Na noite passada eu realmente a surpreendi. Ela não fazia a menor ideia de onde íamos até chegarmos ao restaurante, era romântico, tinha musica ao vivo e a comida era deliciosa. Claro que não acabou ai, o que mais gostei foi de quando chegamos a casa, cada noite com Kate sempre é melhor que a última.

Começo a sentir vários beijos no meu pescoço e rosto; sorrio suavemente. Adoro esse lado dela, carinhosa e amorosa. Antes de começarmos a namorar nunca imaginei esse seu jeito.

– Hm. – Murmurei ao sentir seu corpo colado ao meu. As lembranças da noite passada vieram a minha cabeça me fazendo lembrar que ela estava nua. Ter a visão de Kate nua é praticamente um “Viagra”, qualquer um ficaria excitado. – É muito bom acordar assim. – Abro meus olhos e dou de cara com aqueles verdes alegres e um enorme sorriso de menina que ela tem.

– Bom dia. – Ela fala e me beija. Os beijos dela são sempre uma coisa que não posso explicar, é um misto de doce e selvagem. Ela lambe e mordica e beija no lugar, isso me faz tão louco!

– Alguém já está bem animadinha, hãn. – É engraçado que depois de todo esse tempo ela ainda fica vermelha quando brinco com algo relacionado a sexo. Kate é a mulher mais sexy que já conheci e ao mesmo tempo a menina mais doce.

– Só queria acordar meu noivo do jeito certo. Pensei que gostasse. – Eu sei que ela gosta de me provocar, mas eu nunca consigo diferenciar quando ela está ou não, por isso que sempre caio. Mas não dá, depois de anos tentando conquista-la tenho medo de magoa-la.

– Não! Eu gosto. Gosto muito. – Abraço ela que começa a rir; de novo fui pego. – Ok engraçadinha. Só falei isso porque depois de ontem à noite não imaginei que fosse acordar pronta pra mais. – Coloco minha mão no quadril dela e vou subindo devagar em uma caricia suave e a sinto se arrepiar.

– Sabe o que eu quero muito agora? – Ela sussurrou em meu ouvido, só a voz dela já fazia tantas coisas comigo. Deus! Eu apenas neguei com a cabeça abobalhadamente. – Eu quero – Ela mordiscou meu pescoço. Sei que ela já pode sentir meu estado. – quero ver seus anuários. – E lá se foi o clima, ela gargalha. Ela, com certeza, será minha morte.

– Sério? – Minha voz sai meio fina, mas não ligo. – Você estava me seduzindo só por isso? – Ela ri de mim.

– Colocando assim faz parecer que sou uma pessoa muito ruim.

– Mas o que fez... Eu estava animado. – Minha cabeça cai no travesseiro e eu sei que agora estou parecendo uma criança. Escuto ela dar uma risadinha, Kate passa a mão no meu cabelo e me dá um selinho.

– Por favor, Rick. – Ela pede manhosa; ainda não respondo, é bom ser bajulado às vezes. – Rick? Eu te mostrei o meu.

– Não. Eu achei o seu, é diferente.

– Mas eu te contei o que eu fazia naquela época. – Ela me olhava com uma carinha tão fofa. – Por favor.

– Eu não sei. – Kate já percebeu que eu vou ceder. Ela me conhece bem demais.

– Se te fizer feliz posso olhar vestida assim. – Oh, Deus!

– Ma-mas você não... Está nua. – Eu olhei o corpo dela coberto pelos lençóis e olhei para seu rosto; ela estava rindo daquele jeito malicioso. – Ok ok! Pode pegar. Última gaveta no final do armário. – Sorriu e se levantou.

Suspirei. Como ela pode fazer isso? Ela apenas se levantou totalmente nua e foi rebolando para o closet. Depois que ela visse esses livros eu iria ataca-la.

– Vamos começar. – Ela sentou-se, abriu o primeiro e procurou pela minha foto. – Oh meu Deus! Esse era você? – Ela aponta pra foto. Eu era gordo, baixinho e usava aparelho também, isso é tão constrangedor.

– Sim. – Resmungo.

– Oh, você era tão fofinho! – Ela riu. Não é engraçado! Eu era zoado todos os dias, parecia até filme. – E de aparelho.

– Haha. Não era legal.

– E participava do... Clube do quadrinho? – Assenti sorrindo. – Nunca vi isso.

– Claro, fui eu que inventei. – Sorri orgulhoso, vi o olhar surpreso dela. – Falávamos apenas de quadrinhos. Quem tinha edições raras levava pra todos lermos juntos e tudo mais.

– Poxa, queria que tivesse um desse na minha escola. Foi uma ideia muito boa.

– Por isso que alguns garotos queriam me bater quase todo dia. Isso era muito nerd. – Ri de mim. Um gordinho de boca de lata que gostava de HQ’s, alvo fácil.

– Own – Ela apertou minha bochecha e me beijou. – E hoje você é um escritor de best seller. E os nerds são sempre os melhores. Eu era nerd! – Ela sorriu e me beijou de novo. Amo quando estamos sozinhos e ela pode ser ela mesma, carinhosa, engraçada, um pouco maluquinha. - Esse foi... 8ºano. Vamos para o nono. – Ela abriu o livro e começou a procurar por mim. – Hm... Emagrecendo.

– Foi quando tive minha primeira namorada.

– Qual o nome? – Ela perguntou foleando.

– Camila Rodriguez. Ela era latina.

– Achei! – Ela apontou para a foto. – Ela era muito bonita! Vocês faziam um casal fofinho. – Ela gargalhou.

– Prefiro você. – Passei minha mão pela barriga dela. Kate não tinha nenhuma vergonha em estar ali sentada daquele jeito, o lençol só cobria até a cintura e deixava seus seios a mostra. Oh, os seios! E o pescoço dela pedia para ser beijado. – Você tá tão cheirosa hoje.

– Hm... 1º ano do ginásio. – Ela geme, mas se esquiva e pega outro anuário. – Teremos bastante tempo para isso, sr. Castle.

– Vamos ver logo isso. – Falou baixo e ela ri.

– Oh meu Deus, você era tão gatinho! Pegaria facilmente quando era dessa idade. – Ela fala e eu sorrio, naquela época eu já estava mais magro e ganhando massa muscular apesar de ter algumas espinhas eu sempre fui bonitão. Foi nessa época que eu comecei a só fazer besteira e ter uma namorada a cada semana. – Porque você tem dois anuários do 1º ano?

– Fui expulso do primeiro colégio, mas como já tinha tirado a foto e tudo mais eles me deixaram ir buscar, coloquei uma vaca no telhado... – Contei lembrando-me daquele dia. Foi épico! - Toda garota bonita que tem nesse livro acho que namorei por pelo menos três dias. – Sorri e ela revirou os olhos.

– Já era assim quando adolescente?

– O que posso fazer se sempre fui irresistível. – A vejo tentar segurar o riso.

– 2ºano... E só ficando cada vez mais pegável. – Ela brinca. – Porque não continuou com essa carinha?

– Nossa! Obrigado. – Ela acabou de dizer que estou velho ou feio? Deito-me na cama e viro de costas para ela; escuto-a rindo de mim.

– Foi expulso quantas vezes nesse ano?

– Três. – Respondo de mal humor.

– Depois eu era a rebelde...

– Pelo menos nunca escondi isso.

– Quem come quieto come mais. – Droga! Ela sabe que quando faz esses trocadilhos meio sujos sempre me fazem ficar um pouco... – 3º ano. E já é uma escola diferente, você era uma peste! – Eu ignorei esse comentário porque sei que ela iria falar que não mudei tanto. – Tinha cara de ser o “popular” da escola. – Ela desdenha.

– Não da escola, só entre as meninas. – Tento faze-la ter ciúmes, mas eu sei que Kate é muito madura pra sentir ciúmes por causa disso.

– Uh, desculpa rei do galinheiro. Você está na lista do time.

– Sim, mas só joguei um jogo. Quebrei um dente.

– É. Seu forte é mesmo a escrita. – Ela debocha e ri. – Sério que você vai ficar chateado com isso?

– Você disse que estou velho e feio. – Cubro-me com o edredom.

– Não falei isso! Mas você era muito gato quando mais novo.

– Só quando era mais novo? – Viro só o bastante pra olhar para ela.

– Oh, Castle, tenho que lhe confessar uma coisa. – Ela começa a beijar meu pescoço. – Eu prefiro homens mais velhos... Fortes – Ela passa a mão pelos meus braços. – Mais maduros... No seu caso ainda tem o bônus de ser um crianção as vezes. – Ela ri do efeito que tem sobre mim, mas não posso fazer nada além de gemer.

– Você me deixa louco sabia? – Olhei nos olhos dela que sorriu docemente. – Eu te amo.

– Também te amo, seu bobo. E você é lindo agora também. – Acho que posso contar nos dedos quantas vezes Kate disse isso, posso perceber que ela gosta do que vê quando estou sem camisa ou quando tomamos banho juntos, mas ouvi-la dizer isso é uma massagem no ego.

– Você é a mulher mais linda que eu já conheci. – Falo olhando no fundo dos olhos dela pra demonstrar que aquilo é a mais pura verdade. - Agora vamos dar um jeito naquilo que você deixou pendente, mocinha. – Eu me viro e fico por cima dela que dá um gritinho de susto e gargalha. Eu a beijo e ela corresponde, peço passagem para a língua e logo o beijo está rápido e apaixonado e o desejo mais vivo em nossos corpos.

Como eu amo minha detetive! Minha eterna musa.