A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu corassaun (?!) Melzinho na chupeta? Bem... Vamos a explicação: Acabei não postando sábado passado porque eu acabei viajando e eu não tive tempo para postar, pois voltei só segunda de noite. E hoje eu estou postando mais tarde porque eu prometi a mim mesma postar hoje, nem se seja de tarde. E como eu sou a Larissa, durmo até tarde. Então passou o horário da fic e acabei não colocando.
Então bora ler um capítulo que acabou de sair do forno!



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Estava numa sala totalmente escura. Sem saber para onde ir, pois não havia nada nessa sala além de mim.

Alguém?! – gritei

Nada além da minha voz sendo dispersa naquela enorme sala escura. Caminhei, quando eu escorrego em alguma coisa. Algo líquido e viscoso. Tentei olhar o que era aproximando próximo ao meu rosto. Cheirei. Ainda não sabia o que era, então lambi. Um gosto de ferro veio ao meu paladar. Sangue? Levantei-me e olhei que ao meu redor havia três corpos jogados ao chão. Um estava com a cabeça degolada, outro com um corte enorme e profundo em seu abdômen. O terceiro e último corpo estava com um corte profundo que ia da papada até o umbigo. Seus rostos? Escuros. Pareciam manequins de um filme de terror. Continuei andando. Mais à frente, vi uma faca. Não muito grande mais não muito pequena em cima de uma mesa de madeira sem mais nada ao seu redor. Ao pegá-la, escutei uma voz chamando-me. Olhei para trás e os corpos começaram a se rastejar. Comecei a correr com a faca em minhas mãos.

“Ayumi” – escutei uma voz.

Olhei para frente e vi um pequeno feixe de luz branca. Comecei a correr até essa luz. Ficava cada vez mais forte. Olhei para trás e os corpos estavam se arrastando de uma rapidez assustadora.

Socorro! – implorei já chorando.

“Ayumi” – novamente a voz. Prestei atenção e percebi que essa voz estava me chamando do meu lado direito. Vi um vulto negro me rodear.

AYUMI! – uma voz gritou.

Acordei num pulo gritando fazendo mamãe, que estava do meu lado, gritar também.

– Meu Deus, Ayumi! Quer me matar, é? – disse mamãe – Está tudo bem? Você está suando.

– A-ah, claro... – disse eu secando o suor e passando a mão esquerda em meu rosto – Acho que eu não tive um bom sonho dessa vez.

– Ai meu Deus, o que houve?

– Nada não... Mas o que foi que aconteceu para você acordar? Ainda tenho dois dias de férias. Tenho que aproveitar.

– Sabe que dia é hoje?

– ... Hã...? Sexta-feira? – disse tentando lembrar-me do calendário.

– E hoje é o aniversário do Christopher. Estou pensando em fazer uma surpresa a ele antes que ele volte do trabalho.

– Hmm... E já pensou em alguma coisa? – disse eu levantando-me da cama e indo para o banheiro.

– Não. Preciso da sua ajuda.

Olhei para ela com uma cara de “aff”. Ela me implorou e no final eu aceitei. Falei para ela dar a “surpresinha” durante à noite. Percebi um ponto de interrogação enorme saindo da sua cabeça e expliquei: usar uma langerrie.

– NÃO MESMO! – disse mamãe corada – Vamos, Ayumi! Ajude sua mãe. Não queria fazer uma festinha de criança para ele.

Eu pensei um pouco. Pensei mais um pouco. Cheguei a uma conclusão.

– Já sei! – disse eu subindo novamente as escadas em direção ao meu quarto.

– Sério?! O quê? – disse mamãe ansiosa.

– Vou ligar para o Tatsuo! Ele sabe o que fazer, acho...

– Aham... Porque esse garoto? Também tem a Naomi, o Hayato, a Claire, o seu primo Kazehaya... – disse mamãe citando os nomes nos dedos

– Ah, me deixa, vai – olhei para ela e ela deu um sorriso lateral. – Dá para parar com esse sorrisinho?

– Não mesmo. Haha!

Subi e peguei meu telefone. Digitei o número e antes que eu clicasse em “ligar”, hesitei. Lembrei-me da mensagem que o Tatsuo havia me respondido noites passadas. Não conseguia ligar então eu pedi para que mamãe falasse com ele. Ela, como sempre, me perguntou o motivo.

– Não é você que está inventando? Então fale com ele, ué.

Ela pegou o celular e clicou em ligar. Não sei o motivo, mas ela deixou no viva voz.

Alô?

Oi, Tatsuo! Sou eu.

A-ayumi?!

Sim.

MENTIRA! – eu gritei. Rapidamente peguei o celular e disse que era minha mãe.

Hahaha essa foi boa, senhora Yang. O que eu poderia ajudar a senhora?

Nossa, isso é um pouco vergonhoso, mas... Hoje é o aniversário do meu marido e não sei o que fazer. Não estava pensando em festa de criança para ele, sabe? E eu não sei o que eu posso fazer para ele.

– Hmm... E se der... Uma “surpresinha” para ele durante a noite?

Oi?

– Sabe...? Fazer “a noite”.

Não mesmo! O que vocês adolescentes têm hoje em dia?

– Hormônios? – disse eu e escutei Tatsuo rir.

Desculpe-me, senhora Yang. Mas eu não tenho nada em mente. E se vocês dois fossem em um restaurante estilo à moda francesa? Ele gosta disso?

Ótima ideia! Muito obrigada, Tatsuo!

Foi um prazer ajudar a senhora.

Mamãe passou o telefone para mim e eu subi novamente para meu quarto.

– E aí... Beleza?

Tenho.

– Hã?

Você perguntou-me se eu tenho beleza, e respondi que sim – ele riu.

– Ah, Tatsuo, vai tomar banho – depois acabei rindo um pouco também. – E você está ensaiando para a apresentação no colégio?

Não muito. Eu toco quando tenho vontade, sabe? Acho que para poder você fazer algo com amor e dedicação àquilo que gosta, tem que estar inspirado.

Entendi. Eu não vou apresentar coisa nenhuma. Mas vou assistir você e a Nao-chan tocar e depois podemos ver o Hayato jogar. Vai ter tempo direitinho.

Então... Deseje boa sorte à sua mãe e – a ligação desligou.

Acho que foi bateria fraca, sei lá. O dia para mim foi um saco. Fiquei o dia inteirinho de pijama no sofá da sala sempre indo até a cozinha e pegando alguma porcaria para eu comer: sorvete, bombom, salgadinho, refrigerante e muita bala de menta (vovó sempre me trás sacos e sacos de bala de menta "-.-). Acabei tomando meu banho e depois de um tempo a mamãe aparece na porta com um vestido mais lindo do que na primeira vez que ela havia saído com o senhor Jonson. Um de cor escura, com um decote em V e havia uma faixa branca que ficava em baixo dos seios. Seu vestido era simplesmente lindo, de alça larga e para finalizar havia uma echarpe de tecido fino cor preta também que ia em cima do vestido. Ela estava usando um salto agulha branca com prata e seu cabelo estava solto com uma rosa branca no cabelo. Uma maquiagem bem leve.

– Uou – disse eu e mamãe sorriu corada.

– Acha que ele vai gostar?

– Ah se vai... – disse eu ainda admirada.

– Filha, quando ele chegar nós vamos sair, ok?

– Mas ele não vai se trocar?

– Outra surpresa também. Eu comprei um terno para ele e ele se trocará lá.

Depois de uns três minutos o senhor Jonson chegou em casa.

– Cheguei – disse ele colocando a mala no canto da porta.

– Bem vindo, querido! – disse mamãe.

– Bem vindo – disse eu com a boca cheia de salgadinhos.

– Uou, Mariko! Você está linda! Aonde vai assim?

Nós vamos. Encomendei uma mesa em um restaurante francês. Vamos?

– A-ah, claro! Mas por quê?

– Feliz aniversário!

– Feliz aniversário – disse eu tomando refrigerante para ajudar o salgadinho descer.

– Oh, Deus! Você lembrou!

O senhor Jonson abraçou a mamãe e deu um beijo em seus lábios. Ele veio até mim e me deu um abraço me levantando do chão um pouco.

– Mas eu não tenho nenhum terno bom.

– Não se preocupe; você trocará lá.

No final das contas eu percebi que o sr. Jonson é um chorão e eles foram. Acabei jogando a latinha de refrigerante e o pacote de salgadinho no lixo. Depois de um tempo escuto a campainha tocar. O que eles esqueceram agora? Abri a porta e estava o Tatsuo.

– Boa noite – disse ele.

– Tatsuo! Boa noite!

– Desculpe-me desligar o celular na sua cara. Acabou minha bateria.

– Sem problemas. Já aconteceu isso comigo também.

– Perdão! Acordei-te? – disse ele olhando para o meu pijama.

– Ah, não mesmo! Ainda tenho que aproveitar enquanto as aulas não começam – eu ri e Tatsuo deu um dos seus sorrisos laterais. – Não quer entrar? Está uma zona, mas...

– Ah, obrigado.

Realmente, a casa estava uma zona. Cheio de salgadinhos e porcaria em cima da mesa, uma coberta, a minha coberta, em cima do sofá, a cozinha com uma montanha de louça, entre outros. Ele se sentou no sofá e eu ofereci alguma coisa para ele pedir. Mas ele recusou. Sentei-me também no sofá e ficamos com aquele silêncio horrível. Pensei em alguma coisa para dizer, mas não saiu nada. Apenas um assunto que eu não queria falar.

– Desculpe-me por não ter respondido sua mensagem – disse eu envergonhada.

– A-ah, sem problemas... - ele corou.

Novamente, um silêncio horrível.

– Quer ver algum filme? – disse eu.

– Oh, não. Desculpe-me. Eu vim aqui para realmente falar com seu padrasto e deseja-lo felicidades.

O Tatsuo se levantou falando que já estava de saída. Levantei-me também e percebi que tinha alguma coisa incomodando-o.

– Tudo bem? – perguntei.

Ele levantou a cabeça e respondeu que sim com um sorriso.

– Tatsuo, você não me engana. O que aconteceu?

– Nada! Sério mesmo...

– Então tá... - ele nunca me engana.

Ele saiu e se curvou dizendo tchau. Disse a mesma coisa e ele foi lá. Entrei em casa e vi que ele tinha deixado as chaves de casa no sofá. Acho que caiu quando ele se sentou ou levantou. Peguei a chave e corri para entregar para ele. Quando abro a porta eu corro que nem uma louca. Isso não vale! Ele estava de bicicleta! Ai, Cristo... E ainda por cima eu estou de pijama! Ah, dane-se. Corri e fui até ele. Em mais ou menos dois quarteirões eu consigo alcança-lo um pouco.

– TATSUO! TATSUO!!

Ele olha para trás e no mesmo momento para a bicicleta.

– Ayumi! O que estava fazendo aqui e de pijama?

– Você... chaves... esqueceu... Ai meu pulmão – disse eu bufando.

– Está tudo bem?

Eu fiz um sinal com o indicador para que ele esperasse um minuto para que eu pudesse recuperar meu fôlego. Depois eu estiquei minha mão e entreguei-o as chaves.

– Minhas chaves! Obrigado! – ele sorriu.

– Eu que agradeço. Com essa corrida acho que consegui perder o refrigerante que tomei hoje – eu ri e ele também.

– Sobe aí.

– Oi?

– Sobre aí na bike. Eu te levo para casa.

Não estava a fim de voltar tudo a pé, então aceitei o seu convite. Subi na bicicleta e abracei sua barriga. Jesus amado, não que eu queria dar uma de aproveitadora, mas ele tem uma barriguinha definida! Ao chegar em casa, eu desci da bicicleta e agradeci. Quando eu fui abrir a porta de casa, o Tatsuo me chama.

– É... Nada não. Boa noite.

Eu entendi o que ele queria e eu corri, dei um beijo em seus lábios e depois disse boa noite. O vi corar e entrei em casa dando tchau com a mão. E ele fez a mesma coisa. Ao virar para a sala estava o sr. Jonson sentado em uma cadeira e mamãe andando.

– Mariko! – disse o sr. Jonson.

– O que foi, meu amado?

– Ah, nada não...

Então mamãe correu até ele e o beijou também.

– Eu te amo, minha amada! – disse o sr. Jonson.

– Eu também te amo! Depois vamos andar de bicicleta até o pôr do sol!

Eles estavam atuando o que aconteceu comigo e o Tatsuo lá fora! Mas claro, com mais coisas e mais exagerado. Eu senti minhas bochechas corarem.

– MÃE! JONSON!

– O que foi? Você já tem quase 17 anos, filha. Isso é normal. Mas por que não me disse?

Não disse isso a ninguém. Então eu subi correndo as escadas e afundei minha cara na almofada esperando o sono chegar.


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Notas finais do capítulo

AEWWW Ayumi dando os primeiros passos também. Demorou, não? :v Perguntaram-me se já podemos chamar a Ayumi de "Ayumi Nagashima" (sobrenome do Tatsuo) e posso dizer que sim ~u.u Enfim... Espero que vocês tenham gostado desse capítulo aí.
E um pequeno Spoiler: Para vocês que falam que meu filho (sqn) Hayato é gay, esperem chegar o próximo capítulo. Onde ele vai jogar basquete e acontecerá algo vergonhoso e maravilhoso XD (para alguns).
Chu~



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