Manu e Rodrigo - O que houve depois? escrita por Liane


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Desculpe a demora, mas essa semana foi pesadíssima e não tive nem tempo de pensar neste capítulo.
Capitulo novo pra vocês. Boa leitura! :)



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Ainda na porta, eu não consigo parar de olhar para a carta do Rodrigo. Não é possível que isso seja verdade, ele enlouqueceu de vez e está querendo me enlouquecer também. Ele queria me levar pra Paris, como daquela vez. Não pude evitar pensar naqueles momentos em que ele falou da viagem pela primeira vez. Lembro o quanto que aquilo me assustou, afinal era uma quebra brusca de rotina, mas ao mesmo tempo, fiquei muito empolgada. Seria minha primeira viagem a sós com o Rodrigo, uma lua de mel como ele mesmo dizia. Mas aí, tudo mudou com a melhora da Ana. Não que minha irmã tenha acordado do coma tivesse sido algo ruim, mas minha vida nunca mais foi a mesma. A viagem foi interrompida e minha vida virou um caos. Agora ele quer repetir essa oportunidade, mas o contexto é diferente. Nossa vida não é mais a mesma, muita coisa aconteceu e sinceramente não sei o que fazer com essa proposta. Eu tinha dois dias pra decidir tudo e quando fui dormir só pedi a Deus que me ajudasse a decidir o que era melhor.

No dia seguinte fui ao Buffet, precisava ver o andamento de uma encomenda. Assim que cheguei na cozinha vi o caos estalado ali. Maria se desdobrava pra fazer tudo ao mesmo tempo e nem a ajuda das outras funcionárias parecia estar funcionando.

– Bom dia, meninas! Está tudo bem por aqui?

– Manu, hoje nós temos uma encomenda gigantesca. Minha filha, não sei se vamos conseguir entregar a tempo.

– Maria, vamos nos desdobrar, não é bom atrasarmos o pedido. Vamos fazer assim: você prepara os bolos, enquanto eu e as meninas cuidamos de todo o confeito e dos docinhos, está bem?

– Melhora bastante, Manu.

– Então mãos na massa, gente! Com a ajuda de todos, vamos entregar a tempo mais uma encomenda de qualidade.

Fazia tempo que eu não tinha uma manhã tão agitada. Até que por um lado foi bom porque assim não precisei pensar no caos que estava minha vida. Quando enfim tive um pouco de folga, corri para o escritório para descansar um pouco. Resolvi deitar um pouco no sofá e fechar os olhos por um tempo para carregar minhas energias. Até que eu escutei uma voz irônica e conhecida.

– Daria o meu doce por seus pensamentos!

– Nanda! O que você está fazendo aqui?

– Vim filar um pouco da comida do Buffet... Manu, essa torta está deliciosa! – Nanda fala enquanto coloca um grande pedaço na boca - e também vim pedir um favor pra minha ex-irmã postiça, ex-cunhada e atual melhor amiga preferida!

– Nanda, é impossível não rir com a forma dramática que você pede as coisas! Mas em que posso ser útil?

– Manu, eu preciso comprar roupas novas pro Francisco. Eu até tentei, mas ele odeia tudo que eu escolho, ele diz que tenho gosto estranho pra roupas, acredita? Enfim, você sabe que ele é careta... Faça essa caridade pra mim, por favor!

– Nanda, você não larga de implicância com o Francisco, né? Mas eu ajudo sim. Eu já acabei aqui no Buffet, se quiser podemos ir agora!

– Maravilha! Vamos nos divertir muito!

Enquanto passeávamos pelo shopping atrás de algumas roupas para o Francisco, Nanda não parava de falar como sempre. Não posso negar que era sempre muito divertido estar com ela. Depois que eu voltei para Porto Alegre, Nanda tinha se revelado uma ótima amiga, já que eu tinha me afastado da Alice para deixá-la mais livre para ajudar e acolher a Ana. Era bem verdade que eu e a Nanda éramos completamente diferentes, mas isso era bom e conseguíamos encontrar uma sintonia boa.

–Manu, para! Olha essa camisa que linda!

–Nanda, isso não tem nada a ver com o Francisco. Ele não é o tipo de garoto que gosta de camisas pretas estilo punk.

–Viu, eu não entendo nada de adolescente careta! Mas preciso controlar mais a minha boca. Depois de tudo, agora estamos até indo bem. Não só nos suportamos, sabe, hoje posso dizer que gosto muito daquele mini adulto. Mas não fala pra ele, heim!

– Eu sabia que você mais cedo ou mais tarde iria assumir seus sentimentos pelo Francisco. Vocês são completamente diferentes, mas se completam e formaram uma família.

– Já que o destino me deu um filho pelo menos me poupou da parte chata de acordar de madrugada e limpar cocô de bebê, né! – Fala Nanda entre gargalhadas.

– Ai Nanda, você ainda vai sentir faltas desses momentos. Escreve o que eu digo.

– Nem pensar – Nanda então para bruscamente e aponta pra uma vitrine de loja - Olha Manu, que casaco mais lindo!

– Realmente é lindo, mas acho que não é a cara do Francisco, pois é feminino e serve pra quem for viajar pra lugares bem frios como a Europa. Espera, você não vai me dizer que...

–Manu, desculpa, mas é isso sim! Eu sei que o meu irmão te convidou pra ir a Paris com ele. Na verdade, eu ajudei e muito nessa loucura. Então resolvi investigar com você pra saber se irá aceitar ou não.

–Nanda!!! Você não podia me usar assim pra conseguir uma informação pro seu irmão. Eu achei que fôssemos amigas.

– E somos, Manu. Mas entenda, eu não quero parecer bisbilhoteira, mas só eu sei o que o chato do meu irmão está passando. E por um momento é bem feito pra ele sentir na pele tudo o que você passou, mas você sabe que sempre fiz parte da torcida de querer você junto com o meu irmão. Manu, ele está desesperado e eu estou querendo ajudar. Estou tentando ser o cupido de vocês. Menos chato e mais fashion, claro!

– Eu entendo que você está tentando ajudar o seu irmão, mas não gostei de você ter inventado essa saída pra conseguir alguma informação. Acho melhor eu ir embora, depois conversamos.

–Espera Manu...

Acabo nem escutando mais a Nanda e saio sem olhar pra trás. Precisava decidir isso com calma e Nanda com essa atitude não estava ajudando. Decidir passar na Ana pra buscar a Jú e leva-la pra casa. Ao chegar em casa, fui ensinar o dever da Júlia, mas percebi que ela estava estranha.

– Jú, você errou mais uma vez essa questão. Eu já te expliquei como é a resposta, mas parece que você não está atenta. Está tudo bem, meu amor?

–Tá, mãe. É que... mãe, você não vai voltar pra Floripa, não é?

–Claro que não, meu amor. Eu voltei pra ficar de vez. Agora não vou pra lugar nenhum.

– Nem se minha mãe Ana voltar a namorar o papai?

A pergunta da Júlia atingiu em cheio o meu peito. Não sei o porquê ela estava perguntando isso, mas tenho certeza de que algo aconteceu. Tentei não transparecer a minha alteração com sua pergunta e com calma e jeito tentei descobrir o que estava acontecendo.

– Meu amor, eu vou ficar aqui pra sempre, não se preocupe. Eu jamais vou abandoná-la. Mas, Jú, me responde por que você está me perguntando isso? Aconteceu alguma coisa?

– É que eu ouvi hoje minha mãe Ana conversando com a Alice. Ela disse que gostava do papai, mamãe.


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Notas finais do capítulo

Ana ainda gosta do Rodrigo? Q história é essa heim?
Até a próxima! ;)