Beautiful Obsession escrita por Asynjurr


Capítulo 2
First Chapter


Notas iniciais do capítulo

♋ Ignorem os erros ortográficos. Eu revisei cada parágrafo atenciosamente, mas não importa o que eu faça, sempre ficam os malditos erros e incoerências.

Não me achem louka hehehehehe, sei que essa fanfiction se chamava Ler Her Go, mas eu fiquei sem ideia para fic e comecei Beautiful Obsession no Spirit, lá a fic já ultrapassa 800 favoritos, quase 900 e eu queria me desculpar com vocês de alguma forma, então decidi postar essa fanfiction aqui, mas eu não queria começar do 0 e talz e como eu tava sem ideia pra essa fanfiction, decidi substituir. Espero que vocês gostem dessa fanfiction.

♌Tenham uma ótima leitura e eu realmente espero que gostem desse capítulo.

♍Leiam as notas finais por favor.



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Buenos Aires, Argentina...
Mansão dos Mrs. Vargas

Violetta Castillo-Point Of View

As noites pareciam mais sombrias naquela casa. Nada se ouvia, nada se via. Um silêncio absurdo dominava o lugar, mas naquele dia foi diferente... estranhamente diferente, leiga do que acontecera adiante, comecei a ouvir passos sorrateiros se aproximando do meu quarto e rapidamente tranquei a porta do mesmo, para ter a falsa sensação de segurança. Tomei um pouco de distância dá porta e me pus a fitá-la. Meus olhos cresceram em direção a maçaneta e à medida em que a mesma movia-se, sentia as batidas do meu coração acelerando-se, ritmadas aos meus medos. Tudo aquilo parecia tratar-se de um pesadelo... mas não era.

Não era a primeira vez que isso acontecia, porém, ainda não havia me acostumado com a sua imprevisibilidade. Ele sempre conseguia me surpreender das piores formas possíveis. Sempre fui forte emocionante. Considerada por muitos como uma garota destemida, todavia, perto dele me sentia indefesa e vulnerável. Rezei internamente para que ele fosse embora e me deixasse dormir em paz, entretanto minhas presses não foram ouvidas e em questão de segundos ouvi o murmúrio tímido de sua voz, que soara mútua aos meus ouvidos atentos.

– Abra a porta meu amor - murmurou com uma entonação diferente em seu tom de voz. León, parecia calmo e lúcido. Diferentemente das outras noites. - Abra... por favor - insistiu alterando sua voz e depositando algumas batidas na porta. Deixando sua bipolaridade em evidência.

Suas poucas palavras começaram a ecoar em minha mente, dominando os meus pensamentos, deixando-os confusos. Não queria deixá-lo irritado, no entanto, sucumbir as suas vontades seria bem pior. Caminhei continuamente de um lado para o outro. Não sabia o que fazer, qual decisão tomar, até que as batidas pararam e o silêncio pairou novamente no cômodo. "Ele havia desistido?". Me direcionei a porta com certa pressa e após fitá-la durante algum tempo a abri e para a minha surpresa, León continuava ali. Ele estava sentado no corredor e ao vêr-me rapidamente caminhou em minha direção, me impedindo de fechar a porta novamente.

– León...

– Está com medo de mim? - questionou-me com um sorriso sádico desenhado em seus lábios. Ele se aproximou um pouco mais de mim e logo senti seus longos dedos percorrem a minha face, parando exatamente na altura dos meus lábios, até então gélidos e trêmulos. - Não deveria sentir medo de mim, pois não sou o louco que todos dizem. - as palavras pareciam saltar de sua boca com certo declínio e meus olhos permaneceram fixos em seus lábios todo o tempo.

– Não estou com medo, apenas me sinto cansada e... meu único desejo neste momento é dormir - tentei ser convincente, mas não pude, meu nervosismo anormal, estava me denunciando. Era péssima com mentiras.

– Quero que durma comigo essa noite - nesse momento ele segurou minhas mãos e as conduziu até seu pescoço, pousando-as lá. Parecia tão absurdo ouvir aquelas palavras. - Não te obrigarei a nada, só quero dormir ao lado dá minha esposa e exorfluir de sua companhia - León, sussurrou em meu ouvido e logo depois, fixou seus olhos nos meus. Recuei alguns passos e em contrapartida, ele avançou alguns, me encurralando na parede do corredor que estávamos.

– Não! - foi a única palavra que me veio a mente naquele momento. Era a primeira vez que ele exigia seus direitos sobre mim. Após ouvir-me, León começou a movimentar-se em torno de mim. Não sabia o que pensar. Sua inquietação era um martírio para mim. - León...

– Violetta, eu poderia ir embora e te deixar em paz, mas não farei isso - satirizou com certa soberba e uma postura altiva. Ele estava começando a assustar-me - Dormirá comigo essa noite... Isso não é um pedido. - ele, segurou as minhas mãos e começamos a caminhar em direção ao seu quarto que ficava no final do corredor.

Detestava suas truculências. O odiava com todas as forças existentes em mim. Á cada passo que dávamos em direção ao seu quarto, sentia um aperto em meu coração. Era uma verdadeira humilhação para mim e ele sabia como eu me sentia. León, sabia ser cruel comigo... só ele sabia ser assim. A forma como ele estava se comportando, era desprezível... em outras palavras, odiosa.

– Não precisa ficar com medo. Já falei que eu não farei nada que não queira e eu costumo cumprir minhas promessas. - ele falava enquanto caminhávamos pelo corredor, rumando o seu quarto e meus olhos seguiam fitando o chão. Suas palavras começavam a perturbar minha mente já atormentada. - Não sabe o quanto ansiei por esse momento e...

– Você é louco! - as palavras fugiram de minha boca em um instante de fúria. Estava fora de mim naquele instante. O sangue fervia freneticamente em minhas veias que saltitavam. - Porque não se comporta como uma pessoa normal? - León, cessou seus passos e parou de caminhar, pondo-se em minha frente.

– Louco? - questionou, como se o que acabara de ouvir fosse a coisa mais absurda do mundo. Seu sarcasmo era irritante, mas a forma como ele se portava diante á mim, chegava a ser ridícula. Tudo aquilo parecia um jogo para ele. - Talvez você tenha razão, entretanto, estou cansado demais para discutir sobre a minha sanidade mental e assim como você, meu único desejo neste momento é dormir... dormir com você meu amor. - senti suas mãos pressionando os meus pulsos com força e novamente voltamos a caminhar, rumando seu quarto. Obviamente contra a minha vontade.

Chegamos ao seu quarto e o lugar não era tão assustador como pensei que seria. O cômodo era espaçoso e apenas alguns móveis preenchia aquele espaço, todavia, o que mais me chamou atenção, foi o closet enorme que estava ali. Eram incontáveis as roupas e sapatos que estavam à amostra. Não imaginei que ele seria tão vaidoso assim, mas se tratando de Leonard Vargas, tudo é possível.

León, acendeu a luz do abajur e direcionou-se à mim calmamente. Parecia medir os seus passos. Senti suas mãos apertando a minha cintura com certa firmeza e meus olhos fecharam-se rapidamente, entretanto, ele afastou-se de mim e direcionou-se a porta, fechando-a atrás de si, sem desviar seu olhar do meu em nenhum momento. Seus belíssimos olhos pareciam mais bonitos sobre aquela luz levemente alaranjada. Eles possuíam um brilho estranhamente belo. O verde abissal de suas íris, parecia mais intenso. Era a primeira vez quê as enxergava dessa forma.

– Venha... - ele segurou as minhas mãos e caminhamos calmamente em direção a sua cama. Assim que chegamos a mesma, ele deitou-se e passeou os seus olhos por meu corpo, até então coberto apenas por hobby preto. - Deite-se, Violetta. - ele, ordenou com o máximo de calma possível e senti uma imensa vontade de estapiá-lo, mas não o fiz. Precisava usar toda a minha paciência e sensatez para não perder o meu auto-controle.

– Posso até ser a sua esposa, mas você nunca irá me ter completamente, a não ser que me obrigue - minha voz soou baixa. Encontrava-me no auge do meu estresse e o sorriso que fora lançado á mim, após minha afirmação, deixou-me ainda pior.

– Nunca te obrigarei a nada e no momento certo, você pedirá para ser tocada por mim e nesse momento eu não sentirei pena de você. O sexo só é prazeroso quando ambas as partes estão de acordo com o ato e mesmo que meu corpo implore por um mínimo contato que seja com o seu, não sucumbirei aos meus desejos carnais. Sei perfeitamente como contolar meus instintos - ele parecia ter convicção do que falava e a cada palavra dita, meu medo daquele homem só crescia. - Agora deite-se ao meu lado - voltou a ordenar, mas agora parecia irritado. Seu tom de voz estava alterado.

– Te odeio. Detesto essa casa... Eu. Não. Te. Suporto. - pontuei cada palavra. Estava bastante estarrecida, León apenas revirou os olhos e começou a fitar o teto, me ignorando completamente.

– Não vou perder o meu tempo discutindo com você, agora deite-se logo! - seu tom de voz começou a elevar-se um pouco mais e seu olhar centralizou-se ao meu. - Não suporto quando as pessoas me desobedecem, sempre fico de mau humor. - concluiu, arqueando o seu corpo em seguida.

León, apoiou sua cabeça sobre um dos travesseiros, que estava sobre a cama e relaxou o seu corpo ao máximo, ficando em uma posição visivelmente confortável. Observei cada um dos seus movimentos atentamente e após desprezá-lo friamente, através do meu olhar, levemente disperso, sem pressa alguma, caminhei em direção a cama e logo em seguida deitei-me ao seu lado, ficando o mais longe possível. Virei-me para o lado e esperei que ele cumprisse a sua promessa, todavia, ele não era suficientemente confiável. Senti seu corpo aproximando-se do meu e involuntariamente apertei meus olhos, respirando com certa dificuldade.

Meu corpo inteiro arrepiava-se com a invasiva aproximação do seu, que estava levemente aquecido e quando as suas mãos maliciosas, apalparam-me levemente, um frio congelante percorreu minha espinha e todos os meus pelos eriçaram-se simultaneamente. O som agudo do seu sorriso rente aos meus ouvidos, deixavam-me estarrecida. Ele sentia prazer em ver medo externardo, através dos meus olhos. León, sabia todos os meus medos e me fazia viver em cada um deles. Era um verdadeiro sádico impiedoso.

Algum tempo depois de nos deitar-mos ouvi seu ressonar baixinho, era algo quase inaudível. Suas mãos haviam se enlaçado as minhas e seus braços agora estavam sobre os meus. Temendo acordá-lo continuei imóvel e na mesma posição. Aos poucos fui me conformando com aquela situação, até então, nada cômoda para mim e em questão de minutos senti a inconsciência me alcançar também.

***

Assim que acordei, notei sua ausência na cama, o que não era algo ruim, já que a última pessoa que eu queria avistar naquele momento era ele. Alguns pequenos raios solares adentravam aquele cômodo, através dás janelas entreabertas. Aquela noite ao seu lado, foi um verdadeiro inferno para mim. Resquícios do seu cheiro másculo e agradável, permaneciam impregnados em minha pele ainda suada. Levantei-me da cama e comecei a caminhar pelo cômodo.

Era a primeira vez que eu estava ali, já que, León e eu dormimos em quartos separados. Aquele lugar era algo sagrado para ele e nem mesmo os empregados dá casa tinham permissão para adentrar naquele quarto. Em cima da escrivaninha, que localizava-se ao lado da cama, havia um livro e ao jugar pela capa, parecia tratar-se de algo interessante, mas só parecia, o conteúdo era estranho e um tanto complexo. Meus dedos deslizaram com certa agilidade pelas gavetas do móvel e senti uma curiosidade anormal dominar-me. Era a minha grande oportunidade de descobrir algo a mais sobre o meu próprio marido. Já me preparava para abrir a primeira gaveta, quando fui brevemente interrompida por, Ludmila. Ela me olhou de um jeito estranho. Parecia surpresa por me ver ali.

– Bom dia, Violetta - saudou-me ao adentrar no quarto. Ela parecia procurar algo. Em questão de segundos seu olhar percorreu todo o espaço. - Lhe procurei por toda a casa e... não esperava encontrá-la aqui. - Ludmila, comentou exalando seu sarcasmo sobre mim. Ela sabia que a minha relação com o seu irmão, não era normal, como a de outros casais.

– Ludmila eu... a verdade é que...

– Onde está, León? - indagou, me impedindo de completar a frase iniciada. Ludmila, pegou o livro que estava em cima dá escrivaninha e logo depois sentou-se em uma poltrona que estava próxima. Ela cruzou suas pernas e começou a esfolhear o livro. Aparentemente entediada.

– Não sei. - Fui breve e o seu olhar começou a dar voltas em torno de mim. Ludmila, era curiosa e certamente iria começar a fazer questionamentos inoportunos. - As coisas não são como você pensa - antecipei-me e ela cresceu os seus olhos em minha direção, arqueando uma de suas sobrancelhas, logo em seguida.

– Calma, não estou pensando nada. Não sei porque tanta recusa. Você e León são casados, nada mais normal que dormirem juntos. Só estou aqui, porque o papai me pediu para que eu entregasse alguns papéis para que ele assine. Não precisava ficar envergonhada! - afirmou com sorriso pervertido visivelmente desenhado em seus lábios.

– Mas a verdade é que...

– Não precisa me explicar nada. Sua vida conjugal com o meu irmão, não me diz respeito e também já estava na hora de...

– Ludmila! - exclamei irritada e logo depois saí do quarto apressadamente, mas ela veio atrás de mim. - Não quero conversar sobre certos assuntos com você, menos ainda quando o assunto é o seu irmão.

– Não poderá fugir do meu irmão para sempre - alertou-me, enquanto me seguia no corredor. - Ele poderia ter escolhida qualquer uma, mas ele quis você, só não entendo porque ele fez isso, se sabe que você não o ama - resmungou em um tom audível, no mesmo momento virei-me para encará-la e até mesmo confrontar sua opinião.

– Também não compreendo as motivações do seu irmão, porém eu desvendarei todos os mistérios sobre o nosso casamento... custe o que custar - falei conclusiva, regredindo em sua direção. Era perceptível ódio através de minhas palavras.

– Cuidado! Você não o conhece como eu o conheço. Você pode acabar se machucando ou até mesmo pondo em risco as pessoas que você ama - afirmou com um tom estranho em sua voz, que estava trêmula. Ludmila, sabia mais do que ela havia me dito que sabia. - Entregue os papéis a ele por favor - ela me entregou uma pasta amarela, certamente com os tais papéis dentro. - Ah... hoje a noite você e ele irão a uma festa e...

– Você sabe a verdade, não é? - Indaguei estarrecida e seu semblante mudou rapidamente. - Me fala a verdade por favor - praticamente supliquei em uma tentativa desesperada de descobrir a verdade e ela começou a ficar inquieta.

– Violetta eu... León nunca me perdoaria... eu não posso. Não quero que sinta raiva de mim, mas não posso trair meu próprio irmão. - falou com seus olhos fixos ao chão do corredor. Agora estava claro para mim, ela sabia de toda a verdade. - Não esqueça... esteja pronta as 22h:15min, León não tolera atrasos. - Insitiu em desviar o assunto e depois foi embora. Deixando inúmeras interrogações em minha mente.

***

Durante todo o dia, a minha conversa com, Ludmila, martelou em minha mente e confesso que fiquei um pouco assustada com tudo o que ouvi. Ha muito tempo não me sentia tão ameaçada quão sinto-me agora e á cada dia que se passa, tudo faz menos sentido para mim. Tentei de todas as formas possíveis subtrair a verdade de minha cunhada, entretanto, sua fidelidade memorável ao irmão não permitiu que ela me falasse algo.

Agora me preparo para mais uma daquelas festas entediantes. Mesmas pessoas, mesmos gestos e comportamentos... parecem todos iguais, mesmo padrão. Não aguento mais fingir ser alguém que não sou. Posso até me vestir como uma princesa britânica, mas continuo a mesma caipira que sempre fui.

Sobre a minha cama estava o vestido, que eu usaria para aquela ocasião. Era todo em seda com alguns poucos detalhes em renda, tendo o comprimento na altura dos joelhos, o mais discreto possível. Como sempre ninguém pediu minha opinião pra nada. O traje foi devidamente escolhido por minha sogra. Banhei-me em águas mornas, na verdade passei horas em minha banheira tardando o inevitável. Após me vestir passei mais alguns poucos instantes a frente de minha penteadeira, observando à mim mesma, enquanto penteava os meus cabelos calmamente. Ouvi batidas sorrateiras na porta e no mesmo instante direcionei-me a mesma.

– Sra. Vargas, Mr. Vargas está a sua espera na sala de estar e pede para que apresse um pouco sua arrumação, pois odeia chegar em festas atrasado. - A empregada falava com certa pressa. Suas palavras eram quase inadiáveis para mim e após transmitir o recado do meu marido, a mesma retirou-se do meu quarto e eu continuei a tardar minha arrumação. Adorava deixá-lo irritado.

O vestido feito sobre medida para mim, vestia o meu corpo com perfeição. Calcei os saltos e me senti estranha, eles deixavam-me desconfortável. Discrição era a única palavra capaz de definir minha arrumação. Fitei-me através do espelho que localizava-se a minha frente e o resultado era satisfatório. Estava preparada para mais uma festa na alta sociedade portenha. Cheguei a sala e assim que me viu, León, me lançou um olhar estranho. Não sabia definir. Ele vestia um smoking preto. Seu cabelo estava aliando para trás e uma gravata borboleta preta, dava um toque sutil ao seu traje. Estava bastante elegante para ser mais exata. Ele direcionou-se á mim com certa pressa e logo enlaçou os seus braços em minha silhueta, me prenssando contra o seu corpo.

– Você está lindíssima meu amor, Kate Midtown, morreria de inveja se te visse assim - meu marido comentou mordendo levemente o seu lábio inferior. Apenas ignorei o seu comentário infame e sequer cheguei a olhar em seus olhos. Ainda estava irritada com o que acontecera na noite anterior. - Vamos? - ele cruzou os seus dedos aos meus e começamos a caminhar em direção a porta.

– Sua irmã não irá a tal festa conosco? - questionei abismada, cessando os meus passos.

– Minha irmã saiu com as amigas e você sabe perfeitamente que ela odeia esse tipo de festas. - disse e em seguida abriu a porta para sairmos.

Seguimos até a garagem da casa e dentre todos os carros que estavam ali, León escolheu a sua Mustang preta. Ele abriu a porta do automóvel e eu adentrei rapidamente. Ouvi atentamente suas instruções aos seguranças dá casa e logo depois o mesmo também adentrou ao automóvel e então rumamos a festa.

– Onde iremos, León? - questionei e no mesmo instante ele desviou sua atenção do trânsito, ficando um pouco inquieto.

– Um dos sócios majoritários dá empresa, está promovendo uma nova campanha para a arrecadação de fundos. Será uma festa de negócios meu amor e todo o dinheiro dos possíveis patrocinadores, irá para ONGs não-governamentais. - explicou com certa empolgação. Confesso que não esperava aquela resposta. - Violetta, eu queria me desculpar por ontem e...

– Não quero tocar nesse assunto com você - o interrompi bruscamente. León, pressionou suas mãos no volante com certa força e novamente desviou sua atenção do trânsito.

– Mas, eu preciso te pedir desculpas, não quero que você me odeie ainda mais. As vezes perco o controle... você me faz perder o controle - ele falava com pressa e tentando não alterar a sua voz. - Seu aroma de mulher me fez querer crescer; Seu jeito de menina encantadora me fez refletir sobre as minhas próprias atitudes; Seus olhos de estrela cadente me fez sentir esse amor por você; Seu sorriso pronfundo me enaltece; Com seu jeito meigo você me deixou assim... completamente louco - Ele deixava escapar alguns sorrisos acompanhados de suspiros, enquanto me confidenciava os seus sentimentos. Confesso que gostei de ouvir aquelas palavras. Pareciam verdadeiras.

– Não me culpe por suas loucuras. Seu amor têm outra denominação para mim: obsessão. Você é patético. - disse desdenhando explitamente suas afirmações, mas no fundo eu estava lisonjeada por sua pequena demonstração de afeto.

– Meu amor... não quero discussões com você. Só preciso que me escute. - Suas mãos pressionaram o volante com um pouco mais de intensidade. - Provavelmente nessa festa encontraramos um homem chamado, Alex Hernandez. Não quero que fale com ele, precisa evitá-lo o máximo possível - ele parecia apreensivo com algo. Alguma coisa estava lhe perturbando. - Estamos entendidos? - questionou franzindo o cenho, esperando o meu consentimento.

– Quem é, Alex Hernandez? - Indaguei afim de compreendê-lo e bruscamente o automóvel foi freiado. Estávamos parados em meio a um trânsito caótico. León, parecia ter se assustado com o meu questionamento, estava bastante empalidecido. - Quem é Alex Hernandez, León? - insisti e sua inquietação só aumentou.

– Você só precisa saber que ele me odeia e seria capaz de tudo para me atingir. Ele não é confiável. - disse convicto de suas afirmações e voltando a conduzir o automóvel que estava parado em plena rodovia.

– Mas, León...

– Não insista por favor. Tenho meus motivos para não gostar dele e isso basta. - seu tom de voz alevou-se um pouco, mas ele estava tentando manter o controle. - Quero que fique bem longe dele.

Decidi não insistir no assunto. Não queria presenciar mais uma de suas crises de mau humor diárias. Durante todo o trajeto até a festa, León e eu permanecemos em silêncio. Ele estava pensativo e eu encontrava-me exatamente dá mesma mesma forma, porém, algo estava bem claro para mim: "León tinha aversão á alguém que se chamava, Alex Hernandez, mas porque?" Era o que eu me questionava, enquanto continuávamos rumando a festa.

Um pouco distraída não notei que já havíamos chegado ao local dá festa. A casa mais parecia um palácio. Era simplesmente deslumbrante e enorme - só pra variar. León, desceu do carro, dando uma volta em torno do mesmo em seguida e então abriu a porta para que eu saísse também.

– Todos sentirão inveja de mim, por está com alguém como você... a mais bela de todas de mulheres. - sorri sarcasticamente do seu comentário insólito e enlacei os meus braços ao meu próprio corpo. - Não gosta de elogios, meu amor? - ele questionou-me se encostado em uma das portas do automóvel.

– Melhor entrarmos, Leonard! - segurei sua mão direita para irmos e surpreendente, ele me puxou bruscamente, deixando meu corpo praticamente colado ao seu, em seguida ele acariciou os meus cabelos e deslizou os seus longos dedos por minha face. Meu corpo inteiro estremeceu apenas com o seu toque. Era algo estranho... inexplicável - León...

– Não esqueceu o que eu lhe falei não é? - indagou fitando os meus lábios e com sua boca bem próxima a minha. Podia sentir seu hálito refrescante e quente batendo em minha face com veemência. Não sabia o que falar. Estava estática... assustada com a sua aproximação. A única coisa que eu consegui fazer foi assentir com a cabeça.

"Seus lábios quentes que roçavam tortuosamente sobre os meus, até então gélidos e trêmulos, possuíam uma coloração naturalmente avermelhada. Eles pareciam tão convidativos... Não!... não deveria ter pensamentos assim, ainda mais com aquele homem. Oh céus! Acho que sua insanidade me alcançou... Estou ficando louca? ... não deveria deixar-me ser influênciada por sensações estranhas, mas ele não é qualquer pessoa... meu marido é ninguém mais, ninguém menos que, León Vargas, justamente o mais lindo e louco de todos homens."

Nevorsa por ter pensamentos insanos com ele, afastei-me rapidamente e antes que seus lábios pudessem tocar os meus, tratei de afastá-los, deixando-os a uma distância considerável. Meu marido entregou a chave do automóvel ao manobrista e começamos a subir alguns degraus da escada que terminavam na entrada casa. Ele sorriu vitorioso. León, sabia perfeitamente o seu poder de sedução. Ele sabia a minha luta incansável para odiá-lo. Sentía-se bem, me vendo desconcertada. Era um perfeito canalha. "Nossa como eu odeio esse homem", falei intimamente, enquanto caminhávamos em direção á casa e assim que estávamos bem próximos a mesma, senti uma sensação estranha. Era como se algo me antecipasse que algo ruim aconteceria adinte. Na verdade aquela sensação estranha era o prenúncio de um grande desastre...


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Notas finais do capítulo

♠Classificação do capítulo: Informativo/decisivo.

♥Personagens ímpares: Violetta e León

♣Andamento: Capítulos finais (+14)

♦Expectativa: Espero que tenham gostado do capítulo e se não gostaram por alguma razão me falem pfv.

♠Novas atualizações: Próximo capítulo será postado na próxima semana.

Como se sentem ao terminarem ler esse capítulo? Para mim esse capítulo é um dos mais importantes. Então... gostaram, não gostaram? A fic merece ser continuada? Dependendo de vocês eu continuo logooooo, lembrando que meus cap são de acima de 3.000 palavras. Deixem suas opiniões, criticas... nos reviews. KISSES Honeys. XXGehxX