The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 9
O treinamento parte 1


Notas iniciais do capítulo

Meio grande kk mas ta ai gente. Boa leitura a todos e todas.



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O suor escorria pelas minhas costas. Estava no alto de uma árvore sentada num galho olhando para baixo. Eu estava toda machucada e cansada. Julieta estava me olhando com orgulho. Como se fosse o que realmente queria. Ela gesticulou para que eu descesse. Pulei. Meus pés tocaram o chão de uma forma tão leve que deu a impressão de que como se eu apenas tivesse pulado no ar. Ela me entregou uma garrafa de água.

–Não se preocupe com os machucados. Logo não terá mais nada.

–Se você diz.

–Falo sério sua boba!

Ri.

–Já está na hora, estamos treinando a três dias Julieta.

–Pode crer, você vai sair do banho hoje e vai notar que sua inhaca e seus ferimentos desaparecerão.

–Inhaca?-Ri de novo.

–É, inhaca.

Ela riu. Corremos mais um pouco pela floresta. Depois fomos embora. Eu estava exausta. Julieta voou até o porteiro. Entrei logo depois que o grande portão se abriu. Caminhei em direção ao apartamento de Pedro logo depois que Julieta pousou ao meu lado. Depois de um banho gelado, uma janta deliciosa e um filme bem infantil, resolvi dormir. Pedro ainda não chegara, eu não iria esperá-lo. Fechei os olhos e apaguei.

Acordei sentindo minha perna queimando. Abri os olhos e me movi. A luz do sol invadia metade do meu quarto. Minha perna estava muito muito quente. Respirei e passei a mão pela testa. Eu estava suada. Credo. Levantei, fui até o armário e peguei algumas roupas, toalha e me encaminhei para o banheiro. O apartamento estavam silencioso demais. Depois de tomar um banho, fui para a cozinha. Nenhuma louça suja. Que esquisito. Fui até o quarto de Pedro. Ninguém. Fui no quarto da Julieta. Não estava também. Que estranho. Comi biscoito com café, escrevi os dentes, troquei de roupa e desci. Opa, meu celular. Voltei e peguei-o, aproveitando e pegando também as adagas. Olhei a hora. Meio dia. Legal. Caminhei pelas ruas. Tudo estava tranquilo demais. Não, estava silencioso, como se os anjos não quisessem ser notados. Andei até o portão. Ah claro, não tenho asas, como vou pedir para abrir? Pensei em gritar ou fazer sinais com as mãos na tentativa do porteiro me enchergar. Mas então o portão abriu. Não esperei argumento, o porteiro havia me visto lá de cima. Passei pelo portão e ele se fechou.

Legal como vou andar pela floresta maluca? Lembrei ter visto os celulares de Julieta e de Pedro em cima das camas deles. Outra coisa estranha. Eu teria que procurá-los. Ignorei o fato deles estarem em apuros e caminhei confiante como se soubesse o caminho para a cidade. Andei lembrando do caminho mentalmente, e pelo visto deu certo. Logo enxerguei a estrada. Olhei para trás. Nada nem ninguém. Mas então ouvi um grito. Arregalei os olhos. Ouvi de novo. Parecia o grito da...Julieta. Lembrei do que ela me dissera no treinamento de ontem. "Não gritar. Se ouvir alguém gritando na floresta ou em qualquer outro lugar, não grite de volta. Vá atrás mas não grite." Segui o grito. Me infiltrei na floresta e quando achei que estava perdida, os vi. Me escondi atrás de uma árvore. Tinha pelo menos uns sete ou oito homens de branco, armados formando um círculo em volta de Pedro e Julieta. De frente para eles um homem segurava uma adaga prata. Julieta e Pedro estavam machucados e de joelhos. Calculei minhas opções. Correr e pedir ajuda, ou ajudá-los sozinha. Pelo visto teria de ser a segunda mesmo. Um plano. Eu era rápida o bastante para chegar no portão em cinco minutos. Eu poderia acertar todos eles em uma volta em volta deles. Aos meus olhos parecia um bom plano. Eles eram gigantes. Eu iria acertá-los no pescoço, assim os matava rapidamente. Dei a volta com cuidado para ver se Pedro e Julieta estavam amarrados ou algo do tipo. Hum, não eles não estavam amarrados, só de joelhos. Respirei fundo e me aproximei. Peguei a adaga dourada e acertei o primeiro. Depois corri e acertei o resto. Logo, em volta deles restara apenas corpos sem cabeça. Observei os corpos dos anjos morrendo. Eles transformaram-se em poeira dourada, e se juntaram ao vento, sumindo. O anjo que estava no meio me olhou. Ele devia ter uns dois metros. Ou mais. Suas roupas eram brancas, da cabeça aos pés. O cabelo marrom, os olhos castanhos-claro. Ele se aproximou de mim e me golpeou com a mão fechada. Subi pelos ares. Alcançei a altura da árvore que estava atrás de mim. Meu corpo começou a descer. Lembrei mais uma vez dos ensinamentos de Julieta. "Numa queda, mantenha sempre os pés apontados para baixo." Firmei meus pés para baixo e pousei no chão com um pouquinho de desequilíbrio. O anjo, que estava de costas, virou-se. Senti uma ardência na boca. Ele levantou as sobrancelhas aparentemente surpreso. Pedro estava de cabela baixa, Julieta me olhava orgulhosa.

–É, parece que te treinaram bem.

–É, parece que sim.

Ele riu com ironia.

–Vamos ver se treinaram mesmo.

Tentei lembrar de todas as regras que Julieta dissera. Fechei e abri os olhos. Ele se aproximou. Desviei de um soco, ele abaixou-se é escorregou a perna. Pulei. Ele olhou para mim. Preparou um ataque à minha direta, desviei. Preparou um chute em direção a minha barrica, fui para o lado.

–Vai ficar só desviando? Ataque!

"Nunca faça o que o adversário quer. Espere o seu momento." Por cinco minutos a luta se prosseguiu assim, ele atacava e eu desviava. Pulei e escalei uma árvore ganhando tempo para pensar.

–Não adianta fugir, eu vou te pegar.

Senti que ele subia. Escalei mais rápido e pulei para outra árvore. E fui pulando e pensando. Vou cansá-lo e aí ataco. Lembrei mais uma vez do que Julieta dissera. "Anjos não são bons em ambiente natural ou no alto sem as asas. Alguns são rápidos em pular, mas não passam de dez minutos." Olhei rapidamente para trás ele estava a duas árvores de distância. Desci um pouquinho escorregando na árvore. E continuei a pular. Senti que ele se afastava, então pulei até o chão. Esperei ele chegar. Passei a língua pelos lábios, senti gosto de sangue. Filho da mãe.Ele pulou na minha frente, ofegante. Atacou lentamente e eu desviei. Em seu terceiro ataque, segurei seu punho e o torci, ele gritou e caiu. Com a mão livre soquei-lhe a face até tirar sangue de sua boca. Então sem mais delongas, peguei a adaga dourada e enterrei-a em seu peito. Ele então se desfez em pó dourado.

Corri até Pedro e Julieta. Ela me olhou satisfeita. Envolvi os braços dos dois em mim, e ajudei-os a levantar. Eu tinha adquirido toda essa força em três dias? Uau. Andamos até o apartamento em silêncio. Julieta dissera que contaria parte da história, mas o resto seria Pedro. Fiquei desconfiada, Pedro andara meio estressado e quieto desde que chegamos naquele bairro. Se irritava sempre quando o assunto era anjo. Perai...se os anjos o atacaram, então ele é um anjo caído. Ele me explicaria porque. E logo.


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Notas finais do capítulo

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