Parceiros escrita por Endy


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu sei que vocês querem me matar pela demora, mas é tudo culpa da faculdade e da montanha de trabalho que tenho que terminar, porque cada professor acha que só existe a sua matéria no semestre. Mas fazer o que, né! Passado esse momento de desabafo, rs'.. Espero que não tenham me abandonado e continuem lendo a minha historia.
bjos...



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–Richard...-A voz dela saiu fraca quase em um sussurro, eu me levantei da poltrona chegando mais perto da cama.

– Mãe! Meu Deus, ainda bem que você acordou! –Escondi meu rosto em suas mãos tentando não ceder as lagrimas.

– O que aconteceu? Eu... Eu... –Nessa hora pareceu que as lembranças clarearam em sua mente e vi seus olhos marejarem, o medo estava estampado em seu rosto. Eu apertei sua mão, acariciando seus cabelos tentando mostrar que eu não deixaria nada de ruim acontecer a ela novamente.

–Tá tudo bem agora mãe! Você precisa descansar. –Fomos interrompidos pela enfermeira, que assim que viu minha mãe acordada pareceu iluminar-se sorrindo para mim. Eu correspondi o sorriso e me levantei para dar espaço para que a pequena senhora pudesse trabalhar.

–Você deveria ir para casa menino, descansar um pouco. Vai acabar doente! –Ela ajeitou o jaleco olhando para o monitor ao lado da cama. Desviei minha atenção a dona Martha que me olhava reprovando a falta de descanso visível em meu rosto, apenas sorri tentado acalmá-la

–Não preciso descansar, eu tô bem! É serio, eu tô bem. –Desviei os olhos dela. –Mas preciso resolver alguns problemas. –Senti minha mãe ficar tensa ao meu lado como se tivesse lido os meus pensamentos. -Será que você pode cuidar dessa mocinha aqui enquanto não estou?

–Claro, não tem nenhum problema! Prometo que ela não vai fugir. –A senhorinha de jaleco sorriu de forma simpática e eu a agradeci silenciosamente. Me inclinei para dar um beijo na testa da minha mãe, me despedindo por algumas horas.

–Richard, pelo amor de Deus não faça nenhuma besteira! –Ela segurava em meu braço, com a voz ainda fraca e os olhos desesperados.

–Eu disse que iria ficar tudo bem, não foi?! Então, juro que não vou quebrar a minha promessa. –Olhei no fundo dos seus olhos e ela afrouxou as mãos nos meus braços, mas o desespero em momento nenhum saiu de seu rosto. Me afastei indo em direção a porta, não podia olhar para trás e repensar no que eu planejava fazer. Resolver isso de uma vez por todas!

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KATE

Meu Deus, já dei duas voltas nesse quarteirão e ainda não achei a casa desse garoto! Acho que ele mora em Narnia, só pode ser isso! Vi um parque a alguns metros de mim e resolvi ver se podia dar em algum lugar que eu conheça, não sou muito boa com endereços, sempre me atrapalho.

O café na minha mão já deveria está frio, mas eu não estava me importando muito com isso, até porque o que vale é a intenção, não é isso que dizem?! Então, acho que mereço alguns pontos ao meu favor, e me sentar naquela mesa, que ele diz ser dele, sem que o Rodgers fique reclamando o tempo todo.

O parque era lindo e me distraiu um pouco, havia algumas mães com seus filhos brincando em alguns balanços e enquanto eu passava uma garotinha ruiva com os olhos profundamente azuis me puxou pela mão tentando me levar até os balanços para brincar com ela. Fiquei sem saber o que fazer, nunca tive muito jeito com crianças e acho que a mãe dela percebeu o meu desconforto e deu uma desculpa qualquer para a pequena que sorriu para mim se despedindo, eu apenas retribui o sorriso.

Em poucos minutos me deparei em uma longa rua com casas simples e cercada por arvores antigas cheias de galhos retorcidos e com folhas secas, que com o vento voavam desgovernadas. Se isso fosse um filme, com certeza seria de terror e pelo jeito eu seria a primeira a morrer! Balancei a cabeça tentando tirar esses pensamentos idiotas da cabeça e me concentrar em achar a droga do endereço da casa em Narnia do Rodgers, seria mais fácil se tivesse um armário por aqui! Sorri com o pensamento, até eu tenho que reconhecer que isso foi bem idiota!

–Posso saber o que faz aqui? -Eu dei um pulo com o susto que levei e me virei para ver quem era, apesar de já saber.

–Quase me matou de susto seu louco! Sabia que existem formas mais delicadas de chamar a atenção de alguém? -Eu tinha a mão sobre o peito tentando recuperar a calma depois do susto.

–Hum... interessante, vou pensar nisso da próxima vez! Mas você não respondeu a minha pergunta. O que tá fazendo aqui? -Grosso como sempre!

–Fiquei sabendo que não foi fazer o trabalho na biblioteca hoje e quis saber o porquê.

–Você é muito, intrometida sabia disso?! -Revirei os olhos estendendo o café a ele que pareceu não entender o que eu estava fazendo.

– Achei que devia isso a você. -Dei de ombros entregando o café a ele que parecia surpreso. Sorriu timidamente para mim pela primeira vez sem toda aquela tristeza que eu sempre detectava em seus olhos. Acho que ele ficou um pouco sem graça e eu tive que segurar o riso por ver o rabugento do Richard Rodgers sem jeito.

–Obrigado... eu.. Não precisava, não precisava de verdade!

–Tudo bem, não foi nada! Não precisa chorar, é só um café. -Eu sorri debochada da cara que ele fazia.

– Ha ha ha! Engraçadinha você. -Ele me deu as costas caminhando em direção a uma das casas da rua, eu o segui.

Rodgers parou a frente de uma pequena casa pintada de um azul desbotado, tirou as chaves do bolso e ainda de costas para mim adentrou na casa e eu entrei também.

–A propósito, pode entrar. -Disse em tom irônico fechando a porta. Olhei em volta e tinha algumas fotos dele ainda criança com uma mulher ruiva em cima da mesa de centro, sorri com a imagem porque ele parecia feliz ali.

–Você era muito fofo Rodgers! -Peguei a fotografia mostrando a ele.

–Era? -Ele parecia um pouco decepcionado com o termo no passado.

Ouvimos um barulho na parte de cima da casa e Rick ficou tenso ao meu lado, me puxou para trás dele, cerrando os pulsos como se estivesse em alerta com algo. Eu não estava entendendo nada, então levantei os olhos até onde ele estava olhando, para o topo da escada.

–Ora,ora! O moleque trouxe a namoradinha pra dentro da minha casa, que mundo é esse que ninguém pede a minha opinião?! -Um homem asqueroso descia a escada com uma garrafa de bebida na mão.

– SEU DESGRAÇADO! AINDA TEM CORAGEM DE APARECER AQUI DEPOIS DO QUE FEZ COM A MINHA MÃE! –Eu podia sentir o ódio em cada palavra que ele dizia, seus olhos estavam vermelhos e vidrados no homem a nossa frente que apenas sorria de um jeito que me fez sentir nojo.

–Eu não faço ideia do que você está falando! Sua mamãe ficou doentinha, foi?! –Ele gargalhou e Rodgers rosnou partindo para cima daquele sujeito o empurrando contra a parede, segurou em seu pescoço com força o estrangulando.

Eu corri para impedir que ele fizesse uma besteira, mas em questão de segundos o jogo virou. Ocara deu uma joelhada no estômago do Rick fazendo-o se curvar tossindo tentando recuperar o fôlego, e antes que conseguisse, o sujeito asqueroso começou com uma sequência de golpes que Rodgers não conseguia se defender.

Eu estava em pânico, paralisada no canto da casa, porem quando vi que ele pegou a garrafa quebrada e levantou acima de sua cabeça para atingir Rodgers que estava fraco demais no chão para se esquivar a qualquer nova investida. Não pensei em nada, com a adrenalina comandando todos os meus sentidos, eu apenas peguei a primeira coisa que vi pela frente, um vaso de metal que estava na mesa de centro da sala e corri por trás dele, bati com toda a minha força o objeto em sua cabeça, fazendo com que ele caísse desacordado aos meus pés.

Rodgers levantou cambaleante segurando-se nas paredes da casa. Eu continuei parada, olhando para o corpo desacordado e o sangue que manchava o chão.

–Ele... –Rick falou com a voz insegura, sem coragem de dizer. Eu completei o seu pensamento já com lagrimas nos olhos e com o medo começando a me dominar.

–Ele tá morto! Deus, eu matei alguém!


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Notas finais do capítulo

E agora, o que vai acontecer com esses dois? Será que Chad morreu? Comentem, digam o que pensam eu vou adorar saber.
Vou demorar um pouco pra postar por motivos que já expliquei, mas prometo não abandonar essa historia e vocês, por favor, não me abandonem também!
Bjos!!!