Se bem pensarmos e nos atentarmos aos detalhes, as borboletas são pequeninas coisas que passam despercebidas por nós, seres consumidos pelo consumo de uma vida urbana agitada, que promete ser a sina do nosso novo mundo.

Ando pensando, e raras foram as vezes em que ultimamente vi uma borboleta voando, ou até mesmo parada. Onde foram parar coisas tão pequenas e de tamanha beleza?

Estão por aí, nós só nos esquecemos de olhar direito para achá-las. Tão pequeninas, e carregam o mundo nas asas... Não se destacam somente por sua beleza, mas por sua destreza, leveza, pureza e doçura. Sem elas, o quê seríamos? Elas inspiram os grandes artistas e os pequenos também. Não se contentam em roubarem a cena por onde chegam, ainda fazem um grande papel no nosso planeta: polinizam as flores, adoçam o mundo.

Sem tais pequeninos seres, seríamos corpos sem alma e sem amor, um povo triste, sem cor. Elas nos trazem o doce aroma das flores, e também suas cores; o verde das árvores e o azul do céu. Quem diria, nós, homens, tão “grandes em sua sabedoria”, necessitando vitalmente de seres tão minúsculos, quase insignificantes?

Então faço aqui o meu pedido: vamos parar, pelo menos um minuto ao dia, para procurar uma borboleta ao redor. Vamos procurar as flores, as árvores, as abelhas também. Vamos olhar o céu todos os dias. Vamos prestar mais atenção aos pequenos detalhes, e as pequenas mostras de magia que a vida nos dá a cada dia. Vamos virar borboletas: seres que fazem crescer as flores que tocam, e que fazem nascerem novas flores; vamos adoçar o mundo com nossas cores, vamos fazer da vida uma coisa feliz.