Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 9
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Olá.... Mais um pra voces....
Esse é um dos mais lindos em minha opinião....
Aproveitem.



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Deixei Dimitri travar meu corpo de forma teoricamente sútil e de uma forma que aparentasse casual ao me conduzir de volta para o hotel onde estávamos hospedados sem criar resistência além do que o Espírito já proporcionava por eu ter puxado a parte negra de Lissa uns dias antes. Permiti essa ação porque pensei que ele me levaria para o meu dormitório e me trancaria por lá o restante do dia, até esperava ouvir um sermão ferrado por quase ter agredido uma colega tendo mais de 1.000.000.00 de pessoas entre Moroi e Dhampiros de todas as idades e classes nos olhando com espanto e excitação, porém quando finalmente entramos no elevador ele apertou um botão que ficava dois níveis acima do andar dos aprendizes da São Vladimir.

Quando as portas do elevador finalmente se abriram e recomeçamos a andar pelo imenso corredor cercado de portas percebi que aquele era o andar dos Guardiões e não dos aprendizes. Droga, e lá vamos nós.

– O que exatamente estamos fazendo aqui Dimitri? –Perguntei enquanto caminhávamos pelo corredor. –Meu andar é dois níveis para baixo.

– Você precisa se acalmar Rose, achei que eu poderia facilitar o processo trazendo você para um local onde pudéssemos conversar sozinhos. –Disse ele sério ao abrir a porta do quarto no fim do corredor e fazer sinal para que eu entrasse. –Aprendizes primeiro Hathaway.

– Engraçadinho. –Devolvi lembrando-me da vez que havíamos dito aquilo e então quando entrei e ele trancou a porta explodi de novo. –Isso não pode continuar acontecendo camarada. Já chega!

– Do que está falando Rose?–Perguntou ele virando-se para mim calmamente.

– De você achando que tem que me proteger o tempo todo e de tudo, isso não pode continuar. Você deveria se dedicar a outra coisa, outra pessoa. Concentre-se em Lissa, em breve você terá que protegê-la e deve fazer isso com perfeição. –Respondi com raiva, ele não poderia ficar me tratando daquela forma para sempre. Eu não era uma criança.

– Rose eu sou seu mentor pelo período que você estiver em formação para Guardiã, isso me deixa responsável por você e suas atitudes. –Respondeu ele cruzando os braços sobre o peito ao se aproximar alguns passos de mim. –Além disso, se eu bem lembro não sou o único em foco para proteger a Princesa. –Acrescentou ele parando a alguns poucos centímetros de mim.

– Deus como você é irritante Dimitri! –Gritei jogando as mãos para o alto e me desviando dele, jogando-me na cama e colocando um travesseiro sobre o rosto.

– E você é bastante imatura, é o curso normal das coisas. –Rebateu ele secamente dando de ombros como se não se importasse.

Ouvir aquelas palavras havia sido a gota d´água para mim, principalmente quando eu estava me desdobrando feito uma louca, por dentro durante semanas a fio para segurar a fúria do Espírito só para poupá-lo de me ver tento um ataque, mas aquelas palavras foram como o fósforo numa sala de pólvora. Eu explodi.

Com um salto me coloquei de pé sobre a cama, arremessei o travesseiro na direção do rosto de Dimitri para distraí-lo uns dois segundos que seria tudo que eu precisaria para agir. De pé sobre a cama consegui uma bela visão de seu rosto angelical, sem parar para pensar fechei a mão em punho com força, colocando o polegar para dentro, trouxe o braço para trás e depois quando foi o momento de jogá-lo para frente empreguei o máximo de força que podia arrancar de meu corpo e então deixei meu soco ir até a direção dele e... Nada.

Num movimento que eu pensei ser impossível Dimitri parou minha tentativa de socá-lo no rosto com uma das mãos que se fechou sem esforço algum sobre a minha e com a outra puxou minhas duas pernas na direção de seu corpo, esse simples procedimento me derrubou de volta na cama dele, que por sua vez veio pra cima de mim jogando grande parte de seu peso sobre mim, me imobilizando por completo e deixando-me surpresa pela cama ter estalado tão ruidosamente abaixo de nós e ainda assim não ter quebrado com o impacto.

Naquele momento me preparei para ouvi o pior sermão que poderia existir a ser dito por alguém com a postura de um Guardião como ele, imaginei que ele fosse me chamar de louca, imatura – não que ser nomeada assim seria alguma novidade para mim, irresponsável por ter a audácia de tentar atacar um professor, por tentar atacá-lo... Porém ao invés disso Dimitri olhou fundo em meus olhos deixando uma lágrima escapar, os fechou com força e simplesmente me beijou.

Meu coração parou de bater sob meu peito ofegante pela pequena luta, meu universo se estremeceu e tudo a minha volta que poderia me prejudicar sumiu como num passe de mágica. Naquela fração de momento só havíamos Dimitri e eu deitados naquela cama, com seu corpo sendo pressionado sobre o meu. – E, seus habilidosos lábios contra os meus.

No segundo seguinte quando seus olhos voltaram a se abrir pensei que ele iria sair de perto de mim num pulo como quem desperta de um pesadelo ou se afasta de um forno quente, mas nada disso aconteceu. Dimitri se afastou apenas o suficiente para girar nossos corpos e assim me colocar no colo dele, uma vez feito isso ele me abraçou forte contra seu corpo quente.

Eu tinha absoluta certeza de que repassando todas as coisas que já havíamos enfrentado nunca vira Dimitri agir daquela forma tão livre de barreiras e regras desde o dia em que nós dois fomos pegos pelo “pressentindo” de Victor Dashkov, isso me fez ter inúmeros pensamentos perigosos, um pior e mais confuso que o outro. Havia algo errado, quanto a isso não me restava duvidas, agora eu só tinha que decidir se estava pronta para descobrir o que era ou se apenas aproveitava esses rompantes de descontrole dele.

– Ah Roza isso vai ficar cada vez mais complicado. –Disse ele em meu ouvido.

– Eu sei, sinto muito por isso camarada. –Respondi com a voz presa na garganta. Eu estava chorando? Porque diabos eu estava chorando?

Mais algum tempo se passou, Dimitri se colocou de pé ainda me mantendo em seus braços, eu tinha meus dois braços firmes envolta de seu pescoço, então sabendo que eu estava bem presa soltou um dos braços de meu corpo e foi envolvendo a base de meu cabelo com os dedos como se estivesse tentando apoiar melhor meu corpo, porém na verdade esse movimento foi para que ele pudesse trazer minha boca para a dele para mais um beijo.

Esse beijo por sua vez foi calmo e cheio de ternura, depois eu já estava no chão sobre meus próprios pés, o encarando ainda tentando entender o que exatamente havia acontecido ali e principalmente porque havia acontecido.

Sem dizer uma palavra Dimitri deu um de seus raros sorrisos encantadores limpou meu rosto com a ponta dos dedos longos, virou de costas para abrir a porta lentamente, tomando o cuidado de me manter atrás de si como fizera na cabana da Academia e depois finalmente saiu puxando-me com ele.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Essa explosão de sentimentos de Dimiti são engraçadas e fofas né?



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