Contando Estrelas 3 escrita por Letícia Matias
Felizmente Junho chegou voando trazendo as merecidas férias. Decolamos em Cancún no dia 08 de Junho. Estava muito calor e o ar estava seco.
Johnny e eu pegamos um táxi e depois de vinte minutos, estávamos no Hotel. Dois homens levaram nossas malas para o nosso quarto que por sinal eu não sabia onde era.
– Vamos jantar e depois subimos para o quarto¿ - Johnny perguntou olhando para mim.
Assenti. Eu estava faminta.
Fomos em direção ao restaurante do hotel e uma garçonete eficiente nos atendeu rapidamente nos colocando numa mesa mais privada. Nos sentamos e Johnny pediu duas margaritas e um champanhe gelado. Também pediu uma porção de Tacos.
Enquanto ele falava incrivelmente bem em espanhol, eu o admirava com o queixo apoiado na mão. Ele estava com uma camisa polo branca de manga curta, uma bermuda jeans azul escura e um All-Star preto. Eu nunca tinha o visto vestir algo tão informal que não fosse pijama. Afinal, ele sempre estava vestido para ir trabalhar. Ele estava mais sexy ainda. A gola V de sua camisa permitia que eu visse alguns pelinhos de seu peito.
Ele olhou para mim e arqueou as sobrancelhas.
– O que foi¿
Balancei a cabeça.
– Nada. Só estava admirando.
Ele revirou os olhos e sorriu.
– Gosto de ver você falando espanhol.
– Posso te ensinar.
O garçom chegou com nossas bebidas. Enquanto colocava na mesa, olhou para mim e ficou levemente corado, abaixou a cabeça e se retirou.
Reprimi um sorriso. Olhei para Johnny.
– Acho que eu já deveria ter me acostumado com isso.
– Isso o que¿ - indaguei.
– Os homens se sentem tão... Intimidados perto de você.
Ri alto.
– Ah meu Deus.
Olhei para ele e sorri baixando a cabeça. Tornei a olhá-lo e ele continuava me olhando intensamente. De repente, senti um calor percorrer pelo meu corpo. Tomei um gole da margarita. Às vezes ele conseguia me deixar sem graça, envergonhada.
– Eles ficam vermelhos perto de você. – ele continuou. – Isso meio que me irrita.
Revirei os olhos.
– Johnny, as mulheres também ficam vermelhas perto de você.
Ele deu de ombros.
– Nunca reparei.
Mentiroso. – pensei.
***
A lua estava linda e o mar estava calmo. A sacada enorme do nosso quarto dava para uma vista linda para o mar.
O clima estava muito quente. Senti uma gota de suor escorrer em minha nuca. Passei a mão por ela e prendi meu cabelo num coque. Dei graças a Deus por ter vindo de vestido. Eu estava com um vestido de algodão bege e uma sapatilha dourada discreta.
Johnny me assustou passando seus braços por minha cintura.
– Estou feliz de estar aqui com você. – ele disse.
– Eu também, muito!
– Está muito calor. – ele observou. – Podíamos ir até a piscina.
– Uma hora dessas¿ Deve estar fechada. Já são dez da noite. – eu disse olhando para meu relógio de pulso bege com dourado.
Ele sorriu.
– E desde quando você liga para regras¿
Estreitei os olhos e sorri.
– Tudo bem então.
***
A piscina era enorme e uma luz fraca e amarelada iluminava os quatro vértices dela.
Johnny pulou na piscina com sua cueca box preta. Nós não nos preocupamos em colocar biquíni ou sunga, estávamos só nós dois ali.
– O que está esperando¿
Sorri e tirei o vestido colocando ao lado de sua roupa.
Ele sorriu.
Soltei meu cabelo e mergulhei, nadando até ele do outro lado da piscina.
– Que delícia, essa água! – eu disse voltando a superfície me pondo ao seu lado.
– Eu sei. Aqui está tão quente.
– Bem vindo ao México. – sorri com ironia.
***
Saí do banheiro vestindo um roupão branco e penteando o cabelo. Estava muito calor e abafado no quarto. Johnny estava deitado na cama com a cabeça apoiada em um monte de travesseiros e com o controle da televisão na mão.
Fui até o espelho perto da cama e comecei a desembaraçar os nós do meu cabelo. Uma lufada de ar quente veio da sacada.
– Minha nossa, aqui é tão quente! – eu disse.
Ele estava me olhando com um sorriso torto. Sorri.
– O que¿
Ele balançou a cabeça.
– Verdade, aqui é bem quente. Eu estava pensando, amanhã poderíamos ir a algum clube de noite. Soube que as baladas daqui são ótimas.
Assenti pegando os cabelos que tinham caído no chão. Fui até o banheiro e joguei-os no lixo e voltei para o quarto sentando-me na beirada da cama.
Fiquei olhando para Johnny que estava distraído olhando para a televisão assistindo algum jogo de futebol. Ele estava sem camisa com uma cueca samba-canção azul escuro e seus cabelos estavam úmidos por causa do banho.
Ele me olhou e sorriu, sorri de volta.
– No que está pensando¿
– Nada. – respondi me sentando ao seu lado.
Arrumei dois travesseiros e encostei-me neles, eu estava com um pouco de dor nas costas.
– E então, o que você está assistindo¿
– Futebol.
– Por que está rindo¿
– Por que todo homem gosta de assistir futebol¿
Ele deu de ombros.
Balancei a cabeça sorrindo e peguei meu Iphone no criado mudo ao lado da cama. Havia duas mensagens da minha mãe.
“Vocês estão bem¿”
“Vocês chegaram bem¿”
– O que foi¿
Sorri e mostrei a tela do celular para ele. Ele franziu o cenho para ler e depois riu baixinho.
– Quanta preocupação.
Assenti digitando uma resposta.
Coloquei o celular de volta encima do criado mudo e deitei-me. Johnny passou seu braço em volta de mim e puxou-me para mais perto dele. Deitei minha cabeça em seu peito peguei sua mão e entrelacei meus dedos nos dele.
– Amor¿ - eu disse.
– Hm.
– Eu estive pensando, você não quer mesmo me contar aonde vamos depois de Londres¿
– Não.
Olhei para cima, para ele. Ele me olhou e depois tornou a olhar para a televisão.
– Por que¿
– Ah Mary, não estrague a surpresa! Você vai gostar. Lembra de quando estávamos indo para Nova York¿ Você estragou a surpresa e soube antes do tempo. Não falarei, é surpresa!
– Nossa! – pensei. – Não precisa ficar irritado.
Bufei e fiz bico.
– Tudo bem, não está mais aqui quem perguntou.
Ele beijou minha cabeça.
– Só quero que seja perfeito.
– Já está perfeito. – respondi e peguei sua mão, levei até a minha boca. Comecei a beijar seus dedos suavemente, um a um.
Ele se mexeu e de repente estava sob mim, sustentando seu peso apoiado nos cotovelos, olhando em meus olhos.
– Você parece cansada.
Assenti e bocejei.
– Estou um pouco. – dei um meio sorriso.
– Você está linda, sabia¿
Ri baixinho passei a mão por suas costas.
– Você também.
Ele beijou meu nariz, depois cada uma das minhas bochechas e minha boca. Seus lábios estavam quentes e macios e seu hálito era de creme dental de menta. Comecei a acariciar suas costas e seus ombros largos.
– Estou tão feliz de que isso está finalmente acontecendo. – ele disse com os lábios ainda nos meus. – Só eu e você.
– Eu também. – dei-lhe um selinho e depois fiz uma cara de dor.
Virei-me de bruços e apoiei a cabeça em um dos travesseiros.
– Estou com um pouco de dor nas costas.
– Quer que eu faça massagem¿
Sorri e depois bocejei.
– Seria bom.
Ele começou a massagear minhas costas suavemente na região lombar, onde estava doendo bastante.
– Hm, isso é maravilhoso. Mas, você é pesado hein. Acho que você engordou Johnny.
– Não engordei coisa nenhuma.
Comecei a rir ao ouvir o tom exasperado na sua voz.
Virei-me para olhá-lo.
– Johnny, eu estou brincando! Pare de ser bobo.
Ele me olhou sério, bem, tentando parecer sério.
Ri baixinho e coloquei as mãos em seus ombros largos. De repente seus lábios estavam urgentes nos meus e suas mãos estavam nas minhas costas.
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