Hope escrita por Amanda Viana


Capítulo 15
I'm talking about my girl


Notas iniciais do capítulo

Hey lindas, boa tarde!!
Cara, eu estou mega feliz hoje, acabei de receber minha primeira recomendação! O/ Aplausos,aplausos!
Patricia Moon,meu anjo, muito obrigada pelo carinho, eu amei cada palavra da sua recomendação e é por isso que dedico esse capítulo inteirinho para você! Obrigada de coração!
Boa leitura minhas flores e até lá embaixo.



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Pedro encarava Cecília e sem desviar o olhar em momento algum, ele caminhou ao encontro da garota. Cecília respirou fundo mas não se moveu. Ele ficou pouco menos de 3 palmos de distância, estendendo o braço para acariciar o rosto da morena que, ao sentir o toque quente da pele de Pedro fechou os olhos e permitiu-se mergulhar nas sensações que aquilo lhe causava. Pedro a puxou pela mão e a envolveu em seus braços. Cecília o abraçou fortemente como se tudo o que importasse naquele momento dependesse daquele abraço. Pedro se aproximou do pescoço da garota e sussurrou em seus ouvidos um “Eu sempre estarei aqui por você, jamais irei te deixar.” Cecília sorriu levemente, ainda com os olhos fechados e deixou que uma lágrima escapasse, dançando em seu rosto. Pedro afastou um pouco a garota e segurou o seu rosto com as duas mãos.

—Eu amo você, Cecília, como jamais imaginei amar alguém. –Pedro estava olhando no fundo dos olhos castanhos de Cecília e, retribuindo o olhar, ela estendeu sua mão para levemente acariciar o rosto do rapaz.

—Eu também amo você, Pedro, por mais que seja complicado admitir isso, eu não posso esconder o que sinto. –Cecília sentia seu coração disparar ao se declarar para Pedro, mas ela não podia continuar se enganando. Pedro a olhava maravilhado, um largo sorriso brotou em seus lábios, então ele a aproximou novamente e a abraçou demoradamente.

—Assim que voltarmos, vou terminar tudo com a Leila. –disse beijando o topo da cabeça da morena.

—Tem certeza? –perguntou aflita olhando em seus olhos.

—Sim, não há outra solução. Eu quero ser feliz para o resto da minha vida ao seu lado, Cecília, de modo que não estou aberto para outras opções.-falou encarando a garota.

—Tudo bem. – Cecília apenas se aconchegou novamente nos braços de Pedro e se deixou sentir toda a felicidade que lhe invadia a alma naquele instante.

Ficaram ali por alguns minutos, apenas saboreando a presença um do outro. Pedro se afastou e pediu um momento para tomar um banho, Cecília assentiu com um leve sorriso no rosto e caminhou até a cama. Pedro foi para o banheiro e tomou um banho demorado, assim que terminou, colocou uma bermuda de tecido escura e uma camisa de algodão, já que imaginou o desconforto de Cecília se ele dormisse sem camisa. Cansado, ele caminhou até a cama encontrando Cecília sentada com as pernas cruzadas, olhos fechados e de cabeça baixa. Ele sentou ao seu lado e ouviu quando a garota sussurrou um “amém” baixinho. Ele sorriu ao perceber que ela havia acabado de fazer uma oração. Cecília abriu os olhos e viu Pedro com um lindo sorriso no rosto a encarando.

—O que foi? –perguntou sorrindo.

—Nada, só estou lembrando do que você me falou sobre Ele quando estávamos cantando no jardim. –disse se aproximando e aconchegando a garota em seus braços.

—Sei. E aí, o que achou? –perguntou curiosa.

—Na verdade, eu sempre soube que ele existe, só estava confuso por conta de toda magoa que eu havia acumulado ao longo dos anos, após a morte da minha mãe. –confessou calmamente.

—Entendo. E você o culpa por isso? –perguntou serenamente.

—Eu precisava culpar alguém, ela foi embora muito cedo, eu não me conformava com a morte repentina dela. –respondeu rapidamente.

—Você ainda tem raiva Dele? –perguntou, agora, endireitando-se e ficando frente a frente com o garoto.

—Não mais. Eu já pedi perdão e voltei a ser amigo Dele, pois sei que Deis nunca deixou de ser meu amigo, mesmo quando eu o rejeitei. –disse sorrindo, sentindo seu coração apertar um pouco por lembrar de ter abandonado quem o amou na vida.

—Nossa, Pedro, isso é incrível! Como você está se sentindo quanto a isso? –perguntou alegremente.

—Muito bem, eu consigo sentir o amor Dele por mim e isso é maravilhoso, e sabe de uma coisa? –falou com um largo sorriso no rosto.

— o que? –perguntou curiosa.

—Eu pedi ajuda pra ele, porque eu quero ficar com você, Cecí, mas sabemos o quanto de obstáculos que teremos pela frente. –disse segurando as mãos da garota e olhando profundamente em seus olhos. Ele a amava, e era tão claro como a luz do dia.

—Eu também pedi a ajuda ao nosso Pai, também, e sei que, no momento certo, se for da vontade Dele, ficaremos juntos. –disse acariciando as mãos do rapaz.

—Vai sim. Seremos muito felizes, minha flor! –disse abraçando a garota.

—sim, seremos. –disse por fim, acariciando os cabelos negros do moreno.

Cecília e Pedro deitaram-se ainda abraçados e adormeceram. O quarto foi iluminado com os raios do sol ao amanhecer, Pedro abriu os olhos lentamente e sua primeira visão foi o rosto de Cecília adormecido, ela parecia dormir tranquilamente, ele guardava cada detalhe de seu rosto e num movimento impensado ele aproximou-se ainda mais da moça ficando a uma distância de pouquíssimos centímetros, levemente ele aproximou seus lábios e beijou suavemente a testa da garota, e logo após, beijou seu queixo e depois a ponta de seu nariz, Cecília abriu os olhos e olhou diretamente nos olhos do rapaz, ela acariciou seu rosto e sorriu largamente se aconchegando em seus braços e sussurrando um “Bom dia” em seus ouvidos beijou-lhe a bochecha suavemente.

—Bom dia, meu amor! –disse Pedro se afastando da garota.

—Já são que horas? –perguntou sorrindo.

—Caramba! Nos atrasamos, amor! Já passam das 06:00. –disse virando-se para levantar.

Cecília e Pedro se arrumaram rapidamente e saíram do quarto deixando as chaves na recepção. Seguiram para a rodoviária em um táxi e pegaram um ônibus que ia até o centro de São Paulo. Quando já estavam no ônibus o celular de Pedro tocou e uma voz histérica gritava do outro lado da linha.

—Eu já estou chegando, Leila, controle-se! –disse Pedro exasperado.

Cecília conseguia ouvir a voz anasalada da garota, Pedro, impaciente ,desligou a ligação e em seguida desligou o celular. A morena o olhou e ele apenas sorriu levemente passando o braço pelas costas dela. Em menos de duas horas já estavam em São Paulo. Os dois pegaram um táxi de volta pra casa e ao entrarem pela porta da frente encontraram Leila visivelmente furiosa com os braços cruzados encostada no sofá da sala.

—Olá, meu querido namorado e futuro esposo, posso saber onde você se meteu por dois dias, Pedro? –perguntou gritando ironicamente se aproximando do rapaz.

—Leila, pare de gritar, ok!? Eu já estou aqui. –disse começando a se irritar completamente, colocando a mochila no sofá. Cecília encontrou o olhar do rapaz e disse que iria subir.

—Onde você pensa que vai, sua ladra de namorados alheios. –gritou Leila, olhando para Cecília que já subia os degraus da escada principal.

—Leila, eu não roubei nada, tá!? E se não se importa vou para o meu quarto, não converso com pessoas que gritam ao invés de falar civilizadamente. –disse apenas, ignorando a loira furiosa que apenas a olhava. Quando Cecília já estava no topo da escada, Olívia entrou com Maria Clara na sala, abrindo a porta bruscamente.

—Acabou a palhaçada, Leila! –gritou entre dentes.

—Cala a boca, cunhadinha, o assunto aqui não diz respeito a você. –disse sarcasticamente olhando para a garota.

—Bom, eu acho que diz sim, já que eu sei o seu segredinho... –disse se aproximando.

—Do que você está falando? Enlouqueceu? –perguntou Leila nervosamente, sentindo seu coração sobressaltar de repente em seu peito.

—Não, querida. Não enlouqueci. Estou falando do fato de você ter transado com o Rafael na cozinha da nossa casa em Angra, Leilinha! –disse sorrindo com o canto dos lábios, observando Leila empalidecer ao ouvir a revelação da garota.

Cecília colocou uma mão na boca para conter a surpresa e desceu pela escada ficando ao lado de Pedro que, por sua vez, estava estático olhando para a sua irmã.

—Como é a história? –perguntou se aproximando de Olívia.

—É isso mesmo, Pedro. Eu fui para casa mais cedo na nossa última noite em Angra e quando entrei, ouvi um barulho vindo da cozinha e escutei os gemidos do Rafael e a voz da Leila pedindo pra ele ir mais devagar. –disse Maria Clara extremamente nervosa e constrangida pelo o que dizia, olhando para o rapaz, que passava as mãos no cabelo nervosamente.

—Leila, sua galinha, como você pode fazer isso comigo? –Perguntou Pedro olhando para Leila que já se debulhava em lágrimas.

—Meu amor, isso não passa de uma brincadeira de mal gosto das meninas... É mentira! –disse chorosa se aproximando do rapaz.

—Não é mentira, Pedro. Eu não brincaria com uma coisa dessas... –retrucou Maria Clara.

—Eu sei. Droga, Leila! Que capacidade! Na minha casa... Você está grávida... Espera aí, faz tempo que não temos nada. Merda, garota! Como eu pude ser tão burro!? Esse filho não é meu, é do Rafael. –gritou no rosto da loira que o olhava cética.

—Mas é claro que é seu, Pedro! –disse a garota rapidamente, estendendo a mão para afagar o rosto do moreno que rapidamente segurou seu braço.

—Não, Leila. Não é, mas se você insiste faremos o teste de DNA o mais rápido possível. –disse olhando para a garota com um sorriso no canto dos lábios.

—Pedro, para com isso, meu amor. Isso tudo não passa de uma grande mentira. Esse filho é seu! –disse Leila chorando.

—Para você, Leila, chega de encenação! Vá embora, eu não quero você na minha casa. –disse Olívia se aproximando.

—A culpa é dela. Foi ela, não foi? Essa piranha imbecil! Você me paga, Cecília sonsa, isso não vai ficar assim, eu ainda vou acabar com você! –disse Leila vociferando para Cecília com seu olhar ameaçador.

—Vá embora, Leila. Acabou, não há mais nada entre nós dois. Saia daqui agora! –gritou Pedro rispidamente, sem se importar com sua alteração.

Leila saiu da casa pisando firme e enxugando as lágrimas, Cecília estava completamente sem ação após a revelação de Maria Clara que estava com o olhar baixo. Olívia se aproximou e abraçou o irmão fortemente sussurrando um “eu tinha que te contar a verdade”. Pedro se afastou da loira e agradeceu a irmã com um sorriso de lado, também agradeceu a Maria Clara e depois virou-se para Cecília que permanecia parada no mesmo lugar em que estava. Pedro se aproximou, olhando nos olhos da morena e a abraçou demoradamente, sussurrando em seus ouvidos que ficaria tudo bem. Olívia ficou por ali mais algum tempo e depois se despediu junto com Maria Clara, Pedro e Cecília foram para os seus quartos e depois se encontraram no jardim.

—Eu sinto muito por tudo isso, deve estar sendo difícil pra você... –disse Cecília segurando as mãos do rapaz sentada numa cadeira de jardim a sua frente.

—É, parece um pesadelo, o Rafael era um dos meus melhores amigos... –disse apenas com o olhar baixo.

—Entendo, mas se ele foi capaz de fazer uma coisa dessas, ele não merecia sua amizade, Pedro. –disse Cecília levantando o rosto do rapaz ,fazendo-o olhá-la nos olhos.

—Obrigado, mas o pior está por vir. A noite vou conversar com meu pai e minha madrasta, também vou aproveitar para falar sobre você. -disse com um sorriso leve no rosto.

—Não. Enlouqueceu? Precisamos dar um tempo, deixa essa poeira abaixar e ai conversamos com eles sobre nós dois. – Logo Cecília o reprimiu, pois aquele, de fato, não era o momento adequado e com receios de não ser bem aceita, a moça preferiu parar o rapaz.

—É, se não há outra escolha... Tudo bem. –disse sorrindo com o canto dos lábios.

—Pedro, você acha mesmo que esse filho é do Rafael? –perguntou aflita.

—Sim, eu e a Leila não transamos há quase três meses. –disse rapidamente.

—Ouul! Então, realmente é provável que seja dele... Pedro, precisamos conversar sobre uma coisa. –disse seriamente um pouco envergonhada.

—Pode falar. –disse Pedro calmamente acariciando as mãos da garota.

—Bom, você já deve saber que eu nunca... –Cecília hesitou sentindo suas bochechas corar, pois mesmo Pedro sendo super atencioso com ela, ele poderia não entender corretamente o que ela estava prestes a dizer. _Eu sou virgem, Pedro, e quero me casar dessa forma. Então, se começarmos a namorar, não terá sexo até o casamento. –disse um pouco rápido demais, olhando para suas mãos.

—Eu já imaginava, minha flor. Não se preocupe. Eu prometo lhe respeitar. Confesso que não será nada fácil, mas eu te amo e estou disposto a fazer qualquer coisa para ficar ao seu lado. –disse Pedro calmamente levantando o rosto da morena e sorrindo largamente numa tentativa de acalmÁ-la. _Eu não estava brincando quando disse que te amo como numa imaginei amar alguém.

—Obrigada por ser tão compreensível, eu realmente amo você! –disse Cecília abraçando o rapaz alegremente.

Os dois ainda ficaram conversando mais um pouco no jardim, logo após foram almoçar e depois do almoço Cecília disse que iria descansar um pouco. Pedro assentiu e subiu junto com a garota, mas antes de entrar em seu quarto ele a abraçou e Cecília pode sentir todo amor que os envolvia. Ele beijou o topo de sua cabeça em sinal de respeito, pois os dois haviam combinado que só se beijariam quando Pedro anunciasse o namoro ao seu pai e sua madrasta e depois que pedisse a permissão da tia e da avó de Cecília.

Cecília entrou em seu quarto e mal conseguia acreditar em tudo o que havia acontecido, ela tomou um banho rápido e colocou um blusão velho que gostava de usar para dormir. Sentou-se em sua cama e respirou fundo ao lembrar do rostinho de Larissa, uma lágrima escapou de seus olhos, ela sentiu seu coração apertar novamente, mas rapidamente pensou no alívio da garota por ter finalmente descansado e por um segundo pôde imaginá-la ao lado do Criador. Cecília sorriu com seus pensamentos e deitou-se em sua cama. Quando estava quase pegando no sono, começou a ouvir a voz do Pedro em mais uma bela canção...

I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outside
I've got the month of may

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl
Talkin' 'bout my girl, my girl

I've got so much honey
The bees envy me
I've got a sweetest song
Than the birds from the trees

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl
Talkin' 'bout my girl, my girl
Talkin' 'bout my girl
Talkin' 'bout my girl, my girl

Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera

Bem, você vai me perguntar
O que pode me fazer sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota, minha garota

Eu tenho muito mel
As abelhas me invejam
Eu tenho uma canção mais doce
Que a dos pássaros nas árvores

Bem, você vai me perguntar
O que pode me fazer sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota, minha garota
Eu estou falando da minha garota
Eu estou falando da minha garota, minha garota

Cecília sorriu ao perceber que Pedro estava cantando a música My girl na versão do Thiago Iorc para ela, somente para ela. E assim, embalada ao som da voz do moreno mais lindo do mundo no quarto ao lado, Cecília adormeceu naquela tarde de quarta-feira.


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Notas finais do capítulo

É isso ai garotas, espero que tenham gostado... Iaí o que vocês acham que a Leila vai fazer? Xiii isso vai acabar mal... Aff três tapas na cara da Leilabitch!!
Se chegaram até aqui deixem seus reviews! bjoôs e até o próximo *-*