Beauty and the beast escrita por SundaeCaramelo


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mil desculpas pela demora, na verdade eu escrevi e reescrevi esse cap várias vezes, só q a página de repente dava bug e eu perdia tudo. Affs ¬ ¬ . Enfim, espero q gostem ;)



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POV Bela

A floresta estava bastante escura e minha única luz era o lampião que eu segurava. Por ainda ser inverno, estava muito frio também. Sempre fui o que se pode chamar de uma " garota corajosa", mas aquela floresta estava me dando calafrios.

Apressei o cavalo, queria chegar na aldeia o mais rápido possível.

Enquanto cavalgava lentamente na escuridão, ouvi novamente aquela frase em minha mente: " Você é meu bem mais precioso". Olhei para a rosa em minhas mãos. Eu cuidaria daquela rosa com todo o carinho. Porque talvez ela viesse a se tornar a última lembrança que eu teria de Nicholas, caso eu não pudesse voltar...

De repente, vozes vindas de algum lugar não muito distante dali arrancaram-me de meus pensamentos. Meu Deus, quem estaria na floresta à essa hora? Fui com o cavalo para trás de uma árvore e resolvi espiar. Aquela voz... me lembrava muito a voz de meu...

– Pai?! - constatei, parecendo mais uma pergunta. Era ele mesmo! Meu pai! Corri em sua direção.

– Bela, minha filha! - ele exclamou, me reconhecendo também.

– Papai o que o senhor estava fazendo aqui? - perguntei preocupada, enquanto o abraçava.

– Procurando você. Por onde você andou?

– Eu... - eu ia começar a falar, mas parei na mesma hora. O que eu ia dizer? Quando estava me despedindo de Harry ele sussurrou em meu ouvido: " Não fale sobre este lugar para ninguém. Ninguém mesmo. " E eu podia imaginar o por que. Mas como eu iria explicar por que tinha sumido por quase dois meses na floresta para meu pai? Como?

– Encontrei um castelo na floresta. - disse por fim. Eu odiava mentir para meu pai, mas aquilo era parte da verdade. Notei que ele queria perguntar mais alguma coisa, mas eu o impedi:

– Senti muita saudade pai. Como está a aldeia? E Anna? Mal posso esperar para vê-la.

Sua expressão mudou completamente.

– Você não vai vê-la quando chegarmos.

Não?

– Como assim?

– Os soldados passaram em sua casa. Disseram que iriam mata-la se ela não os levasse até onde ela achava que você estava. E... foi o que ela fez.

Levei um tempo para entender aquela frase. Então Anna tinha... me traído. Mas tudo bem. Ela era medrosa e qualquer um faria o mesmo em sua situação. Além disso ela não me encontraria. Meu Deus, ela não me encontraria! E provavelmente iriam mata-la se pensassem que ela tinha os levado para o lugar errado. E de qualquer forma, se ela os levasse ao castelo eles iriam querer entrar e... iriam matar Nicholas. E Harry, Paul e Charlotte. E eu decididamente precisava impedir isso.

Montei novamente no cavalo e me virei em direção ao caminho que levava ao castelo.

– Bela espere, para onde você está indo? - gritou meu pai assustado.

– Eu vou salvar pessoas que são importantes para mim. - respondi. Tudo bem, eu não tinha a menor ideia do que iria fazer. Mas tudo o que sabia é que não poderia deixar aquilo daquele jeito. Eu faria o que pudesse.

– Mas não vai ser necessário filha. Anna tem um plano. Ela não vai leva-los para o lugar certo. Vai engana-los.

Ainda bem. Então ela não tinha me traído e eles não estavam à caminho do castelo. Mas...

– Pai, isso ainda é perigoso! E se descobrirem?

– Bom, é um risco que ela quis correr. Mas não se preocupe, vai ficar tudo bem. - Ele respondeu, beijando minha testa.

Então ele segurou a guia do cavalo e foi nos levando de volta para a aldeia.

Quando finalmente chegamos, fomos dormir. Quer dizer, meu pai foi dormir. Eu fui para a cama, mas não consegui pregar os olhos. Fiquei pensando o tempo todo naquela noite e repassando mais de mil vezes cada detalhe em minha mente.

Na manhã seguinte, me levantei, fiz o café, arrumei a casa e fui para a livraria, como sempre fazia. Apesar da guerra e tudo mais, papai permitiu que eu saísse por que os nossos soldados já tinham chegado e tudo estava um pouco mais seguro.

Eu não ia pegar livro nenhum, na verdade eu só queria rever o dono. Ele era um senhor muito simpático e sempre tinha sido muito gentil comigo.

Enquanto caminhava, percebi que a aldeia não estava muito animada para o Natal. Talvez por causa da guerra, mas poucas casas possuíam guirlandas em suas portas.

Acabei encontrando uma das três irmãs de Anna e ela parecia abatida, mas sorriu quando me viu. Combinamos de nos encontrarmos mais tarde.

Passei a tarde toda na livraria, conversando com aquele senhor e relendo alguns de meus livros preferidos.

Nos outros dias, a rotina era sempre a mesma. Eu ajudei meu pai a decorar um pouco a casa, com laços e fitas e guirlandas. Mas isso não mudava a monotonia da minha vida. Era impressionante a falta que Nicholas me fazia. Eu sentia tanta falta do castelo e de todos lá. E todos os dias, cada floco de neve que caía na janela do meu quarto, cada livro que eu lia, cada coisa, cada detalhe me lembrava ele. E aquela rosa, que ficava encostada na janela de meu pequeno quarto, me dava vontade de chorar.

Papai percebeu que eu andava abatida e estava sempre perguntando se estava tudo bem e eu, é claro, respondia sempre que sim. Mas é claro que não estava.

Porém, por mais que eu quisesse, sabia que talvez nunca pudesse voltar, nem mesmo depois do Natal. Por que, afinal, meu pai não deixaria e ele precisava de mim. Eu sabia que precisava. E além disso, a guerra continuava. E a cada dia eu pensava se deveria ou não me entregar logo e acabar com tudo de uma vez.

Mas eu estava sempre adiando e pensando que, uma hora, isso teria que acabar.

Só que não era só isso que me impedia de voltar. Talvez, Nicholas não quisesse mais saber de mim. Talvez ele tivesse se chateado...

E pensar nisso tudo me entristecia e me fazia pensar em, na pior das hipóteses, nunca mais voltar...


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Notas finais do capítulo

Oi de novo povo! Não me matem pelo capítulo triste haha. Bom, bjs e até o próximo ;)



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