Everlong escrita por Larissa Irassochio


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demoreeeeeeeeeeeei mas tudo bem, gente, me perdoem. E ah, queria pedir para os leitores e leitoras fantasmas, podem se manifestar ;-;
Obrigadinha



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Acordei com Hayley me sacudindo. Seus cabelos estavam totalmente desarrumados e armados, como se tivesse tido uma péssima noite.
Olhei em volta. Por um momento eu tinha me esquecido o porquê de estar ali, como um soco toda minha memória voltou. A primeira coisa que eu queria saber era onde estava Richard, lembro perfeitamente que ele estava comigo noite passada.
– E o Richard? - perguntei baixinho, quase um sussuro.
– Ele saiu faz pouco tempo. Foi ver como estão as coisas na casa da minha vó, e pegar as coisas dele também. - ela respondeu esfregando os olhos, deixando marcas escuras abaixo.
Concordei. Não posso negar que me sentia preocupada, ele era meu tio. Levantei e minha cabeça bateu no teto de neve, resmunguei.
– Onde você vai? - ela perguntou com tom de voz alterado.
– Vou procurar o Charlie. - respondi sem olhar para traz, juro que ela estava me tirando do sério.
– Mas o Richard mandou que eu cuidasse de você e te deixasse aqui em segurança. - segurou meu braço.
– Dane-se o que ele disse. Vá pra o inferno também. - respondi virando o rosto até ela.
Ela abaixou o olhar com desgosto e fingiu que eu não existia. Melhor assim.
Segui em direção a casa. Tropeçando e com frio, fui me arrastando até lá. A porta estava quebrada, empurrei ela e entrei. Estava tudo uma bagunça lá dentro e Madame Xavier estava sentada no sofá, com calma ela me cumprimentou. Ela parecia estranhamente calma para alguém que tinha sido atacada na noite anterior.
– Onde está o Richard? - perguntei.
– Ele está bem, procurando as coisas dele. - fungou limpando o rosto com um lenço.
– Você viu o Charlie? - indaguei enquanto olhava esticando meu pescoço para tentar encontrar o caçador.
– Sinto muito, querida. - ela disse tristonha.
Fiz uma cara de quem não estava entendendo e perguntei:
– Por que? Como assim?
– Ele está com o frio.
E naquele momento eu percebi e me senti tão mal, o ar faltou em meus pulmões e minha cabeça começou a latejar. O frio, ele está com o frio.
– MADLEY? - o tom de voz alterado e a pronúncia devagar. Richard. - MAS O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?
Fiz uma cara de quem estava sentindo dor e coloquei as mãos a frente do meu corpo, falei:
– Estou procurando o Charlie.
Ele bufou revirando os olhos e resmungou algo.
– Acho bom vocês irem, queridos. Tem uma longa viagem pela frente. - ela sorriu como uma velhinha - E... Madley, cuide da Hayley. - pude ver pequenas gotículas de lágrimas se acumularem.
Abracei ela e sorri, Richard olhou para o outro lado. Acho que ele não gostava de momentos como aqueles mas tudo bem, eu entendo.
Depois que nos despedimos seguimos para o nosso barranco. Hayley olhava para o nada, brincando com uma folha seca. Ela levantou como um zumbi e passou por mim como se eu fosse invísivel novamente.
Com os olhos tristes, eu perguntei para Richard:
– Nós iremos atrás dele, né?
Ele passou um bom tempo me avaliando e, repentinamente concordou. Depois de um tempo ele me contou que só aceitou meu pedido pois sabia que eu não seria feliz sem o Charlie.
O caçador entregou uma mochila com o arco e algumas flechas para a Hayley que deu pulinhos de alegria e para mim eu punhal, ele disse que viria a calhar já que minha mãe era muito boa com isso e talvez, eu também fosse.
Andamos por um dia todo até chegar a beira da praia, o único lugar que não estava congelado. Então, eu sentei na areia e fiquei lá um bom tempo apenas olhando a forma que as ondas se formavam e desciam, atingindo o chão novamente e todo o ciclo recomeçava.
Richard estava ocupado em tentar acender uma fogueira e Hayley estava sei lá onde, eu não me importava. Estava tudo estranhamente calmo.
Sentia como se eu tivesse milhares de pássaros dentro de mim, pássaros que precisavam ser libertados. Eu queria poder mergulhar no mais profundo do mar e ficar lá por séculos, esquecida. Queria ir para a o lugar mais fundo e escuro da floresta e morrer lá, no meio das folhas e espinhos.
– Por quanto tempo tu acha que isso vai durar? - Hayley sentou ao meu lado abraçando os joelhos.
– A guerra? Eu não sei. Não sei nem se estarei viva quando acabar. - suspirei.
– Sinto falta do Charlie. - ela sorriu fraco.
Cerrei meus olhos e tentei me controlar. Mantenha calma, não pule no pescoço dela. Tossi falso e fui para perto de Richard. Ele parecia cansado e olhava para as chamas como se elas fossem importante.
– Olá. - ele disse sorrindo mas com os olhos tristes.
– Oi. - respondi baixinho.
Ficamos um bom tempo apenas suspirando e olhando para nossos pés. O clima estava muito melhor ali na beira da praia do que no meio da floresta, então imaginei o frio que devia estar fazendo dentro do castelo. Ah, castelo...
– Gostaria de poder ter conhecido minha mãe... - eu disse um tanto magoada.
– Ela era uma boa pessoa. - riu - Engraçada, sabe, fazia as pessoas se sentir bem.
Eu sorri.
– Acho melhor você descansar, ok? Vamos acordar cedo amanhã. - ele deitou na areia.
– Já temos um plano? - perguntei eufórica.
– Plano pra o que? Você é princesa, não vão te impedir de entrar lá. - respondeu sarcástico.
Me encolhi de lado, tentando encontrar uma posição confortável. Hayley deitou no outro lado da fogueira, eu podia ouvir ela fungar mas não senti pena. Richard já devia estar no décimo quarto sono, nunca vi alguém dormir tão rápido.
Quando eu acordei parecia que eu tinha acabado de deitar. Estava me sentindo horrível, como se tivesse corrido um reino todo em vez de descansar. Levantei me enrolando em um dos casacos do caçador, esfregando meus olhos eu senti o mar a chegar poucos metros dos meus pés.
– Tá na hora de se manter de pé. - o homem disse esfregando meus cabelos.
Resmunguei com ele, sorrindo.
Seguimos pela beira da praia, Richard disse que dessa forma não tinha como nos perder. Eu achei uma ótima ideia, o vento que vinha da direção do mar era ótimo e o clima estava mais ameno. O caçador estava realmente, muito mais estranho do que na noite anterior; isso me preocupou bastante.
Quando já se passava do meio dia, Richard confirmou que iriamos chegar antes das oito horas da noite. Foi um alivio.
Hayley não parecia nada bem. Ouvi ela e o caçador conversando... acho que estão escondendo algo de mim.
Não faltava muito para nós chegarmos no castelo. O clima estava realmente ruim, parecia que viria uma chuva daquelas então andamos mais rápido para nos abrigar antes.
Aquele era um castelo muito estranho, é sério. Não tinha guardas no grande portão e eles estavam abertos, abertos. Entramos cautelosos, não encontramos dificuldades no caminho até o salão.
O salão tinha um ar muito ruim. Estava tão gelado lá, terrivelmente gelado e tinha uma grande mesa de pedra no centro. Me aproximei sozinha, Richard gaguejou mas nada disse. Quando cheguei perto o bastante para ver que era um corpo eu arregalei os olhos e me afastei aos poucos.
– Madley, eu sinto... - o caçador começou mas foi interrompido.
– Muita coragem vir até meu castelo.
Então eu congelei. Era como se as palavras estivessem atravessado meu corpo. Cerrei meus olhos com força. Ele estava do outro lado da mesa, na escadaria, a minha frente. Ele estava a poucos metros de mim e por que eu me sentia assim? Como se eu fosse a presa e ele um lobo?
Com alguma força inexistente, eu abri meus olhos. O rosto magro e pálido dele a minha frente, sorrindo. Eu andei para trás até encostar na Hayley, respirando com dificuldade.
– Você é linda pessoalmente, Mad. - ele sorriu de novo, um tanto malicioso.
– Não me chame de Mad. Você não tem esse direito. - não sei de onde criei forças para falar aquilo, mas eu disse.
Ele soltou um risinho e olhando para o corpo na mesa com dor, começou a falar:
– Eu sei o porquê de você estar aqui, mas gostaria de saber o motivo de eles estar juntos. - apontou para Hayley e Richard. - Uma bastarda, imunda... - sussurou a última palavra - e um desprezível camponês.
Senti que Hayley colocou a mão em uma das flechas mas desistiu depois de um tempo.
– Onde está o Charlie? - perguntei, era esse o motivo de eu estar ali.
– Ah, o irritadinho? Ele está vivo, se é isso que quer saber. - disse como se sentisse nojo.
– Não, não! - balancei a cabeça - Eu quero ver ele, ele irá embora comigo.
– Sinto muito, mas isso não será possível.
Então ele sorriu e eu senti uma pontada de dor na cabeça. Cai, e no chão eu pude ver que Hayley também. Meus olhos se fecharam.

Acordei com água no meu rosto. Lá fora a chuva caía como se o mundo fosse acabar e dentro, naquela masmorra gelava como o inverno.
– Madley? - ouvi as fracas palavras vindo de um lugar na escuridão.
Me arrasteia até conseguir visualizar o rosto sofrido de Charlie. Ele parecia estar bem, aparentemente.
– Mad, meu peito tá doendo. - ele murmurou com dor.
Percebi que as duas mãos deles estavam sobre o meio do peito, apertando. Sussurei que ele levantasse a camisa e ele fez. Desenhado no seu peito, tinha uma tatuagem em processo de ciatrização. Era como um círculo e duas asas dentro e uma flecha que cortava o desenho no meio. Uma cicatriz grossa e que parecia ter sido bastante dolorida para fazer, agora o feria por estar infeccionada.
– Por favor, Mad. Tá doendo muito, tira essa dor de mim. - ele pediu, e naquele momento eu vi lágrimas escorrer e ele se contorcer.
Eu beijei a testa delE e coloquei a cabeça do mesmo sobre meu colo, acariciando seus cabelos. Era a única coisa que eu podia fazer naquele momento. Foi uma das piores sensações que eu tive na minha vida, tanto que eu senti que meu coração estava sendo arrancado do meu peito.
– Onde está o Richard? E a Hayley? - perguntei e ele fiz um sinal negativo com a cabeça.
Levantei e com cautela fui até as grades, eram velhas e deixaram minhas mãos sujas. Em algum lugar naquele extenso corredor eu podia ouvir murmurios.
– Tem alguém aí? - perguntei e ecôou.
– MADLEY? - era Richard, fui atingida por uma onde de alívio.
Então tudo se aquietou. Tudo o que dava para ouvir era o "toc toc toc" de alguém vindo, a respiração de Charlie. Todos os candelabros das paredes se acenderam sem ninguém ter o feito, o que foi realmente estranho. Charlie gemeu.
Senti como se o oxigênio que estava em meus pulmões se foram, meu coração disritimado e pequenas agulhas acertavam minhas pernas. Tossi e cai.

– Você acha que vai viver quanto tempo? Cinquenta, sessenta anos? Acredite em mim, você não vai querer viver todo esse tempo. - acordei com aquelas palavras.
Abri meus olhos vagarosamente. Quando tentei me mover, percebi que estava presa em uma grande cadeira. Olhei em volta, era outra masmorra.
– Você é tão... inocente, Madley. - ele riu - Uma criança, uma criança que sempre quis se libertar e chamar a atenção, mas todos gostavam de você e seu reino. Seu pai, sua família. - continuou - Não vai querer ver o que aconteceu com o seu pai. - sorriu.
Arregalei meus olhos. Senti preocupação e medo, perguntei de imediato:
– O que aconteceu? O que você fez com ele?
Ele se abaixou a minha frente, colocando uma das mãos na minha perna e a outra sobre as minhas. Senti como se estivesse desmaiando, ou como se tivesse tendo outra visão.

O céu estava alaranjado e os pássaros voavam em torno do castelo. As pessoas passavam pos nós como se fossemos invísiveis, e realmente eramos. Os soldados armados lutando contra lobos e bruxas, tinham a certeza que iriam morrer mas lutar por amor ao rei, lutar pelo seu reino, lutar pela sua família, era essa o objetivo deles.
Virei ao ouvir a voz do meu pai. Ele estava com os reis de outros reinos, então contei. Estavam três reinos reunidos ali: Sywn, Odjin e Cabrion. O único que não estava presente era o Victins.
Com um piscar de olhos eu estava a ver outra cena. Meu pai subia as escadarias, até chegar no último andar onde ficava a torre de Astronomia. Ele berrou o nome do rei de Victins e entrou na sala. De novo, com um piscar, eles brigavam.
– Você sabe que não precisa fazer isso, nossos reinos viveram em harmonia por tanto tempo. Por duas gerações, se a família Sywn quisesse eles poderiam ter começado a guerra mas não, você quer se vingar por algo que não é.
Então, com uma rasteira meu pai caiu. Era o seu fim, todo nós sabiamos disso.
– Sinto muito, Arthur, mas quero todos esses reinos só para mim. - disse o outro rei.
O rei inimigo sorriu, a espada lançou-se para baixo e atingiu bem o coração do meu pai. Eu gritei, mas som nenhum saiu.
Logo após isso, o rei do leste, John entrou. No primeiro momento ele pareceu assustado e depois triste.
– Por que, Calário? Por que você fez isso? - perguntou amargurado - Você matou todos os reis, e eu sei que você quer me matar, mas por que? Nós fomos tão fiéis ao seu reino.
Ele riu com vontade e malicia, e com umas palavras estranhas ele jogou uma praga no outro rei que caiu duro no chão.
– Venha. - o loiro sussurou e me puxou pela mão.

As imagens se foram, tudo. Eu estava de novo naquele masmorra, com o loiro a minha frente. Ele fez uma cara de poucos amigos e começou a tagarelar:
– Viu? Eu não sou o inimigo, eu quero destruir o inimigo! - ele exclamou.
– Você pode ter alterado as visões. - eu disse baixinho.
– Impossível. - disse rápido.
Suspirei, cansada.
– Se você quer vencer o inimigo por que eu estou presa? Por que feriu o Charlie? Por que tudo isso? - berei, perdendo o controle.
Ele juntou as sobrancelhas e sorriu.
– Seu amigo tentou me atacar, você está tentando me atacar. Como você quer que eu tenha uma conversa civilizada nessas condições? - levantou os braços pro alto fazendo uma cara de quem não estava entendendo nada.
– Solte-me, por favor. - sorri tímida.
Ele fez o que eu pedi.
– O que aquela marca no peito do Charlie? - perguntei esfregando os pulsos.
– Que marca? - mexeu as mãos no ar e continuou - Vamos fazer assim, Madley... - colocou as mesmas sobre meus ombros - Eu pesso para soltá-los e você vem comigo até a biblioteca.
Eu mal concordei e ele começou a me arrastar pelos corredores. Enquanto ele procurava os livros me foquei nas perguntas:
– Você também consegue... - expressei como se estivesse sentindo dor - ter visões?
Ele parou por um momento e me encarou, respondeu pensativo:
– É, desde de pequeno eu tenho... é por isso que eu aprendi a controlar. - sorriu - É essa a minha missão, te ajudar a controlar.
Mordi meus lábios quando ele atirou o grande livro na mesa a minha frente. Era velho e empoeirado, sem contar no tamanho extra grande. Ele abriu folheado as páginas desesperado.
– Qual seu nome? - perguntei, já que a tempos eu não sabia.
– Kyro - sorriu envergonhado - Eu sei que é um nome estranho.
Quando eu olhei para as janelas que iam desde o teto até o chão, o sol apresentava seus primeiros raios da manhã. Um novo dia, um dia a menos.
Kyro me cutucou e pediu que eu dissesse qual daquelas runas desenhada no livro era a de Charlie. Passei um bom tempo analizando cada uma delas até encontrar a tal. Não consegui ler a descrição já que estava escrito em uma língua estranha mas Kyro, sim.
– Sinto muito... - começou.
– Pelo o que? - eu arregalei os olhos e mudei o tom de voz.
– Não é uma simples doença, nem nada disso. O seu amigo foi amaldiçoado. - respondeu a minha pergunta.
Levei minhas mãos a boca e neguei. Pode parecer besteira, mas uma maldição é tão difícil de curar quanto traços de lobisomens. Uma maldição requer litros de poções, sacríficios, mas a única forma de ter certeza que a maldição irá acabar é matar a pessoa que a jogou.
Como um susto, Richard entrou na grande sala correndo, indo direção a Kyro. Me joguei na frente, abrindo um largo sorriso e falando tudo de uma vez:
– Ele não é o que parece, é um mal entendido, ele é bom!
Richard parou no mesmo instante e hesitou. Me abraçou com carinho e sussurou no meu ouvido, "Mesmo assim não confio muito nele".
Hayley tossiu e chegou perto de mim, dizendo com dor:
– Estão cuidando do Charlie.
Eu fiz um sinal positivo com a cabeça e voltei minha atenção para Kyro, que explicava toda aquela longa história e o teríamos que fazer. Mas eu não prestava atenção naquilo, minha cabeça queria desligar meu corpo daquilo.
Mas era isso que eu queria, não é? Eu queria entender o motivo das minhas visões, o significado delas. Era só fechar os olhos...

"Foi como um tapa no meu rosto, senti uma dor no ombro e só então, percebi que estava naquela visão. Era a mesma, o loiro matando o moreno. Aquela visão se repetiu por muito tempo, mas para minha surpresa o lugar se alterou.
Agora era uma floresta, era a floresta. Tudo parecia mais alegre e menos sombrio, tanto que a neve até tinha sumido. De algum lugar vinha berros, segui. Olhei para o céu, estava anoitecendo e eu estava nos portões do castelo. Entrei, é claro e achei o problema.
Paralizei. Era o pai de Charlie. Do nariz dele jorrava sangue, alguém tinha o quebrado e tinha vários machucados pelo braço, ele estava sendo amarrado ao poste.
Olhei em volta. Qual o motivo dessa visão? Por que?
– Bruxo! Arrogante! Irá destruir as plantações! - uma senhora berrou e eu ignorei.
Passei um bom tempo observando as coisas em volta, quando olhei para o pai de Charlie, ele me encarava. Sorriu diretamente para mim e moveu seus lábios, chamando-me para mais perto.
Eu sou louca, segui até ele. Sim, ele estava falando comigo, coisa que eu achei que era impossível.
– Você tem que matá-lo, entendeu? - disse rápido - O marcado tem que morrer. Não é uma runa qualquer, é a runa do Inferno. Se ele não morrer, os corvos estarão presentes, a peste matará. Não haverá mais luz.
No momento que eu concordei, as cores foram se misturando até tudo sumir."

Acordei como se estivesse saindo da água, encarando Kyro.
– Ele tem que morrer! - eu berrei.
Eles continuaram a me olhar como se e fosse louca.
– Eu... eu... vocês tem que entender! - tentei explicar, até Richard me pegar no colo e dizer que eu precisava descansar.
Concordei, eu tinha a certeza que Kyro iria me ouvir.


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