A vaga historia de Ester Holberman escrita por Alexandra J George


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Quase acabando pessoal, penúltimo capítulo :/



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–Vem comigo Ester. – Ele manda em um tom firme e indiferente.

Eu me levando e o sigo, deixando uma ultima lágrima cair. Heinz me leva até seu escritório e me entrega uma roupa que eu usaria nos dias de frio e um vestido para usar quando estiver mais quente. Eu pego as vestes e ele se dirige a mim:

–Estas vão ser as suas tarefas diárias. – Me entrega um papel com uma lista – Às vezes poderei lhe dar outra tarefa para fazer ou substituir alguma que está aí, mas se eu não der outra ordem pessoalmente você não mudará nem fará outra tarefa, entendeu?

–Sim Heinz. – Respondo-lhe – Precisa de alguma coisa?

–Não. Vá embora. Esteja pronta bem cedo. Eu irei te chamar para começar seu dia.

–Sim senhor. –Não sei por que, mas deixo escapar uma lágrima antes de me virar para voltar ao quarto.

Voltei ao quarto e fui dormir.

No dia seguinte, acordei com o sol no meu rosto. Estava quente então coloquei o vestido que Heinz me dera noite passada. E não demorou muito ele apareceu para me chamar. Notei que seus olhos estavam inchados de tanto chorar, e me perguntei por que ele havia chorado.

–O senhor está bem? – Lhe perguntei instintivamente sem pensar.

Ele parou e se virou pra mim. Seus frios olhos azuis encontraram os meus e um arrepio percorreu o meu corpo.

–Não houve nada que você deveria querer saber, nada que seja de interesse de uma judia. – Ele responde friamente e a palavra judia ele entoa com nojo.

Eu não respondi a esse comentário mogno e ofensivo.

Fomos até seu escritório e lá comecei minhas tarefas. Estava organizando seus papeis quando vejo uma carta do que me parecia ser algum parente de Heinz e estava dizendo que seus pais estavam mortos, a casa deles havia sido bombardeada pelos aviões da RAF. Isso explicava a cara de choro dele. Mas no momento que li isso eu me senti um pouco melhor do que eu estava antes, ele havia matado meus pais e agora os dele estavam mortos. Acho que com isso ficamos quites.

No final do dia eu tinha terminado todas as minhas tarefas designadas. Estava voltando para meu quarto quando Heinz me para nas escadas e pede para eu limpar suas botas que estavam sujas de lama. O segui até o pátio da casa e ele me deu alguns materiais que eu precisaria para limpar sua preciosa bota.

Ele se sentou na escadaria da casa e eu aos seus pés e logo comecei a limpar. Notei que ele tinha uma garrafa de uísque na mão.

Não demorei muito para terminar de limpar e quando termino Heinz me dispensa.

Subo ao meu quarto eu vou dormir.

Estava no meio da noite quando escuto o rangido da porta se abrindo e uma figura macabra entrando em meu quarto.

Heinz estava muito bêbado, mal conseguia ficar em pé. Seus olhos se fixaram em mim, eram os mesmos olhos que vi nele no dia em que assassinou meus pais, só não queria que sua próxima vítima fosse eu.

Eu não dirijo uma palavra a ele esperando que ele vá embora. Mas ele fecha a porta e vem em minha direção cambaleando.

Meu coração acelera. Já estava vendo o que ia acontecer comigo e não queria nem pensar.

Heinz está perto da cama e me diz:

–Tenho mais uma tarefa pra você Ester. – O jeito com que ele fala não parecia que estava bêbado e isso me assusta ainda mais.

Eu não respondo ao que ele diz.

–E se você não cumprir a tarefa, diga adeus à sua vida de merda. – Sinto a respiração quente dele em meu ouvido e podia até imaginar seu sorriso assustadoramente maléfico nos lábios. Estava com medo.


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Notas finais do capítulo

penultimo capitulo
o que será que vai acontecer?



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