A vaga historia de Ester Holberman escrita por Alexandra J George


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aee espero que estejam gostando. Olha a sorte q vcs tem vou postar dois caps em um dia



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Ele era mais jovem do que todos os outros oficiais e soldados que eu já tinha visto, provavelmente também não muito mais velho do que eu também. Acho que ele tinha uns vinte e poucos anos.

–Sim senhor, quer dizer Heinz. – Respondo tentando obedecê-lo.

–Vou te levar até seu irmão Ester. – Ele sorriu. Pareceu-me um sorriso doentio e maléfico que combinava com seus assustadores olhos azuis.

Mas não me levou. Não fomos a nenhum lugar onde seria provável que ele estaria. Heinz me levou até um andar da casa onde tinham várias portas, algumas pessoas passavam pelo corredor e batiam continência ao general. Fomos até uma porta mais ou menos no meio do corredor e entramos. Era um quarto lindo, com uma cama enorme e um armário cheio de acabamentos, e ainda uma imensa janela com uma vista incrível que até me esqueci de onde eu estava.

Heinz trancou a porta atrás de si. Ele somente me perguntou se eu havia gostado do quarto e eu receosa disse que tinha uma vista linda.

–Esse pode ser seu quarto se você quiser. – Ele me disse. Fiquei confusa, não estava entendendo nada agora – Mas para ganhá-lo precisaria me obedecer em tudo o que eu disser. Você gostaria de ter este quarto para você? – Ele me oferece.

–Seria ótimo senhor, mas não poderia deixar meu irmão. – Eu lhe respondo.

–Vocês poderiam dividi-lo. Não seria bom?

–S-seria senhor. – Eu gaguejei.

–Certo. Vocês poderão ficar aqui desde que prestem serviços a mim e a minha casa em consideração.

–Muito obrigada... Heinz. – Eu agradeço a ele. – E que serviços eu vou fazer aqui na casa? – Pergunto.

–Você irá me servir. Qualquer coisa que seja. Vai arrumar meu quarto, ajeitar o escritório, me servir chá. Qualquer coisa que eu quiser.

–Certo senhor. – Eu não consegui dizer nada mais do que isso.

Estava frio no quarto e meu uniforme não esquentava muito. Acho que Heinz percebeu isso e logo disse:

–Poderá usar roupas de gente também, não gostaria de ver as pessoas que me servem morrendo de frio não é? – Ele me olhou de cima a baixo com certo desprezo nos olhos o que de certo modo me ofendeu e por isso não disse nada em agradecimento.

Ele me olhou nos olhos uma ultima vez e se virou, abriu a porta e antes de sair disse:

–Vá procurar seu irmão antes que anoiteça.

E foi embora.

Fui procurar Max uma hora depois que Heinz me deixou no quarto.

Quando o encontrei, um soldado estava brigando com ele:

–Seu saukerl inútil. Logo no primeiro dia de trabalho já está roubando? Não pensa no que faz? Você vai morrer por isso!

O soldado aparentemente já havia batido em Max, ele estava sangrando e com alguns cortes também.

O soldado empurra Max o derrubando de joelhos no chão do pátio, ele tira a arma da cintura e aponta para a cabeça de Max. A última coisa que vejo Max fazer é levantar a cabeça e me olhar, depois ele move seus lábios formando quatro palavras: ‘’Eu te amo irmã’’. E então o soldado puxa o gatilho e atira em seu crânio.

Eu não podia fazer mais nada a não ser chorar. Meus olhos se encheram de lágrimas e guiei meus passos pesados para dentro da casa. Fui para o quarto que Heinz havia me designado e caí naquela cama macia e olhei para o teto enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto.

Elas ainda insistiam em descer quando alguém entra no meu quarto. Heinz. Ele me vê chorando, mas não pergunta o porquê. Se duvidar ele já até sabia o que havia acontecido com o meu irmão.


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