ensiná-la muitas coisas e uma delas era comer com garfo e faca, assim como ela também iria ensiná-lo muitas coisas .

Ele fez um sinal com a mão para chamar o garçom, este que veio rapidamente.

_ Boa tarde, o que desejam pedir, senhores?

_ Sim, ieu quero dois pratos de estrogonofe de frango, com arroz e batata palha e guaraná, pro dois.

_ Sim senhor, já trago os pratos.

_ Obrigado.

Gina não entendendo o pedido perguntou:

_ Estrogo o quê? Isso é algo estragado, e batata palha, purque, é feita de palha?

_ Háhá, não Gina, estrogonofe de frango, é frango picadinho com um molho cremoso, e batata palha tem esse nome, purque ela é frita em pedacinhos bem pequenos e fininhos, acho. Disse Nando não muito convicto.

_ Ata, então purque num fala o nome da cumida, assim que nem ocê me falou, tem que colocar um nome estranho, ieu nunca que ia pidir um troço desse, parece que a cumida é istragada, cum esse nome.

_ Háháhá, ah Gina só ocê mesmo, pra me fazer rir, mas ocê vai gostá. Disse ele pegando a mão da amada e dando um beijo carinhoso na mesma.

O garçom veio prontamente com os pedidos, entregou os pratos de cada um e servindo os guaranás nos copos de ambos.

_ Obrigado.

Gina encarou o prato, viu que não estava com uma cara feia e decidiu provar, Nando queria ver a reação de Gina ao provar o prato, então não tocou na comida dele, até ela provar. Ela pegou uma garfada com um pouco de cada comida do prato e comeu. Mastigou e disse.

_ Um. É bão mesmo, Nando

_ Ieu num lhe falei minha cara? Ocê tem que cunfiar um pouco mais neu.

_ Ieu cunfio nocê.

E assim, continuaram comendo, e saboreando o prato que Nando escolhera.

_ Gina, sabe no quê que ieu tava pensando?

_ U quê?

_ Da gente ir daqui para o hospital falar cum Renato, dispois ir passear comprar mais vestidos procê e ficar por cá inté amanhã, nós dorme num hotel essa noite. O que ocê acha?

_ Ah Nando, ocê sabe que ieu num gosto de fazê compra.

_ Mas ieu quero comprar mais vestidos procê, menininha, num quero ocê andando com os mesmos vestidos.

_ Intão ta bão, mas num preciso de muito, purque ieu num sô muito de usar essas coisa, só pra sair.

_ Tudo bem, que tal uns dois?

_ Tá.

_ Mas purque que ocê quer durmi em um hotel? Pensei que nós ia vortar pra casa hoje.

_ Ieu quero ficar cum ocê mais tempo suzinho, sem ninguém por perto, pra gente continuar nossa lua de mer suzinhos, sem ninhum arguem pra nos atrapaiar. Disse Nando com um sorriso malicioso nos lábios.

O último comentário de Nando fez Gina corar só de lembrar das coisas da noite passada e dar um sorriso pequeno de canto de boca. Então continuaram comendo e saboreando seu prato em silêncio, e quando os dois tinham acabado de comer, Nando falou:

_ Podemos ir, Gina?

_ Sim.

Nando fez um sinal para o garçom, pedindo a conta. Em seguida, ele veio trazendo a mesma, Nando pagou e foi embora de braço dado com Gina, pois agora não era preciso nem pedir, ela mesmo já colocava o braço entre o braço dele, o que ele adorava, e foram indo em direção ao Hospital das Antas.


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