A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas! Beleza?
Olha... eu sinceramente não tenho nada a dizer .-. *criando alguma coisa para dizer nesse exato momento...* LOADING °°° Ah, já sei! Bem, que tal eu criar uma outra brincadeira? (Não, Larissa... Não ¬¬) Realmente eu não sei o que fazer de "legal" com essa fic. Sinto que ela está para terminar daqui alguns capítulos - sabem por quê? Porque o ano deles estão acabando ;~;
Ok, chega de conversa.
Bora lê~



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– Ahh, finalmente as apresentações dos clubes terminaram, não acha bom? – disse espreguiçando-me com os braços levantados para cima.

Eu havia ido com o Tatsuo comprar algumas bebidas para nós para assistir o Hayato jogar. Tatsuo não havia respondido a minha pergunta, então eu cutuquei seu braço fazendo-o imediatamente olhar para mim.

– Está tudo bem? – disse eu.

– Ah, sim.

Encarei-o.

– Sei que há alguma coisa te incomodando, o que é?

– Não há nada. Vamos logo comprar as bebidas.

Não queria discutir e também nem forçar a barra. Achei melhor esperar que ele me contasse o que houve no tempo dele. Ao chegar à máquina de bebidas, demos sorte: não havia ninguém. Eu acabei decidindo pegar duas garrafas d’água e duas latinhas de refrigerante soda.

– Ayumi...? – Tatsuo me chamou. Senti hesitação em sua fala. Virei-me.

– Oi?

– Você... Você teve assim... Algum sonho estranho ultimamente? - Espantei-me. Acho que com minha reação o Tatsuo tentou amenizar o choque de sua pergunta. – Nossa, que pergunta mais estranha, não? – ele deu umas risadas constrangidas virando o rosto para o lado e colocando a mão atrás da cabeça. Típico dele.

– Não sei o que é mais estranho, você me fazer essa pergunta ou você adivinhar o que eu estou sonhando esses dias. – vi Tatsuo se espantar também, mas depois voltando ao seu físico “normal”.

– Seus sonhos, digamos que são... Pesadelos? – perguntou ele.

– Sim! Enfim... Dos sonhos que tive, lembro-me de um claramente. Realmente era apavorante! Um deles foi bem mais aterrorizante; não gosto de lembrar.

– Não tem problema você não falar.

– Não, sem problemas. Esse sonho eu senti na pele... Sonhei que eu estava amarrada e vendada em algum lugar escuro. Depois uma voz que eu não consegui identificar acabou falando comigo. Acho que a mesma pessoa dona dessa voz tocou piano. Ela acabou falando palavras como “será um processo mais rápido do que tocar uma melodia em um piano”, alguma coisa assim e eu escutei o barulho de uma faca e uma respiração forte próxima ao meu rosto.

– Se lembra de mais alguma coisa?

– Não... Lembro-me que depois disso que acordei suando.

– Estranho... Eu também tive sonhos estranhos, mas ocorreu em alguma escola. Não tenho certeza se foi a nossa. Um dos meus primeiros sonhos foi de eu ter avistado uma garotinha, se não me engano era uma estudante do Ensino Fundamental tocando piano, a música ainda infantil: Brilha, Brilha Estrelinha. Esse sonho acabou se transformando e essa garotinha apareceu deitada no chão chorando. Quando eu me aproximei dela, eu toquei seu ombro e virei-a para mim. Estava sem seus olhos e seus dedos estavam arrancados. Larguei a menina imediatamente e olhei ao meu redor. Eu vi que tinha uma faca e ao lado os dedos da garota em cima de folhas, que eram na verdade partituras. A música não consegui saber qual é porque estava ensopada de sangue. Nem sei como soube que era uma partitura.

– Jesus, José, Maria e Santo Mamoru. Seus pesadelos foram piores que os meus. – senti um arrepio na espinha e coloquei a mão em minha boca.

– Eu não sei... Ayumi, falarei algo sério agora. Não sei se você acredita nisso, mas eu sim.

– Em quê? – virei minha cabeça e acho que ele percebeu um ponto de interrogação enorme saindo dela.

– De que mortos podem falar com você através de sonhos ou visões.

– É... Bem... – peguei uma mecha do meu cabelo e comecei a alisar. Senti meu bolso vibrar e vi que era uma mensagem da Naomi. Li a mensagem – A Naomi quer saber o motivo da demora.

– Ué, fala para ela que há uma fila enorme na máquina de bebidas.

– Mentir?

– Não. Só vamos falar uma frase que não é verdade. E você é mestra em mentiras

– E isso é mentira.

– Está falando outra mentira... – ele deu um sorriso malicioso arqueando uma sobrancelha. – Ah, dê-me isso aqui – ele tirou o celular da minha mão e começou a escrever, depois me devolveu.

– “Estamos ocupados agora discutindo se o Tatsuo realmente me engravidou.” – demorou a cair à ficha para mim. – O QUÊÊÊÊ??!! – eu gritei fechando o celular. Tatsuo começou a rir.

– Você fica hilária vermelha – ele limpou uma gotinha de lágrima em seu olho esquerdo.

– Isso não tem graça – eu resmunguei apagando a mensagem e mandando uma mensagem descente à minha amiga: “Há uma fila enorme aqui. Já estamos a caminho.”

No caminho, ficamos um bom tempo sem nos falar, quando eu decidi puxar assunto.

– Ei, Tatsuo, você acha que algum morto pode estar querendo falar conosco?

– Talvez. – ele sibilou. - Não entendo de mortofologia.

– Morto... – tentei repetir. - Ei! Não invente verbos!

– Okay, okay...

Ao chegarmos à quadra, Nao-chan estava limpando sua flauta, acabei dando uma garrafa d’água pra ela e nos sentamos juntos a ela. O Tatsuo acabou mandando a coitada ir procurar o Hayato, e ela foi. Assim que ela saiu, veio aquele silêncio que mais me irrita no mundo todo. Tentei puxar assunto novamente.

– Então... Dês de quando você e o Hayato são amigos?

– Se não me engano dês do fundamental.

– Bacana isso...

– Não quando ele sempre trazia problemas para você. - Olhei um pouco confusa para ele. – Já teve várias vezes em que o Hayato me colocava em situações bem constrangedoras. Um exemplo que eu ainda tenho vontade de dar uns tabefes naquela nuca é que quando estávamos fazendo um passeio, na hora do lanche, a professora começou a gritar desesperada “Aqui tem um rato! Um rato!” – ri quando ele afinou a voz e gozou da voz da professora. – Todo mundo acabou correndo. Depois a professora acabou me chamando para conversar, e eu fui. Ela acabou dando sermões falando que não pode colocar ratos nas saias ou pés dos professores e tudo mais. Eu tentei me defender falando que não era meu aquele rato e a professora me mostrou que a caixinha onde o rato estava, havia uma fita escrita com o meu nome. Naquele momento eu olhei para a porta e vi o Hayato piscando um olho para mim e fazendo um sinal positivo com o polegar e sorrindo. Ele percebeu a minha fúria e depois juntou as mãos como se fosse para rezar e disse algo como “segura essa para mim, Tat-kun!”.

Eu comecei a rir.

– Do que você está rindo? – disse ele um pouco vermelho nas bochechas.

– Só imagino a sua cara de poker face e a cara-de-pau do Hayato na salinha! Ai, coitado de você! – continuei a rir.

– Vou te dar motivos para rir.

– Ein? – eu parei na hora, onde Tatsuo acabou colocando as latinhas de refrigerante no chão e me atacou com cócegas na barriga derrubando-me na arquibancada. – TATSUO! PARA!! AH! SOCORRO! – entre risos e escândalos ele continuava a zombar de mim. – CHEGA! – disse séria depois de pegar um pouco de fôlego. Vi várias pessoas passarem pela arquibancada olhando para nós.

Ele se separou de mim pegando as latinhas novamente e se ajeitou na arquibancada. Tenho certeza que eu estava vermelha. Por motivos claros: sem ar, vergonha por ter feito essa brincadeira idiota em público, e por ter sido ele que fez isso. Depois de um tempo aparece a Naomi mais pálida do que ela já é.

– Naomi! Tudo bem?

– Ah, c-claro. Por que não estaria? – ela perguntou.

– Hmm... Entendi. O que aconteceu lá, hein? – disse eu provocando a menina um pouco a cutucando na anca com o cotovelo. – Aposto que você viu uma porrada de moleques... Sem camisa... Com aqueles corpos bem definidos e molhados depois de uma boa ducha...

Senti a Naomi passar um paninho delicado e branco com rendinhas em lilás na ponta no canto da minha boca. O jogo acabou sendo bem emocionante, o Tatsuo chamou seu amigo de “gazela” e pediu uma enterrada, onde o Hayato concedeu o pedido e ganhando o jogo. No final, fomos falar com o Hayato e decidimos ir à Casa do Terror – na verdade eu decidi.

A Naomi não queria ir, mas o Hayato a convidou e eu não perdi oportunidade e disse que nos encontrávamos lá. Puxei o Tatsuo comigo para deixa-los a sós. Andamos um bom trajeto até chegar à Casa do Terror.

– Vamos entrar – disse eu ansiosa esperando um casal sair da casa. – Você não sente um frio na barriga?

– Náh...

Náh...? Ele estava tranquilo demais para mim '-' Assim que o casal saiu, esperamos uns minutos (talvez para o pessoal arrumar tudo de novo) e em seguida nós entramos. Realmente estava bem escura aquela sala. Escutei a janela do meu lado esquerdo fazer barulho, como se alguém tivesse batendo no vidro. O Tatsuo estava bem calmo, andando com as mãos no bolso e com um rosto sem expressão. Havia um boneco de linha amarrado com alguma coisa que acabaram jogando pra cima de nós – mas que não chegava ao nosso alcance -. O Tatsuo não perdeu a oportunidade, acho que ele se assustou e puxou aquele boneco com toda a força, fazendo com que o estudante que controlava o fantoche voasse por cima da falsa parede.

– Desculpe-me por isso! – disse eu, já que não vi reação do lado do Tatsuo.

Continuamos andando e admito que levei vários sustos passageiros. Chegamos rapidamente na saída e decidimos comprar alguma coisa para comer já que a Naomi e o Hayato estavam demorando muito. O Tatsuo comprou para nós dois pães recheados – o An-Pan. Depois de uns vinte minutos os meus pombinhos saíram da Casa do Terror e a Naomi estava muito, mas muito, vermelha. Coloquei a mão em sua testa e na minha para ver se ela estava com febre, quando o Tatsuo me relembrou que ela não gostava de coisas relacionadas ao “submundo”.

Realmente aquele dia foi incrível. Acabamos jogando em várias atividades feitas por outros clubes e o Hayato optou em ir no Terceiro Ano para tomar um café.

– Por que o Terceiro Ano? – perguntei.

– Porque lá só tem garotas vestidas de Maid – disse ele corado e levou um tapa no rosto da Naomi, fazendo o Tatsuo soltar uma tosse (ou uma risada que estava tentando segurar).

No final, o Tatsuo me levou para casa enquanto a Naomi levava o Hayato para casa. Acabei convidando o Tatsuo para entrar, mas ele recusou. Justo nessa hora, mamãe aparece na porta.

– Tatsuo, querido! - Ai, santos cookies de chocolate que a Sra. Lee faziam ;^; Porque ela teve que aparecer?! – Entre, vamos! E não aceito um “não” como resposta.

Depois dessa, Tatsuo acabou pedindo licença e entrando, retirando os sapatos. O Sr. Jonson deu uns tapinhas em suas costas e começou a puxar assuntos aleatórios com meu amigo. Mamãe trouxe chá e alguns biscoitos e colocou tudo na mesa de centro. Por enquanto, estava tudo bem, até mamãe querer mostrar meu álbum de fotos de bebê e infância.

– NÃO! – surtei, fazendo todos olharem para mim. – É que não sei onde está... hehe – dei umas risadas constrangidas.

– Ah, não se preocupe, eu que guardei para você.

E lá foi mamãe, buscar meu álbum. Naquele momento, eu realmente queria que a Morte me levasse. Ah, espere! A Morte também estava vendo minhas fotos, por isso que não me levou "-.- Realmente, essa noite foi a pior noite da minha vida.


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Notas finais do capítulo

~Le eu imaginando a Morte ali - com sua foice e capa preta cobrindo a face -olhando as fotos da Ayumi e rindo :v
Enfim... É isso meus amores. Esperem que tenham gostado.
Chu~

Ps.: Acabei finalmente tomando vergonha na cara e passando uma foto para o pc. Postei lá no blog (http://myfanfictioncharacters.blogspot.com.br/2015/06/character-design-pianista-capitulo-32.html) espero muito que vocês passem lá - isso não é pedido, é ordem! xD



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