Cartas que Nunca Vou Mandar escrita por Caru


Capítulo 1
Para E




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Para manter a rotina, estou aqui sentindo saudades de ti e me perdendo naquela espécie de pensamento que nos uniu, mesmo sabendo que estás tão distante, provavelmente pensando nela (ou, quem sabe, com os mesmos pensamentos que eu).

Era mais simples quando acreditava que meu sentimento por ti era ódio. Sem saber que era uma espécie de defesa pra não passar pela mesma situação da última vez que amara tanto alguém.

Sei que é ridículo, mas te quero aqui. Não culpo senão a mim, que mesmo sabendo que nunca serias minha te quis só pra mim.

Soube assim que tive notícias da tua volta que seria problema me aproximar de ti: éramos muito diferentes para dar certo. Talvez eu tivesse minha chance, mas meu realismo (ou insegurança?) não me deixou tentar. Então viestes para tão perto e pensei em tentar, só mais dois meses, talvez quatro, e eu me declararia.

Então ela apareceu. Tão mais certa pra ti, tão mais perfeita que eu, te fazendo tão feliz. E como doía ouvir-te falar dela o tempo todo e eu ali sorrindo, te aconselhando como boa amiga que tentei ser. Meu sorriso era verdadeiro apenas quando você reclamava dela (como não me alegrar sabendo que, afinal ela não era tão perfeita?).

Eu acreditava quando dizias que me amava e não me abandonarias, mesmo sabendo que não deveria e nunca seria suficiente o amor que estavas disposta a me dar. Contudo era o que eu tinha e eu me agarrava a isso sabendo que só ia me fazer sofrer.

Então tu se foste e nunca voltará.

Eu sabia que isso ia acontecer e, mesmo que nunca te tendo só minha, foi horrível te perder sei meses antes do planejado. Tento me livrar do vício em ti. Deveria ser mais fácil sabendo que não lhe faço falta, mas isso só faz doer mais. Tenho recaídas (sempre soubeste que sou tão fraca). Porém vejo evoluções: já não sonho com você toda noite. Vou te deixar em paz. Espero te reencontrar um dia e te ver feliz.

Até lá me apego às memórias, esses “fantasmas que me sopram aos ouvidos coisas que nem quero saber”.

Com toneladas de saudades

Da tua amiga mais egoísta


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