Acid Girls escrita por LuaGanímedes, Leeh


Capítulo 4
Garagens e suas vantagens




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535257/chapter/4

– Sim. - fez uma cara surpresa.

– Charlie Collins, você não lembra? - era claro que ela se lembrava mas fingia não saber do que eu dizia por algum motivo. Ela desviou o olhar várias vezes - Desculpa, achei que você fosse uma amiga de infância minha.

Porque ela agia daquela forma? Oque eu tenho na cabeça? Fazem anos, porque ela voltaria como se nada tivesse acontecido?

O silencio reina porem não por muito tempo já que dois loucos estavam correndo na nossa direção e gritando o nome dela.

– Droga - foi só o que ela disse.

– E ai amore?!- um deles disse indo colocando o braco no ombro dela, que se afastou como se ele tivesse uma doença contagiosa - quem é a azulzinha ??

– A nova amiga do nerd - eles fizeram uma cara meio estranha tipo ( você tem problemas garota )

– E você já esta se aproveitando da menina - eles balançaram a cabeça em sinal de reprovação- que coisa feia dona Rebecca.

– Na boa , se vocês não sumirem da minha frente agora eu acabo com a raça de vocês. - alguém estava irritada . Mas pera ai como assim se aproveitando de mim?????

– ok ok já estamos indo mas você bem que podia levar ela hoje a noite né. Começaram a piscar varias vez( acho q queriam causar dó ) mas não conseguiram pareceu que eles tinham problemas mentais fazendo aquilo, e logo em seguida saíram andando

– Err ... hum... Vai fazer algo importante hoje? - Rebecca olhou nos meus olhos e deu um sorriso super sem graça.

– Nada que eu me lembre, só tinha o projeto mas seu meio-irmão nerd e anti social já terminou por mim.

– Seria uma má ideia te chamar pra sair mais tarde ? - Me lançou aquele maldito olhar desafiador.

Passaram na minha cabeça as circunstancias pelo qual fui mandada pra Amsterdã, mas qual é, é uma das cidades mais liberais do mundo porque eu não poderia apenas aproveitar ? Duas horas depois eu já estava saindo pra me encontrar com ela.

Rebecca me levou até a garagem de uma casa onde umas cinco ou seis pessoas tocavam, Louis e Victor eram gêmeos, tocavam baixo juntos por ironia do destino, já estavam meio bêbados quando chegamos e era visível pelo humor fora de hora, Alice era a suposta vocalista, não a vi cantar ,mas a Becca disse que ela meio que se entregava totalmente a musica enquanto cantava. O resto eram Andy, Bill e Tom que não faziam nada alem de rir e beber como idiotas e cantarolar musicas aleatórias numa tentativa falha de sair um coro coordenado, estavam bêbados demais pra isso. Depois de todos sermos apresentados fui bebendo aos poucos enquanto a conversa fluía.

– Oi gatinhas - os três disseram- Vocês estão sempre por aqui???- E começaram a rir como se fosse a piada mais fandardiga do mundo, comecei a rir também mais do estado deles.

– Ah! Vocês são muito idiotas pra musica - Bill fez uma pausa dramática e começou a gargalhar enquanto o resto protestava a sua recente declaração - O negocio é o seguinte, verdade ou consequência agora. Alice trás essa garrafa ai do seu lado. - Alice pegou, passou para minha mão e coloquei no centro da roda que estava se formando. - A boca da garrafa é quem vai ser interrogado.

Então a garrafa apontou aleatoriamente para Victor e Andy.

– Verdade ou consequência babaca? - Victor perguntou.

– Consequência só pra provar que eu não sou Mariquinha igual a vocês .

– Beija a minha bunda cara. - Vector abaixou ligeiramente a calça, com o traseiro virado para todos nós. Andy fez uma cara de nojo mas deu um selinho na bunda do outro. Os outros bêbados em seguida gritavam a vitoria. Foram varias rodadas entre muitas risadas e coisas estupidas como se jogar na parede, sair aos beijos, confissões muitooooo constrangedoras e coisas de bêbados agora estávamos todos meio tontos e numa dessas vezes a garrafa indicou eu e Alice, que faria a pergunta

– Verdade ou consequência minha cara? - Consequência.

– Toma aquela garrafa ali - indicou uma garrafinha de 500 ml de vodka pura - em 1 minuto, e depois da um beijinho na Alicinha aqui - me lançou um olhar desafiador.

Todos vibraram enquanto eu pegava a garrafa e tomava como se fosse água. Era forte de mais e aquilo descia na minha garganta tao quente que achei que iria ter um colapso assim que terminei respirei fundo, fui ate a Alice e á beijei e sentei novamente em meio a gritos e aplausos. Becca me lançou um olhar mas quando viu que eu estava bem começou a rir e dar batidinhas nas minhas costas.

As vantagens deste tipo de garagem, com essas pessoas e com minha nova principal suspeita ( se vocês pensaram na Rebecca vão ganhar um doce), é o simples fato de descobrir coisas que você gostaria ou não de ouvir, sem falar que os desafios desse povo merece meu respeito,sério é um pior que o outro.

– Já são 11 horas, preciso ligar pro Danny. - Falei preocupada com ela, mas ela desviou o olhar.

– Ele é teu namorado ??

– não - seu pai ???

– com certeza não

– Então relaxa, tá tudo sobre controle, hoje você dorme aqui, e amanha falamos com ele fica tranquila.

Não lembro de muita coisa depois daquilo, eu estava bêbada demais e quando dei por mim estava deitada com ela. Devia ser de madrugada e reconheci o lugar como a sala de estar . Bill e o resto dos meninos estavam espalhados pelo chão. Mamãe surtaria com esse monte de bêbados jogados, ela não era muito diferente deles mas adorava exibir um titulo inexistente de senhora responsável para os desconhecidos. Observei Becca dormir, ela parecia aquela garotinha de anos atras, fiquei um bom tempo olhando e num meio de um sorriso meu ela acordou, fez uma cara meio confusa, sorriu e cobriu o rosto com as mãos.

– Alguém já te disse que não é legal acordar com alguém te observando? - Senti uma tontura e percebi que ambas estávamos ainda sobre o efeito do álcool.

– Nunca te falaram que você é linda dormindo?

– Nunca te falaram que cantar alguém bêbado é perigoso?

– Nunca te falar... - Ela me interrompeu no meio da frase.

– Eu nunca esqueci. - Olhou nos meus olhos e soltou um sorriso frustrado.

– An?

– De nós duas, eu nunca esqueci. Senti sua falta.

– Então porque fingiu não se lembrar esse tempo todo, porque desapareceu todos esses anos e não deu noticias, naquele ano foram embora você, a mamãe e o resto da família, só sobrou eu e o papai.

– Ele nunca te disse? - Ergueu uma das sobrancelhas e em seguida cerrou os olhos, como se estivesse analisando se eu dizia a verdade.

– Disse sim só to perguntando pra te irritar - Eu fiquei irritada. Não era obvio?

– Eu preciso de respostas Rebecca, por favor.

–pode ate ser mais não sou eu quem vou responde-las.

Ela simplesmente tampou o rosto e me ignorou.Implorei algumas vezes mas ela dava desculpas, algumas vezes tentava me beijar, embora eu quisesse, mas não era a circunstancia ideal, todos nós agora fedíamos a whisky barato e a vodka. Quando me dei conta ela já tinha dormido de novo, suspirei decepcionada e cai no sono.

Cheguei em casa eram 3 da tarde, era domingo e fazia muito frio. tomei um banho quente que não durou menos do que 30 minutos e quando o vapor começava a virar água escorrendo na parede sai.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Acid Girls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.