Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 25
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

hey aomores tudo bem? Voltei e trouxe comigo mais um capitulo pra vocês.
Espero que gostem e nos vemos lá embaixo.



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Ainda era muito cedo quando ouvi alguém batendo na porta de meu quarto de forma amistosa, porém insistente. Intrigada, me arrastei da cama e abri a porta lentamente, esfregando os olhos para tentar despertar um pouco mais rápido. Uma menina Moroi que eu não reconheci me entregou algumas roupas dobradas e um bilhete e depois se virou e foi embora. Sentei de novo em minha cama um pouco mais desperta e desdobrei as roupas com cuidado, imediatamente sentindo um sorriso se formar à medida que percebia que aquelas não eram roupas comuns; eram as mesmas roupas que todos os Guardiões da Corte costumavam usar. Desdobrei o bilhete sentindo meu sorriso crescer ainda mais. Era de Dimitri. “Use o cabelo preso.”

Uma hora mais tarde eu já estava devidamente vestida, perfeitamente penteada, perfumada e pronta, indo para o julgamento com Lissa, Christian e Eddie. Alguém havia entregado uma muda preta e branca para Eddie também. Seguimos Lissa e Christian um de cada lado com a expressão seria e os olhos atentos a tudo, exatamente como verdadeiros Guardiões faziam quando tinham que proteger mais de um Moroi e, eu tive que conter um sorriso quando percebi que estávamos sendo tratados como se fossemos do grupo, um Guardião havia até nos dado estacas de prata; que deveriam ser usadas unicamente em um ataque de Strigois, o que valia era a intenção.

O salão onde aconteceria o julgamento era enorme e elegante, com pilastras altas de ferro nos quarto cantos do lugar, as cadeiras eram estofadas e confortáveis, havia espaço ali para acomodar toda a Academia. Felizmente como eu ainda não era uma Guardiã formada ninguém viu problema em me deixar sentar ao lado de Lissa e Christian, um de cada lado, cada um segurando uma das mãos dela tentando lhe passar segurança. Atrás de mim houve uma movimentação e não precisei me virar para ver quem havia se colocado de pé atrás de meu assento, sabia que era Dimitri, rígido, com as costas coladas na parede e com os olhos varrendo o local, o fazendo parecer como uma águia. Além disso, era impossível não sentir o aroma de loção de barbear Russa tomando conta do ambiente.

Victor entrou, estava algemado e sendo escoltado por quatro Guardiões que o colocaram sentado no lugar do réu a ser julgado e depois se puseram atrás dele de forma que estava claro que se ele tentasse escapar seria pego e imobilizado no mesmo segundo. Victor por sua vez tinha uma expressão calma e triunfante, era como dizer que ele estava participando de algum tipo de comemoração de gala e não de um julgamento que decidiria o restante de sua própria vida. Seu elemento era terra, no entanto, aparentemente ele gostava mesmo de brincar com fogo e logo iria se queimar feio por isso. Logo depois de Victor entrou a Rainha Tatiana. Como era de costume em sinal de respeito e lealdade, mesmo que fosse um costume muito antigo e meio arcaico todos imediatamente nos colocamos de pé quando ela entrou, e depois com exceção dos vinte seis Guardiões que estavam postados contra as paredes em pontos estratégicos, incluindo atrás de Tatiana nos ajoelhamos abaixando a cabeça. Não nos levantamos até ela se sentar e então nos sentamos também.

O julgamento finalmente começou. Um por um, todos aqueles que haviam testemunhados os acontecimentos daquela noite do sequestro relataram o que viram. Basicamente a maioria dos relatos eram contados por Guardiões da Academia São Vladimir que lideraram as linhas iniciais de busca e resgate.

Dimitri foi o ultimo Guardião chamado para depor. Ao passar por mim discretamente apertou meu ombro e entendi o recado no mesmo segundo. Ele queria que eu me acalmasse e tentei fazer isso; o que durou uns 15 segundos e depois eu estava balançando as pernas impaciente de novo. De modo geral o seu testemunho se igualou ao que fora contado pelos outros, com exceção de um ou outro detalhe adicional por minha causa, fora isso tudo estava indo bem.

– Eu estava com minha aluna, Rosemarie Hathaway. –Disse Dimitri calmamente, como estava de frente para mim percebi quando ele lançou um rápido olhar em minha direção. –Ela partilha um laço com a Princesa e foi a primeira a sentir que havia algo errado. Porem no momento que ela chegou a mim para reportar o ocorrido um feitiço colocado no colar que o Sr. Dashkov lhe dera um dia antes a fez perder os sentidos e me atacar. Demorou algum tempo até que eu conseguisse conte-la e arrancar o objeto de seu pescoço para fazê-la voltar ao normal. Isso acabou atrasando a possibilidade de um resgate imediato para a Princesa.

A minha esquerda, eu ouvi um som estranho, como uma tentativa de abafar uma risada. A juíza, uma Moroi idosa, porem bastante severa, amarrou a expressão.

– Desculpe Meritíssima e Vossa Majestade. Algo no testemunho do Guardião Belikov me causou aversão e um pouco de humor. Não voltara a se repetir, eu garanto. Ainda assim, se a senhora tiver um tempo livre depois deste caso, Meritíssima, eu gostaria de formalizar a denuncia sobre um caso de estupro contra uma menor de idade. –Disse Victor alargando o sorriso em seu rosto e olhando para onde eu estava sentada e para algo atrás de mim; Dimitri.

Filho da mãe. Senti meu sangue congelar dentro de minhas veias. Maldito, ele fez. Ele realmente fez mesmo aquilo. No segundo seguinte tive medo de que todos automaticamente se virassem e apontassem para mim e Dimitri com olhares espantados e acusadores, porem nada disso aconteceu, alem de um breve falatório que logo se dissipou. No final das contas Victor Dashkov fora sentenciado à prisão perpetua. –Diferente do que era aplicado na prisão da Corte. Todos começaram a se retirar conversando entre si, eu não me mexia. Lissa havia colocado a mão sobre os lábios e se levantou murmurando algo sobre precisar de um banheiro e um Guardião a chamou dizendo que havia um ali perto, eu ainda não reagi. Simplesmente não conseguia fazer nada. Quando uma mão tocou meu braço, dei um pulo para o lado. Era Adrian. E tinha uma expressão preocupada.

– Você está bem Dampirinha? –Perguntou ele apertando sua mão contra a minha de forma gentil. –Dashkov fez... Comentários bem sugestivos e maldosos a, seu respeito com relação ao Guardião Belikov.

– Ninguém acreditou nele. Está tudo bem. –Falei meio que para mim mesma ao puxar minha mão, deixando meus olhos correr pelo local a procura de Dimitri. Nada. Ele já havia saído. Eu estava atrasada. –Obrigada por se preocupar.

– Dois agradecimentos seus em dois dias. Ta legal Dampirinha, onde estão as câmeras? Isso só pode ser uma pegadinha. –Disse ele com um sorriso debochado.

– Rá, rá, muito engraçado Ivashkov. Tenho que ir, eu preciso fazer minhas malas. –Falei sem conseguir conter um pequeno sorriso. Deus, como ele era idiota!

– Tudo bem Dampirinha, eu vou esperar no avião. –Cedeu ele afastando-se lentamente, ainda me lançando um olhar preocupado sobre o ombro.

Enquanto caminhava para atravessar um dos corredores para chegar à ala das acomodações deixei minha mente analisar os acontecimentos do julgamento. Por pouco eu e Dimitri não somos entregues para toda a Corte. Nosso envolvimento estava ficando cada vez perigoso e a um passo de ser exposto para todo mundo.

– Isso foi golpe baixo Victor! –Falei entrando em meu quarto e trancando a porta.

– Concordo. –Disse uma voz masculina a minha frente.

Abri meus olhos, alarmada dando um pulo, me colocando em modo de ataque, quase soltando um palavrão, pronta para juntar Adrian pela camisa e depois de deixá-lo com um olho roxo o jogaria para fora do quarto, porem ao tomar ciência de quem estava ali comigo me contive.

– Deus! Caramba, por pouco eu não soco você! –Falei desfazendo minha postura de ataque e me apoiando na cômoda ao meu lado. –Como entrou aqui e porque fez isso Dimitri? Poderia ter sido pego, poderia ser Lissa entrando aqui.

– Você nunca tranca a porta, igualzinho quando está na Academia. Foi moleza entrar sem ser visto. –Disse ele assumindo uma expressão mais seria e isso me fez ficar em alerta de novo, seus braços se estenderam num convite irrecusável para que eu me acomodasse em seu peito. –Estava preocupado com você, subestimei os limites de Victor, precisava ter certeza de que você estava bem. –Acrescentou ele acomodando em seu colo.

– Numa coisa teremos que concordar com Victor. –Falei passando meus braços pelo pescoço dele e sorrindo torto. –Fomos feitos um para pertencer ao outro.

Dimitri inclinou o corpo até estarmos deitados, suas mãos e me apertaram as coxas, entre minhas pernas senti que ele estava pronto para “combate”, tanto quanto eu estava. Três batidas na portam me fizeram dar um pulo, que só não me levou ao chão porque Dimitri tinha os braços em minha cintura.

– Rose abre, por favor! – Era Lissa e pelo seu tom de voz havia algo errado.

Continuei congelada sobre Dimitri, o encarando sem ter a menor idéia do que fazer. Se eu abrisse a porta obviamente Lissa veria Dimitri e estaríamos ferrados e se eu não abrisse, ela entraria em pânico e faria algum Guardião abrir a porta, o que daria praticamente na mesma.

– Você vai ter que abrir a Princesa não vai desistir. –Sussurrou Dimitri colocando-se em pé com cuidado e me ajudando a fazer o mesmo.

– Ficou louco? Se ela entrar vai ver você e vai se ligar no mesmo segundo sobre o que estávamos fazendo. –Sussurrei de volta, desesperada.

– Confie em mim. Abre a porta. –Disse ele calmamente. Por essa eu não esperava, Dimitri havia ido mesmo se esconder no banheiro?

– Depois eu que sou a imatura. –Murmurei incrédula ao abrir a porta.

Lissa me encarava com a expressão tensa e deixei Dimitri e seu esconderijo esquecidos. Agora tudo que importava era minha Moroi e o que ateria trazido ao meu quarto nas vésperas de voltarmos para a Academia.

– Liss, fala alguma coisa. O que aconteceu? –Perguntei preocupada.

Ela me encarou deixando uma lagrima escapar, suas mãos apertaram a minha com força, colocando algo ali. Era... Caramba era um teste de gravidez. Um teste positivo de gravidez.

– Seja muito bem vindo Dragomirzinho ou Ozerinha. –Murmurei ainda encarando o teste.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Gostaram do julgamento?
Os pegas de Dimitri e Rose?
O esconderijo nada criativo de Dimitri?
E FINALMENTE, a vinda de um Dragomirzinho ou Ozerinha?
Fiquem atentos que em breve tem mais.



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