Todos ficam aterrorizados com o sumiço de Hana, Rangiku tinha lágrimas que escorriam sem parar, Rukia estava assustada e não entendia nada, Byakuya estava passando por um momento de dor e de raiva, Renji não sabia o que fazer, Hisagi não compreendia o que se passava. Ninguém tinha ideia do que fazer, parados apenas observando.

_ Haruka! Você não vai curar sua adorada irmã?! – Mio pergunta tirando sarro da taichou do quarto esquadrão.

_ Mio! Agora não é hora! – Nira e Nari dizem juntas.

Mas ao terminarem de falar cada shinigami naquela sala começa a cair, como se fosse num sono, por um momento os shinigamis que viam outros desmaiarem ficaram assustados, mas antes que pudessem fazer algo caiam no sono também, foi assim por toda seireitei, e esse vento se expandiu pelo rukongai também, Ichigo e Inoue desmaiaram junto com os shinigamis. As únicas pessoas que não tinham desmaiado eram Rangiku, Byakuya, Kyoraku, Nanao, Ukitake e Haruka.

_ O que aconteceu com eles? – Byakuya pergunta ao ver sua irmã caindo.

_ Haruka o que você está fazendo? – Ukitake pergunta.

_ Eles sofreram menos se não lembrarem da existência da Hana, e será mais prático também. – Ela responde num tom frio enxugando as lagrimas. – Creio que seria inútil apagar as memórias de vocês.

Haruka se aproxima de Rangiku e começa o tratamento para curar a ferida.

_ Sinto muito Rangiku.........

_ Não foi culpa sua Onee-sama, e obrigada por diminuir o sofrimento de todos.

_ Você concorda com ela? – Byakuya pergunta com raiva.

_ Byakuya, assim será melhor.... não quero ver a Rukia ou qualquer um sofrendo por....... – Rangiku cai em lágrimas e não consegue terminar de falar, mas é surpreendida por um abraço quente.

_ Eu não concordo com essa decisão, mas entendo...... – Byakuya diz enxugando as lagrimas da Rangiku, mas sem perceber que as lagrimas que tentava evitar caiam sem parar.

Haruka termina o tratamento de Rangiku e diz para Byakuya a levar para descansar, então começa o Kidou que apagará a memória de todos que estavam desmaiados.

E um por um foi esquecendo o acontecimento daquela noite, e depois todos começara a esquecer qualquer coisa que tivesse a ver com Hana, nem um pequeno sorriso da menina, nem seus lindos olhos azuis, todas as memórias apagadas, desde seu aparecimento a mais de um ano naquele clarão.

Levou quase uma hora inteira para o fim do Kidou. Todos foram acordando um por um depois de mais ou menos meia hora do termino do Kidou, e estranharam estarem todos desmaiados, alguns acharam que era algum ataque, outros apenas ficaram com medo, mas foi a voz do novo Sotaichou dizendo que tinha sido apenas uma onda de reatsu que tinha feito aquilo que todos se acalmara, alguns ainda ficaram com dúvidas desse onda de reatsu, mas nada que não fosse contido.

Anos se passaram depois do ocorrido, mais precisamente doze anos, a seireitei continuou a mesma, mas pequenas coisas haviam mudado, como no primeiro esquadrão tinha se tornado sólido e sério, as brincadeiras que no começo do novo sotaichou haviam acabado, no segundo esquadrão a única mudança era o peso do Omaeda que agora era dez quilos mais leve, mas imperceptível, no terceiro havia mais união entre capitão e fukutaichou, no quarto havia recebido mais ajuda de shinigamis que começaram a admirar a Haruka, e Mio e Nari agora pertenciam ao quarto esquadrão, o quinto conseguiu ter sua reputação de volta, e foi um dos esquadrão mais bem vistos nas leis, o sexto praticamente não tinha mudado nada, o sétimo continuava com seu orgulho, o oitavo agora tinha a taichou mais temida de toda seireitei, e provavelmente a mais ranzinza, era raro alguém dizer que viu Rangiku rir, e ela parecia não querer um fukutaichou e se mantinha longe de todos os esquadrões, o nono estava mal financeiramente, o décimo tinha um novo fukutaichou, era um jovem muito sábio e sabia ajudar em tudo o que fosse necessário, o décimo primeiro ainda procuravam com quem lutar, o décimo segundo continuavam a segui o cientista louco em suas experiências, e no décimo terceiro esquadrão estava em festa desde a cura do Ukitake taichou.

Depois do acidente que encerrou coma gravidez de Rangiku, ela se afastou de seus amigos, mas o medo de Byakuya era que ela voltasse a por a mascara e beber descontroladamente como ante, mas nada disso aconteceu, ela apenas se afastou por um tempo de todos, por uma licença por ordem do sotaichou. E quando ela voltou ao trabalho era a Rangiku sem mascara, o que acabou afastando alguns amigos que não entendiam como a mais adorada das shinigamis podia ser tão seca e grossa. Com o tempo todos foram se acostumando, mas as brincadeiras sumiram assim como seus sorrisos. Alguns tentaram faze-la rir, e desistiram com o tempo.

No oitavo esquadrão tudo ocorria perfeitamente bem, documentos feitos e arquivados, estava quase na hora de todos irem descansar.

_ Taichou, terminamos todos as tarefas do dia, os soldados estão em formação no pátio esperando serem dispensados. – diz o terceiro oficial.

_ Descansar oficial. – quando ela diz, o oficial retira a continência – pode dispensá-los.

_ Hai taichou! – o oficial sai do escritório sem fazer barulho.

Rangiku olha o céu estrelado da sua janela, e seu pensamento acaba lembrando da menina que a fazia sorri. Ela balança a cabeça e começa a se ajeitar para ir embora. Terminado de verificar que tudo estava em ordem se dirige para sua casa, agora ela morava numa casa na ala das mansões, era uma casa pequena mas que foi inteiramente paga com o salario de taichou era longe das grandes mansões, principalmente da mansão Kuchiki e Matsumoto, mas era perfeita, e ninguém se atrevia a entrar naquela casa.

Ela entra na casa e vai ao quarto, logo pega uma toalha e entra no banheiro do quarto, e toma um banho relaxante, coloca sua camisola e um robe por cima. Então vai a cozinha preparar algo para comer. Leva a comida para a mesa que fica na sala de jantar, e volta para a cozinha pegar o chá que tinha feito e volta para a sala de jantar.

_ Pensei que a sua equipe só retornaria amanhã cedo. – fala colocando a bebida na mesa.

_ Terminamos mais cedo, e logo os dispensei, e trouxe o trabalho pra fazer, então amanhã de manhã terei os documentos feitos, assim acharam que passeia noite no escritório.

_ Byakuya! Se seu problema é esse documentos deveria ter passado a noite no escritório.

_ Rangiku, eu senti sua falta, e desde que cheguei queria te ver, e saber se você estava bem.

_ Agora que viu pode ir.

Ela sentou na mesa e começou a se servir, e sem olhar para o outro ocupante da sala. Byakuya por sua vez ao perceber que ela não iria mais conversar se aproximou dela e a puxou da cadeira, por mais que ela estava com um feição que teria espantado muitos shinigamis, ele apenas a aproximou mais até ficarem tão próximos que podiam escutar os batimentos cardíacos um do outro, então ele a puxou para um beijo cheio de saudades, e ficaram no beijo por um tempo.

_ Tudo bem então, você pode ficar aqui, mas terá que lavar a louça, e fazer esses documentos antes de ir pra cama.

_ Hai taichou! – ele brinca com ela que fica brava e dá um peteleco nele.

_ Sem brincadeiras Byakuya. E como foi a missão?

_ Tranquila....... – ele senta na cadeira vaga e começa a jantar junto com ela - ..... Rangiku.......

_ Sim. – ela responde e olha ele nos olhos.

_ Nós temos nos escondido demais não acha?

_ Você sabia onde estava se metendo, quando decidiu ficar perto de mim, depois que a ........

_ Eu sei, mas tem sido tempo demais.......

_ Byakuya, eu não posso, e não sei se um dia poderei, agora isso é o máximo que eu consigo fazer, só você e apenas pra você, mas entenderei se você não quiser mais.....

_ Talvez eu tenha pensado demais......

_ É o casamento da Rukia e Renji chegando......

_ Creio que seja isso.......

_ Bom...... bom trabalho – ela fala se levantando, beija a testa dele – eu te espero no quarto.

_ Estarei lá daqui a pouco, já adiantei os documentos no escritório, só falta minha assinatura e pronto.

_ Não esquece a louça.

_ Pode deixar..... – ele pega os pratos e leva até a cozinha e começa a lavar.

Depois de um tempo ele vai até o quarto que na maioria das madrugadas tem dividido com a Rangiku. Ele entra e logo vê uma toalha e uma troca de roupa nos pés da cama e logo entende o recado e vai para o banheiro tomar um banho.

Quando volta para o quarto se acomoda na cama junto com a outra pessoa que já estava ocupando, mas percebe que Rangiku estava chorando como todas as noites desde o acidente, ele a abraça o mais forte que consegue e é retribuído quando ela se vira e se acomoda em seu peito. Ficam assim por um bom tempo se dizer uma única palavra, até dormirem. A noite segue até que está quase amanhecendo, e Byakuya começa a se levantar para voltar ao sexto esquadrão antes que alguém percebesse que ele não tinha passado a noite em seu escritório, quando está pronto pra ir ele vai até a mulher ainda dormindo e dá um leve beijo na testa, mas quando ele se vira ela segura seu braço.

_ Eu não aguento mais Byakuya........

_ Eu sei........... – ele se vira pra ela e a beija – eu também não aguento mais, a falta dela é demais, e eu nem posso culpar ninguém.....

_ .....quando a culpa foi inteiramente nossa, ele não sabiam........

_ .... só queria que a Hana estivesse aqui...........

_ .....sim.....

E os dois começam a chorar e se abraçam mais uma vez antes de esconderem seus sentimentos novamente, e seguirem o dia como se nada nunca tivesse acontecido.

Naquela manhã o Kurotsuchi taichou estava fazendo um experimento, como sempre sem a permissão. Quando ele percebe que as máquinas estão super aquecidas imediatamente manda Nemu desliga-las, mas as máquinas não deligam e ocorre uma grande explosão no laboratório que ativa os alarmes da seireitei e os taichous começam a se dirigir para o esquadrão do cientista louco. E quando o cientista vai até o buraco da explosão encontra algo ali no meio.