A vaga historia de Ester Holberman escrita por Alexandra J George
Notas iniciais do capítulo
Aee espero que estejam gostando. Olha a sorte q vcs tem vou postar dois caps em um dia
Ele era mais jovem do que todos os outros oficiais e soldados que eu já tinha visto, provavelmente também não muito mais velho do que eu também. Acho que ele tinha uns vinte e poucos anos.
–Sim senhor, quer dizer Heinz. – Respondo tentando obedecê-lo.
–Vou te levar até seu irmão Ester. – Ele sorriu. Pareceu-me um sorriso doentio e maléfico que combinava com seus assustadores olhos azuis.
Mas não me levou. Não fomos a nenhum lugar onde seria provável que ele estaria. Heinz me levou até um andar da casa onde tinham várias portas, algumas pessoas passavam pelo corredor e batiam continência ao general. Fomos até uma porta mais ou menos no meio do corredor e entramos. Era um quarto lindo, com uma cama enorme e um armário cheio de acabamentos, e ainda uma imensa janela com uma vista incrível que até me esqueci de onde eu estava.
Heinz trancou a porta atrás de si. Ele somente me perguntou se eu havia gostado do quarto e eu receosa disse que tinha uma vista linda.
–Esse pode ser seu quarto se você quiser. – Ele me disse. Fiquei confusa, não estava entendendo nada agora – Mas para ganhá-lo precisaria me obedecer em tudo o que eu disser. Você gostaria de ter este quarto para você? – Ele me oferece.
–Seria ótimo senhor, mas não poderia deixar meu irmão. – Eu lhe respondo.
–Vocês poderiam dividi-lo. Não seria bom?
–S-seria senhor. – Eu gaguejei.
–Certo. Vocês poderão ficar aqui desde que prestem serviços a mim e a minha casa em consideração.
–Muito obrigada... Heinz. – Eu agradeço a ele. – E que serviços eu vou fazer aqui na casa? – Pergunto.
–Você irá me servir. Qualquer coisa que seja. Vai arrumar meu quarto, ajeitar o escritório, me servir chá. Qualquer coisa que eu quiser.
–Certo senhor. – Eu não consegui dizer nada mais do que isso.
Estava frio no quarto e meu uniforme não esquentava muito. Acho que Heinz percebeu isso e logo disse:
–Poderá usar roupas de gente também, não gostaria de ver as pessoas que me servem morrendo de frio não é? – Ele me olhou de cima a baixo com certo desprezo nos olhos o que de certo modo me ofendeu e por isso não disse nada em agradecimento.
Ele me olhou nos olhos uma ultima vez e se virou, abriu a porta e antes de sair disse:
–Vá procurar seu irmão antes que anoiteça.
E foi embora.
Fui procurar Max uma hora depois que Heinz me deixou no quarto.
Quando o encontrei, um soldado estava brigando com ele:
–Seu saukerl inútil. Logo no primeiro dia de trabalho já está roubando? Não pensa no que faz? Você vai morrer por isso!
O soldado aparentemente já havia batido em Max, ele estava sangrando e com alguns cortes também.
O soldado empurra Max o derrubando de joelhos no chão do pátio, ele tira a arma da cintura e aponta para a cabeça de Max. A última coisa que vejo Max fazer é levantar a cabeça e me olhar, depois ele move seus lábios formando quatro palavras: ‘’Eu te amo irmã’’. E então o soldado puxa o gatilho e atira em seu crânio.
Eu não podia fazer mais nada a não ser chorar. Meus olhos se encheram de lágrimas e guiei meus passos pesados para dentro da casa. Fui para o quarto que Heinz havia me designado e caí naquela cama macia e olhei para o teto enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto.
Elas ainda insistiam em descer quando alguém entra no meu quarto. Heinz. Ele me vê chorando, mas não pergunta o porquê. Se duvidar ele já até sabia o que havia acontecido com o meu irmão.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!