The War Of Factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 4
Capítulo 4 - Dê tempo ao tempo


Notas iniciais do capítulo

Não esqueço de vocês, ta? Eu voltei sim!! Desculpem por demorar pra voltar, é que agora a tia Bruh ta entrando no Ensino Médio e ( como o título do capítulo já diz ) preciso de tempo ao meu favor. E aliás viajei muito nas férias, o tempo foi corrido. MAS EU VOLTEI E É SÓ ISSO QUE IMPORTA.
Comentem, é meu único incentivo pra continuar a escrever. Mas comentem algo construtivo ou até dicas para a continuação. Obrigadinha gente!



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TWOF - Capítulo 4

P.O.V. Sam

— Então, Sam. — diz o psicólogo depois que eu me deito na espreguiçadeira almofadada com veludo vermelho. — Quer determinar por onde começaremos ou eu faço?

— Pode começar, eu nem sei o quê vim fazer aqui. — eu digo indiferente.

— Sabe para que serve um psicólogo, certo? — ele pergunta e eu assinto. — Então se você aceitou vir até mim, é por quê precisa, sim, de ajuda.

— Está bem, preciso, mas não sei por onde eu começo.

— Soube que ficou 12 horas seguidas trabalhando. Porque fez isso?

— Por quê não quero pensar em nada dos meus problemas e não quero ouvir as pessoas dizendo que eu sou fraca ou que estou de drama.

— Não é drama, é estresse...

— Pós traumático, eu sei, eu sei. Mas parece que nunca vai passar. Na verdade não vai mesmo, pois eu perdi... Perdi.

— Perdeu o quê?

— Ele. — eu digo com lágrimas enchendo meus olhos. Não vou chorar de novo, caramba. — E meus amigos.

— Ah, seu namorado. E seus amigos.

— Sim.

— Mas você viu-os morrer? Viu pessoalmente?

— Não. — eu digo. — Mas você não tem noção do que foi lá naquela guerra, você não viu quanto sangue foi derramado a custo de poder.

— Mas se você não tem certeza que eles morreram, como pode se sentir culpada? Você não tinha como salvar todos. Não tinha como.

— Mas eu fiquei empacada no trem, eu tentei, mas fracassei! Por quê eu sou uma tola. — eu digo fechando os olhos e engolindo o bolo formado em minha garganta.

Suspiro e o psicólogo fica em silêncio por um momento, deixando eu digerir tudo e dizer alguma coisa. Eu finalmente faço o que ele espera:

— O problema é que enquanto choro minhas perdas, Tris, Tobias, Caleb e até Peter e Marcus estão tentando resolver as coisas. Eu me exilei deles, só por quê não quero voltar as lembranças daquela guerra horrível em que quase todos meus amigos morreram. Não quero mais nada, só ficar parada num lugar, desejando que as coisas aconteçam, porém não vão acontecer, por quê eu tenho que fazer acontecer e não faço! Eu não consigo me curar disso.

Ele faz uma pausa, pensando em tudo e finalmente diz:

— E Tris e Tobias? Não se importam?

— Tobias sim. Mas a Tris, não. Nem um pouco. Na verdade ela parece me esnobar por quê perdeu os pais e consegue sobreviver a isso. Estou me sentindo um lixo por isso.

— Mas você perdeu seu namorado, amigos e... Pais?

— E pais. — eu confirmei. — E eu preciso, necessito ver meu irmão. Mas eu não sei onde ele está! Ele é transferido na Franqueza e tenho muito medo da Erudição cobrar algo da Franqueza e acontecer outro ataque onde ele está. Eu tenho muitas saudades, pois ele é meu porto seguro. Ele é minha outra metade, pois somos gêmeos e isso faz sentido. Queria ele aqui, pra me ajudar com tudo isso.

— O quê mais gosta de fazer? — ele pergunta aleatoriamente.

Franzo o cenho, ainda olhando para o teto.

— Não sei. — eu digo.

— Fiquei sabendo, também, que estava cantando com os membros de nossa facção. — ele diz com um quê de empolgação.

— Sim, eu gosto de cantar. — digo meio indecisa. — Eu aprendi a cantar para me acalmar. Quando eu era criança, odiava minha voz, mas amava cantar, então simplesmente cantava com uma voz forçada, porém agradável. Me ajudava a me acalmar, com tanto estresse ao meu redor. A Erudição não é tão agradável quanto parece.

— Mais algo que adore? — ele pergunta.

— Gosto de cozinhar, por isso quis ir para a cozinha.

— Você fez o almoço de ontem? — ele pergunta.

— Sim. Os bifes com queijo em cima.

— Estavam divinos, parabéns.

— Obrigada. — digo lisonjeada.

— Bom, o tempo de sessão acabou, Sam. — ele diz suspirando. — Se quiser pode vir amanhã na parte da tarde, novamente.

— Ok, obrigada. — eu digo levantando.

Saio do consultório. Essa sessão não serviu para muita coisa, na verdade só para estender a lista de problemas e eu reparei que se eu ficar cantando e fazendo os trabalhos, posso me livrar temporariamente disso tudo. Isso não servirá para resolver os problemas, mas para amenizar minha mente deles.

Ando em direção a estufa. Quando adentro, encontro Johanna cuidando de uma rosa vermelha, usando um óculos fino e delicado. Mas não se usa óculos em outro lugar além da Erudição, a não ser se for muito necessário.

— Johanna? — eu chamo-a.

— Sam. — ela diz olhando para mim e tirando o óculos em seguida, pendurando-o na blusa. — O quê faz aqui?

— Andando, só. — eu digo. — Eu trabalhei hoje de manhã, só folguei a tarde para ir no psicólogo, amanhã se quiser dobro o tempo para compensar...

— Não, Sam. Eu insisti este tempo para você. Está mal, eu entendo.

— Obrigada. — eu digo. — Você viu Tris? Precisava falar com ela.

— Ela está no quarto dela, eu acho. Tomou muito soro da Amizade por quê deferiu fisicamente um amigo, acho que Peter. Não os expulsei, apenas injetei soro nela, mas foi demais e ela ficou excessivamente alterada. Quase louca.

— Obrigada, eu vou cuidar disso.

Ela sorri e eu vou até os dormitórios. O quarto dela é ao lado do meu.

+++

P.O.V. Zeke

Espero em meu quarto tanto tempo que me canso, caminho pelos corredores esperando esbarrar com alguém para pedir informações de onde é o refeitório.

— Com licença — eu digo para um senhor cientista de jaleco azul —, você poderia me informar onde é o refeitório?

— Segundo piso. — ele diz e volta a andar para frente, parecendo que não precisou responder ninguém.

É quase impossível o modo de como as pessoas se comportam aqui, fingindo que nada além dos estudos e os experimentos acontecem. Há casos como Jeanine, em que são sádicos que não vêem que se tratam de vidas estes testes. Para falar a verdade, não concordo nem em usarem ratos em tais experimentos. Eu nunca conseguiria me mudar para a Erudição, mesmo que meu teste de aptidão dissesse isso.

Chego finalmente ao refeitório e já tem bandejas prontas, diferente da Audácia em que você se serve. E se eu ficar com mais fome? Eu repito a bandeja? Que coisa estranha.

Como o "incrível" macarrão com molho vermelho deles e tomo o "mais-incrível-ainda" suco de limão.

Subo para o quarto e espero Tori chegar.

Eu queria muito ir com meu irmão, mas antes preciso de respostas. Preciso saber por quê não posso sair daqui, pra que Tori insiste que eu continue aqui e pra que ela me obrigou a fazer parte disso. Se eu não resistir aqui? Não é minha facção. Posso ter aprendido a enganar as pessoas por causa de Sam mas não suporto muito tempo neste lugar com cheiro de peróxido de hidrogênio e naftalina. São cheiros estranhos, não gosto deles.

Como será que Sam está? Queria que não estivesse sentindo minha falta. Eu tenho certeza que ela sobreviveu à simulação, estou certo disso. Para qual facção ela se abrigou? Aposto que foi com Tris e Christina. Franqueza. Christina vai implorar para irem para a Franqueza, já que os pais dela estão lá. E Uriah. Ele sobreviveu, eu torço. Ele é bom com as armas e com luta corpo a corpo. Ele sabe se esconder, é idiota porém esperto. Tobias, meu melhor amigo, ele é o instrutor, obviamente conseguiu algo. O cara é esperto, sabe atirar e especialmente arremessar facas. Will, aquele garoto que era transferido da Erudição, ele era péssimo para atirar, mesmo assim, se estivesse com alguém teria chances de sobreviver, iria junto com Christina. Espero que todos estejam bem.

Só... tem um critério que não os favorece. Eles não podiam usar tais habilidades por que estavam sendo controlados. Eu apenas quero que estejam bem. Meu gosto não é o que necessariamente deve acontecer, mas apenas torço para que estejam bem. Talvez não seja o suficiente.

Me sinto quase bêbado pensando nisso. Entorpecido, reparo que estou deitado na cama em posição fetal e reparei que uma mísera lágrima escorreu pela minha face. Droga, não sou alguém que chora. Sério, a última vez que chorei foi quando meu pai morreu. Sou Zeke Pedrad, eu não choro! Mas... caramba, tudo isso foi morte. São mortes, será que eu não posso abrir uma excessão a mim mesmo? Não, vou deixar isso para depois.

Tori abre minha porta e eu levanto da cama, ficando sentado.

— Então — eu digo. — Tori, não consigo ficar neste lugar, sabia?

— Não consegue mas terá de me ajudar então terá de ficar. — ela diz duramente, encostada na parede ao lado da porta fechada.

— Tori. — eu digo seriamente. — Eu tenho pessoas com quem me preocupar fora deste edifício, tenho pessoas que quero ter certeza de que não morreram! Tipo minha mãe e meu irmão!

— Você verá eles, Zeke! Estou aqui para investigar e está sendo tão difícil pra mim quanto para você, está certo? Você sabe o quê essa gente fez ao meu irmão então não é tão fácil para mim também.

— Tem a Sam. — eu digo mais baixo — E Uriah. Eles devem estar querendo saber o que houve comigo e estou aqui sem poder fazer nada.

— Começaremos com algo básico. — ela diz como se não tivesse me ouvido. — Objetivo principal é coletar o máximo de informações possíveis, mas temos que mandar os iniciandos que não desejam ficar por aqui, ir se afugentar nas outras facções.

— Como faremos isso?

— Isso pode deixar comigo. Tem alguns que foram mas eu desconfio que são espiões, mas não consegui os nomes então deixa quieto.

Ouço batidas na porta e Tori abre.

— Vieram resgatados da simulação? — pergunta um homem de jaleco azul, careca e usando óculos que escorregam para a ponta do nariz.

— Sim, por quê? — pergunta Tori ao homem.

— Por quê estão chamando vocês para o térreo, sala de reunião 4 em 30 minutos. Vistam roupas que estão no armários de seus devidos quartos.

Então ele fecha a porta e sai.

— O quê teremos que fazer aqui? — eu pergunto a Tori.

— Descobrir, Zeke. Descobrir tudo. — ela diz e sai, indo para seu quarto.

Por quanto tempo terei que ficar nessa droga?


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