Acid Girls escrita por LuaGanímedes, Leeh


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeiríssimo capitulo o/ essa é minha primeira fic e preciso saber da opinião de vocês para poder continuar ou não, portanto deixem reviews :) Boa leitura e espero que gostem



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– Becca? - sussurrei balançando os cobertores e liguei o abajur para que ela acordasse - posso ficar com você ? Não consigo dormir. - Ela abriu os olhos e sorriu.
– Você é tão medrosa. - respirou fundo. Acordar ela ás 2 da manhã entraria pra lista do que nunca mais fazer. Ela estava realmente irritada - Falei que não devia ter assistido aquele filme Charlie. Eu avisei, mas você nunca me escuta .
Puxei as cobertas e me cobri. Estava apavorada demais pra uma discussão á aquela hora.
Ficamos em silencio por alguns minutos que pareciam uma eternidade pelo fato de eu estar passando por uma insônia.
– Charlie? - sua voz estava visivelmente mais calma. O tom de voz me fez lembrar da minha mãe.
– Ãn?
– Você me fez ficar sem sono.
– Desculpa.
Ficamos em silencio por mais uns 10 minutos.
– Como deve ser beijar alguém? - Serio que ela tava perguntando isso?
– Eu tenho dez anos. - Isso bastou pra ela perceber que era tão inexperiente quanto ela -porque a pergunta?
– E se eu te beijasse ? - Sua voz mudou de tom e era visível que estava envergonhada,provavelmente se arrependeu da pergunta - Esquece isso.
– Ia ser estranho - falei de maneira quase inaudível. Fiquei completamente desconfortável e surpresa com a pergunta. Ela é uma menina. Meninas não beijam meninas. Qual é o problema dela?.
Ficamos em silencio por mais um bom tempo e a minha curiosidade passou a ser maior do que os meus princípios:
– Vamos testar? E agente não toca mais no assunto, promete? - Eu estava nervosa e ansiosa, a ideia me assustava mas de certa forma eu tinha curiosidade, então ela virou de frente pra mim, de forma que seu rosto ficou próximo ao meu, e eu fiz a mesma coisa.
– Prometo. - O silêncio reinou por mais um tempo, parecia que tinha mais um pólo norte na minha barriga.
Ela se aproximou lentamente de mim e numa velocidade incrível me surpreendeu com um selinho rápido e sorriu. Senti meu rosto arder e droga! Eu devia estar muito corada.
Eu tinha a estranha mania de rir em situações constrangedoras, então coloquei o travesseiro no rosto e quando senti que já não estava tão tensa, me reaproximei , ela então abriu um pouco a boca e eu instintivamente encaixei seus lábios nos meus, seu hálito era doce e sua boca delicada. Eu tinha gostado, e muito.
Tudo terminou sem nenhuma palavra ou comentário sobre o assunto durante dias e dias. Eu ainda corava toda vez que a via e ela me evitava a maioria do tempo, quando me via corria pra vovó ou pro idiota do Danny e fingia que não me via.
Tudo começou assim; não era a hora certa, o momento certo e nem ao mesmo algo certo a se fazer. Apesar de tudo, os anos se passaram e todas as férias tudo se repetia. Não era nada sentimental, eu gostava da presença dela e como ela me fazia se sentir.
Becca nunca foi do tipo que conversava muito, mas mesmo sem isso ela sempre me fez sorrir muito, muito mesmo, não era raro meu pai acordar na madrugada pra mandar agente ir dormir e por isso eu adorava nossas férias juntas. Era o único momento que eu tinha alguém por perto de verdade comigo. Ela sempre tornou tudo mais fácil, nós passávamos o dia juntas eu, ela e o Danny e de noite eu a beijava, contava algumas historias de o que tinha acontecido no ano e dormia. A gente foi se acostumando uma com a outra, e foi se tornando algo normal, o maior segredo de nós duas. Falando nisso, ela se tornou minha confidente, sabia de cada erro, tropeço, defeito e risada minha, não tinha bons conselhos e nem ao menos sabia me consolar mas era bom ter alguem pra me ouvir sem julgar. mas em relação a ela era diferente, sempre foi muito fechada, na dela, sempre meio distante. Pra ser sincera esse era um dos defeitos dela. Mas sinto falta até disso.
Ela foi embora, sem mais nem menos, pegou as malas e correu pra fora da minha vida junto com o Max e o resto da família dela. Foi assim, simples, sem devaneios ou despedidas ela apenas foi embora e dês daquele dia nunca mais tive noticias dela. Sentia muita falta deles mas toda vez que perguntava papai se calava e me evitava até eu esquecer da pergunta. Mas me acostumei, fui esquecendo mas de vez enquando do nada lembrava.
A vida continuou a mesma, já não morava na mesma cidade, e nem o mesmo país, éramos apenas eu o papai e o Danny e nos fins de semana minha mãe vinha nos visitar. Mas apesar de tudo muita coisa havia mudado.


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Notas finais do capítulo

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