Três gerações três tempos escrita por Laslus


Capítulo 20
Capítulo 19 - Remus John Lupin


Notas iniciais do capítulo

Olha, eu não posto a quase dois meses. Nossa. Eu não sei como vocês me aguentam, jesus. Mas olha, eu acabei de reler uma fanfic de Harry Potter de 136 mil palavras por que a escritora postou um capítulo pela primeira vez em dois anos. Então é, poderia ser pior eu acho.
Enfim. o próximo capítulo é potencialmente o meu favorito até agora, por que acontecem muitas tretas e violencia. eu adoro Treta, treta é a coisa mais divertida do universo de escrever. Eu adoro. enfim, esse capítulo não tem muita treta, infelizmente, mas não se preocupem, treta virá. esse capítulo é mais suave, um pouco triste, lágrimas são jorradas, sinto muito.

Enfim, eu espero que vocês gostem! Ah, esse é o primeiro capítulo que eu posto depois de estar OFICIALMENTE formada do ensino médio. Oh yeah, eu não tenho mais função social, e fuvest é em dois dias, me desejem sorte. Eu vou prestar /física/. Eu sei, loucura.

Música: The Kids Aren't Alright - Fall Out Boy

Aproveitem o capítulo!



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Se Harry achou que pesquisar sobre Horcrux havia sido exaustivo, pesquisar sobre viagem no tempo beirava o suicídio. Estando no recesso de Natal, sem nenhum outro trabalho da escola, sem treino de quadribol e sem nenhuma aula, eles não tinham uma mísera desculpa para parar de vasculhar entre as páginas empoeiradas de pilhas e mais pilhas de livros.

Três longos e bizarros dias haviam se passado desde a última conversa com Dumbledore. O diretor desapareceu da escola no mesmo dia, Snape apenas informou que ele tinha assuntos a tratar com a ordem. Ordem que não havia mandado uma mensagem sequer, nem mesmo Molly Weasley havia enviado uma carta animada com a ideia de netos.

Alguns professores membros da ordem apareceram na sala precisa no decorrer dos dias. Minerva foi a primeira, entrando afobada na sala, Snape em seus calcanhares.

—Bobagens, Severus, eu me recuso a não ver essas crianças mais uma vez. — ela disse, o rosto voltado para o professor enquanto ela entrava na sala.

Ela parou na porta, o coque apertado como de costume, mas o rosto se desprendeu de sua usual expressão severa suave e lentamente ao olhar em volta, um sorriso triste combinando com seus olhos enormes apareceram no lugar.

—Lily. James. Alice. Frank. Sirius — ela disse lentamente, como caso se ela falasse muito alto ou muito rápido a ilusão se desfaria, levando eles embora.

Eles sorriram para a professora, desconfortáveis com seu olhar fixo. Ela não pareceu perceber o desconforto, pois em dois passos estava do lado deles, puxando Lilian e James, e depois Alice e Frank, Remus e finalmente Sirius para um abraço.

—Me desculpem. — ela se recompôs, passando a mão sobre os olhos — eu imagino o quão inapropriado isso deve parecer para vocês. Só… fazem muitos anos.

Os garotos sorriram para a professora, e Lilian abriu a boca com o intuito de dizer algo que a acalmasse, mas Sirius virou para Remus e disse em voz alta.

—Você me deve cinco galeões.

Remus franziu o cenho, confuso

—Eu oque?

—Me deve cinco galeões. Eu apostei que eu conseguiria um abraço da Minerva antes de nos formarmos.

A sala inteira deu risada, e Minerva sorriu, negando com a cabeça.

—Não, Sirius, — corrigiu Remus — você disse ‘você acha que eu consigo fazer minerva me abraçar antes de nos formarmos? ’, eu disse ‘não faça isso’ e você disse ‘você dúvida? Fechamos uma aposta, cinco galeões’ para o que eu respondi ‘não’ e voltei a ler enquanto você saia animado para o quarto.

—Detalhes. O que importa é que eu ganhei a aposta.

—Eu não sei se conta, Sirius — apontou James — tecnicamente ela te abraçou em 1996, vários anos depois de nós nos formarmos.

Sirius grunhiu e virou para a professora.

—Mini, quais as chances de você me abraçar de novo, só que em 1976?

Ela respondeu com uma revirada de olhos apesar de um sorriso constante em seu rosto.

—Vocês não mudaram nada.

Ele piscou para ela.

—Você sentiu nossa falta.

—Que Merlin me ajude, mas sim, eu senti — ela suspirou — Os Marotos de volta para o castelo, depois de tantos anos.

—Hogwarts aguenta — riu James, passando a mãos pelos cabelos

—Hogwarts eu estou certa, não tenho tanta certeza sobre mim. — riu Minerva, antes de se virara para o restante da sala — Eu creio não conhecer vocês. Eu sou…

—Minerva. Mini. Nós te conhecemos — Riu Alvo com uma sutil reverencia — Alvo Severo Potter, filho de Harry e Gina.

Lilian Luna cotovelou o estomago do irmão.

—Desculpe por ele, Professora McGonagal. Ele não tem senso de, bom, nada.

—Não escute ela, Mini, — Riu James Sirius — Bom, quero dizer, Alvo não tem senso, mas esse não é o ponto. James Sirius Potter.

Lilian grunhiu para ele, mas minerva apenas riu e negou com a cabeça.

—Não se preocupe senhorita, eu estou muito acostumada com Potters. — Ela olhou os dois garotos e soltou um suspiro antes de olhar para Harry — James Sirius, como se eles não tivessem me dado trabalho o suficiente uma vez.

—Isso por que a senhora não viu a competição de peças de Alvo e James Sirius nos primeiros anos. — apontou Franek — Ou Scorpious e Rose quando resolvem ajudar Alvo. Ou Teddy Lupin e Victoria Weasley. Ou Fred II.

—Merlin. — ela grunhiu, acariciando as têmporas — Eu preciso me aposentar.

Sirius, James e Remus riram em voz alta.

—Ninguém melhor para aguentar isso que você — afirmou James com convicção

Minerva ficou por pouco tempo, apenas o suficiente para ouvir o restante das apresentações e trocar algumas palavras melancólicas com Lilian, James, Frank e Alice. Ela não apareceu de novo nós dois dias que seguiram. Na realidade, poucos professores apareceram. Sloghorn apareceu e passou a maior parte do tempo conversando com Lilian, mas fora por pouco mais que meia hora, antes de desaparecer por de trás da enorme porta.

Porta a qual nenhum deles pode atravessar por três dias. E, como Harry viria a descobrir, viver em uma sala fechada com o mesmo grupo de pessoas por dias e dias era mais do que exaustivo, especialmente se aquele grupo fosse sua família e amigos que viajaram no tempo. Hermione apartou cerca de quatro brigas entre Snape e os marotos e Rose duas entre Harry e Rony contra Draco Malfoy.

—Crabble e Goyle devem estar enlouquecidos me procurando. A esse ponto eles devem ter mandado uma mensagem para meus pais. — grunhiu Draco, afundando a cabeça em um grosso livro antigo de feitiços —Caso, sabem, vocês estejam preocupados com comensais da morte suspeitando de algo.

—A ordem deve ter pensado em alguma coisa, Malfoy — respondeu Hermione, com um bocejo, anotando alguma coisa em um pergaminho lotado antes de continuar — mas agradecemos sua pseudo-preocupação.

—A esse ponto, eu faço qualquer coisa que me tire dessa sala.

—Se tudo der certo, Sr. Malfoy — disse uma voz na porta da sala — o senhor não terá que fazer muita coisa.

Todos se viraram, levantando os rostos dos livros ou interrompendo conversas em grupos pequenos, olhando para a porta aberta. Dumbledore tinha entrado, um sorriso no rosto apesar de seus olhos cansados. Atrás dele entrava um adulto cauteloso e receosamente, como se tivesse medo do que lhe fosse acontecer.

—Remus? — perguntou Sirius, olhando para o último a entrar antes que a porta se fechasse com um baque seco.

Lupin-adulto se voltou para o dono da voz, os olhos derretendo ao olhar James, Sirius e Lilian, lado a lado, encarando-o confusos apesar dos sorrisos fracos. Ele andando, ainda em um passo muito lento, até o grupo.

—Você está velho. — Decretou Sirius.

Lupin soltou uma risada, que se estendeu até se perder em lágrimas e soluços. Ele caiu de joelhos na frente dos três, em um choro silencioso que ainda continha traços de uma risada que ainda teimava em não desaparecer. As lágrimas corriam livremente por seu rosto abatido e cansado, mas mesmo assim ele não escondeu o rosto nas mãos.

James foi o primeiro a cair ao seu lado e o abraçar com força, se deixando chorar em seu ombro também. Lupin retribuiu o abraço, e logo Lilian estava do seu lado, e ele escondeu o rosto na curva de seu pescoço, molhando o cabelo ruivo de lágrimas.

—Desculpem. — ele disse após um tempo, a voz roupa — desculpem, eu só…

—Hey aluado, não precisa pedir desculpas — murmurou James

Ele se desvencilhou do abraço e secou os olhos com a mão antes de olhar para Sirius, ainda de pé, olhando os três com um certo desconforto, como se incerto do que fazer. Lupin sorriu.

—Eu fiquei velho e você não me abraça mais? — ele brincou

Sirius lançou um sorriso para ele

—Ah, sabe como é, eu vou para cadeia por doze anos e é tudo que você precisa para…

Mas ele não conseguiu terminar a frase, por que Lupin o puxou pelo braço com força, fazendo ele cair de joelhos também. O adulto apertou o menino e murmurou.

—Me promete que ele não vai te perder como eu te perdi.

Sirius hesitou um pouco antes de retornar o abraço.

—Você me conhece, se tem algo que eu sou bom é em grudar nas pessoas.

Lupin deu risada e se soltou do abraço, levantando do chão e apertando os olhos novamente. Ele os abriu para se ver, vinte anos mais jovem, parado um pouco atrás do grupo, o olhando com os olhos arregalados.

—Eu sei — disse o adulto — nós não envelhecemos com tanta graça.

Remus-adolescente apenas mexeu a cabeça, seu olhos grudados no homem a sua frente.

—Isso é muito surreal. — ele murmurou, dando alguns passos a frente.

—Nem me fale. — riu Lupin, secando as lágrimas ainda no canto dos olhos antes de colocar a mão do bolso e puxar um frasco — Ah, antes que eu me esqueça: não perca isso. Amanhã, as seis da tarde em ponto, tome todo o frasco e se tranque numa sala.

Remus-adolescente pegou o fraco da sua versão mais velha, tencionando quando suas mãos se tocaram momentaneamente, relaxando ao perceber que nada aconteceu se não um mero toque de mãos. Ele então voltou sua atenção para o pequeno frasco de vidro em suas mãos. O pote era elaborado, e em seu interior tinha uma mistura estranha de fumaça azul e um líquido viscoso da mesma cor.

—Isso é Wolfsbane — explicou o adulto, com um sorriso. — Fui informado que já te disseram os efeitos.

O garoto olhou o frasco com olhos arregalados

—Eu… Obrigada. — ele murmurou, guardando o pequeno pote em seu bolso

—Isso não é um passe livre para caminhar pelo campus na noite de lua cheia. — riu Lupin, olhando diretamente para Sirius e James — por essa noite, fique na escola.

Aluado-adolescente olhou apreensivo para Dumbledore

—Eu nunca faria isso — ele afirmou com veemência

James e Sirius concordaram no fundo.

—Isso seria ridículo. — Confirmou James, com tanta naturalidade que, se não fosse seu sorriso, Harry talvez acreditasse. — Sem contar idiótico. Todos sabem que um lobisomem não tem controle enquanto transformados, e que humanos não podem conte-los.

Dumbledore sorriu, os olhos azuis brilhando por de trás dos óculos de meia lua.

—Ela já sabe a muito tempo — riu Lupin-adulto

—O que significa que eu preciso ter uma conversa com os senhores. — disse Dumbledore com um tom de humor por de trás da voz ríspida.

Eles três estremeceram, e Lupin-adulto deu risada, murmurando “boa sorte” para os três antes de se virar para Harry, que olhava a cena com um sorriso quase melancólico no rosto.

—Hey, Harry — ele disse, abraçando o garoto com força antes de bagunçar seu cabelo como se Harry fosse pequeno, apesar de terem a mesma altura — Como você está?

Harry riu com as narinas.

—Confuso.

—Eu imagino — Remus riu de volta — estou feliz que você teve, pelo menos, uma chance de… você sabe.

Harry sorriu.

—É, eu também.

Remus suspirou, olhando em volta, cumprimentando comum sorriso os demais ex-alunos.

—Fiquei sabendo de algumas outras surpresas também. — apontou Remus — Você, Gina e… quantos filhos? Três?

—Ah, sou eu o cara com as surpresas? — perguntou Harry — Tem uma pessoa que deve querer te conhecer.

O garoto apontou com a cabeça para o menino sentado, cabelos azuis bagunçados e o olhar claramente tentando evitar encarar fixamente Lupin. O adulto respirou fundo, o rosto cheio de cicatrizes corando suavemente.

—Me deseje sorte.

—Ah, — riu Harry — Eu já passei por isso, você vai precisar.

Remus se virou, andando em direção a Teddy – que foi abandonado pelos amigos no instante em que o adulto se virou para eles. Ambos se olharam por alguns segundos, claramente desconfortáveis, até que Lupin se pronunciou.

—Oi.

Automaticamente o cabelo de Teddy mudou do costumeiro azul para um loiro-escurecido, no mesmo tom que seu pai a sua frente. Remus sorriu para a mudança de cabelo, o que fez o garoto apenas corar e ter seu cabelo puxar alguns tons para o ruivo, avermelhando junto com sua face

—Desculpe, ele, ele faz isso — murmurou Teddy ficando mais corado e apontando para o próprio cabelo, antes de passar a mão sobre ele, traços de azul aparecendo entre o castanho-avermelhado. Ele pareceu desistir depois de alguns segundos, deixando ele perder os tons ruivos e retornar para um loiro escuro — Oi. Eu sou Teddy.

Remus soltou outra risada com um tom desesperado. Agora, com os cabelos do mesmo tom, era fácil de notar as semelhanças entre ambos – muito embora ele não soubesse apontar o que era semelhança e o que era alterado pelo metamorfomago.

—Eu sei. Uh… Remus, mas você deve saber.

Teddy soltou uma risada nervosa.

—Sim. Uh… Eu não tenho a menor ideia de como… É um prazer.

—O prazer é todo meu. — respondeu Remus, passando a mão na nuca — É… Bom saber que você também não sabe o que fazer. Me conte algo sobre você.

—Uh… Eu sou um Grifinório, me formei sete anos atrás, eu estou terminando um curso em transfiguração avançada, eu tenho uma namorada. O nome dela é Victorie, ela, uh, ela é uma Weasley e parte vella, ela está fazendo uma viagem pelo mundo para encontrar criaturas fantásticas com uma, uh, amiga do Tio Harry.

Os olhos de Lupin brilhavam interessados enquanto o garoto falava, dando uma mistura de vergonha e orgulho para continuar falando.

—Isso é fantástico — murmurou o adulto —Você parece fantástico. Transfiguração, Grifinória, namorada…

—É, não é nada ruim — riu Teddy — a pior parte são os primos que acham que eu não sei quando eles estão escutando. Alvo, desfaça o feitiço, sim?

—Foi ideia da Rose! — exclamou o menino do outro lado do quarto, sentado lado a lado de Rose, James Sirius e Hugo. A ruiva encolheu os ombros.

Remus soltou uma risada alta enquanto Teddy encarava bravo os adolescentes até que Rose soltasse um bufo e puxasse a varinha, murmurando algumas palavras antes de fazer uma careta para Teddy.

—Desculpe por isso, eles são intrometidos.

—Não por isso, — Respondeu Lupin, claramente achando graça — eles me lembram Sirius e James, eu estou surpreso que eles não estão escutando a conversa.

—Talvez você tenha que agradecer a si mesmo por isso — riu Teddy, apontando para os marotos, que claramente discutiam com Remus-adolescente — mas… Eu falei muito, por que você não fala alguma coisa?

—Ah, eu não saberia o que dizer, a esse ponto eu já devo ter contado tudo… — ele deixou as palavras indo abaixando de volume, assistindo tanto o cabelo quanto o rosto do futuro-filho perdiam o brilho — A não ser que eu não tenha sobrevivo para te contar. Ah, Teddy, eu sinto tanto.

Teddy sacudiu a cabeça, o cabelo azul castanho.

—Não precisa pedir desculpas, eu… Eu sei que não foi sua culpa.

Remus apoiou uma mão no ombro do garoto, os olhos tristes olhando o filho apesar dele evitar retribuir o olhar

—Eu não vou deixar isso acontecer de novo.

Teddy riu sem humor, finalmente olhando para cima, diretamente nos olhos do pai.

—Eu não sei se você pode, mas espero que sim.

Remus sorriu tranquilizador.

—Eu sou viciado em chocolate. — começou Remus, continuando apesar do olhar confuso de Teddy — Eu namorei meu melhor amigo na escola, mas isso você já sabia. Eu não fiz nenhum curso após Hogwarts devido a minha licantropia, mas eu ajudei a criar um grupo de rebelião contra Voldemort, do qual eu ainda faço parte, vinte anos mais tarde. O que, agora que eu penso, me faz parecer muito mais radical do que eu realmente sou. Eu fui professor de Hogwarts por um ano, e provavelmente fui o único professor de Defesa Contra as Artes das Trevas de Harry que não tentou atacar ele de alguma maneira. Meu patrono é um lobo, ironicamente, e eu detesto isso. Meu bicho papão é uma lua cheia. Eu nunca aprendi a voar numa vassoura, apesar das inúmeras tentativas de James e Sirius (uma cuja o resultado foi duas semanas na enfermaria, por que James jurava que sabia fazer um feitiço amortecedor no primeiro ano).

Teddy deu risada, encostando as costas em uma das camas. Eles conversaram por um tempo, mas as palavras trocadas ainda eram duras e envergonhadas. Não demorou muito para que eles se dispersassem, Remus com o pretexto de explicar os planos de Ordem.

Todos os adolescentes (incluindo Draco e Severus, que fingiam desinteresse apesar de estarem ouvindo com atenção) se reuniram em torno de Lupin-adulto, que sentara sobre um dos baús aos pés das camas. Dumbledore havia colocado os melhores nomes para procurar por qualquer anomalia, e os infiltrados no Ministério tentavam coletar informações. Pelo que eles haviam recolhido, o governo estava alheio a tudo e, embora Snape afirmasse que Voldemort sabia do acontecido, eles não podiam ter certeza se fora um plano do Lorde das Trevas.

—Mas o ministério vem registrando uma fonte incomum de magia vindo do castelo. Eles ignoraram, é claro, contando que o ponto está em Hogwarts, mas Moody tem certeza que significa que seja lá o que os trouxe aqui ainda está funcionando. Nós só precisamos descobrir o que é e como funciona. — ele terminou

—E então podemos voltar para casa. — Concluiu alvo com um sorriso satisfeito — eu sinto falta do meu salão comunal e dos meus amigos.

—Nós somos seus únicos amigos, Alvo — apontou Scorpious, gesticulando para si próprio e para a namorada

—Blasfêmia, eu tenho muitos amigos, eu só passo tempo demais com vocês dois. E, principalmente, eu tenho garotas que não são minhas primas de primeiro grau

Remus-adulto reprimiu uma risada

—Acho que Harry trocou o nome dos filhos dele — ele comentou — ele está mais para James Sirius do que qualquer coisa.

—Nah, James Sirius já ficou com metade das garotas de Hogwarts. — Comentou Rose — ele só entrou nessa fase mais relaxada por que ele quer que uma garota goste dele.

James Sirius tentou argumentar, mas ninguém dera ouvidos a suas interjeições ofendidas. Remus-adulto sorriu suavemente.

—Agora sim ele soa como um James.

—James não está em uma fase relaxada — apontou Sirius

—Espera até ele e Lily começarem a sair, chegava a ser ridículo, por alguns meses era como se só existissem cinco pessoas em Hogwarts inteira. Nós quatro e Lily.

James corou suavemente, grunhindo em alto e bom som enquanto Lily sorria para ele zombeteiramente. Sirius, no entanto, olho desesperado do amigo para o adulto a sua frente.

—Mas… quem vai ficar comigo para dar em cima das garotas?

—Eu não sei por que o desespero — disse Frank — você está namorando.

—Sim, mas você não faz isso pelo ato de ficar com a garota — declarou Sirius dramaticamente — você faz isso pelo seu orgulho! Pela sensação de adrenalina! Pela…

—Você se escuta falando as vezes? — perguntou Remus-adolescente — ou você só fala besteira enquanto pensa sobre outra coisa?

Sirius calou a boca, cruzando os braços sobre o peito.

—Ok, ok, deixe James ser um bobo apaixonado maior ainda. Pelo menos sei que eu ganho um afilhado legal depois de um tempo.

—Meu filho não é um prêmio de compensação, Sirius — Riu Lily

Harry deu a língua para o padrinho, apesar de achar graça da situação inteira. Remus-adolescente, puxou o namorado para perto, tentando faze-lo parar de falar. Em pouco tempo, os usuais grupos de conversa se dispersaram, mas Harry podia notar como eles não eram mais os mesmos que no dia em que chegaram. Gina e Neville conversavam com Rose, Alicia e Teddy. Entre os marotos havia um James Sirius rindo silenciosamente.

Harry tinha certeza que Lupin-adulto sentaria com os marotos, mas ele se aproximou do próprio. Ele se sentou ao lado de Harry no chão, grunhindo um pouco para abaixar como se ele fosse trinta anos mais velho. Harry permaneceu em silencio enquanto o ex-professor se acomodava, esperando ele se pronunciar.

—Eu acho que eu te devo algumas respostas. —murmurou o adulto após alguns segundos, já propriamente sentado

—Sim — respondeu Harry, segurando a resposta sarcástica na ponta da sua língua — Algumas, sim. Você e Sirius?

Remus suspirou.

—Nós devíamos ter contado, eu sei. Sirius queria, mas eu achei que ia se tornar mais um problema para você.

—Como isso seria um problema? — perguntou Harry — eu tinha o direito de saber. Ele é meu padrinho.

—Você tinha. Mas nós estávamos andando sobre ovos entre nós, eu não queria te meter nisso. Entenda, quando James e Lilian resolveram se esconder, eu e Sirius estávamos brigando, por motivos bobos, mas estávamos. Nós morávamos juntos e acho que a guerra deixou todos muito estressados. Ainda nos amávamos muito, claro, mas não era um bom momento. Quando Sirius foi preso, eu perdi completamente. Eu achava que meu namorado, com quem eu morava havia 5 anos, tinha assassinado três dos nossos melhores amigos. Quando ele voltou nós não sabíamos o que fazer. Doze anos sem nos falarmos. Doze anos é uma vida, onde eu havia feito o possível para seguir em frente, e ele não pode deixar nada daquilo para trás se quisesse sobreviver. Eu… Eu havia conhecido Tonks, para complicar um pouco mais. Nós não estávamos namorando novamente, mas nós nunca chegamos a ter um final para o que começamos. Era complicado. E ainda por cima de tudo, nós somos os amigos de seus pais, ele era seu padrinho…

—Eu entendo. — disse Harry — e eu não me importo com o complicado, de verdade. Eu não me importaria.

Remus sorriu melancolicamente para o garoto.

—Eu sei, eu só tive medo de te contar. Eu sinto muito.

Harry assentiu.

—E Tonks?

Remus sorriu de leve.

—Ela é uma auror fantástica, conheci ela durante uma missão de treinamento dela. Nós saímos por um tempo, mas… é uma péssima ideia. Eu sou muito mais velho que ela, além do mais, sou um lobisomem, não é seguro para ela. Ou para Teddy.

Harry virou a cabeça para olhar o garoto de cabelos azuis conversando animadamente com Gina.

—Ele parece bem para mim. — ele apontou

—Nós dois sabemos que eu não sobrevivo essa guerra, pelo menos não no mundo dele — murmurou Remus — eu vou fazer meu máximo para sobreviver nesse.

—Você acha que podemos fazer isso? Mudar o tempo?

Remus encolheu os ombros.

—Acho que nós temos que acreditar que podemos.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Detestaram? Pode melhorar? Tem teorias, desejos, agustias? Contem tudo nos comentários, que eu estou lentamente respondendo. Eu sou um ser confuso, eu sei, mas eu juro que eu leio absolutamente todos os comentários e amo todos eles (especialmente os longos), e eles me deixam toda feliz e alegre e pulando pelo quarto. é sério.

Anyways, só eu venho notando que meus capítulos estão ficando cada vez mais longos? Enfim.

Espero ver todos vocês nos comentários!

Beijos,

Laslus