The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 39
Histórias de guerra.


Notas iniciais do capítulo

Oioi de novo, penúltimo capítulo abaixo!!! Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/536766/chapter/39

Deixei o corpo morto de Maria no chão e fechei sua boca ligeiramente aberta. Ajeitei-o e pedi aos Céus que levassem sua alma para cima e não para baixo. Crendo que Deus estava me ouvindo, aproveitei para fazer o pedido final daquele dia. Me dê forças para derrotar o inimigo, meu inimigo e salve todas as pessoas que morreram antes do tempo. Amém. Encarei Miguel sentindo o coração bater com tanta força que me perguntei se ele também estava escutando. Caminhei até ele lentamente, meus pés soltando fumaça em cada poça de sangue que pisava. Estiquei minha mão direita e criei uma espada. Era linda por sinal. Toda em cristal e com um brilho único. Parece simples, mas aos meus olhos é perfeita. Miguel deixou transparecer um pouco de seu espanto e eu sorri maleficamente. Ele então avançou com sua espada erguida em posição de ataque. Pus a minha em posição de defesa e me surpreendi com a habilidade que tinha em manuseá-la. Miguel sentiu e me atacou com mais força e velocidade. Ele atacava muito rapidamente e eu não me cansei de desviar. Então ele cometeu uma falha. Ele parou para respirar. Essa foi minha deixa.

Parti pra cima dele com tudo. Nossas espadas se colidiam com nossos ataques e defesas. Eu o socava quando conseguia e o chutava quando estava me defendendo por baixo. Ele pareceu ligeiramente cansado, e foi só isso. Ele só pareceu. Eu já tinha meus cortes, meus hematomas e meus ossos pra cuidar, mas nada me fez sentir tão viva. O ódio que estou sentindo agora me faz querer continuar e continuar até conseguir vencer. E só assim eu vou parar. De repente, Miguel abre suas asas e voa em direção ao céu. Não vou segui-lo. E nem foi preciso. Ele voltou segundos depois com outros junto e eu me preparei para lutar com cinco anjos sozinha.

O primeiro foi fácil. Dois golpes e ele estava morto. O outro eu tive atingir a perna para matar. O outro se saiu bem no começo mas depois tentou me atacar diretamente e eu o matei. O outro me deu uma certa canseira, mas eu golpeei suas pernas e depois enfiei a espada em seu coração. Pronto, agora éramos Miguel e eu. Ele deu um berro e veio com tudo pra cima de mim. Eu teria me defendido de boa se não tivesse visto meu grupo de pessoas correndo com armas e espadas na mão, os olhos varrendo as ruas e os corpos. Miguel deixou sua espada atravessar meu peito e eu gritei com a dor. Ele soltou e se afastou.

Você já era.-Ele disse.

–Você não atingiu meu coração, idiota.

Tirei a espada do meu peito e com um corte certeiro e tão rápido como um raio, a espada dividiu Miguel ao meio. Eu soltei a espada e senti algo me puxar. Como uma mão. Olhei para o céu e vi o grande rastro de luz passar por mim e atingir Miguel. Ele estava morto por hora, mas eu não podia bater as botas agora. Tinha palavras a serem ditas ainda. Muitas palavras na verdade. Senti meu peito se expandir e minhas asas se abrirem. Juntei todas as forças que ainda tinha e deixei que saísse e fizesse o que desse na telha. Pensei por último no mundo. Sou capaz de salvá-lo? Sou capaz? Eu sou especial. Nada pode me derrotar. Não devo nada a ninguém e ninguém me deve nada. Quem se meter no meu caminho vai levar porrada acredite. Eu acredito em mim mesma. Agora eu acredito.

Abri os olhos devagar. De novo não. Todo meu corpo doía. Até mesmo meus olhos doíam. Vi os olhos cinzentos de Julieta, os verdes de Pedro e os azuis de Ithuriel. Todo mundo me olhava preocupadamente. O que foi? Fechei os olhos e os abri de novo. Tentei falar. E consegui.

–O que...aconteceu?

Todos suspiraram aliviados.

–Parabéns garotona, você salvou o mundo.

–O que?

–Você sacrificou sua vida pela nossa, derrotou Miguel e ficamos sabemos que foi ao inferno também.-Julieta disse.

–Não foi...uma experiência muito legal e agradável...

Eles riram um pouquinho.

–Deus achou justo você viver por...não sei qual o motivo.-Ithuriel disse.-Então a balança...

–Tá equilibrada.

–Já não era sem tempo né?-Julieta disse.

–Do que?

–De você realmente mostrar quem você é ao mundo.

–Não...eu não mostrei quem eu sou. Eu aceitei quem eu sou.

E eu? Eu sou especial. Eu acredito em mim mesma. Alguém me fez acreditar nisso. Então, eu acredito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?????



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The history of us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.