The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 38
Como uma guerreira.


Notas iniciais do capítulo

Oioi, boa leitura!!



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O começo foi desastroso. O demônio me derrubou diversas vezes seguidas. A nossa volta, anjos e demônios guerreavam a finco. Seria uma imagem incrível, se eles não estivessem guerreando pelo meu pescoço. O demônio me arrancou de meu devaneio cortando meu braço. Rangi os dentes mas não recuei. Ele avançou e levantou a espada, depois lançou a ponta em direção a minha cabeça. Fiz uma meia lua no ar com a minha e, surpreendentemente, atingi a espada dele, derrubando-a no chão. O demônio me olhou com malícia e perversidade, algo que no passado me faria sair correndo. Mas eu não iria recuar. Não tenho tanto poder a toa.

Fiquei de joelhos e encarei a espada do demônio a poucos metros de nós. Então ela se moveu para longe, como se alguém a tivesse chutado. Pisquei e ignorei o olhar do demônio, antes de abrir voo e encarar o estrago. Minhas asas eram as únicas partes intactas do meu corpo, o que facilitou minha pequena passeata pela Liverpool. Tudo era um caos. As pessoas estavam sendo mortas, torturadas e sendo arrastadas para baixo do chão. Meu coração apertou ao ver tudo aquilo, pois era culpa minha. Se eu não tivesse trazido Ithuriel de volta a vida... chorei frustrada com minha estupidez. Pessoas estavam morrendo por minha causa. Eu tinha que fazer alguma coisa, eu tinha que terminar com isso. Essas pessoas não merecem pagar por algo que não fizeram. E elas não vão.

Uma fúria cresceu no meu peito varrendo toda frustração que estava sentindo. Fechei minhas asas e desci com um raio em direção ao caos. Esse portão seria fechado, os anjos voltariam para o céu, e as pessoas sobreviveriam. Não abri minhas asas quando cheguei perto do chão. Pelo contrário; passei pelo chão e entrei no famoso Inferno. O cheiro de enxofre e carne queimando era insuportável. A pessoa deve ter feito muita besteira para parar aqui. O calor era suportável, porém a visão... Parecia uma caldeira enorme com lava dentro. Almas queimavam nela, demônios caminhavam sobre elas e dragões cuspiam fogo na caldeira. Virei-me e encarei aquela entrada. Daqui debaixo era uma entrada pequena, algo que parece fácil de fechar. Mas sendo sobrenatural, já se torna difícil.

Abri minhas asas pois não queria encostar naquela lava. Os demônios e as almas se encolheram diante do brilho que elas tinham. Nem eu sabia que brilhavam tanto. Mas acho que pelo fato de estar no Inferno, elas brilham. Eles deram um grito que machucou meus ouvidos e me obrigou a subir mais. Liberei a mesma força que lancei lá na Terra. A fúria ajudava a fechar aquela entrada mais rápido. E eu nem pensei em como iria sair dali quando terminava de fechar. Eu apenas queria fechar aquela maldita entrada. Gritei para aliviar a dor de cabeça que se instalou de repente e percebi que enquanto fechava, os demônios voltavam e eram lançados inferno adentro. Vi o próprio demônio que lutei passar pela entrada gritando e sendo jogado para as profundezas do Inferno. Ele nem me viu. Com um baque a entrada fechou e todos os demônios de voltaram para mim. Pensei em correr e...ir para onde? Eu fechei a única passagem para a Terra. Eu iria voltar. Obriguei minhas asas a funcionarem e comecei a voar para cima. Mais alto, mais alto, mais alto...

Senti terra nos meus dedos. Parecia que estava escavando alguma coisa. Não, pera. Eu estava saindo de um buraco. Pelo menos eu achava que estava. Até uma mão quente puxar minha perna para baixo. Num segundo eu engolia terra, no outro, dois olhos vermelhos nada sorridentes me encaravam. Olhei para a criatura diante de mim. Era enorme, realmente muito grande. Ele sorriu sinistramente e eu me apavorei.

–Você acabou com a minha festa.

–Eu, o que?

–Criança estúpida. Até para você Ele da mais poder.

Então captei. Mais poder, sorriso sinistro e gigantérrimo, o rei do Inferno.

–Está falando de Deus? Não foi Ele que me criou. Meus pais me fizeram quem eu sou. Deus apenas permitiu que eu existisse.

–Essa confusão toda é culpa sua.-Ele disse ignorando o que eu disse.-Você ressuscitou um anjo e agora eu quero um demônio meu vivo. Ou você morre, o que seria um desperdício, pois nem assim teríamos o que queremos.

–Me mate. Eu não vou ressuscitar ninguém.

–Sábias palavras.-Ele sorriu mais uma vez, sua mão soltando minha perna e agarrando meu braço. Reprimi um gemido de dor.-Mas não vão te salvar. Você me deve uma alma garota, e eu vou cobrar ela.-Então me soltou.

Cavei até o solo respirando o cheiro de sangue e suor. Só faltava um agora.

A cidade estava um caos. Alguns demônios que não foram puxados torturavam as pessoas enquanto dragões jorravam fogo e anjos e outros demônios ainda guerreavam. Apareça Miguel, pensei, eu sei que você quer me matar. Enquanto chamava Miguel em pensamentos, lançava explosões sobre os demônios e eles desapareciam numa fumaça negra. E assim fiz quando algo captou minha atenção. Um gemido de dor talvez? Quem estava sofrendo? Procurei o dono do gemido, ou melhor dizendo a dona. Vi os cabelos de Maria antes de confirmar que era mesmo ela. Ela não estava morta? Não foi isso que Pedro e Julieta disseram? Ou será que foram enganados? Eu aposto na enganação. Maria estava presa numa espécie de jaula toda ensanguentada. Não tinha nada nem ninguém por perto. Com medo de que algo me atacasse enquanto me aproximava, lancei um tipo de energia que puxou a jaula para perto de mim. Maria arregalou os olhos ao me olhar.

–O que faz aqui? Deveria estar segura com os outros.

–Como assim? O que quer dizer? Esqueça, como eu te tiro daqui?

–Derreta a jula.

–Você está que sou quem? A Mulher Maravilha?

Ela me lançou um olhar sarcástico. Optando por não responder, segurei as grades e pensei que podia sim derretê-las. Pensei e pensei e finalmente senti, o metal quente derreter em minhas mãos. Ajudei Maria a sair dali e a abracei. Não dissemos nada, apenas nos abraçamos. Fechei meus olhos deixando minhas lágrimas rolarem. Ela fez um movimento estranho e me soltou.

–Eu te amo Mulher Maravilha.

–Também te amo minha amiga.

Ela cuspiu sangue.

–Vá salvar o mundo.

–O que?

–O caos é mundial.-Ela disse cansada.-Quem dera que fosse só aqui.

–Não acredito.

–Acredite. E acredite em si mesma. Não importa em que circunstância você esteja, você deve acreditar que você tem o poder e você tem minha amiga.-Então caiu em meus braços.-Você é especial, não deixe ninguém te dizer o contrário.-E fechou os olhos.

Olhei para ela. E para suas costas. Uma adaga dourada estava enfiada até o cabo em suas costas. Eu não precisei olhar para frente para ver Miguel me olhando. Do mesmo jeito que ele sabia que eu iria ferver de fúria matando minha amiga.

E não vai ser apenas fúria.


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Notas finais do capítulo

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