Rukia parecia assustada, nunca imaginou que a família Matsumoto era nobre e muito menos que possuíam uma mansão tão grande. Renji ficou impressionado, e ficou pensando em porque a Rangiku sempre está atrás de dinheiro se pertence essa família. Hana apenas deu um sorriso.

_ Aqui não mudará nada, é do mesmo jeito que conheço. – fala a menina entrando na enorme mansão.

_ Sério! De onde a família Matsumoto arranjou tanto dinheiro. – Pergunta Renji adentrando os portões.

_ Haruka-Sama, é muito bom ter sua presença aqui na mansão. – uma mulher alta e muito bonita, seu nome era Irina e era da família secundaria, filha de Saori uma mulher extremamente rigorosa, mas muito gentil pelo menos com Haruka e Rangiku.

_ Irina, está em guarda hoje?, que eu saiba você estava trabalhando no primeiro esquadrão ha algum tempo atrás. – fala para a moça.

_ Ainda trabalho mas ouvi rumores que você Haruka-sama estava vindo para a mansão, então pedi o resto do dia de folga, para poder recebe-la. – responde, e depois olha para Renji e Rukia. – É uma honra receber alguém do clã Kuchiki, e o fukutaichou do sexto esquadrão.

_ Irina, vamos ao meu quarto, não quero interferências, sei que faz tempo que não venho a mansão, mas você e sua mãe conseguem segurar os anciões? – Haruka não queria confusões.

_ Sim Haruka-sama, mandarei que preparem um chá para vocês. – responde, e logo sai.

_ Então vamos. – fala mostrando o caminho. Para Rukia tudo aquilo era muito parecido com a mansão Kuchiki. – Aqui. Hana você deve estar com fome. Logo mais algum servo trará algo para comer. Tem algum gosto em particular para o almoço? – pergunta fechando a porta.

_ Na verdade não. – responde a menina sentando em uma poltrona no enorme quarto.

_ Não posso nem acreditar esse quarto é maior do que o do Onii-sama! – Rukia realmente não estava acreditando que Rangiku tinha uma verdadeira mansão mas não tinha dito a ninguém e agia como se nunca fosse conseguir algo assim.

_ Nem posso acreditar que Rangiku nunca contou a ninguém sobre isso, achava que ela não tinha onde cair morta. – Renji olha para Haruka – Me desculpe não foi minha intenção.

_ Não se preocupe Renji, não é só Rangiku que não vem para a mansão, eu mesma evito ao máximo. – Responde dando risada.

_ Por que? Se eu tivesse uma casa como essa nem trabalharia mais, quer dizer você quase não trabalha não é? – Renji faz uma piada sobre o esquadrão de Kidou.

_ Dá pra parar Renji! – Hana falava olhando nos olhos do garoto. – O esquadrão de Kidou faz mais do que você imagina, e a tia Haruka é mais forte do que você imagina também. E se quer saber você ficou preso no esquadrão de Kidou por 4 anos, foi uma pun.....

_ Hana, já falamos que falar do futuro pode alterara-lo, inclusive apenas sua presença aqui. – Haruka apenas advertiu a menina.

_ Haruka está certa, e eu quero que minha linda sobrinha venha a existir. – sorri Rukia para a garota.

Os quatro ficaram ali conversando, e Renji concordou em deixar a menina na mansão Matsumoto, e percebeu que ali ela ficaria bem protegida. E aos poucos sua visão sobre Haruka foi mudando, ele chegou a perguntar porque dela deixar o esquadrão de kidou fora das missões, ela explicou que primeiro o Yamamoto sotaichou a proibiu de ir em qualquer missão, e segundo como o esquadrão de Kidou não tinha membros fixos igual aos outros esquadrão qualquer missão seria muito arriscado, muitas vezes os shinigamis em seu esquadrão não tinham espirito de equipe, ela falou que apenas cinco shinigamis se recusam a sair do esquadrão de Kidou e eram a Arisu Mio (atual fukutaichou), Karuga Nari (3º oficial), Setsu Kou (4º oficial e único homem do grupo), Karuga Nira (5º Oficial, e irmã gêmea da 3º oficial), Natsumi Eru (6º oficial, e a antiga fukutaichou, também é a que mais tempo passa com a Haruka). Ela também explicou que no esquadrão de Kidou normalmente os shinigamis são extremamente competitivos sempre querendo ser melhor que o outro. E informa a Renji que todos do seu esquadrão pensão que ela é a mais fraca, e ela não tem vontade de provar o oposto da opinião geral, e acha engraçado eles a protegerem.

_ Nossa é muito difícil administrar um esquadrão como o de Kidou. – pensou em seu esquadrão em que todos admiravam o Kuchiki taichou e o respeitavam. – Não sei como consegue.

Haruka apenas sorri, logo um sevo avisa que o almoço está pronto e eles se dirigem a sala de jantar.

No seikamon (o portal que liga a ao mundo humano) se abre e de dentro dele sai Yoruichi, Urahara, Inoue e Ichigo. Urahara e Yoruichi vão em direção ao primeiro esquadrão enquanto Ihigo e Inoue vão em caminho da reatsu da Rukia e Renji, que pra sorte deles estavam no mesmo lugar. Ichigo acha estranho a reatsu deles estar onde ficam as mansões, mas seguiu em direção dos dois. Queria saber mais sobre a garota, e se iriam conseguir manda-la de volta ao seu tempo.

No primeiro esquadrão estava Kyoraku, Ukitake e Nanao quando Yorouichi e Urahara chegaram.

_ Bom estamos aqui. – fala o dono da loja – e Ichigo já nos informou de quase tudo, e seria bom sabermos se o Mayuri já tem avanços na pesquisa.

_ Estávamos esperando vocês para ir até o laboratório do decimo segundo esquadrão – responde o sotaichou – então vamos.

Eles se dirigem ao esquadrão do cientista louco.

_ Então a menina é filha da Rangiku? – pergunta Yoruichi

_ Sim, mas você não vai acreditar quem é o pai. – fala o sotaichou que faz a mulher ficar curiosa.

_ Taichou, acho melhor o senhor..... – Nanao tenta impedir o deu taichou.

_ É o Byakuya, dá pra acreditar? – ele fala sem delongas.

_ Como? – os olhos de Yoruichi estavam totalmente arregalado, assim como os do Urahara.

_ Isso sim é uma novidade. – fala o loiro.

Eles chegam no quartel do gênio louco e vão até o laboratório onde encontram o Kurotsuchi taichou sentado em uma cadeira sorrindo.

_ Do que está sorrindo Kurotsuchi taichou – pergunta Ukitaque

_ Nada só percebi que não faço ideia do que estou fazendo. – ri mais um pouco. – sorri cada vez mais.

_ Quer dizer que não consegui fazer nada? – Nanao estava irritada, mas foi impedida pelo seu taichou.

_ O que vocês esperavam se eu só consegui criar essa maquina daqui a 25 anos, é pedir demais que eu faça algo agora. –reclama, ele se levanta e vai em direção a uma porta.

_ Aonde você vai Mayuri – pergunta Urahara

_ Dormir. O que você quer que eu faça já tentei de tudo e passei a noite inteira acordado, essa menina não vale que eu me esforce tanto. E outra a culpa dela estar aqui não é minha, até ela chegar eu não tinha vontade de criar uma maquina do tempo. – ao terminar de falar ele sai e fecha a porta deixando os que estavam em seu laboratório completamente irritados.

_ Ele não pode estar falando sério? – Nanao queria matar o taichou do decimo segundo esquadrão. – Ele não vai fazer nada?

_ Eu vou ficar aqui e tentar falar com o Mayuri, mas acho melhor deixa-lo dormir, se não é capaz dele criar mais problemas. – Urahara parecia conformado com a situação.

_ E eu ficarei de olho nos dois. – Yoruichi se prontifica a fazer os dois cientista loucos a trabalharem.

_ Ok. – Kyoraku parecia querer sair dali – Eu avisarei a Haruka, bom boa sorte! Vocês vão precisar.

Longe dali, perto de umas cerejeiras sem folha nenhuma, estava Rangiku pensativa. Agora a maioria dos seus amigos sabiam que a menina que no futuro viria ser sua filha também era a filha do taichou mais chato da Seireitei . Estava tão distraída que nem percebeu que todo o tempo que estava sentada nos pés da arvore Byakuya estava a observando. Rangiku decide que é hora de enfrentar seus maiores medos se levanta e na hora que se vira para voltar a seireitei leva um susto com Byakuya a olhando.

_ Ficou ai o tempo todo? – pergunta arrumando suas roupas e ajeitando o cabelo, e depois olha o fixamente esperando a resposta.

_ Sim. E como você, fiquei pensando em tudo o que estamos passando. – responde diminuindo a distancia entre os dois.

_ Byakuya... – Ele a impede de falar com um toque suave de suas mão no rosto dela, e depois se entrega em um beijo apaixonado, que ansiava desde o dia anterior. É como se o mundo inteiro parasse naquele momento, que durou apenas alguns segundos quando ela o empurrou. – Não podemos....

_ Claro que podemos, vamos ter uma filha e como você acha que os filhos são feitos, e posso te dizer que antes dela nascer você será uma Kuchiki. – Responde olhando fixamente nos olhos azuis da mulher que tanto amava.

_ Byakuya é complicado, muito mais do que imaginamos.... – pensava em voz alta, ela claramente não queria admitir que o amava.

_ Não, é só nós que complicamos, e complicamos cada vez mais. Rangiku desde que eu soube da nossa filha eu não me aguento de felicidade, e a única coisa que quero é amar você. – diz sorrindo para a loira, que não resiste a confissão e o beija perdidamente. Os dois ficam ali por algum tempo que nem sabem dizer quanto.

_O queeeeeeee? – Pergunta Ichigo completamente assustado – Não posso acreditar, isso é impossível....... não tem como.....garota você quer pregar uma peça em nós não é? – ele estava afobado.

_ Calma Ichigo, temos que perguntar a Rangiku primeiro, mas pelo que a Rukia e o Renji disseram eles não tem nada um com o outro, talvez daqui alguns meses começam se achar interessante. – dizia Inoue tentando acalmar o namorado.

_ Disso eu sei Inoue, mas mesmo assim pensa na Rangiku e no Byakuya juntos, é impossível. – Ichigo continuava exaltado.

Haruka que via a cena meio afastada dos quatro que conversavam sobre Hana, ria em silencio, até perceber que a menina a olhava fixamente.

_ O que foi Hana? – pergunta a mais velha.

_ Nada, é que você é não parece surpresa sobre quem são meus pais, nem por um segundo, e que você é a única pessoa que conheci no passado que age exatamente igual no futuro. – responde a menina ainda olhando fixamente a tia.

_ Sabe Hana quando você é velha o suficiente não cria barreiras e nem tenta esconder as emoções, e provavelmente você sabe o quanto velha eu sou. – e ri para a menina, que ri concordando com a cabeça.

_ Onee-sama! – uma voz atrás dela faz com que as duas parem e olhem para Rangiku.

_ Está melhor Rangiku-chan? – Pergunta abraçando a irmã, que afirma com a cabeça em sentido positivo. – Pode ficar tranquila quanto a Hana-chan, ficarei feliz de cuidar dela enquanto ela estiver no passado. – olha pra irmã mais nova – E Nanao veio aqui algum tempo atrás enquanto Renji, Rukia, Ichigo e Inoue estavam no jardim com Hana, parece que mesmo com a ajuda do Urahara levará alguns anos para fazer a maquina do tempo.

_ Não sei mais o que fazer onee-sama – respira fundo.

_ Tenho uma ideia Rangiku, você vai dormir aqui hoje. – pisca para Rangiku e depois sorri para Hana.

É nessa hora que Renji, Rukia, Ichigo e Inoue percebem que Rangiku está ali.

_ Rangiku você tem que contar essa história de você e o Byakuya. – exige Ichigo, indo em direção onde as três estavam e sendo seguido pelos outros três.

_ Rangiku você gosta do Kuchiki? – pergunta Inoue

_ Do que estão falando? – tenta se fazer de desentendida e da um grande e falso sorriso.

_ Dela. – Ichigo aponta para Hana

_ Como devem saber ela vem do futuro. – responde Rangiku evitando as outras perguntas.

_ Ichigo, Inoue já disse que meu onii-sama e a Rangiku não tem nada um com o outro agora. – Rukia se repetindo pela milésima vez.

_ Eu sei Rukia, mas mesmo assim é assustador. – Inoue justificando suas perguntas.

_ O que é assustador? – Byakuya aparece do lado de Rukia, surpreendendo todos menos Haruka e Rangiku.

_ Papai.... erh.... Kuchiki taichou – fala a menina que queria abraçar o líder do clã Kuchihi. – Me desculpe, foi impulso.

_ Quem diria Byakuya, você e a Rangiku juntos. – Ichigo rindo, sem perceber o olhar de desaprovação que recebera.

_ Haruka acho melhor Hana ficar aqui por enquanto, fui falar com o Kyoraku que estava em reunião com Ukitake, e me disseram que uma enviar ela de volta será um grande desafio, talvez nem conseguiram. – Ignorando Ichigo, e dirigindo sua palavra a dona da casa.

_ Foi exatamente o que disse a Rangiku. – Haruka se volta a Byakuya – e não se preocupe, manterei ela em segurança.

_ Ichigo e Inoue, o sotaichou quer falar com vocês acho melhor irem ao primeiro esquadrão. – diz Byakuya tentando se livrar de Ichigo.

_ Ok – Inoue se virando para ir embora puxando Ichigo.

_ Mas..... esta bem. – fala enquanto segue Inoue.

Ichigo e Inoue vão sumindo da visão dos que ficaram na mansão.

_ Agora podem me dizer onde os dois estavam? – pergunta Haruka ao Byakuya e a Rangiku, que se entreolham e sabiam que não conseguiriam mentir para aquela mulher.

Rukia percebeu que os dois ficaram receosos de dizer onde estavam, e ainda se surpreendeu de seu irmão estar com medo da taichou de kidou. Renji estava curioso, mas ficou espantado como a mulher fora direto em sua pergunta.

_ Rangiku foi para a floresta, e eu a segui, mas como vi que ela estava processando as informações que recebera, fiquei apenas a observando, e....

_ Entendi Byakuya – Haruka ri – eu não esperava que respondesse a pergunta, mas fico grata de cuidar da minha irmã.

_ Onee-sama....... – Rangiku definitivamente envergonhada.

_ Bom tenho que ir no esquadrão de Kidou por agora, já que vocês estão aqui fico mais tranquila. Volto antes do jantar. – Sorri e sai deixando os cinco em sua mansão.