Back To December escrita por Angel


Capítulo 2
Birthday




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Aquele rosto, o sorriso... eram totalmente inconfundíveis para ela. Não pode esconder sua imensa surpresa ao ver que Hook estava em Storybrooke, outra vez. Ela o observava do outro lado da rua, ainda estática. Deveria ir falar com ele? Seria muita cara de pau depois de tudo? Tarde demais. Ele já havia a notado, e estava vindo até ela.

— Olá Swan! — a cumprimentou gentilmente, estendendo á mão, que a mesma apertou. Sentiu seu corpo se arrepiar só com aquele simples toque.

— Hook, quanto tempo — o que mais ela poderia falar? "Que saudades" seria demais pra qualquer um — que surpresa... tudo bom? o que faz em Storybrooke? — perguntou, com os olhos brilhando

— Estou levando e você? Nada demais... vim ver como estão as coisas, rever velhas amizades, saber como você está... — deixou escapar, fazendo o coração da loira acelerar e um sorriso surgir dos lábios dela

Estou feliz por você arrumar tempo para me ver

Como vai a vida? Me diga como vai a sua família?

Faz tempo que não os vejo

— Estou levando também. Moro com Henry em um apartamento, ainda trabalho de xerife e continuo sem querer aprender magia — ambos riram — as coisas não mudaram muito desde que você foi embora... — ela ficava ressentida em falar daquela noite

— Eu percebi. — respondeu

Um grande silêncio se estabeleceu.

— Ei, estava indo buscar Henry na escola e nós vamos almoçar na Granny's hoje. E eu estou pensando, se sei lá... — não sabia como falar. Realmente, ela era péssima em escolher palavras — talvez, você pudesse vir comigo... quero dizer, conosco — corrigiu — vamos estar só eu e ele, e eu sei que ele adoraria te ver. Vocês dois sempre se deram muito bem — tentou justificar — o que acha? — questionou, cruzando os dedos e implorando mentalmente por um "sim"

Ele olhou para os pés, e em seguida para o céu. Respiro fundo, e disse:

— Não vai dar, sinto muito... — seu sorriso se desmanchou no mesmo instante. Mas também, o que mais ela poderia esperar? — tenho algumas coisas pra fazer. — ele tentou justificar

— Não, tudo bem. Eu entendo! — respondeu

Você está bem, mais ocupado do que nunca

Nós jogamos conversa fora, trabalhamos do lado de fora

Você está na defensiva, e eu sei por quê

— Bom, até mais então. Foi um prazer revê-la! — falou

— Até! — respondeu, cabisbaixa. Ele estava diferente, fechado e isso era visível. Mas ela já esperava... esperava que fosse até pior, na verdade. Seguiu o caminho em direção á escola de Henry, ainda com aquilo em sua mente. Vê-lo novamente reascendeu mais ainda seus sentimentos. Porque tudo tinha que ser tão complicado?

Mais tarde, na Granny's...

Emma estava terminando de almoçar com Henry, e conversavam qualquer coisa sobre vídeo games, até que ela viu Regina e seu pai se aproximarem de ambos. A prefeita se despediu do filho como costumava fazer, e logo em seguida lançou um olhar para a loira.

— David, o que acha de levar Henry até a prefeitura pra mim, enquanto eu converso um pouco com a Emma? — pediu, e viu o mesmo assentir. Ele se aproximou para beija-lá, e sussurrou em seu ouvido — o que aconteceu?

Emma olhou aquilo sem entender nada.

— Depois eu te explico! — trocaram um beijo, e o mesmo saiu com o neto

Regina voltou-se para Emma, e sentou em sua frente.

— O que aconteceu, Regina? — perguntou — tem alguma coisa errada com a delegacia? — a morena negou com a cabeça — é sobre o Henry? — ela voltou a negar — então o que foi?

— Hook está de volta á cidade e eu tenho certeza que você já topou com ele pela rua! — foi direta, fazendo Emma estremecer

— E daí? — deu de ombros, fingindo não se importar

— Não finja, Swan. Nós duas sabemos bem de tudo! — rebateu

— Olha Regina, não precisa tentar ser minha madrasta, mãe, psicóloga ou o que quer que seja. Diga o que quer, pois estou atolada de serviço! — tentou atingi-lá, sem sucesso

— Não preciso e nem quero, esse papel é todo de Mary Margaret. Estou aqui como sua amiga — falou, calmamente — pare de tentar desviar, se proteger ou bancar a durona. Não cola mais, Emma. Você está destruída por dentro, assim como ele! — observou

— E o que quer que eu faça? Me ajoelhe aos pés dele? Faça um feitiço pra ele esquecer o que aconteceu? — rebateu

— Não é o que EU quero que você faça. Não tenho que querer nada. É o que VOCÊ quer fazer. Eu sei bem que se pudesse apagaria tudo aquilo, e refazia tudo novamente!

— Mas eu não posso, Regina — tentava segurar as lágrimas — não posso voltar pra aquela maldita noite e refazer a besteira que fiz. É isso que me machuca, não entende? EU NÃO POSSO MUDAR AS COISAS! — deixou uma lágrima escapar

— Emma — segurou a mão dela — chorar não vai resolver. Não foi só aquela noite... muito antes disso você já vinha o machucando...

— Eu sei... mas nada do que eu já tinha feito o havia atingindo. O que fez tudo acontecer foi unicamente aquela noite! — tentou argumentar, mas Regina negou com a cabeça

— Aquilo foi só a gota d'água, Emma. As pequenas coisas que você fazia o destruiu mais do que a tacada final. Como o seu aniversário, por exemplo. Você se lembra?

Flashback

Deveriam ser umas seis da manhã quando o celular de Emma apitou. A mesma abriu os olhos, completamente emburrada. Seu pai iria cobrir o plantão da manhã, Henry estava com Regina e ela poderia dormir até mais tarde. Esticou o braço a mesinha da cabeceira, e ainda sonolenta, desbloqueou o telefone que não parava de apitar. Era uma mensagem, e o nome de Hook apareceu na tela. Ela o xingou mentalmente de todos os palavrões que poderia conhecer, aquele era seu dia de descanso e ele sabia disso.

Minha querida, espero que esse dia seja tão maravilhoso como tem sido estar ao seu lado. Que você continue sendo doce, brava, corajosa, sensível e principalmente: o meu grande amor.

Saiba que te amo muito. Feliz aniversário, princesa!

O humor da loira só piorou ao ler aquilo, e fez questão de responder

"Você me acordou essa hora pra isso?!"

"Desculpe... mas queria ser o primeiro a felicitar a dona dos meus pensamentos!"

"Pelo amor de Deus, Hook. Para de ser gay e vai dormir! Se tá sem sono pega seu navio e vai dar uma volta, vai beber, atormentar outro, mas me deixa em paz!"

"Calma... não precisa ficar nervosa."

"São 6 da manhã da minha única manhã de folga, você me acorda com uma estupidez dessa e ainda tenho que ficar calma? Agora já chega, vai procurar o que fazer e não me manda mais mensagem ou vou bloquear o seu número!"

Devolveu o celular á mesinha, e afundou a cabeça no travesseiro. Acordou bem mais tarde. Tomou um banho, se trocou e foi tomar café, apesar de ser hora do almoço. Comeu qualquer besteira que tinha por ali, e quando estava quase pronta pra sair para a delegacia, quando alguém tocou a campainha. Abriu a porta se surpreendeu com Hook com um imenso pacote.

— O que é isso agora? — perguntou, vendo-o adentrar sua casa

— Seu almoço. Como sabia que você iria acordar tarde, passei na Granny's e trouxe o almoço, pra que você não precisasse fazer nada! — explicou

— Sabia e me mandou mensagem aquela hora? — cruzou os braços, ainda estava irritada — olha, perdeu seu tempo. Eu já comi, e estou atrasada por trabalho. Se me dá licença, tenho que ir! — falou, abrindo a porta e sugerindo com a mão para que o mesmo saísse

— Emma, por favor... — ele disse, já do lado de fora

— Ai, não me enche. Tenho mais o que fazer. Come sozinho, divide com seus marujos, sei lá. Preciso ir, tchau! — disse, fechando a porta e se dirigindo para fora da casa. Ao longo do dia, recebeu vários "parabéns", presentes dos seus pais, do seu filho, dos amigos e assim foi indo. Não demorou muito, e anoiteceu. Fechou a delegacia e após passar na casa de Regina, pegou Henry e foi em direção á sua casa. Ambos lancharam, e após assistirem alguns filmes, se deitaram para dormir. Quando Emma estava quase adormecendo, ouviu o som de inúmeros violões juntos junto com uma voz masculina que ela conhecia muito bem, e julgou bem desafinada, por sinal. Se levantou rapidamente, furiosa com tal possibilidade. Ele não seria capaz, pensou. Ela e Henry foram até a janela, e se depararam com Hook ajoelhado em frente a janela com um buquê nas mãos, cantando e com uns 10 músicos atrás de sí. Pelo menos metade da cidade deveria ter acordado, e estava observando. Alguns aplaudiam, outros reclamavam, tinha os que só comentavam e os que apenas observavam. Seus olhos deveriam estar vermelhos e soltando fumaça no caminho até o jardim. Ele definitivamente não estava fazendo aquilo.

— O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? — gritou, o empurrando

— Uma serenata... — explicou, ainda surpreso com a reação dela — é seu aniversário e queria te dar um presente especial. Achei que fosse gostar! — disse, lhe entregando as flores. A mesma as pegou brutalmente e começou a reclamar, gritar e deixou bem claro o quanto havia sido uma péssima ideia.

— Me desculpe... — ele soou de cabeça, com voz baixa

— Desculpe, desculpe, desculpe. É só o que você sabe dizer. Me erra, Hook. Olha o que eu faço com as suas flores — foi em direção á uma lata de lixo e as jogou com toda sua força — agora saia da minha porta! — bateu a porta com tamanha força que todos acharam que a cidade iria cair. Hook não sabia onde enfiar a cara, e sem ter outra opção, saiu dali e foi em direção ao Jolly Roger, onde tentou pegar no sono, sem sucesso.

Fim do flashback

Pois da última vez que você me viu

Ainda traz uma lembrança que te incomoda

Você me deu rosas e eu as deixei lá, morrendo


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