Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 22
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

E ai meus amores, como estão os nervos?
Ansiosos?
Bem, bora ler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537083/chapter/22

Nenhum de nós pareceu entender o que estava acontecendo, nem mesmo tivemos tempo para fazer perguntas. Assim que descemos para o patio principal fomos escoltados até o aeroporto da Academia. Como imaginei lá havia um jatinho particular a nossa espera.

Alguns Guardiões da Academia estavam reunidos perto do avião, pareciam discutir os últimos detalhes da viagem, exceto um deles que estava mais afastado; Dimitri. Ele estava para ao lado da porta atento a tudo que acontecia, porem sem se envolver de verdade. Senti a culpa me inundar e sem pensa corri até ele.

– Desculpe! –Falei meio ofegante pela pequena corrida.

– Pelo que? –Ele parecia confuso, porém não relaxou a postura ou a expressão.

– Pelo jeito que falei com você, as coisas que eu disse. Você conseguiu. Você nos colocou dentro do julgamento. Falei ficando séria, porém agradecida.

Admito que por dentro eu estava um pouco nervosa por estar indo encontrar Victor, por outro lado estava orgulhosa, quer dizer... Dimitri havia mesmo conseguido fazer o que eu queria. Ele se preocupava comigo e em me ajudar. Tive vontade de estender os braços e aperta-lo, mas me contive.

– Não fui o responsável por isso, Rose. Não coloquei nenhum de vocês nisso. Eu falei sério sobre não possuir autoridade pra fazer isso. –Disse ele asperamente.

Alberta nos chamou para embarcar no avião, ele se virou para se juntar aos outros sem nem ao menos me olhar. Congelei. Se não tinha sido ele, quem teria feito isso? Entrei na cabine e uma voz me fez congelar de novo, porém me fazendo entender tudo o que havia acontecido.

– Dhampirinha! Já estava ficando preocupado com tanta demora! –Adrian estava sorrindo, com um drinque de maça na mão.

Ótimo. Eu havia me desdobrado e fiz a vida de Dimitri um verdadeiro inferno, para no final de tudo Adrian convencer sua tia-avo sem o menor esforço. Lissa e Christian estavam sentados lado a lado conversando de mãos dadas, me sentei ao lado de Eddie que tinha os olhos fixos na janela parecendo meio em panico, de frente para Adrian e isso parecia te-lo incentivado a tagarelar comigo.

– Estamos indo para a Corte Real. –Disse Adrian após tomar um longo gole de sua bebida. –Não está nada ansiosa Dhampirinha?

Agora eu tinha fechado os olhos e estava apertando as têmporas com o polegar e o indicador com força. Nunca tive problemas de verdade para voar, porem naquele momento assim que o avião começou a pegar altura uma dor infernal me atingiu a testa como um soco.

– Isso não importa, não viemos a passeio. –Respondi asperamente.

– Trouxe algum vestido? Pela sua cara acho que não. Isso não é problema, podemos arranjar um pra você. Eles tem ótimos alfaiates lá. Vamos fazer algo especialmente para você. –Adrian não parava de falar um só momento.

– Logo retornaremos para a Academia. Eu preciso mesmo usar um vestido agora? –Questionei ficando bastante irritada.

– Não necessariamente, eu apenas gostaria de ver você usando um. –Disse ele dando de ombros. –Algo na cor preta. Pode até ser de seda, talvez com renda, porque renda não coça. O que acha disso? Gosta de renda?

– Adrian. –Falei entre os dentes cerrados, a voz dele ecoava dentro de minha cabeça como um martelo. Doia demais, era quase insuportável.

– Também podemos tentar o veludo, frente única, cavado nas costas até o começo da cintura. –Adrian continuava com a falação infernal.

– Adrian, por favor! –Implorei começando a me sentir zonza, agora meus olhos haviam começado a doer muito também. Podia até sentir a parte negra do Espirito tentar pegar carona e expandir-se dentro de mim

– Podia ter um laço na lateral, ser acima do joelho para exibir suas belas pernas. –Ele continuava a falar em parar, nem dando atenção a minha tentativa de faze-lo calar a boca.

– ADRIAN! –Finalmente o restante de minha paciência foi para o saco, o lado negro do Espirito me abraçou. Foi o mesmo que acender um fosforo numa câmara de pólvora e explodi, o sobressaltando um pouco. –Dá para você calar a sua maldita boca por dez segundos?

Girei tão alto que provavelmente até o piloto deve ter me ouvido. Adrian agora me encarava com um olhar raro de surpresa e confusão. Alberta, sentada na mesma fileira de Adrian soltou seu cinto e se colocou de pé assustada.

– Rose, o que você tem? –Questionou ela de olhos arregalados, confusa.

– Eu estou com a pior dor de cabeça do mundo, e ele não cala a porra da boca um segundo sequer! –Falei esfregando a testa com desespero.

Esperei Alberta me advertir pelo palavrão que me escapara e pelo ataque, mas, em vez disso, Christian quem falou com ela.

– Ela não comeu nada hoje e também não apareceu no refeitório para jantar ontem. Deve estar mal desse jeito porque está com fome. –Disse ele me encarando juntamente com Lissa, parecendo realmente preocupado comigo.

E então eu reabri meus olhos bem devagar. Alberta parecia realmente preocupada. Dimitri agora estava de pé, atrás dela me analisando com uma expressão mais indecifrável do mundo.

Sombras e mais sombras apareciam a minha volta. Não eram formas especificas, eram como manchas negras. Eu pisquei parido e tudo desapareceu. Alberta ainda alarmada se virou para uma das aeromoças atrás dela.

– Você consegue algo para ela comer, por favor? E um analgésico? –Pediu ela voltando-se para mim novamente.

– Onde é, Rose? –Me perguntou Dimitri rígido. –A dor?

– É só dor de cabeça camarada, eu sei que passa logo. –Falei sentindo-me incomodada com tanta atenção voltada para mim.

Vendo o olhar sério dele, suspirei derrotada e meio a contra gosto apontei para o centro de minha testa.

– É como se algo estivesse dilatando meu cranio. E doí atras dos olhos, como se tivesse algo neles; eu vejo sombras desformes. Ai eu pisco e tudo simplesmente some. –Expliquei sentindo a dor me atingir como uma agulhada. Merda.

– Isso é sintoma de enxaqueca. Quando se alimentar e tomar os remédios tente descansar um pouco. –Instruiu Alberta voltando para sua poltrona, Dimitri me lançou um ultimo olhar preocupado e também retornou para o próprio lugar.

A aeromoça havia me trazido comida e eu quase sorri, estava faminta. Ela me trouxe uma bandeja contendo três barras de cereais grandes, mini-taquitos com molho, uma garrafinha de água e comprimidos.

Comi tudo rapidamente e como me foi recomentado estiquei as pernas no banco ao meu lado já que Eddie havia ido sentar-se mais para trás e então sentindo-me bem melhor, fechei meus olhos e logo adormeci. Momentos depois senti um toque no braço. Abri os olhos e vi Lissa, no banco de Eddie.

– Está melhor agora? –Perguntou ela com um olhar preocupado.

– Mais ou menos... Não! –Protestei, ela havia esticado a mão na direção de minha cabeça, queria usar sua magia para me curar. Eu não podia permitir aquilo.

– Está tudo bem, é fácil. –Disse ela com um sorriso, segurando minha mão firme entre as dela e fechando os olhos.

A aura dela expandiu para fora de si lentamente como sempre acontecia quando o dom do Espirito era ativado, era uma coisa linda, cheia de cores vibrantes e energia, isso meio até mim e então... Caramba! Não podia acreditar nisso, não havia acontecido absolutamente nada.

– O que...? O que houve? –Perguntou Lissa abrindo os olhos, confusa.

– Nada. A dor ainda está aqui. –Falei tão confusa quanto ela havia ficado.

– Mas eu... Rose, eu consegui. Eu senti a magia fluir para dentro de você. Funcionou, eu senti! –Protestou ela incrédula e um tento assustada.

– Sei lá, Liss. Está tudo bem, relaxe. Olha, você parou com seus remédios a poucas semanas. –Falei apertando levemente o braço dela tentando reconforta-la.

– Acha que toma-los prejudicaram para sempre minha magia? –Agora ela estava visivelmente apavorada.

– Não, claro que não. Talvez seja porque o efeito deles ainda estejam presentes. Relaxe. –Disse a ela com um pequeno sorriso que esperei ser tranquilizador.

– Certo. Bem acho que chegamos. –Disse ela quando sentimos o avião pousar.

Ela tinha razão com o que disse. Olhando pela janela com atenção eu pude ver a estrutura da Corte Real se estender. Nós tínhamos conseguido mesmo. Estávamos na Corte Real dos Moroi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que me dizem? Gostam do que estão lendo?
Poderiam ser gentis e comentar? Pelo menos um "Adorei" "bom"
Vai gente, não me deixem triste.... Não sejam leitores fantasmas ok?
Beijos e até o proximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.