Você sempre estará sã e salva. escrita por People are Depressed


Capítulo 5
Capitulo 5 - Rey Chase


Notas iniciais do capítulo

Hey gente >///< Obrigada por todos que estão acompanhando! Eu e a ~D estamos muito felizes! ( Eu mais que ela u-u)



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"Punir-se é apenas um truque para senti-se melhor por algum tempo"

Aos poucos minha consciência voltara, e pude perceber que não era fruto da minha imaginação, Petric havia acabado de sair do meu quarto, olhei em volta, não havia mais ninguém, fazia tempo desde de a minha ultima crise de asma.

Nancy? Esta melhor?_ Rey estava preocupada.
Rey era uma amiga de infância, porém quando tínhamos treze anos teve que se mudar, mas em todo esse tempo e distancia, sempre continuamos muito amigas. Mesmo que há algum tempo tenha me afastado dela...

Sim Rey - Me levantei e fui correndo a abraçar, havia cerca de dois anos que não a via, seus cabelos roxos na altura da bunda, olhos dourados e pele clara continuavam os mesmos. Estava um pouco mais alta que eu, alguns centímetros apenas.

Tá pegando o professor né moça?_ disse ela em tom sarcástico.

C-claro que não! - Retruquei, minhas bochechas coraram. - Nem sei como ele sabia meu endereç... Rey, como você conseguiu o número dele?

Estava na camisa social preta, aquela pendurada em sua cadeira. - seu tom era suficientemente pervertido.
Fiquei incrédula por instantes , afinal, aquela dia, quem havia me salvado era Petric?...

Nancy, Nancy! - dizia Rey sem parar enquanto me chacoalhava. Qual a sua e do professor, vai ,conta!

Se insistir não farei chocolate quente. - Ela parou, eu sabia que ela não aguentava a meu chocolate quente, e também, ela precisava me contar o porque de ter voltado antes do programado.

(...)

São meus pais..._ Disse Rey um tanto deprimida enquanto se deitava ao meu lado da cama.- Há um tempo atrás eu estava mexendo com umas coisas erradas... Pessoas erradas._ Sua voz estava falhando.- Me expulsaram de casa, aqui era o único local pra qual eu tinha a vir, a Tia Bia me deu a chave...

Me explique melhor... Porque eles te expulsariam Rey?_ perguntei preocupada

É que... Eu comecei a me drogar, ela tentou me levar pra reabilitação, mas eu falei que já estava melhor. Mas daí comecei a pegar as coisas de lá de casa pra vender, foi tenso, quase tudo começou a sumir, ela me expulsou de casa quando comecei a beber também. - Ela fez uma pausa e suspirou. - E é isso. Mas não vou mentir pra você, as vezes quero beber e fumar de novo._ Eu segurei Rey pelo braço e a puxei, assim a abraçando.

Agora você esta aqui comigo, não vou deixar que faça bobagem._ sorri.

A Noite foi especialmente cheia de chocolate, miojo e filmes deprimentes, fazia muito tempo que eu não tinha uma amiga.

(...)

*Petric*

Quando ví Nancy em sua cama fiquei desesperado, ela estava apenas com um moletom preto e meias, seus cabelos curtos e bagunçados, ela se contorcia de dor, sua respiração era difícil, por algum motivo me lembrei de Maya, eu tinha que ajuda-la, consegui resolver isso com um aparelho de inalação, o que foi rápido, poder ver ela melhor realmente me acalmou.

Eu era o professor dela, isso estava errado de certa forma, mas ao mesmo tempo não poderia estar mais certo.

O fato da garota de cabelos roxos estar na casa dela cuidando dele me tranquilizou, me pergunto qual a relação dela com a Nancy.

Acho que devia parar um pouco de me importar com ela, mas nessa altura creio que seja impossível.

*Nancy*

Nancy, coloca no viva voz._ pedia minha mãe imediatamente após eu atender o telefone. -Rey me ouve?

Sim tia! Que saudades!

Hey mocinha, me desculpe por não estar ai, sabe né, minha vida é uma bagunça!_ela riu.- Esta cuidando da Nancy pra mim?

Claro que sim!_ ela parecia animada.

Liguei para avisar que sua transferência para a escola da Nancy acabou de ser feita, agora vocês vão estudar juntas.

(...)

Rey

Você ta muito gata, até te pegaria se fosse homem. - falei, com tom de brincadeira.

É meio estranho pra mim. Normalmente uso moletons. - Ela estava com uma saia rodada preta até o meio da coxa, uma blusa social também preta com correntes nos bolsos do peito, all star jeans e uma pulseira de espinhos no pulso. - E eu estou parecendo gótica.

Combina com você. Até por que você se corta, e eu desconto em bebidas e alcoól, depende de cada um. Eu poderia espancar mendigos nas ruas mas faço algo melhor. - sorri e arrumei o meu cabelo para trás. Já estava na hora de tirar o rastafari, mas isso podia esperar. - Vou me vestir, daqui a pouco temos que sair.

Vou fritar o bacon, te espero lá embaixo. - ela falou, saindo do quarto.
Vasculhei o armário que Nancy arrumou pra mim guardar minhas coisas. Peguei uma regata preta, um colete branco com laço cinza no peito, uma calça preta rasgada, um all star preto, meu colar de miçangas branco curto e meu colar de caveira longo. Coloquei minha presilha roxa e branca no cabelo e me olhei no espelho, meu rastafari ia até o final das costas, e meu cabelo era roxo escuro, do tipo vinho, meus olhos dourados se destacavam e meu sorriso era o de uma pessoa que estava planejando algo muito legal e anormal. Sorri e saí do quarto, descendo as escadas encontrei a Nancy na cozinha, comendo bacon na mesa que estava no centro.

Cortesia em esperar a visita? - falei, me sentando na cadeira na frente dela.

Não tenho. - ela respondeu, sorrindo enquanto engolia um pedaço enorme de bacon.

Vai ser meio tenso chegar lá na sua sala do nada, mas essas coisas me divertem. - sorri, pensando no que eu fazia na cidade que eu vim.

É, mas relaxa, do jeito que você é, vai ter inimigas rapidinho. - Nancy falou. Ambas rimos e peguei um pedaço de bacon.

Verdade. Mas se elas virem pra cima, como sempre dou uma surra nelas, a escola militar não foi tão inútil assim. - abocanhei o bacon e comi o resto, enfiando todos na boca e mastigando. - Faiofa. - falei, de boca aberta e cuspindo quase tudo.

Nojenta. - disse Nancy, fingindo limpar seu rosto.

(...)

Todos nos olhavam entrar pelo portão da escola.

Parece que você é bem conhecida aqui né? - falei pra Nancy, não me importando com quem ouvisse.

Nem tanto. - ela respondeu, com o olhar fixado a sua frente.

Chegamos na sala de aula, um pouco depois do sino ter batido. O professor não ligou e falou apenas para Nancy se sentar. Ele me chamou para o lado da sua mesa e pediu para que me apresentasse.

Eai? Sou Rey Chase, não de queijo e sim de "Perseguição". - sorri com o significado do meu sobrenome. - Tenho 16 anos e só, já posso me sentar? - perguntei ao professor.

Sim, claro.

Me sentei ao lado da Nancy, no meio da sala. Deixei minha mochila do meu lado esquerdo e tirei de lá um caderno. Olhei para onde a mochila de Nancy estava, do lado dos seus pés no chão. Estava aberta e algo me chamou atenção. Era a camisa social preta daquele professor que abusa as menininhas. Sorri e deixei de lado, e pela primeira vez na vida, prestei atenção na aula.


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram? Comentem!



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