Beautiful and Dangerous escrita por Rory Gilmore


Capítulo 16
15. Nova Orleans


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz muitas pesquisas em Dezessete Luas para escrever tanto este capítulo quando o próximo, pois já faz um bom tempo que li os livros e precisei consultar as árvores genealógicas e alguns detalhes. Espero estar sendo bem fiel e espero que estejam gostando.



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Os dias que Lila e Macon passaram em Gatlin foram certamente muito especiais para eles. Visitaram o lago Moultrie, a biblioteca e fizeram compras no Dairy King. Dirigiram até Summerville e foram ao cinema. Aquelas eram coisas tão simples, mas que aos olhos de Macon pareceram tão importantes... Lila sabia que ele nunca havia sido tão normal quanto no tempo em que passara com ela.

Na celebração de virada de ano os pais de Lila ligaram para ela assim como Marian e ela conversou animadamente com eles, embora aquela estivesse sendo a menos festa de ano novo da qual ela já participara na vida, ela gostara de ter uma celebração intima onde ela pôde ouvir Macon tocando piano e depois dividir com ele uma garrafa de champanhe que ela mesma havia comprado no mini mercado que Gatlin possuía.

Mas enquanto estar em Ravenwood parecia ser um tipo de sonho louco ao saírem da casa Lila se sentia perdida no meio da mesmice. Gatlin, como Caroline dissera, era apenas um ponto esquecido no mapa no qual as pessoas até mesmo olhavam estranho para forasteiros como eles.

Quando Lila perguntou à Macon porque ninguém nunca o cumprimentava ele respondeu que era porque provavelmente não sabiam quem ele era, disse-lhe que o pai mantinha à ele a ou irmão Hunting presos dentro da casa o dia todo para que se acostumasse a “viver nas sombras” longe da escória humana. Aquela não era uma coisa muito agradável para se dizer à crianças, mas ao que parece Silas Ravenwood não era sensível em relação à nada.

Macon lhe dissera que a mãe dele costuma contar o quando o ex-marido era diferente quando se conheceram. Arelia e Silas assim como eles, tinham se conhecido na universidade e se apaixonado tão naturalmente quanto acontece com qualquer tipo de Mortal. Aparentemente haviam se casado pouco antes da Transformação ocorrer e nos anos que se seguiram o homem se transformou no demônio que estava destinado a ser.

Em uma das muitas noites que passaram em claro conversando Macon lhe contou aquela história, seu rosto trazendo um semblante de mágoa.

–Minha mãe diz que não se arrepende de tê-lo amado. Diz que ele era uma pessoa boa... – dissera ele, a mão apoiada no rosto – Tudo o que consigo pensar quando ela repete essas palavras é que o mesmo vai acontecer comigo. Eu sinto raiva dele por ter me condenado a ser assim.

Lila mordeu o lábio hesitantemente.

–Macon, apesar de tudo ele é o seu pai... Como você mesmo disse já foi uma pessoa diferente. Eu aposto que sua mãe o amava da mesma forma que eu amo você.

–Eu sei disso, Jane, mas ele é um monstro ele mata por prazer e em pouco tempo eu serei como ele porque sou seu descendente, porque graças a ele sou um ser das Trevas.

–Entendo o que quer dizer. – murmurou ela – Mas se um dia tivéssemos filhos eu jamais iria querer que eles o odiassem por serem Incubus como você.

–Não precisa se preocupar com isso. – resmungou ele.

–O que?

–Nada. Está tarde, é melhor você dormir.

Lila não fez objeção, pois era realmente muito tarde e seus olhos já pesavam de sono.

Quando as aulas estava próximas de recomeçar Lila e Macon fizeram suas malas e deixaram Ravenwood para trás embarcando em uma cansativa viagem de carro até Nova Orleans.

Apesar do tempo perdido dirigindo, valeu a pena chegar até a casa de Arelia Valentin. Quando o carro parou em frente a casa a mãe de Macon já os estava esperando na varanda. Macon abriu a porta do carro para ela e a ofereceu a mão, eles subiram juntos as escadas e foram recebidos por um sorriso da mulher.

Arelia tinha longos cabelos escuros como a noite. Escuros como os de Macon. Ela também era levemente pálida, porém seus olhos eram verdes e pareciam ter um brilho sobrenatural.

–Ah, como é bom vê-lo, meu filho. – ela sorriu ainda mais abertamente para Macon e depois o abraçou, em seguida o soltou e se voltou para Lila – Ela é bonita quanto você disse. É um prazer conhecê-la, Lila Jane.

–É uma prazer conhecê-la também, Sra. Valentin.

Arelia se inclinou e a abraçou.

–Vamos entrar, meus queridos. Vamos apresentar a família à sua amada, Macon.

Entraram na bela casinha cujas paredes eram todas pintadas em um tom alegre de azul e foram diretamente para a sala de estar onde realmente havia uma grande reunião de família, e todos estavam olhando para eles.

–Macon! – gritou uma das meninas que jogavam cartas na mesa.

Ela se levantou de imediato e correu até eles jogando-se nos braços do rapaz. Lila franziu a sobrancelha perguntando-se qual das irmãs de Macon ela seria, porém quando ela se soltou ficou obvio quem era. Olhos escuros de Succubus significava Leah Ann Ravenwood.

–Ah, nossa! – disse Leah fitando Lila – Essa é ela?

Macon sorriu.

–Sim, Leah. Eu gostaria de apresentar-lhes minha namorada Lila Jane Evers.

A menina a sua frente apressou-se em abraça-la também.

–Finalmente conheci a famosa, Lila, não que eu esperava que Macon fosse trazê-la aqui ou que ele não fosse fazer a mesma coisa que Hunting quand...

–Leah! – repreendeu-a Arelia – Acho que você poderia ficar quieta por um tempo, não é filha? Vá jogar cartas.

A menina apertou os lábios, como se tivesse começado a dizer algo que não devia e depois forçou um sorriso antes de voltar para a mesa.

–Tudo bem. – disse Macon – Deixe-me apresentá-la a minha família, Jane.

Ele a puxou para o sofá onde estavam três pessoas: uma mulher mais velha, parecida com Arelia, outra mulher aparentando trinta anos esta sendo loura e também um rapaz que devia ter no máximo vinte e dois anos. Todos eles possuíam olhos verdes de Conjuradores da Luz.

–Jane, estas são minha tia Twyla Valentin, minha madrasta Emmaline Duchannes e meu cunhado Barclay Kent.

Todos eles sorriam para ela e foram receptivos, então Macon passou a apresentá-la as pessoas que jogavam cartas na mesa. Além de Leah, haviam outras duas meninas e um rapaz. Novamente todos possuíam olhos verdes.

–E essas aqui são minhas meias-irmãs Delphine e Isabel Duchannes e o namorado de Isabel, John.

–É realmente um prazer conhecer todos vocês... Eu imagino que deva ser um pouco estranho para vocês, no entanto conhecer a mim... Quer dizer eu sou... Mortal. – disse ela nervosamente, atropelando as palavras umas nas outras.

–Estamos felizes por, Macon. – disse Isabel – Acho que é a única coisa que importa aqui. Todos nós sabemos que o amor vale a pena, mesmo quando, você sabe, ele tem prazo de validade.

–Izzy! – resmungou Delphine.

–Estou sendo realista, Del.

–Todos estão, Izzy. – disse Macon – Mas eu não trouxe minha namorada até aqui para que vocês todos fiquem jogando na minha cara o quanto o nosso relacionamento é errado, então, por favor, eu peço que não digam mais uma única palavra sobre isto ou iremos embora neste exato momento.

Lila mordeu o lábio. Ela certamente não desejava ver Macon chateado com a família por sua causa, ela sabia que o relacionamento dos dois talvez fosse algo que teria fim, mas sabia que a família é para sempre e que não existe jeito de se livrar dela e se algum dia os dois viessem mesmo a terminar e Macon tivesse que passar pela Transformação sozinho, ela esperava que ele tivesse a família ao seu lado, o apoiando.

–Ah, cher, você não precisa disso. Estamos de acordo que ninguém aqui voltará a falar sobre seu relacionamento.

–Que, aliás, é absurdo... – murmurou Barclay.

Ela tinha certeza de que o cunhado de Macon não queria que ele ouvisse o que havia dito, mas ele ouviu assim como ela e franziu o cenho. Del levantou-se da cadeira, seus cachos louros parecendo encaracolar mais conforme sua expressão de raiva se constituía.

–Barclay Kent! Eu disse que se você abrisse essa sua maldita boca para falar alguma coisa ruim sobre Macon e Lila eu te deixaria dormindo no sofá por uma semana e eu estava falando sério!

–Por favor... – começou Lila – Eu não... Eu sinceramente não quero causar brigas entre vocês. Acho que não foi uma boa ideia vir até aqui.

Os olhos dela estavam queimando com lágrimas que ela se recusava a derramar. Tudo o que Lila menos queria era que os Ravenwood-Duchannes brigassem por causa do namoro dela com Macon.

Leah se levantou também e foi até ela.

–Ei, ninguém está brigando. Estamos nos repreendendo e fazemos isso o tempo todo. Você não vai embora e nem o Macon. Vou te mostrar os quartos lá em cima, você vai ficar comigo.

Ela passou os braços ao redor da menina de dezesseis anos e as duas subiram juntas as escadas para o segundo andar ainda que as dúvidas queimassem na mente de Lila.


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Notas finais do capítulo

Agradeço é claro, como sempre por todos que tem lido. Vocês são importantes para mim *-*. Critiquem ou elogiem, ou simplesmente escrevam comentários aleatórios sobre a história, tanto faz, simplesmente adoro ler os comentários.



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