The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 35
Lembre-se de quem é o inimigo.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Me enrolei legal nesses dias, então desculpe-me!! Prometo que os capítulos finais serão Perfeitos e Impactantes. Não deixem de acompanhar e comentem!!!!



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Antes que eu sequer formulasse uma resposta para a cena que se passava diante dos meus olhos, alguém tocou meu ombro e eu me virei, desviando o olhar. Julieta me encarava com a mesma confusão que eu estava sentindo. Bem, depois da minha declaração, de dizer a Pedro que o amava mais que tudo e de conversar com Ithuriel e descobrir que ele sentia a mesma coisa por mim, resolvi sair do quarto e, virando a esquerda, caminhar até o fim do corredor. Ouvi uns murmúrios e uma porta aberta. Então, curiosa do jeito que sou, silenciosamente empurro a porta e ponho a cabeça para dentro. Vejo dois corpos se agarrando e depois de identificá-los, abro mais a porta e fico encarando Luz e meu pai, no maior love que eu já vi na vida. Sem nem pensar no que estava fazendo, bato palmas. Os dois viram-se e coram. É verdade, eles realmente coram! Luz está com a boca rosada e as roupas amaçadas. Papai está com os olhos perdidos em só Deus o que e o cabelo bagunçado. Ambos evitam me olhar e eu fico com vontade de rir.

–Vocês estão se pegando desde quando?-Julieta pergunta.

Eles começam a gaguejar e nós duas caímos na risada. Puxei Julieta para fora do quarto e fechei a porta. Perguntei-lhe onde era o banheiro e ela me levou até uma porta que ela aleatoriamente abriu. O banheiro era branco e simples. Um box com chuveiro, uma pia com armário pequeno embaixo, um sanitário, toalhas penduradas perto do box, e algo que eu nunca vi na vida perto da pia. Julieta seguiu meu olhar e me explicou o que era.

–Bem, é uma máquina mágica.-Olhei para a máquina. Ela era quadrada, tinha uma abertura bem em cima e uma luz vermelha se materializou ao som de nossas vozes.-Você vai falar que roupa que quer, ela vai te analisar para saber seu tamanho exato e sua roupa vai surgir.

–Peça por peça?

–Peça por peça. Eu tinha uma dessa no meu antigo apartamento.

–Julieta, que lugar é esse?

Ela suspirou.

–Toma seu banho. Eu vou falar depois que você estiver relaxada.

–Ok, obrigada.

Tomei meu banho tranquilamente. Quer dizer, mais ou menos. O chuveiro funcionava como um sensor de movimento. Eu tive que ficar debaixo dele para poder sentir a água caindo. Peguei uma toalha para o corpo e outra para o cabelo. A hora de pegar roupa foi a mais difícil e enraçada. Eu fiquei com vergonha da máquina ao ter que falar minhas roupas íntimas bem específicas, sendo que eu não sabia o nome certo do modelo das roupas. A máquina brigou comigo e depois de ficar ali tentando e tentando, finalmente falei algo- sutiã para adolescente e depois calcinha para adolescente.-que fez a máquina funcionar. Pedir as roupas foi fácil. Pedi mais de uma roupa e testei para ver se saia mala dali também. E cai na gargalhada quando nada veio. Me sequei e vesti as roupas, dobrei as outras e enrolei a toalha na cabeça antes de sair do banheiro. Eu já sabia qual era a porta do meu quarto e não me surpreendi ao ver Pedro, Julieta e Ithuriel parados olhando para tudo menos para a cara um do outro. Sorri e pus minhas roupas em cima da cama. Me virei para Ithuriel, ignorando os olhares sarcásticos de Julieta e Pedro.

–Quer tomar um banho?

–Seria bom.

Estendi a mão para ele, que a segurou com firmeza. Caminhamos conversando sobre o clima dentro do quarto e quando abri a porta do banheiro, Ithuriel me abraçou e disse que dali ele se virava.

–Sabe onde é o meu quarto né?

–Sei sim.

–Ok.

Me virei e voltei para o meu quarto. Pedro e Julieta já estavam discutindo, e nome de Ithuriel estava no papo. Fechei a porta com força e os dois me encararam.

–De novo gente? Deixem o Ithuriel em paz.

–Eu não consigo ver você interagindo com esse anjo.

–Eu não consigo entender o que você tem contra ele.

–Eu não consigo entender por quê vocês só vivem brigando sobre esse assunto sendo que ele já está encerrado.-Falei bem alto.

Ambos se olharam, se desafiando. Suspirei e tirei a toalha da cabeça. Penteei os cabelos com os dedos e deixei que secassem sozinhos.

–Julieta. O que é esse lugar?

Ela suspirou.

–Bem, lembra do bairro dos anjos?-Ela não esperou resposta.-Esse lugar é quase a mesma coisa. A diferença é que aqui tanto os anjos caídos que ainda não viraram demônios, como Castiel, quanto os próprios demônios podem usar esse lugar como esconderijo. Sendo que agora ele não é mais um esconderijo porque Miguel conseguiu nos achar. E se Miguel nos achou...

–Outros podem nos achar.-Completei.

–Mas agora isso não é esse o problema mais importante.

–Qual é o problema mais importante?

–Desde que você...curou o Ithuriel e o transformou no que é, algo mudou nos ventos.-Julieta disse cada palavra pausadamente. Pedro suspirou e sentou-se ao meu lado.

–Como assim?

–Eu não sei explicar direito. Aqui não faz diferença se o clima está estranho ou não, há uma barreira que bloqueia até isso. Eu e ele saímos daqui e sentimos algo diferente e ruim. Procuramos seus antigos parentes. Chamamos a sua avó e seu pai para virem aqui nos ajudar.

–E Maria? Por que ela não veio também?

Julieta e Pedro se olharam e eu vi um rastro de preocupação passar por seus rostos.

–Nós saímos justamente para procurá-la, mas não a encontramos.-Julieta disse e desviou o olhar.

Pedro limpou a garganta.

–Na verdade a encontramos.

–Castiel!

–Ela tem que saber!-Ele me olhou nos olhos.- A encontramos morta dentro de casa. E pelo cheiro foram os anjos que fizeram isso.

Lágrimas irromperam dos meus olhos. Levantei abruptamente e saí corredor a fora pouco me importando com a direção. A encontramos morta. A encontramos morta. A encontramos morta.


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Notas finais do capítulo

Comentários???
Beijocas!!!



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