The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 31
Ajudamos o próximo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Como vão? Boa leitura!!



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–Como você está se sentindo?

Olhei para Ithuriel enquanto vestia um vestido tamanho P de acordo com anjos menores. É claro que ficou enorme, mas ficou melhor que o jaleco dele. Me senti como se estivesse vestindo as roupas da minha avó. Sorri ao lembrar dela.

–Estou bem, obrigada.

–Tiraram muito sangue de você, e nem parece que o fizeram.

–Eu me esqueci desse detalhe, mas garanto que estou bem.

–Muito bem. E agora? No que mais posso te ajudar?

No que mais ele podia me ajudar?

–Seu superior falou algo sobre mim com você?

–Algumas coisas.

–Pode me contar?

Ele me olhou com seus olhos estranhamente azuis, duvidoso. Então assentiu.

–Disse que planeja levá-la para o Céu, mas fraca. Por isso mandou tirarem seu sangue. Mas, vejo que de nada adiantou. Disse que você é muito esperta e forte e que poderia sair daqui facilmente se não estivesse fraca.

Eu precisava do meu sangue, para ficar mais forte que me sentia, e poder sair dali. Mas precisava saber o que Miguel queria comigo.

–Ithuriel, você sabe o que ele planeja fazer depois?

–Não, não sei.

Droga! Ele é mais inteligente que eu. Eu precisava do meu sangue. Mesmo que não soubesse como ou quando Miguel me mataria, precisava pelo menos tentar sair dali. Pus a mão na testa e fingi tonteira. Me joguei nos braços de Ithuriel e ele me pegou gentilmente. Me olhou preocupado e me guiou até uma sala. Me sentou numa cadeira e se ajoelhou na minha frente. É, para uma tonteira fingida eu até que me sai bem.

–Obrigada por não me deixar cair.

–De nada. Parece que você está se sentindo fraca agora, não é?

Murmurei um pouco e olhei em volta. Vi prateleiras e caixas empilhadas no chão próximas a porta. Tentei ler o que estava escrito mas de repente uma verdadeira tontura tomou conta de mim. É o cheiro...cheiro de...cheiro de sangue...um sangue não humano... olhei para Ithuriel tentando formular uma frase mas minha língua pareceu se enrolar. Pus a mão na garganta que agora parecia em chamas. Ithuriel me olhava com os olhos arregalados esperando que eu lhe dissesse o que fazer. Comecei a tossir violentamente e tentei me levantar. Mas só consegui cair nos braços do anjo na minha frente. Ele me apertou em seus braços e a última coisa que vi foram seus olhos azuis me encarando com determinação.

Acorde.

Vamos, acorde.

Senhorita...acorde...

Fui puxada da névoa dos sonhos suavemente por uma voz com igual suavidade. Encontrei os olhos de Ithuriel, agora menos determinados e mais preocupados. Senti que sua mão apertava a minha e que não estava gelada. Seus dedos pareciam, embora improvável que pudessem estar, mais brancos que o normal por causa da pressão com a qual apertava minha mão. Fechei os olhos e depois os abri bem. Estava no quarto que estava antes, com o mesmo vestido de antes e uma bolsa grande de sangue descansava na minha barriga. Um tubo pequeno transferia sangue para as minhas veias, mas não foi só isso que chamou minha atenção. O sangue, além de vermelho, tinha outra cor nele. Era como se veias existissem no sangue. Como tentar mistura óleo com água. O que não era sangue, era branco. Um branco brilhante. Apertei a mão de Ithuriel e me sentei.

–Esse sangue é meu?

–É. O que aconteceu?

–Você me levou até a sala E, o cheiro do sangue...-me deixou tonta, eu ia dizer.- Piorou minha tontura.

–Foi o que pensei.-Ele aproximou-se mais de mim.-Miguel esteve aqui. Ele quer levá-la daqui amanhã e me pediu para pegar seu sangue e deixar aqui. Mas você não acordava e eu fiz uma promessa de te ajudar.

Eu já estava adivinhando o que ele iria falar.

–Eu te pedi...-Deixei a frase no ar.

–Pediu. E eu fiz.

–Miguel está aqui?

–Sim.

Arregalei os olhos.

–Preciso sair daqui.

–Não pode.-Ele levantou a outra mão para me impedir quando tentei levantar.-Os anjos vingadores estão em toda parte.

Agarrei seus ombros com as duas mãos e o olhei desesperada.

–Eles querem me matar!

Ithuriel me olhou de novo com aquela mesma determinação.

–Preciso que me ajude a sair.

–Eu vou. Mas você precisa ter todo o sangue nas suas veias. Me dê dois minutos.

–Tá.

Fechei os olhos e senti a pressão no antebraço e o sangue fluiu dentro das minhas veias. Ithuriel tirou o tubo do meu braço e eu abri os olhos. Não tinha marca nem nada do tipo no meu antebraço.

–Você agora cicatriza rapidamente.

–Ah.

–Vamos.

Ele me ajudou a levantar e andamos até a porta no exato momento em que ela se abriu. Miguel, eu supus, e mais três anjos, estavam parados.

–Que cena mais agradável. Ithuriel, sempre inocente. Peguem ela.


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Notas finais do capítulo

Bye bye.



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