Nach Dir Kommt Nichts escrita por Becca


Capítulo 13
Somos um agora


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, por favor, deixem review, estou precisando!



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Zwei in Einem – Dois em um

 

Como William Shakespeare disse uma vez: “Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente”. Lembrei-me desta citação quando voltamos para o colégio e decidi ir dormir em meu quarto. O que Shakespeare diz é mais do que correto e se encaixa perfeitamente em meu caso. Se eu continuar pensando no lado ruim que vivi hoje, só será pior para mim mesma, que sofrerei com meus medos. Acho que o tanto que estudei Shakespeare quando estava no Brasil, ajudou-me a pensar agora.

 

Já estava tarde, quando cheguei, minhas companheiras de quarto estavam vendo TV, fazendo a unha e conversando sobre certos encontros... Fingi que não sabia e fui direto tomar um banho, estava super cansada que quando terminei acabei dormindo, Francesca, Victorie e Danna estranharam, mas ficaram caladas quanto a isso, o que achei ser um ótimo respeito vindo da parte delas.

 

Acordei um pouco cedo demais, talvez pelo horário que eu tenha ido dormir. O colégio ainda estava dormindo, com certeza o refeitório ainda não havia sido arrumado e nem posto o café. Levantei-me, pus uma roupa decente, porque claro eu não poderia sair de pijama por todo a Künstler, obviamente. Não sabia para onde ir, mas me lembrei de um lugar onde nunca visitara desde que chegara ali, o ponto de encontro de todos os sonhos, o lugar onde nossa imaginação está livre para qualquer coisa, a imensa biblioteca de Künstler, o sonho de qualquer um entrar naquele lugar e dar de cara com mais de 50 prateleiras com livros de todos os tipos, indo de fantasia até o que pode imaginar. Livros de todos os tempos, das ultimas décadas, livros guardados, livros antigos, de todos os tipos.

 

Caminhei delicadamente para não acordar indesejadamente qualquer garota daquele dormitório, que deviam agora esta tendo sonhos com seus príncipes encantados. O que eu não precisava, acho, pois mesmo sonhando com o meu príncipe, eu tinha ele ao meu lado e ele me tinha ao seu lado. O bom neste momento é que a biblioteca já estava aberta! Entrei, pelo visto o lugar estava vazio, só havia a biblioteca falando ao telefone e sorrindo quando me viu entrar, fazendo sinal para que fosse até ela.

 

- Olá minha querida, seja bem-vinda. Nunca havia te disto aqui, fico feliz de ter mais uma pessoa nesta escola interessada na leitura, isso é ótimo. Qual o seu nome? Eu me chamo Susan.

 

- Prazer Susan, me chamo Becky Keller, mas pode me chamar só de Becky mesmo. É nunca tinha vindo aqui, me arrependo por não ter vindo antes, é porque realmente não tive tempo. Sempre fui interessada na leitura sim, é tão magnífico.

 

- O prazer é meu Becky. Bom, então volte sempre que quiser. Essa biblioteca é tão rica em livro e quase ninguém a visita, somente os estudiosos mesmo. – Afirmei com a cabeça e perguntei onde era a área do gênero romance, ela me apontou e me disse qual era o nome da fileira e assim segui para ela.

 

As fileiras eram tão longas e realmente ricas por livros como Susan havia dito, o meu único problema ali, seriam algumas palavras em alemão, com certeza teria alguma dificuldade para ler alguns livros, mas nada que um bom dicionário ao meu lado não ajudasse e também poderia demorar um pouco.

 

Interessei-me por um livro grosso, de capa dura, com aparência de antigo. Puxei-o para por ler, estava todo empoeirado, então soprei, mas mesmo assim ainda restou poeira. O livro se chamava A Dama de Berlim, apesar do nome, o que parecia era ser um livro

sobre fantasia, magia, algo relacionado, mas logo quando abri pude notar o contrário, não era nada mais nada menos, que a história de uma dama com um plebeu. Senti um real interesse por este livro, o titulo me encantara tanto...

 

Sentei-me na mesa gigante e vazia e abri o tal livro, junto também peguei um dicionário de alemão > português, foi uma sorte ter encontrando. Afinal, desde que cheguei aqui, tive muita sorte, concluo... Acho que é até sorte demais para uma pessoa só.

 

“Apesar dos pesares, o destino quis nos unir.

E se estamos aqui agora, é porque ele quis nos ver juntos.

Mas uma vez digo, não me importo de onde venha

Contato que eu saiba, para onde você vá. ”

 

As palavras de dama de Berlim, ou melhor, como era seu nome, Miranda, apesar de não ser um nome alemão, sua mãe era americana e seu pai alemão, o que a tornou uma dama. Tudo o que li, se uniu em meus pensamentos, ficaram gravadas neles, nem notei o tempo passar, as horas passando e eu ali presa à história. Lembraram-me tanto Bill, tanto.

 

- Susan, pode me informar que horas são, por favor? – Perguntei, tentando imaginar quanto tempo estava ali.

 

- É exatamente 11:00 horas, senhorita.

 

Arregalei os olhos e perguntei se poderia levar o livro para ler, ela afirmou com a cabeça. E sai correndo pela porta, o que Bill pensaria?! Será que ele estava procurando-me?! O que ele devia estar fazendo, será que estava preocupado comigo? Corri pelos corredores a procura dele, infelizmente esquecera meu celular no quarto, já estaria perto do horário de almoço.

 

Todos que passavam perguntava onde estava Bill, ninguém sabia. Estava ficando desesperada já, onde ele estava, com quem. Talvez estivesse com sua banda, ensaiando. Decidi ir direto para meu quarto, peguei meu celular e digitava um numero familiar, o telefone tocava e ninguém atendia, aquilo estava me deixando nervosa.

 

Horas e horas se passaram e nada de encontrar Bill naquele imenso colégio, nem naquela especial sala de ensaios do Tokio Hotel, estava. A noite caia e mesmo assim, não o encontrava, admito que estava preocupada e com ciúmes a flor da pele, eu não havia visto o dia todo, me deixava agoniada. Estava morrendo de fome, fui então para o refeitório comer algo, não poderia deixar de comer. Quanto ao caminho, tive uma surpresa, Tom entrava com Francesca agarrados, Gustav com Danna e Victorie com Georg. Onde eles estavam? De onde eles vieram? Meus ciúmes haviam aumentado, principalmente por Bill estar no meio.

 

- Bill?! – Perguntei, fitando-o, fitando também a brisa fria que passava, realmente eu estava brava.

 

 


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