The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 2
O primeiro toque


Notas iniciais do capítulo

Oioi, rs, ta ai mais um capitulo. Boa leitura espero que gostem.
Beijus



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Na segunda, acordei meio alarmada. Eu ainda pensava na invasão de ontem. Ou foi um sonho? Eu já não sabia. Na verdade eu já não sabia distinguir na minha mente se aquilo foi real ou apenas um sonho. Eu estava enlouquecendo só podia ser.

Na escola, ouvi um murmurio de um tal aluno novo. É, os alunos tem uma memória muito boa. Deixei essa fofoca fora da minha mente já praticamente adivinhado quem poderia ser, e prossegui prestando atenção no que estava fazendo.

É uma mania boba de andar olhando para o chão, apesar das pessoas me conhecerem por ser a jornalista da escola e ajudante da coordenação, porém eu ainda era um pouco invisível ali. Eu não sei direito se estava lendo notícias e avisos para por no jornal da escola ou se estava lendo o calendário de provas, sei apenas que colidi com outra pessoa caindo perfeitamente em seus braços e minhas coisas no chão. Respirei tentando encontrar forças para me recompor, mas aquele cheiro de baseado e sabonete comum invadiu não só minhas narinas, mas meus sentidos. Com os braços ao meu redor, ele me levantou e então olhei aqueles olhos claros e profundamente verdes? É eles eram verdes. Ao me olhar, me analisou e então sorriu. Abriu a boca e falou:

–Mais linda ainda sem maquiagem e cabelo azul.

Meu coração foi a mil, e sai de seus braços antes que ele percebesse. Peguei meu celular, fones e a papelada, joguei tudo na mochila, pedi licença e praticamente sai correndo. Não estava acreditando que ele estava estudando no mesmo colégio que eu! Não acredito! Cuidado é pouco agora. Na verdade eu deveria manter a maior distância possível entre nós.

Minha primeira aula era de educação física. Que ótimo, plena segunda-feira e já esse sofrimento. Depois de trocar de roupa e aquecer, a treinadora decidiu uma aula light, o que significava futebol.

O primeiro tempo foi tranquilo, mas no segundo não foi tanto. O time adversário começou a jogar com violência. Tentei ficar mais perto do gol, mais longe da multidão e dos olhos da treinadora. ''Hoje não é meu dia''', pensei. O jogo terminou com o placar de três a dois. Três para o time adversário e dois para o meu time. Depois que a treinadora fez a chamada, dispensou a turma para o vestiário. Eu esperei as mais chatinhas da sala terminarem de tomar banho. Assim que elas saíram eu entrei. A água estava geladinha, do jeito que eu gostava. Logo percebi que estava sozinha nos vestiário quando tudo ficou silencioso. Droga, odeio ficar sozinha. Tentei não sentir medo, pois tenho um pouco de claustrofobia. Comecei a me secar e me vestir muito mais rápido quando ouvi um barulho. Rezei silenciosamente, e quando terminei sai correndo dali.

Depois da última aula, subi para o segundo andar afim de escrever o que faltava no jornal. Subi as escadas e virei a esquerda. Chegando na na sala do jornal, fui para a minha mesinha, arrumei o material e comecei a escrever. Após o que pareceu uma hora, resolvi estalar um pouco o pescoço e os dedos. Ouvi um suspiro e olhei para porta. Vi um par de olhos verdes claros me observarem com admiração e surpresa. Gritei com o susto.

–Você tem algum problema?

Comecei a juntar os papéis e organizá-los para no dia seguinte fazer as cópias e por na porta de entrada. Era desconcertante perceber ele me olhando fixamente. Capturando cada movimento meu. Notando tudo. E considerando que eu não fazia ideia do porque ele estava ali e porque me seguia já bastava para que eu ficasse apavorada.

–Desculpe boneca, não tive intenção de assustar você.

–Teve sim!

Joguei a mochila nas costas e fui em direção a porta. Ele parou na minha frente, me bloqueando.

–Com licença?

–Não.- Ele riu- Está tão lindinha irritada.

Fiquei indignada e olhei para o lado. Cruzei os braços e revirei os olhos bufando.

–O que você quer em?

Olhei para ele. Seus olhos passearam pelo meu rosto e pararam na minha boca. Senti minhas bochechas ardendo e logo percebi que havia corado. Ele sorriu percebendo também e deu uma risadinha. Me manifestei:

–Ah, me dá logo licença seu...

Fui interrompida quando senti algo macio e quente colado nos meus lábios. Fiquei tão surpresa e sem reação que só percebi o quanto queria aquilo também. Ele pôs suas mãos na minha cintura e eu envolvi seu pescoço com os braços. Senti sua língua implorar para entrar e sem querer deixei. De repente ele agarrou minha nuca soltando um pequeno gemido. Logo nossas línguas entraram em sincronia, criando uma coreografia selvagem e quente. Mas como sempre minha consciência falou mais alto. Interrompi nosso momento e respirei. Abri os olhos e encarei-o. Ambos estávamos ofegantes e percebi que os lábios dele estavam vermelhos. Engoli a seco.

–Isso tudo acaba aqui.-Falei.

–Isso tudo o que?-Ele perguntou.

–Já obteve o que queria, agora já chega. Isso morre aqui. Eu esquecerei esse...momento. E espero que você faça o mesmo.

–Eu não vou esquecer. Nunca.

–Isso é particular seu. Não chegue perto de mim, não fale comigo e não me siga. Me esqueça.

–Nunca boneca.

Respirei percebendo que isso seria trabalhoso. Peguei minha mochila no chão e sai correndo. Ouvi ele gritar da porta e parei para ouvir:

–Nunca te esquecerei boneca! Nunca!

Mordi o lábio inferior e continuei a correr.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Comentem por favor rsrs
Beijuus.



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