25 anos no futuro.

Na manhã seguinte que Hana foi para o passado, o sotaichou convocou uma reunião de emergência com todos os taichous e fukutaichous. Era quase a hora do inicio da reunião e apenas dois taichous ainda não tinham chego, a taichou do quarto esquadrão e o taichou do décimo segundo esquadrão.

_ Acho que não estou atrasado – Kurotsuchi chegando e se posicionando no lugar de costume, e olha o lugar e repara que há um lugar vazio, o da taichou do quarto esquadrão, apenas a fukutaichou está presente – humm! Vejo que não sou o único que chegou. – sorri

_ Na verdade não precisamos esperar a taichou, ela me mandou na frente para que a reunião não se atrase. – Isane fala olhando o sotaichou.

_ Muito bem então vamos começa.....

_ Desculpem o meu atraso – Renji entra na sala correndo, interrompendo Kyoraku –Acabei de chegar do Rukongai. – terminando de falar se dirige ao seu posicionamento, atrás de sua taichou, que no caso era Rangiku.

_ Como ia dizendo vamos começar a reunião.

_ E do que se trata? – pergunta Hitsugaya com um sorriso

_ Antes que mais alguém se manifeste, vamos começar do principio. – Responde Nanao que toma controle da reunião. – Ontem o Kurotsuchi taichou estava fazendo um experimento, que no caso é algo como uma máquina do tempo, não temos informações concretas como funciona, ainda... – ela olha todos para ver se estão acompanhando – Mas um acidente aconteceu em meio as pesquisas. A fukutaichou do sexto esquadrã.....

_ Ela está bem? – todos perguntam ao mesmo tempo

_ Rangiku? – Renji para a taichou a sua frente.

_ Posso continuar? – pergunta Nanao – Kuchiki Hana estava em missão, ela tinha que levar algumas papeladas para o Kurotsuchi taichou assinar. Mas ele estava em meio a experimentos, que fez Hana ser mandada para o passado, mais ou menos 25 anos. Essa Reunião está sendo feita para todos aqui presentes estarem cientes do que aconteceu, e para sabermos os avanços para conseguirmos trazer Hana de volta.

_ Mas o que? – Renji estava possesso, e se preparava para atacar o taichou do décimo segundo esquadrão.

_ Calma Renji, se o atacarmos não vamos conseguir trazer Hana de volta. – a voz de Rukia do seu lado o acalma.

_ Eu sei. – diz enquanto recoloca a zanpakitou na bainha.

_ Podemos continuar? – Nanao pergunta percebendo o clima ruim da sala, quase todos os presentes estavam querendo matar o cientista da Seireitei. – Bom é sua vez de falar Kurotsucho taichou, como está o processo de enviar a carta para o seu “eu” do passado afim de ensiná-lo como mandar Hana de volta?

Todos olham para Mayuri que não tinha nenhuma vontade de abrir a boca naquele momento, preferia ter faltado a reunião, mas dava graças que a Taichou do quarto esquadrão não estava presente.

_ Bom.... – evita os olhares em sua direção – Vai ser impossível mandar uma carta para o passado, pois elas queimam antes mesmo de serem enviadas, e tenho certeza que será impossível para o “eu” do passado mandar a menina de volta, e tem outro porem. – A cada palavra que Mayuri dizia, a culpa que Byakuya sentia se tornava maior, e a vontade que Rangiku tinha de mata-lo crescia – Em minhas pesquisas eu apenas consigo mandar coisa ou objetos para o passado, não tenho a menor ideia de como mandar para o futuro.

_ Como você teve a coragem de ocultar essa informação. – Byakuya estava com suas mãos quase no pescoço do cientista louco quando fala.

_ Vai me matar é? – pergunta Kurotsuchi com um sorriso no rosto – Mas lembre que se encostar um dedo em mim eu não farei mais nada para ajudar a pirralha. – diz mesmo sabendo que podia ser morto por qualquer um que estava presente na reunião.

_ Você acha que vai ficar assim? – pergunta Byakuya segurando firme o pescoço do Kurotsuchi.

_ Quer saber cansei de vocês, acho que pela primeira vez vou desistir...

_ Ma...y...u...ri....chan – uma voz na porta da sala de reuniões fazem todos mudarem o foco – o que você estava dizendo?

_ Haruka – Byakuya olha para a irmã de sua esposa.

_ Nada, só que tenho que voltar para meu laboratório, para fazer pesquisas para ajudar a pirralha. – responde suando frio.

_ Ótimo – ela sorri

_ Taichou – Isane se aproxima de Haruka – achei que não ia vir.

_ Na verdade não ia vir, mas mudei de ideia – responde – desisti de esperar Rangiku e Byakuya irem me contar o que aconteceu com Hana, já que decidiram me esquecer – faz cara de dó – resolvi vir aqui e saber o que está acontecendo.

_ Acho que com isso podemos concluir a reunião. – Nanao quebra o silencio – E Kurotsuchi taichou estaremos esperando novidades sobre a pesquisa e espero que o retorno de Hana seja o mais breve possível.

_ Dispensados – Kyoraku ordena.

Todos os taichous por mais que queriam ajudar de alguma forma Rangiku e Byakuya tinham seus afazeres. Caminhando em conjunto nas ruas da seireitei podia se ver o dois casais mais Haruka, que andava na frente dos casais.

_ Não tínhamos intenção de esconder de você Onee-sama.

_ Mas também não tinham intenção de me contar. Acertei?

_ Só não tivemos tempo, a noite passada foi horrível. – responde Byakuya

_ Tudo bem, o que mais importa é Hana – Haruka para de andar e olha os quatro – ela ficará bem.

_ Eu sei Onee-sama, mas é impossível me manter calma.

_ Rangiku eu sei como se sente, eu mesma quero estrangular aquele louco – fala Renji – a sorte dele é que eu estava em missão quando Hana desapareceu.

_ Agora o que podemos fazer é esperar – Rukia abraça Renji – mas eu não sabia que o Kurotsuchi taichou tinha medo de você Haruka.

_ Rukia nenhum shinigami que tem apreço pela vida enfrentaria a Haruka –Byakuya olha a irmã mais nova – acho que é destino o quarto esquadrão ter o taichou mais temido da seireitei. – todos riem.

Eles caminham em conjunto até a sede do oitavo esquadrão. Adentram os portões e caminham até o escritório da Rangiku. Eles entram e sentam no sofá que fica no meio da sala. Os cinco ficam em silencio por um longo período.

_ Byakuya, Rangiku – Haruka quebra o silencio – eu ficarei de olho no cientista louco assim ele trabalhará numa solução. Sabemos que ele não gosta que fiquem de olho no que ele faz.

_ Acho que ele não gosta de atenção em suas pesquisas, para que possa fazer o que quiser. – Byakuya continua o pensamento – Mas agora ele não fará muitas coisa, por ter olhos demais em cima dele e do décimo segundo esquadrão.

_ Espero que ele pelo menos consiga trazer a Hana. – Rukia estava pensativa. – Bom tenho que voltar para o décimo terceiro esquadrão. Até mais.

_ Eu vou acompanha-la Rukia – fala Renji.

_ Eu também tenho que voltar para o sexto esquadrão. – Byakuya ao depois de falar dá um leve beijo na Rangiku.

No escritório fica apenas Rangiku e Haruka. Elas ficam se entreolhando, algo que aparentemente tranquilizava as duas mulheres, e elas não precisavam falar para se entender.

No décimo segundo esquadrão, Kurotsuchi não parecia feliz. Estava completamente irritado, e estava reclamando para Nemu.

_ Já disse que não existe nada que eu possa fazer, e mesmo assim ficam me responsabilizando por algo que nem deveria ser minha culpa, e agora tenho que salvar uma garota irritante que não sabe ler avisos de “Não entre”. – olha algumas folhas - Agora terei que deixar esses projetos de lado por enquanto..... se não ficassem de olho em minhas pesquisas poderia usar todos eles como cobaias. – da uma leve gargalhada – Sabe Nemu, agora eu queria ser uma mosquinha pra saber o que está acontecendo no passado. Se já descobriram quem a menina é devem estar movendo montanhas para tentar, uma tentativa que sei que nunca vai funcionar, mandar ela para nosso tempo. – Ele ria ao pensar enquanto Nemu mantinha a mesma expressão vazia. - Quer saber mais, só existe uma vitima, ou melhor duas, eu do passado que deve estar sofrendo por tantas exigências, e eu aqui tendo que trabalhar que nem escravo pra salvar uma pirralha irritante. – olha para Nemu que não mudou a expressão ainda.

_ Taichou você só está trabalhando para ajudar a trazer a menina de volta por que não quer enfrentar os Kuchikis e Matsumoto? – pergunta sem medo da reação do cientista.

Ele esbofeteia a fukutaichou por causa da pergunta.

_ Quer que eu te mate? – pergunta ferozmente – Aaaaaaaaaaaaaa!..... Você só me dá mais trabalho, agora tenho que curá-la. – pega alguns papéis, abre a porta chama algum ajudante e entrega os papéis – e eu não estou para ninguém, se perguntarem estou pesquisando a maldita maquina do tempo, dispensado. –fecha porta e vai para um sofá no canto da sala – quer saber primeiro vou dormir, depois curo você Nemu, e se eu tiver tempo posso pensar em ajudar a maldita pirralha. Boa noite Nemu.

_ Boa noite Taichou.

Depois de um dia cansativo de trabalho Rangiku está retornando para a mansão Kuchiki, quando percebe alguém se aproximar.

_ Boa noite Onee-sama!

_ Boa noite Rangiku, você parece mais cansada que de costume.

As duas caminham lado a lado nas ruas, indo em direção a ala das mansões.

_ Indo para a mansão Matsumoto?

_ Na verdade não. – sorri – vim apenas acompanha-la. – e as duas caminham em silencio.

A noite estava clara, com o brilho da lua, não tinha nuvens no céu, então podia ver as estrelas perfeitamente.

_ Parece que você terá visitas hoje, Rangiku.

_ Eu sei, provavelmente Hitsugaya e Hinamori. – ri – E se Renji avisou o Ichigo, seja provável que ele venha com a Inoue. – ela olha a irmã – sabe é engraçado que os dois aparentam ser mais velhos que a maioria de nós.

_ Rangiku.... – as duas param – você pelo menos tem que ficar tranquila.

_ Com tudo o que está acontecendo?

_ Ele cuidará das duas, e você sabe muito bem disso. – os olhos azuis se encontram – Byakuya sempre te amou.

_ Onee-sama! – o rosto de Rangiku fica completamente vermelho – não devia dizer isso...

_ Mas ela tem razão Rangiku – Byakuya aparece atrás das duas mulheres loiras – Eu sempre te amei, e sempre amarei. – Rangiku olha o marido, olho no olho – e é como a Haruka disse, eu nunca deixarei nada acontecer a vocês duas, mesmo no passado onde não estamos juntos.

_ Byakuya...... – ela tenta retrucar mais é inútil, ele a impede a beijando, um beijo apaixonado e cada vez a aproximando mais dele.

_Cof..... cof – Haruka finge tosse - odeio quando vocês esquecem que estou aqui.

_ Onee-sama... – Rangiku se soltando do marido e completamente vermelha – é... melhor não..... aqui no meio da rua.....

_ Rangiku eu vou na frente, Ichigo e Inoue se convidaram para jantar em casa assim como seu antigo taichou e a noiva dele. – Ele olha as duas – devo imaginar que irá jantar conosco Haruka? – ela apenas acena com a cabeça, confirmando a pergunta. Ele se vira e sai com shunpo.

_ Agora que ele já se foi posso te perguntar uma coisa Rangiku?

_ Claro Onee-sama, o que foi?

_ Quando vai dizer ao Byakuya que Hana vai ter um irmão ou irmã?

_ Como você sabe?

_ Você se esquece que eu te conheço melhor que ninguém?

_ Onee-sama.......

_ Eu não falarei nada. Mas você não poderá esconder para sempre, ele acabará descobrindo sedo ou tarde.

_ Eu sei, mas dizer agora parece que estou substituindo Hana, na verdade queria dizer ontem, mas a Hana....

_ Eu entendo Rangiku.

_ Mas me diga como descobriu?

_ Quer mesmo saber? – a mais nova confirma com a cabeça – Simples, a quanto tempo você não vai a uma missão, e não adianta dizer que é porque Renji adora lutar. E você não foi ao quarto esquadrão para exames mensais, já fazem dois meses.

_ Não consigo esconder nada de você não é.

_ Se sabe a resposta por que pergunta? – olha pra Rangiku – mas agora quero você amanha no quarto esquadrão, farei exames, e você precisa se cuidar Rangiku. – agora em um tom sério. – e fique tranquila que manterei sigilo.

Depois dessa pequena conversa as duas caminham em silencio até a mansão, ao chegarem são recebidas por Rukia. Rangiku se dirige ao quarto e toma um banho e coloca um kimono, depois vai até a sala de jantar onde estão todos.

_ Agora me diga o que aconteceu com a princesa Kuchiki – pergunta Inoue

_ Exatamente o que eu já te disse, umas duas vezes Inoue, não sabemos mais do que aquilo – Rukia responde.

_ É Rukia mas tudo o que você nos disse é meio vago – Ichigo retruca.

_ A única pessoa que teria respostas concretas é o Kurotsuchi taichou Ichigo – diz Hitsugaya – agora quero saber se você está bem Rangiku?

_ É tão estranho ver você chamar a Rangiku dessa forma... – Renji pensativo – normalmente era “ MATSUMOTO” – todos riem

_ Estou bem sim Toushiro, e quando vai ser o casamento de vocês?

_ Só quando Hana estiver de volta – sorri Hinamori.

_ O que foi Haruka? – Byakuya pergunta, o que faz todos olharem em direção da líder da família Matsumoto

_ Nada não, só estou pensando em como vocês dois eram bobos no passado, achavam que eu não sabia o que estava acontecendo entre vocês dois, e agora estão preocupados com a filha de vocês.

_ Nisso tenho que concordar – Byakuya sorri – Mas é como você disse eu sempre amei a Rangiku, e irei cuidar das duas no passado.

_ Byakuya..... – Rangiku estava ficando vermelha.

O jantar foi diferente do que se esperava, todos pareciam tranquilos, talvez pelas palavras de todos dizendo que Hana seria protegida por todos eles. Mesmo todos sabendo que ela tinha um verdadeiro gênio Kuchiki e odiaria ser protegida. No final da noite Ichigo e Inoue foram para a mansão Shiba, que ficava do outro lado das mansões, Hinamori e Hitsugaya foram para a casa que dividiam, Renji e Byakuya foram treinar, isso acalmava a mente deles, Rukia, Haruka e Rangiku foram para o jardim da mansão.

_ Rangiku, ontem você estava muito abalada com o sumiço da Hana, então pensei melhor esperar, mas quando você pretende contar pro Onii-sama?

_ Como você .....? – Rangiku arregalou os olhos.

_ Quando você ficou grávida da Hana, nós estávamos nos conhecendo, mas agora posso dizer que te conheço, e você permitir que o Renji vá em todas as missões é estranho. – Rukia olha os olhos azuis da cunhada – E você devia saber que é por isso que eu não estou incomodada do Renji ir a tantas missões. E eu só falei na frente da sua irmã pois acho que ela sabe, e acho que a Nanao também sabe.

_ Vocês tiraram o dia pra me perguntar se vou ou não dizer ao Byakuya – Rangiku se levanta e vai até a ponta do lago – Na verdade eu acho que o Byakuya já sabe, mas....

_ Eu entendo – Haruka chega perto da irmã e a abraça. – ele espera que você conte a ele. Ele respeita seu espaço.

_ Nem acredito que eu nunca percebi que o Onii-sama é apaixonado por você.

As três riem por alguns minutos e depois Haruka vai embora em direção a mansão Matsumoto, e Rukia se dirige ao quarto que divide com Renji. Rangiku vai para seu quarto e quando chega Byakuya está saindo do banho.

_ Foi um bom treino, vejo que Renji está bem melhor – sorri para a esposa – E o que as três fizeram além de conversar?

_ Byakuya – ela sabia que não seria fácil, mesmo sabendo que ele sabia o que ia dizer – eu...

_ Não precisa dizer agora se não quiser, posso fingir que não sei Rangiku – ele olha naqueles olhos azuis que ele ama tanto.

_ Eu sei, mas não vai adiantar esconder mais... – ela respira

_ Você pretendia contar ontem não é? – ele olha para ela, era uma pergunta que não precisava de resposta – Hana teria ficado completamente contente, ela sempre quis um irmãozinho ou irmãzinha.

_ Byakuya.... Eu te amo.

_ Eu te amo Rangiku – ele olha para a mulher mais linda que ele já viu – Deixa eu cuidar de vocês. – Ele beija os lábios da Rangiku e se aproximam cada vez mais, e depois beija a barriga dela – quando sua irmã voltar ela ficará muito contente com sua chegada assim como eu. Eu te amo meu lindo bebê.

Os dois vão para a cama onde deitam, Byakuya abraça a esposa em sinal de proteção e assim os dois dormem.