The Dancer escrita por Asynjurr


Capítulo 5
Chapter Four


Notas iniciais do capítulo

Hey, aposto que pensaram que eu tinha abandonado a estória, certo? E de fato eu abandonei temporariamente, mas já tenho essa fic concluída no PC, então... se eu ainda tiver leitoras, pretendo levá-la até o fim e sem tanta demora nas postagens, OKAY?

N/B: Tenham uma ótima leitura e desculpa pelo abandono e isso não irá se repetir.



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[...]

Acordei com fortes dores de cabeça. Minha garganta queimava como se estivesse em chamas. Pestanejei algumas vezes até que firmei meus olhos abertos e então deparei-me com Tomás, Lara e León que me olhavaolhavam assustados, principalmente o León, que rapidamente aproximou-se de mim ao me ver despertar.

— Você está bem, Violetta? Eu... Eu... realmente não sabia que você... Não quis te machucar, peço que perdoe-me – ajoelhou-se segurando as minhas mãos, enquanto falava e pude ver arrependimento em suas palavras, me pareceram bem sinceras.

— Estou bem León, eu só não lembro... O que aconteceu, poderiam me explicar por gentileza? – estava atordoada e ao ouvir meu questionamento todos se entreolharam aparentemente confusos.

— Meu amor... Você realmente está bem? – Tomás sentou-se ao meu lado na cama e León afastou-se no mesmo instante, ficando ao lado de Lara. – Você quase se afogou ainda a pouco por culpa desse idiota. – virou-se encarando o primo.

— Ele não tinha podia prever que sua noiva não sabia nadar, Heredia, e León já se desculpou – protestou Lara, saindo em defesa do namorado, o deixando inquieto.

— Lara! – exclamou, León alterado. – Não preciso que falem por mim, sei me defender sozinho – fixou seu olhar no meu, ficando pensativo por alguns instantes – Sempre soube. – completou, saiu batendo a porta e sua namorada saiu logo em seguida.

— Não deveria ter falado com seu primo da forma que falou – repreendi mru noivo, o fazendo repensar sua atitude. – Geralmente você é mais compreensível, dócil.

— Você têm razão, meu amor, me exaltei um pouco. A verdade é que fiquei louco ao cogitar te perder por uma irresponsabilidade, entretanto, admito que isso não me dá o direito de sair magoando as pessoas, muito menos meu primo – ao me relatar isto, Tomás também saiu do quarto me deixando sozinha.

Minhas roupas ainda estavam molhadas. Com um pouco de dificuldade consegui chegar até o banheiro. Esperei um pouco até a água aquecer, me despi e então deixei a mesma percorrer o meu corpo sem pausas. Assim que finalizei o banho, me envolvi em um roupão e assim que sai do banheiro deparei-me com Léon no quarto.

— O que faz aqui León? – caminhei em sua direção. – Já me pediu desculpas e sinceramente te perdoei, porque deduzi que não teve a intensão de me machucar, até já esqueci literaturalmente o que aconteceu – afirmei sem medir minhas palavras e León aproximou-se um pouco mais de mim.

— Sei que não deveria está aqui, mas, necessitava te entregar algo – tentei e não consegui entendê-lo, apenas limitei-me a ouvi-lo. – Não notou a ausência de nada? – questionou-me insinuando algo.

— Não. Não notei a ausência de nada – afirmei com firmeza e León olhou-me incrédulo, deixando escapar um sorriso contido.

— Você é a primeira noiva que eu conheço... – movimentou-se pelo quarto, como se estivesse procurando algo sem conter o riso. – que perde a aliança e não sente falta. Realmente está de acordo com seu casamento? – indagou com um semblante sério.

Ele era a última pessoa que deveria está me fazendo esta pergunta. Não tinha uma resposta exata na mente, tudo ainda estava muito conturbado, todavia, calar-me seria bem pior. Não queria que ele ficasse com alguma espécie de dúvidas. Precisava mostrar-me decidida decidida, por mais que eu não estivesse.

— Sim. Tenho absoluta certeza de meus sentimentos por seu primo, se é isso que deseja saber. Agora acho melhor você se retirar do quarto, não quero nenhum tipo desentendimento. Preciso ficar sozinha – fui em direção a porta e a abri para que ele saísse do cômodo o mais rápido possível.

— Vou embora, não quero que se irrite comigo, e mais uma vez desculpa por minha falta de modos com você. – As palavras praticamente pularam de sua boca e soavam sinceras.

Parecia que tudo estava esclarido, e ele realmente se direcionou a porta, porém, a um passo de estar fora do meu quarto, ele voltou e segurou uma de minhas mãos, mais precisamente segurou minha mão direita. Não o compreendi de antemão, até ele pôr a aliança no dedo em que ela deveria estar. Vê-lo colocar a aliança no meu dedo foi algo que não sei explicar, o que senti foi tão adverso ao que senti quando meu noivo a colocou lá. Assustada com meus sentimentos e pensamentos me afastei um pouco e soltei um sorriso meio que de lado e ele sorriu junto. Após os meus agradecimentos, ele despediu-se e então comecei minha arrumação.

[...]

Durante toda a tarde daquele dia um tanto exaustivo, permaneci em meu quarto descansando não só o meu corpo, mas também minha mente que encontrava-se a beira de um abismo. Minha vida pacífica e sem grandes acontecimentos havia ficado para trás. A mesmice já não fazia parte de meu cotidiano. Novos medos tomavam conta do meu ser e querer mudar de alguma forma meus conceitos já estava começando a fazer parte de meus objetivos futuros.

O relógio marcava 20:00hrs, jantaríamos no restaurante do resort dentro de alguns instantes. Voltei a vestir-me dá forma que sempre me vesti, de uma forma culta e um tanto romântica. Meu vestido era em um tecido nobre com algumas rendas na cor macaron (branco fosco) e nos pés calçava um Scarpin vermelho. Não me importei com make up, na verdade queria jantar sozinha, pois sabia que o clima à mesa não seria amigável depois do acontecido e se ao me conhecer, Lara desmontrou-se antipática, agora estava pior. Sua indiferença comigo estava insuportável, era como se eu não existisse para ela. Poderia fingir que nada estava acontecendo, todavia, sou péssima em mentir, não consigo e nunca soube omitir meus sentimentos. Ela parecia estar com dificuldade com o zíper de sua saia, tentando ser prestativa me aproximei para ajudá-la.

— Eu posso ajudá-la, se quiser. – ela praticamente me fuzilou com os olhos e logo se afastou de mim. – Você está muito bonita – pensei que ela ficaria feliz com meu comentário, entretanto, seu sorriso maquiavélico deixou bem claro que ela não acreditou em nada do que afirmei.

— Por que você é assim? – alterou um tom de sua voz, movimentando-se em torno de mim. – Sempre tão educada, meiga... perfeita. Não se cansa de ser amável todo o tempo? – Completou seu questionamento de uma forma cínica e me olhava como se exigisse respostas.

— Não sei ser de outra forma e... E também não pretendo mudar! Sou feliz assim – não estava conseguindo enganar nem a mim mesma quem dirá a esta garota bem mais experiente que eu.

— Você pode ser tudo, tudo mesmo, Violetta Castillo, mas feliz tenho absoluta certeza que você não é – comentou certa de suas afirmações e senti vontade de engana-la, entretanto, me contive e respondi a altura.

— Não fale de mim como se me conhecesse, porque você não me conhece e rotular as pessoas antes de conhecê-las e no mínimo muita petulância de sua parte. – Não me reconheci pronunciando aquelas palavras, certamente um espírito zombeteiro havia tomado conta do meu corpo. Lara, após estreitar seus olhos em minha direção virou-se e voltou a se arrumar.

Estava em um campo minado e sentia que qualquer passo em falso causaria uma explosão de ofensas. Ouvi algumas batidas na porta e então me direcionei a mesma. Tomás estava diferente, suas vestimentas descontraídas e o cabelo bagunçado de uma forma elegante deixaram-me estática. Um sorriso alinhado rasgava sua face ao me ver e logo suas mãos entrelaçaram-se as minhas.

— Você está linda, meu amor – comentou acariciando meu rosto e o levando para perto de si. – Podemos ir agora se quiser, se já estiver pronta – apenas assenti com a cabeça e então fechei a porta saindo do cômodo.

Caminhamos por um corredor extenso e não demorou muito estávamos no restaurante. Ambientes requintados sempre fizeram parte de meu cotidiano, portanto, não era nenhum deslumbramento para mim está ali. Encarava meu noivo e atentamente ouvia suas queixas relativas a seus funcionários. Tomás, é um arquiteto renomado, herança de seu pai e desde os 20 anos comanda a empresa de sua família. De certa forma o admiro por ele ser como ele é. Sorrisos forçados formaram-se em meus lábios ao ouvir suas piadas machistas. Era incrível como sua personalidade era igual a do papai. Alguns instantes depois, Lara e León chegaram a mesa onde estávamos e juntaram-se a nós dois.

— Desejam algo, senhores? – gentilmente um dos garçons nos entregou os cardápios. – Uma água, um bom vinho, uísque...? – sugeriu.

— Apenas água para todos – Tomás direcionou seu olhar para León, que certamente pediria uma bebida, o deixando visivelmente irritado.

Na mesa apenas Tomás e León conversavam, Lara e eu apenas escutávamos as sandices pronunciadas pelos dois. "Certamente o garçom se enganou e trouxe álcool ao invés de água", afirmei mentalmente. Em todos esses anos de convivência, não havia presenciado meu noivo com um comportamento tão infantil e juntamente a León estava parecendo um "retardado mental". Já estava ficando constrangida quando felizmente o prato principal foi servido. Sem pressa apreciamos a refeição e por maldade ou vingança, Lara acabou derramando sua taça de vinho em meu vestido. Sabia perfeitamente que havia sido propositalmente, seu sorriso vitorioso deixou-me com náuseas e por mais que houvesse explodido de raiva por dentro, como boa dama que sou me contive por fora, sucumbindo minha vontade de estapia-la.

— Quer que eu te ajude, Violetta? – com cinismo mostrou-se prestativa. – Não tive a intenção de manchar seu lindo vestido – apenas ignorei suas explicações, me levantei da mesa e fui embora do restaurante.

A noite havia acabado, pelo menos pra mim. Olhava meu vestido manchado pelo vinho e sentia o sangue fever em minhas veias. O certo seria ir para meu quarto e passar o resto dá noite me lamentando como sempre fiz, entretanto, estava exausta de lamentar minha vida.

Estava extremamente escuro, a névoa densa mesclada a fortes ventos faziam com que todos os pêlos de meu corpo se eriçassem. Caminhei ao mesmo lugar onde mais cedo estive. Sentei-me
próxima ao lago e então tirei os saltos de meus pés e permiti que os mesmos tocassem aquela água gélida. Um pouco mais calma relaxei meu corpo. Minhas mãos estavam pressionadas no chão e minha cabeça estava inclinada para trás.

Algum tempo se passou. Já estava ficando tarde e certamente deveriam estar preocupados com meu sumiço então decidi voltar para o meu quarto e nesse momento senti duas mãos pressionarem minhas costas. Sem me controlar soltei um grito e me apavorei quando minha boca foi coberta por uma mão e um de meus braços pressionado contra meu próprio corpo. Já estava começando a rezar mentalmente quando... Quando ouvi risos e por estranho que pudesse parecer aquela risada me era familiar.

— Calma por favor e não grite, Violetta – ordenou e ainda atordoada não consegui distinguir aquela voz que soava rouca bem próxima aos meus ouvidos me causando arrepios por todo o corpo. – Sou eu Violetta, León.

— Você é louco? – rosnei me desvencilhando dos braços que me prendiam. – Quase me matou de susto! – voltei a rosnar, visivelmente irritada e comecei a caminhar em direção ao resort.

Nao cheguei a caminhar dois passos e senti meu braço ser fortemente pressionado. Léon estava alterado, mal se aguentava em pé e um copo, provavelmente uma bebida, que estava em suas mãos me deixou um pouco assustada. Não sabia o que ele iria dizer ou fazer, no entanto, queria sair de onde estava o quanto antes.

— Está com medo de mim, linda menina? – roçou seus lábios em meu ouvido enquanto falava. – Não... sou... Não sou o "lobo mal" – após ouvir tais sandices tive certeza que ele estava completamente bêbado.

— Você não me dá medo Léon, suas atitudes sim. – esbravejei frustrada o deixando pensativo. – Largue-me por favor, quero ir embora – praticamente implorei, enquanto me debatia e ele segurou meu braço com bem mais força.

— Calma Srta. Castillo, só vou te dizer duas coisas: a primeira é que você não...

— León, não quero ouvir nada! – me exaltei e minha voz já estava ficando embargada. – Largue-me ou...

— Ou o quê Violetta? Vai gritar, é isto? – completou a frase deixando-me apavorada e por mais que eu tentasse não conseguia me soltar de sua mão que continuava a pressionar o meu braço.

— Por favor deixe-me ir embora. – implorei com meus olhos já marejados, tentando comovê-lo de alguma forma, e sua irritação deixou bem claro que não funcionou.

— Cala... Essa... Sua boca! – gritou jogando o copo no chão o deixando em cacos. – Sabe o que você está merecendo? – suas palavras não soaram como uma pergunta e sim como uma ameaça, para meu desespero.

— O que você vai fazer comigo? – murmurei baixo e o sorriso zombeteiro que formou-se em seus lábios não me pareceu um bom sinal.

Como um predador, León aproximou-se bruscamente de mim e então...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi maiorzinho Hehehehehe, será que Diego morreu? Ou ta em coma? O que vocês acham que irá acontecer com ele? E no próximo capítulo tem personagem nova hehehehehe.

N/B1: Se pelo menos uma alma viva aprecer e deixar sua opinião, eu posto no sábado/domingo, do contrário, vou acreditar que seja melhor desistir da estória. Então COMENTÁRIOS POR FAVOR E FAVORITOS TAMBÉM SERÃO BEM-VINDOS WOOW!

N/B2: Estou com mais duas fic em andamento como coautora, apareçam lá:

Link Incurable Brands: https://fanfiction.com.br/historia/635590/Incurable_Brands/

Link O Novato: https://fanfiction.com.br/historia/639311/O_Novato/



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