As doze aventuras do garoto Félix escrita por Gabriel Felix de Souza Lopes


Capítulo 3
O novo começo, uma grande floresta e a pérola mágica!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e fiquem ligado no próximo capítulo!



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O novo começo

Desde que eu entrei nessa aventura, nunca pensei que ia querer seguir enfrente a algo tão maluco. Algo que eu não conhecia e dei continuidade. Uma verdadeira loucura. Mas nem tive tempo para refletir, pisquei o olho e *puff*! Lá estava eu na beira do mar com a cara enfiada na areia. Era algo um pouco constrangedor, ficar com areia nos olhos. Me levantei com dificuldade, pois estava cansado, e logo quando ergui a cabeça: Uma floresta ENORME estava bem diante de mim.

Achei que estava louco. Nunca tinha visto nada tão grande assim. As árvores tinham no mínimo uns 50 metros, cheio de grama alta, cipós para todos os lados, sons de pássaros cantando... Era algo que eu nunca mais teria a oportunidade de ver. Bom, pelo menos foi o que pensei naquele momento. O som parecia refletir nas folhas e o lugar era muito úmido e quente. As pedras que tinham no litoral eram cheias de crustáceos e haviam muitos caranguejos na praia, que pareciam estar sendo arrastados pela maré. Quando olhei para a água que batia no meu pé, vi peixes de diversas cores andando em conjunto. Era tão bonito!

Eu desobedeci a risca o ditado: ''A curiosidade matou o gato.'' E segui mata a dentro. Quando estava lá, escalei vários terrenos que tinham uma trilha muito mal feita porque parecia ser muito antiga. Além do lugar ser nenhum pouco plano, muitas plantas e árvores dificultava o caminho. Insetos para todos os lados! Tinham várias teias de aranha nos galhos que pareciam que iam grudar em mim e nunca mais sair. As formigas me davam aflição, parecia que iam começar a me escalar e me devorar vivo. Foi assustador, mas, quase que imediatamente, senti que algo apareceu em uma pequena mochila que tinha pego em um bosque a muito tempo.

Tirei o objeto e era um facão. Tive a impressão que estava em um filme e que alguém se divertia com minhas dificuldades, mas decidi seguir em frente. Fui cortando a mata e indo cada vez mais a fundo. Até que encontrei um senhor um tanto misterioso, comendo uma maçã. Ele estava sentado em uma pedra, que ficava em um pequeno espaço plano entre as árvores. O sol batia direto no chão e ele parecia muito confortável. Então, tomei coragem e perguntei com educação:

– Olá. Meu nome é Félix. Você pode me ajudar?

Uma grande Floresta

Eu fiz a pergunta e o senhor de idade pareceu me ignorar. Tímido, fiz uma outra pergunta:

– Olha, eu apareci aqui nessa praia e decidi vir a fundo. Preciso de comida e água se não posso morrer de fome. Você sabe aonde poderia achar uma cidade ou uma vila? Qualquer coisa que tenha comida e água! (Naquele momento, tentei não demonstrar nenhuma ação de faminto ou sedento por água, mas no fundo eu estava me sentindo assim).

O velho, bem na hora que começou a morder a maçã em seu terceiro pedaço, virou-se para mim e disse:

– Jovem... Espere.

Sem reação, fiz o que ele mandou. Sentei no chão ao lado dele. Me senti seguro, ele parecia bom e sábio. Então, a última mordida foi dada e ele arremessou a ''carcaça'' da maçã na minha mão e disse, e um modo risonho:

– Hahaha... Vocês jovens são tão desatentos! Olhe ao seu redor meu amigo! Há frutas por todos os lados. Essas árvores são enormes, mas seus frutos ficam nas partes baixas nos troncos, em seus pequenos galhos, vê?

Olhei para uma árvore próxima (não foi difícil, haviam tantas...) e vi um galho com uma maçã. Segurei a ''carcaça'' da maçã na minha mão e pensei:

– Obrigado! Entendi o que você tentou me explicar. Vou arremessar isso para pegar uma outra maçã.

As partes baixas do tronco tinham 10 metros, e eu tinha 1,48. Carreguei minha mão com muita força e... *POW*! Atingi em cheio a maçã. Quando fiz isso, me lembrei de uma história que meu pai havia me contado sobre um professor que conseguia atirar giz na testa de qualquer aluno da classe de costas. Eu ri e o velho não entendeu por motivos óbvios.

Peguei a maçã e comi com muita vontade! Minha sede tinha sido parcialmente saciada porque a própria maçã possui uma quantidade aceitável de água. Até que, quando fui dar a última mordida, o velho comentou comigo:

– Você viu a grandiosa pérola magica do pântano que temos aqui?

Eu refleti por um tempo antes de responder e comecei a associar algumas coisas. A cidade submarina poluída, me lembrou os problemas do lugar aonde eu morava, as tribos de palhaços e árvores recordaram-me a desigualdade social que possuía em meu bairro, os três caminhos seria a ganância dos homens por conquistar a vida, e a floresta era a recordação de momentos fúteis que passei com minha família.

Ainda continuava confuso, de certo modo porque estava vivenciando aquilo? Era real? Ou será que era falso? E o que aconteceria comigo? Alguma experiência ruim ia tomar forma e encararia algum medo meu? Foi ai que meus pensamentos foram as alturas e, ao mesmo tempo que temia o pior, eu temia o melhor.

A pérola mágica

Depois de quase ter um colapso mental, voltei a consciência e respondi ao velho:

– Não vi nenhuma pérola por ai. Mas, tem um pântano por aqui?

O velho suspirou e respondeu:

– Sim... O pântano fica mais a fundo. Inicialmente, a ilha parece ser pequena, mas ela é muito maior do que se vê pelo exterior. Venha, vou te levar até a vila na qual eu vivo. Ela fica em um pântano mais úmido e quente do que essa floresta, então não acho que você vai se importar em se molhar não é?

Fiquei pensando o que a mamãe acharia de eu voltar todo lamacento para casa. Mas acho que ela não acreditaria nem na metade das histórias que eu ia contar para ela... Então aceitei e fomos para dentro do pântano.

Aos poucos, o terreno ficou mais lamacento, mais úmido, as árvores possuam mais folhas e menos espaço entre si... Parecia que ia melhorar para andar mas foi ai que me enganei. Quando chegamos oficialmente no pântano, tive que começar a forçar muito minhas pernas para conseguir me locomover. Durante todo percurso, o velho parecia praticamente ignorar minha presença e eu não entendia o porque. Estávamos em um pântano, com árvores de 10 metros porém cheio de galhos e folhagens, tanta folhagem que nem dava para ver o céu que antes era bonito, que decidi então perguntar, com carinho é claro:

– Olha... Eu não quero reclamar não... Mas a gente está passando por um pântano super lamacento e você não me diz nada do que tem na sua vila.

O velho rapidamente olhou para mim:

– Ah sim... Você quer saber o que possui nessa vila. Casas, pessoas e comida.

Logo, voltou a prestar atenção aonde pisava ignorando-me novamente e voltando ao antigo estado. Fui mais a fundo e perguntei mais curioso ainda:

– Porque você está tão concentrado?

O velho rapidamente se virou novamente e respondeu:

– Jacarés. Eles aparecem muito aqui. Temos que tomar cuidado.

No mesmo instante que ele me falava, um filhote de jacaré emergiu praticamente do nada e mordeu meu braço! Eu comecei a gritar: AAAaaah!!!! O velho sacou um tranquilizante, pois em um tubo e antes de disparar gritou:

– Eu te salvo garoto!

O dardo foi em direção ao jacaré, o botando para dormir. O efeito foi quase instantâneo, mas eu duvidava que o dardo era mágico pelo seu brilho. Enfim, curioso como sempre eu recomendei:

– Vamos abrir a boca do jacaré, quem sabe a pérola está ai! E alias, vamos verificar logo pois a mordida desse animal machucou-me, não de um modo muito grave porque ele é um filhote. Foi sorte.

Então, meio contrariado, ele abriu a boca do jacaré e lá estava a pérola! Um sorriso se abriu no rosto daquele senhor que respondeu super animado:

– VAMOS CORRENDO PARA A VILA! ACHAMOS A PÉROLA QUE DEVOLVERÁ A VIDA ANTIGA QUE O NOSSO PÂNTANO POSSUÍA!


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Notas finais do capítulo

A todos que acompanharam a história, sinto muito por ter dado uma longa pausa. Voltei com tudo! Espero que gostem e fiquem ligado no próximo capítulo!



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