A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Olá povão bonito! Beleza?! Novamente, não postei semana passada pelo mesmo motivo de sempre: semana de provas. E como eu entro em semana de provas, fica difícil eu entrar na internet (sim, porque eu não tenho mais capítulos prontos, ou seja, eu faço na hora ~u.u).
PessoinhaSZ linhas do meu corassaun, quero agradecer muito à todos vocês por acompanhar a fic. Graças a vocês, eu continuo a escrever (sério mesmo, era para eu ter parado no capítulo 7 '-' ). Agradeço também àqueles que recomendaram, ó: S2 pra vocês.
Enfim... Bora lê~



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Alguém? – chamei, escutando minha voz seca e rouca ecoar em uma sala escura.

Uma pequena luz surgiu e tomou certa parte daquele lugar. Logo percebi que a luz era de uma lamparina que funcionava com azeite e que eu estava com meus olhos vendados. Onde estava? Tentei me mover, mas nada adiantava. Estava com amarras. Ferro? Seriam correntes? Não... Talvez cordas. Escutei passos. Novamente voltei a chamar por alguém. Um barulho veio na direção noroeste. Parecia que colocou alguma coisa pesada em cima de uma tábua ou algo parecido. Talvez fosse uma caixa? Não sei.

Quem está ai? – disse eu já ficando com medo – Quem é você? Ajude-me!

Implorei por ajuda, mas não recebi nenhuma resposta para nenhuma das minhas perguntas. Um barulho veio do fundo dessa sala. Um som de um instrumento. Piano? Por que piano? Em seguida, o piano parou de ressoar e escutei o som de uma faca passando a lâmina em uma peça de mármore. Engoli em seco.

O QUE VOCÊ QUER COMIGO?! – gritei.

Senti algo quente escorrendo pela minha bochecha direita. Claro que estaria chorando em pânico. Uma voz que não era minha, finalmente tomou conta daquele lugar. Não pude saber como era o timbre de sua voz, mas soou em meus ouvidos uma frase que arrepiou minha espinha:

Não se preocupe. Estarei usando luvas; luvas brancas e limpas. Será um processo rápido, mais rápido do que tocar uma melodia em um piano clássico.

Meu sangue gelou. Novamente, perguntei quem era àquela pessoa e o que ela queria. Senti uma respiração forte, mas tranquila na minha face.

Será mais rápido do que tocar piano... – disse a voz.

Acordei suando, com meus cabelos grudados na testa e minha blusa um pouco molhada na altura do peito. Sentei-me na cama e passei a mão no rosto. Olhei para o relógio e eram 05:23 da manhã. Decidi levantar. Tomei uma ducha com água bem quente e deixei cair em minha nuca. Que sonho foi aquele?! Voltei ao meu quarto e já coloquei meu uniforme. Arrumei meu material, desci para tomar o café da manhã e o sr. Jonson estava na cozinha tirando as torradas do forno.

– Bom dia, minha rosa! –disse ele contente.

–Bom dia.

– Acordaste bem mais cedo hoje, ein? – disse colocando a bandeja com as fatias crocantes sobre a mesa.

– Pois é... Lembrei que hoje começa as aulas e decidi ajeitar minha vida mais cedo – menti.

– Humm... Entendo. Enfim, sente-se e sirva-se à vontade.

– Onde está mamãe? – perguntei sentando-me à mesa.

– Ah, ela ainda está dormindo. Parece um anjinho.

O sr. Jonson pegou no armário geleia e na geladeira margarina. Juntou tudo na mesa e sentou-se junto comigo. Peguei uma torrada e passei minha geleia favorita de uva e dei uma mordida grande.

– Então, Ayumi... Sei que eu posso estar invadindo demais seu espeço pessoal, mas como é o nome daquele garoto mesmo?

– Oi? – parei de mastigar.

– Aquele garoto de olhos verdes, alto que trouxe você para casa e – eu o interrompi.

– Por que quer saber? – disse um pouco envergonhada, mas também um pouco com raiva.

– Olha, se você precisar de alguma coisa, fale comigo. Tenho um sobrinho na Inglaterra, então posso dizer que já sou um pouco experiente sobre isso, sabe? Mas vou encarnar o papel de mãe rapidinho: dês de quando vocês estão namorando? – disse ele com um sorriso enorme no rosto.

– SENHOR JONSON! – disse sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.

– Tudo bem, desculpe-me – ele riu.

Em seguida mamãe acordou. Falou com enorme “bom dia” para nós. Deu um beijo no sr. Jonson e um beijo em minha testa. Ela se juntou a nós na mesa e tomou café também. Olhei o horário e já estava dando 06:40. Nossa! Como o tempo passa rápido. Subi para terminar de me arrumar e fiquei o tempo que sobrou um pouco na televisão.

Olhei novamente as horas e já eram 07:20. No caminho da escola, eu encontro com o Hayato na portaria sem o uniforme. Espere... Ele estava com o uniforme do seu time de basquete? Sim. Lembrei que era hoje que começava as apresentações dos clubes e tudo mais no colégio. Passei direto por ele para não atrapalha-lo e fui em direção ao mural para ver o horário das apresentações de flauta, violino e basquete. Procurei e encontrei os nomes: Nagashima Tatsuo e Shon Naomi às 8:25 e o Kazumi às 09:40. Ok, dava tempo para ver todas as apresentações. Mas espera, a Naomi se apresentará com o Tatsuo? Dessa eu não sabia.

Na portaria havia vários estudantes tocando, atuando, cantando, entre outros. Avistei a Naomi perto de uma árvore. Fui até ela. Quanto mais me aproximava mais ficava surpresa com o som que ela tirava daquele instrumento. Ao terminar, eu aplaudi e ela agradeceu curvando-se.

– UOU! Incrível! –disse eu.

– Imagina. Passei um mês inteiro ensaiando... Espero que meu esforço seja recompensado.

– Ah, vai sim!

Antes que eu pudesse falar ou fazer algo a Naomi puxou-me pelo cotovelo até o canto da parede e cochichou:

– E aí, fala tudo! – disse ansiosa olhando fixamente em meus olhos.

– Falar o quê?

– Do seu beijo com o Nagashima, boba! Quero saber!

Gelei. Como ela sabia?! Naquele momento eu queria ser um avestruz e colocar minha cabeça em baixo da terra. Senti minhas bochechas queimarem.

– Hã... não acho uma boa ideia falar disso agora... – gaguejei um pouco – E como você sabe disso?!

– Ué, o Kazumi me disse '-'

Aquele desgraçado... Ò_Ó Mas não sei com quem fico mais raiva, com o Hayato ou com o bocudo do Tatsuo. Enfim... sei que não podemos esconder isso para sempre, não é?

Em seguida, senti uma presença atrás de mim.

– E aí, meninas.

Olhei para trás e vi a sombra de um homem carregando alguma mala no ombro. Coloquei a mão na frente do sol e esperei minha visão se focar. Era o Tatsuo. Falando dele...

– Incrível! Temos o poder de invocar pessoas! Eu invoco... Hã... Jean-Pierre Rampal! Não! Invoco Julius Baker! Não! Invoco... – continuou a citar nomes de quem era fã.

– O que ela está fazendo? – perguntou Tatsuo.

– Invocando pessoas, acho. '-' E então... você está pronto para tocar?

– Méh...

Méh...? Isso foi um som para “aff”?

– Só vou tocar porque meus pais querem, então...

– Boa sorte. Hoje dará tempo para ver todas as apresentações e ver o jogo do Hayato.

– Ver aquela gazela pular? – disse Tatsuo rindo e levando uma cotovelada no estômago da Naomi.

– Ele não é gazela. Ele tem potencial, ok? – disse ela.

– Ok – disse ele com dificuldade me fazendo rir.

Conversamos com o Hayato se ele também queria ver a apresentação da Naomi e do Tatsuo, mas ele pediu perdão e disse que teria que ficar o tempo todo supervisionando o time, já que era o líder. Pediu perdão se curvando e falando que depois falava conosco. Realmente ele parecia carregar o Mundo em suas costas aquele dia.

Sentei em uma das fileiras do meio. Era um ótimo lugar e esperei o espetáculo começar. Não demorou muito para as luzes serem diminuídas e um holofote se focar no palco.

– Agora, senhoras e senhores, com vocês, Nagashima Tatsuo e Shon Naomi da turma 3-A representando o clube de Música. Tocando em seu violino e flauta transversal a música Canon in D Major de Johann Pachelbel – disse o homem que estava de terno dando abertura às apresentações.

O homem se retirou e lá foi o Tatsuo e a Naomi. Eles haviam trocado de roupa! Estavam realmente muito belos. Naomi estava com um vestido cor rosa velho com uma parte de renda superior e uma faixa larga da mesma cor do vestido que terminava em um laço nas costas nas altura dos seios. Estava de salto e com o cabelo preto só na lateral com uma trança com uma presilha de flor na ponta. O Tatsuo estava com um terno e seu cabelo estava aquele bagunçado-arrumado. A plateia toda ficou quieta, quando o som do violino do Tatsuo tomou conta do lugar. Em seguida, um aluno acompanhava com um som de fundo com um violoncelo e a Naomi dava apoio ao violino, fazendo uma sinfonia harmoniosa. A apresentação realmente foi bem linda, senti no final uma gotinha de lágrima no canto do meu olho esquerdo.

No final da apresentação, corri para vê-los. Tatsuo estava tomando uma garrafa d’água inteira e a Naomi estava sentada em uma cadeira se abanando com as partituras.

– Que calor! – disse ela – Ay-chan!

– Gente, vocês foram incríveis! – disse eu dando um abraço em cada um.

– Ah, não. Cadê o beijo? – disse a Naomi abrindo um sorriso malicioso no rosto.

Corei e o Tatsuo virou a cara. Aposto que estava corado também. A Naomi percebeu o clima tenso e mudou de assunto imediatamente.

– Fiquei com medo de errar na hora. Estava tão nervosa... – disse secando o rosto com uma toalhinha.

– Irei me vestir. Odeio ficar de terno. Incomoda – disse Tatsuo.

A Naomi aproveitou e entrou no vestiário feminino para se trocar também. Esperei os dois do lado de fora. Ao sair, falei a eles se queriam ver o Hayato jogando e eles acabaram concordando. Fomos até o ginásio esperar. Mas como era um pouco cedo demais, tivemos que esperar; vendo o Hayato comandar o time e ficarem se aquecendo. Mas que saco! Estava demorando demais. Decidi ir com o Tatsuo pegar alguma bebida para nós, enquanto a Naomi ficava apreciando seu “amado”. No caminho, percebi que o Tatsuo queria me dizer alguma coisa, mas não sei o que era.


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Notas finais do capítulo

Ok, o foco desse capítulo foi mesmo o sonho da Ayumi, mas eu tive que completar, então já coloquei as apresentações dos Clubes. P.s.: Amanhã eu estarei atualizando também para recompensar a minha falta na semana passada. E adivinhem? Amanhã o Hayato mostrará seu lado masculino, ok? Meu filho é homem! :v kkk Ok, parei. E também o capítulo de amanhã será um Especial ^^
Enfim... Espero que tenham gostado!
Chu~

+++
Obs.: Jean-Pierre Rampal e Julius Baker não não personagens fictícios. São grandes flautistas francês e o outro americano (um dos meus preferidos >w



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