The War Of Factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 5
We're not alone.


Notas iniciais do capítulo

CALMA EU TO AQUI
to com dificuldades escolares e é por isso q to meio perdida, desculpem, xinguem-me que eu mereço c:



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P.O.V. Sam.

Paro em frente ao quarto de Tris, mas não entro. Em vez disso, entro no meu quarto para dar um cochilo, já que não dormi bem noite passada. Acordo algumas horas depois e abro a porta do meu corredor, logo quando a porta do quarto de Tris abre também, saindo Tobias rindo. Rindo?

— Você ri? — eu pergunto debochada dele.

— Ah, aprendi com o tempo. — ele diz ainda sorrindo e dando de ombros. — E aí, chega de chorar?

— Chorar? — pergunto irônica. — É de comer?

Ele balança a cabeça, rindo do meu comentário e me abraça de forma aliviada.

— A Sam voltou! — ele quase grita.

Abraço-o de volta rindo e depois de curtos segundos ele me solta e avisa que a janta é em pouco tempo. Eu pergunto sobre Tris e ele diz que eu posso entrar, ela acordou a pouco tempo.

Bato na porta e pergunto se posso entrar, recebendo um grito afirmativo.

— Tris! — eu digo entrando e fechando a porta atrás de mim. — Você está tipo no modo “Estamos numa guerra” — faço uma carranca — ou a Tris “BAATAAATA QUENTE QUENTE QUENTE, PASSARINHO CAIU!”.

Ela ri um pouco mas então aponta pra mim e diz:

— E você? Está no modo “Meus amigos não estão aqui, alguém me ajude. Opa, chorei”, ou no modo “O QUÊ É UM PONTO ROSA NO MEIO DO CÉU?”.

— UMA GAYVOTA!!! — eu respondo animadamente.

Nós duas rimos e ela me abraça animada também.

— Eu ouvi o “A Sam voltou”. — Ela diz. — Imaginei que estivesse melhor.

— Vamos ver no que essa confusão toda vai dar. Não tenho tempo para pensar em coisas que eu não tenho certeza ou fundamento que vá me ajudar a, justamente, ajudar alguém. Depois paro pra pensar no resto.

— Assim que se fala.

— Mas, então, o que houve para você ficar paz e amor?

Ela ri e conta a história de que Peter tentou roubar o disco rígido e eles lutaram.

— Queria ter feito uma pipoca para assistir essa luta.

Passamos um tempo jogando conversa fora, até que eu falo que estou atrasada para a janta e ela diz que está envergonhada demais pelo que houve a tarde para ir ao refeitório e se explicar para os membros da antiga facção e encarar Peter de novo. Diz também que vai dar uma caminhada.

— Tome cuidado. Sabe que nenhum lugar é 100% seguro nesse caos. — eu digo para Tris antes de ir para o refeitório.

Eu sei que parece muito protetor, mas realmente me importo. Nem nestes corredores me sinto segura.

Assim que chego no refeitório, encontro Tobias, Peter, Caleb e uma garota da Abnegação que esqueci o nome, mas já ouvi falar. Sento-me ao lado de Tobias e Caleb, com minha bandeja.

— À primeira janta na amizade com a Sam. — Caleb diz erguendo o copo de plástico para que todos brindem. Eu sorrio e brindo.

— Já sou parte da panelinha? — eu pergunto sorridente. Parece que se eu desse qualquer vestígio de melhoras eles iriam me animar. Deveria ter pedido ajuda deles, mas meu orgulho não ajudou.

— Panelinha dos recuperados sentimentalmente. — diz a garota da Abnegação.

— Poxa, que bom. — eu digo agradecida. — Qual seu nome mesmo? Desculpe.

— Susan. — ela diz envergonhada.

— Sam. — eu digo sorrindo e estendendo a mão.

Ela encara minha mão estendida, assustada. Parece estar travando uma batalha interna. Recuo meu braço e peço desculpas baixinho. Esqueço que eles não podem ter contato físico inútil na Abnegação.

— Ei, prestem atenção para a piada agor... — eu começo dizendo, mas travo quando ouço as portas do refeitório sendo abertas bruscamente.

Tris entra correndo e para ao meu lado e de Tobias. Ele toca o ombro dela e ela diz ofegante e tonta:

— Erudição.

— Vindo pra cá? — pergunta Tobias com certa calma.

Tris assente com a cabeça.

— Dá tempo de fugir? — ele pergunta.

Marcus e Susan começam a discutir sobre a Amizade não permitir conflitos, mas eu já estou trocando olhares significativos com Tris. Um plano, para ser mais exata.

— Disfarces. — eu sibilo para ela.

Ela arregala os olhos e começa a instruir os membros da Abnegação a voltarem aos seus aposentos e colocarem roupas de membros da Amizade. As garotas engoliram em seco quando dissemos em soltar os cabelos. Os garotos, passamos um em um bagunçando-os. Todos correram para os quartos para colocar o plano em ação.

Abri meu guarda-roupa e não tinha muitas opções. Coloquei um vestido vermelho de alças finas, simples, com uma tira na altura do umbigo e uma saia rodada. Calcei sandálias marrons e entrei no quarto de Tris.

Ela vestia uma camisa vermelha e calças jeans.

— Vamos, estamos demorando muito.

O sino de aviso para reunião no refeitório toca e então começamos a caminhar em direção a tal. Vejo que estão caminhando uniformemente. Tris olha para mim e eu devolvo seu olhar. Nós sorrimos e começamos a andar no meio dos adultos. Soltando grampos de cabelos presos, afrouxando as roupas e mandando todos contarem as melhores piadas.

— Aí pessoal, — eu digo chegando num grupo de adolescentes muito quietos. — o quê são quatro pontinhos marrons no meio da floresta?

Eles ficam com uma aparência confusa e eu completo:

— Fourmigas. — eu digo

Eles entendem e acompanham-me, caindo na gargalhada comigo. Eu sibilo um “continuem” e eles começam a conversar. Eu dou tapas nos braços de todos, dizendo para todos se soltarem. Aos poucos, eles deixam de ser máquinas silenciosas da Abnegação e transformam-se em membros da Amizade barulhentos e alegres.

Abraço Tris pelos ombros e começo a cantar Wonderwall ( Oasis ) gritando e gargalhando:

— TODAY IS GONNA BE THE DAY THEY'RE GONNA THROUGH IT BACK TO YOU. BY NOW YOU SHOULD SOMEHOW REALIZE BUT YOU GOTTA DO. I DON'T BELIEVE THAT ANYBODY FEELS THE WAY I DO, ABOUT YOU NOW. BACKBEAT...

Os adolescentes para quem contei a piada começaram a cantar juntos e rimos bastante. Por um momento, encarnei aquela vida. Por um momento acreditei que era assim que me sentia em relação ao caos: felicidade. Não barrei essa felicidade, só deixei-a fluir até que minha concentração fosse solicitada. Entramos no refeitório e paramos de cantar, mas não de rir. Traidores da Audácia vêm até nós e deixam as armas amostra.

Fingimos tremores e comentários falsos sobre elas e sentamos em nossos devidos lugares. Olhei para Tris a minha frente e bati na mão dela como um high five aleatoriamente.

Começamos a conversar na mesa, mas Tris e Tobias estão lançando olhares apreensivos um ao outro.

— Tris, — eu a chamo — sabe o que são quatro pontinhos marrons no meio da floresta?

— Fourmigas? — ela pergunta quase entediada.

— Eu, Marlene, Lynn e Shauna.

Ela me encara confusa e eu completo:

— Tobias-migas. Amigas do Tobias. Fourmigas. Sacou?

Ela me encarou como se eu fosse louca, mas logo soltou uma gargalhada de verdade. O riso dela me contagiou e nós duas ficamos vermelhas. Cada vez que parávamos para respirar, riamos de novo sem parar. Como eu sou idiota, meu Deus!!!

Uma garota traidora da Audácia passa por trás de Tobias e vejo Tris enrijecer. Sim, Tobias não consegue esconder sua postura tensa. É estranho dizer assim, mas é só reparar em seus ombros sempre alinhados e suas juntas segurando fortemente os talheres. Não é comum ao típico jeito da Amizade de relaxados.

A mulher para atrás dele e diz:

— Este colarinho está grande demais para alguém da Amizade... — ela mal termina a frase e Tobias faz uma manobra deixando-a como escudo humano e pegando sua arma. Os disparos começam.

Gritos por todos os lados e membros da Abnegação a ponto de chorarem, escondendo-se debaixo das mesas, outros correndo para se esconderem e alguns, como eu, tentando pensar em alguma coisa.

Ok, temos outra arma, a da Tris. Olho em sua direção e ela está tremendo com a arma na mão, sem conseguir manuseá-la. Passo por debaixo da mesa e quando vou para o lado de Tris para ajudá-la, mas Caleb vai no meu lugar. Estou presa aqui debaixo da mesa. Tobias ameaça atirar na líder e então abrimos espaços para sair do refeitório afora. Não vejo mais nada, apenas corro o mais rápido que posso, gritando para quem possa me seguir, que sigam.

Alguns o fazem, outros estão desesperados a ponto de não confiar. Tobias, Tris, Caleb e Susan ultrapassam-me correndo. Vejo faróis passando pelo mato alto que estamos correndo e os membros da Abnegação dispersam-se. Não posso mais gritar para não chamar atenção, então só continuo correr o mais rápido que consigo.

Ouço vários disparos e provavelmente um tiro pegou no meu braço pois ele começa a latejar demais para arranhões apenas. Pontinhos coloridos invadem minha visão, mas continuo correndo e aproveitando da adrenalina que engana minha dor. Aproximamos-nos de uma cerca e temos de escalá-la para despistar os carros da Erudição que continuam seguindo-nos. Ou procurando-nos. Escalamos a cerca, abafo meus gritos e continuo correndo depois da cerca.

Susan cai no chão murmurando que não consegue mais. Tris desvia o olhar pois a garota está chorando. Sento ao lado dela e digo que acabou, despistamos os eruditos e agora vamos para um lugar seguro. Caminhamos mais um pouco para os trilhos do trem e eu mordo o interior da minha bochecha pela dor do braço vindo com a adrenalina diminuindo.

O grupo para e eu vou mais a frente apenas para ver se o trem está ou não vindo. Caleb passa instruções detalhadas para Susan de como pular em um trem.

— Sam! — diz Tobias em certo espanto. — Seu braço... Você levou um tiro.

Viro minha cabeça e vejo o buraco na parte de dentro do cotovelo, alguns vinte centímetros mais para baixo.

— Eu sei. — eu digo com uma careta. — Está doendo e estou ficando meio tonta já.

— Faz o seguinte. — diz Tris com preocupação. Ela pega a manga da camisa de Tobias e pergunta com a sobrancelha arqueada. — Posso?

Ele assente e ela rasga a manga da camisa dele. Sento-me no chão antes que eu caia pela tontura. Devo ter perdido... Bastante sangue. Tem os arranhões espalhados pelo corpo e ainda esse tiro. Tris vem para amarrar em mim, mas para e diz:

— Não foi de raspão, a bala entrou.

— Urgh. — eu resmungo. — Ok, é... Eu aguento até a próxima parada, eu acho. Vamos, o trem, ouça.

O apito do trem é ouvido e nos preparamos para subir. Corro um pouco e me agarro apenas com um braço, com a ajuda de Tobias para entrar. Por último, vem Susan, que se rala levemente no ombro, nada de mais.

Quando me dou conta, não estamos sozinhos no vagão.


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