It's you. escrita por Carina Everllark


Capítulo 20
Capítulo 20 - Dez dias.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Ainda lembram da It's you? :'(
Olha, sei que estou demorando muito para postar os capítulos, mas peço desculpas, novamente. Estou viajando muito e não tem Wi-fi, mas vou postar sempre que der. Me perdoem mesmo, e, por favor, não abandonem a It's you...

Gente, faltam dez dias para eles se separarem (ou menos :3)! Preparem os corações!

Já quero desejar um feliz natal e feliz ano novo pois tenho quase certeza que não aparecerei antes de janeiro aqui. Desculpem novamente.
Amores, muito obrigada por esse ano maravilhoso, pra quem me acompanhou desde a minha primeira fanfic até agora, muito obrigada por isso. E aos que não, também. Obrigada pelas reviews, pelas recomendações, por todos os elogios, isso me faz muito feliz.
Mesmo que eu não tenha tanto, sou feliz com o pouco que tenho, com vocês. Muito obrigada por isso. Boas festas pra vocês e um ótimo ano novo, espero que continuem comigo no próximo ano também.

Espero que gostem do capítulo, não esqueçam de comentar, please, beijos!



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Praia.

Festa.

Show de luzes.

Secreto.

Secreto.

Esses foram os eventos que Peeta escolheu que faríamos nos próximos cinco dias. Depois ele disse que veria sobre os outros.

Só tínhamos mais dez dias.

Eu voltaria para Califórnia em oito dias, mas passei os últimos dois dias brigando com a minha família e com a agência de voo para que pudesse ficar mais. Além disso, passei os últimos dias agarrada com Peeta, ou no sofá, ou em sua cama, ou na praia, ou em qualquer lugar.

Meu coração falhava batidas ao imaginar que daqui dez dias isso acabaria.

Era incrível como eu me apaixonara mais ainda por ele em apenas dois dias. Tudo nele encantava-me mais. O jeito como suas sobrancelhas se franziam, suas orbes azuis encarando-me, o jeito como ele pulava na piscina, a forma como ele comia ou até mesmo a forma como seus dedos circulavam a pele do meu braço o tempo todo.

Ainda lembro-me de como ele marcara os eventos dos nossos dias.

– Então, o que faremos nos próximos dias? – perguntou Peeta, depositando um beijo em minhas mãos enquanto pegava dois potes de sorvete do freezer.

– A mesma coisa de sempre? – sorri. – Deitar no sofá, assistir filmes e se entupir de sorvete?

– Não – ele riu. – Não temos muito tempo e eu quero fazer você lembrar dessa viagem como a melhor da sua vida. Foi te levar para conhecer umas coisinhas – ele sorriu malicioso.

– Já é a melhor viagem – abracei suas costas por trás.

Cara, eu amava as costas largas dele.

– Vai ser melhor ainda, então – ele se virou para mim e simplesmente nos esquecemos do sorvete que ele tinha aberto para nós.

– Katniss? – Cato tirou-me de meus devaneios. – Sabe se o Finnick já voltou?

– Não, ele deve estar em algum motel com a Annie – ri.

Annie e Finnick não deram pistas de seu paradeiro desde que chegamos aqui. Annie dissera que iam para a praia, mas não vi nem sinal deles em lugar algum. Eu ficava feliz por ela, sabia o quanto ela estava apaixonada por aquele garoto e o quanto aquilo estava sendo importante para Annie.

Clove é um caso perdido. Todas as noites está em alguma festa e volta três horas da manhã totalmente bêbada para a casa de Peeta. E eu sou obrigada a cuidar dela. Pelo visto ela nem se lembra mais que um dia esteve com Cato, agora ela vive para lá e para cá com um moreno de olhos verdes. Clove nunca quis tocar no assunto dele comigo, mas eu também não sinto curiosidade em saber.

Joguei-me no sofá e comecei a trocar os canais, sem ao menos prestar atenção no que estava passando. Fiquei assim pelos próximos quarenta e cinco minutos até Peeta chegar.

– Hey – ele selou nossos lábios.

Peeta estava apenas com uma bermuda que ele usava para ir à praia e um par de óculos de sol da Guess.

Pelo amor de Deus, a criatura conseguia ser sexy até de bermuda praiana.

Como alguém como ele foi querer alguém como eu?

– Vamos? – ele subiu as escadas e desceu com sua prancha que era duas vezes o meu tamanho.

Assenti com a cabeça e ele não deixou nem eu levantar-me e já me jogou em seu colo.

– Peeta, eu não estou com biquíni!

– E quem se importa? – ele riu.

– E quem vai levar a prancha? – bufei, entrelaçando meus braços em seu pescoço.

Ele devia gostar muito de pegar-me no colo já que sempre queria carregar-me assim.

– Quem disse que vamos levar? – ele riu e saiu correndo comigo no colo.

Sempre que ele fazia nada eu não conseguia fazer nada além de rir e bater em suas costas para que ele me soltasse, mesmo que isso nunca acontecesse. Eu ria como nunca havia, como nunca ninguém fizera-me rir, e esse era um dos motivos pelos quais eu gostava tanto de Peeta. Nunca achei que essas coisas fossem reais, esses sentimentos de filmes de romances brega ou os livros clichês. Tudo parece tão distante de você... Até que você presencia o sentimento correndo suas veias e vê que tudo existe.

Quando chegamos à praia, Peeta colocou-me no chão e foi conversar com os surfistas que sempre estavam com ele.

Depois de cinco minutos Peeta voltou com duas pranchas, uma verde com detalhes rosa e uma toda azul, e duas roupas de surfistas. Ele entregou a prancha verde e uma das roupas para mim e começou a tirar sua bermuda.

Estremeci.

– Peeta! O que você está fazendo? – perguntei, observando-o incrédula.

Ele não se trocar no meio da praia, no meio de todos, não era possível.

– Me trocando, ué – ele riu e ficou fitando meus olhos enquanto tirava a bermuda.

– Nada disso, ficou louco? – me joguei em cima dele, parando sua ação. – Vamos achar um banheiro. Indecente – rimos juntos.

Peeta puxou-me pela mão para um quiosque que ficava próximo à avenida principal e foi conversar com o barman.

– Vou usar o toalete rapidinho, posso? – perguntou, gritando por causa da altura da música local.

O barman da cabeça raspada assentiu e apontou uma porta nos fundos do quiosque, provavelmente era o banheiro.

Quando chegamos em frente da porta, Peeta entrou e eu fiquei olhando incrédula para ele. Não era possível que ele queria que eu colocasse uma roupa de surfista e fosse surfar com ele. O que esse garoto tinha na cabeça?

– Peeta, eu não acho uma boa ideia – disse. – Sabe que eu mal sei nadar.

– Ninguém se importa, você está comigo, valho por dois nadadores, o.k? – ele chegou perto de mim e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Confia em mim?

Assenti com a cabeça. Eu confiava. Confiava tanto que chegava a ser perigoso.

Ele puxou-me para dentro do banheiro e começou a tirar a sua bermuda. Senti minhas bochechas queimarem. Eu devia estar um pimentão. Peeta nunca tinha se trocado na minha frente e vice-versa. Tínhamos intimidade suficiente para isso? Se tínhamos, eu não sabia, só sabia da minha vergonha. Meu corpo não era escultural como o de outras mulheres, as mulheres variadas que Peeta ficava antes de mim.

Peeta estava virado de costas para mim, apenas com sua boxer vermelha agarrada enquanto terminava de tirar a bermuda. Minhas pernas tremeram e senti todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

Meu Deus, por que ele tinha de ser tão perfeito?

Os músculos fortes das suas costas se mexiam enquanto ele desdobrava a roupa de surfista. Ele era todo perfeito. Os braços tão musculosos que as veias ficavam saltadas pela academia que ele deveria fazer, as costas largas e fortes, o peitoral com quatro gominhos maravilhosos.

Eu estava perdida nas mãos dele.

Tentei controlar-me, fingir que não estava ligando para ele enquanto virava de leve para mim, olhando-me de soslaio. Ele queria me ver?

Parei de olhá-lo relutante. Peeta era como um imã para meus olhos.

Meu rosto queimava em chamas quando virei de costas e comecei a tirar a regata estampada com a Torre Eiffel que eu usava. Que ele não esteja olhando, implorei várias vezes em minha mente.

Eu odiava meu corpo. Achava minhas coxas pequenas demais, assim como os seios e implicava com algumas gordurinhas em meus quadris, mesmo que Annie e Clove sempre diziam querer ter meu corpo. Eu que queria ter o delas.

Olhei para o top branco de renda e pensei se teria de tirá-lo. Não teria coragem de perguntar para Peeta.

– Você pode ficar com as roupas de baixo – sussurrou ele em meu ouvido. Eu podia sentir seu peito encostando em minhas costas nuas.

Jesus.

Paralisei em meu lugar, de olhos fechados, tentando fazer minhas bochechas esfriarem.

Olhei por cima do meu ombro e percebi que Peeta já estava vestido com a roupa preta agarrada em seu corpo. O.k, eu tinha de ir logo.

Tirei o short de cintura alta que eu estava usando rapidamente e estremeci quando ouvi um suspiro de Peeta. Procurei a roupa de surfista por todos os lugares onde meus olhos podiam não encontrar com os de Peeta e não a achei.

Merda.

Ele deu um assobio seguido de um suspiro e o vi estender a roupa de surfista pelo canto do meu olho.

Peguei a roupa rapidamente, mas dando tempo de contemplar sua expressão. Peeta estava com a boca aberta, sentado no vaso sanitário com os braços cruzados na altura do peito, olhando-me de cima a baixo.

Droga.

Senti minhas bochechas ficarem mais quentes e meu coração batendo tão rápido que poderia rasgar meu peito. Santo Deus.

Coloquei logo a roupa de surfista com dificuldade, já que nunca nem tinha pegado em uma dessas.

Deixa que eu te ajudo – disse ele, com a voz rouca.

Peeta puxou pela cintura a roupa até o meu pescoço, devagarinho, como se quisesse que o momento durasse anos, e eu sentia todos os meus músculos retesados. Deus, eu seria capaz de morrer com os toques dele. Por fim, ele fechou o zíper das minhas costas e puxou meu cabelo para fora da roupa, até descer até perto da minha cintura.

Porra, você é linda demais – ele encostou na parede do banheiro e cruzou os braços, fitando-me de cima a baixo.

– Não mesmo – murmurei.

– É sim, a mais bonita – disse ele, pegando a minha mão e puxando-me para fora do banheiro.

Graças a Deus. Minhas bochechas talvez voltariam a cor normal.

Voltamos onde estávamos deitados na areia e ele pegou uma das pranchas e entregou-me, levando a dele em uma de suas mãos, enquanto a outra ia entrelaçada a minha.

Eu já sentia a adrenalina tomando conta de mim. Talvez eu nunca superasse esse medo, e, agora que tinha aprendido alguma coisa sobre a natação, Peeta queria levar-me ao extremo fundo.

Bem, seja o que Deus quiser.

Segurei firme a sua mão quando senti a água em meus joelhos.

– Ei, vai ficar tudo bem – ele sorriu, virando-me de frente para ele e depositando um selinho em meus lábios. – Confie em mim, você está comigo, vou cuidar de você.

Assenti com a cabeça, querendo convencer mais a mim do que ele.

O mar estava parcialmente agitado, com ondas no fundo, onde eu via alguns surfistas e onde eu estaria em breve. Não sabia exatamente nada de como se surfa, quero só ver como Peeta iria me ensinar.

Quando a água já atingia meus seios, Peeta deixou minha prancha flutuando a sua frente e pegou-me no colo. A água ainda estava no meio de sua barriga e ele era descomunalmente forte.

– Eu te levo a partir daqui – disse ele, deitando-me de barriga para baixo na prancha. Ela era exatamente do meu tamanho, cabendo desde a minha cabeça até os meus pés. Mas, admitamos que para algo ser maior que eu não é preciso muito esforço.

– Peeta... Estou com medo – disse, sentindo meu coração acelerar novamente, a medida que as ondas levavam a prancha para cima e para baixo. Só então percebi a força que estava fazendo ao segurar-me na prancha.

– Katniss, vai ficar tudo bem. Eu também tinha medo quando meu pai me ensinava, mas preciso te mostrar o quanto é bom a sensação. Preciso te dar esse gostinho antes de ir embora de Miami.

– Vamos fazer o seguinte – ele continuou. – Não vou te ensinar, apenas vou te mostrar como é incrível. Vou unir nossas pranchas por esse fio – ele mostrou o que seria para prender nossos pés – e vamos ver se dá certo. Ou, melhor, vamos na mesma prancha, você é pequena e creio que caiba nós dois.

Assenti com a cabeça e dei um sorriso amarelo, tentando acalmar-me.

Peeta puxou-me em cima da prancha até a água estar em seu pescoço e onde os surfistas estavam esperando ondas chegarem. Ele chegou perto de um dos surfistas ainda me puxando e sussurrou algo com ele.

O surfista era ruivo e tinha olhos verdes apagados, mas bonitos, ele assentiu e ficou olhando-me de soslaio enquanto Peeta sentava em cima de sua prancha e trazia a minha para perto. Ele pediu para que eu me sentasse e eu o fiz calmamente, tentando não cair. Assim que sentei, Peeta puxou-me rapidamente para a prancha enorme dele e eu estava sentada a seu lado. Por um momento, a prancha tremeu um pouco e achei que fossemos cair, mas ela nos aguentou. Ufa.

O surfista ruivo ficou segurando a minha prancha enquanto observava a nossa frente. Eram ondas. Várias ondas enormes vindo em nossa direção. Meu coração parou.

– O.k, não fique com medo – sussurrou Peeta em meu ouvido – Vai dar tudo certo, você vai amar.

Ele amarrou seu pé à prancha e levantou-se, puxando-me junto pelas mãos. Desequilibrei várias vezes e quase caí, mas ele estava lá para segurar-me. Sentia meu corpo inteiro trêmulo.

Se eu caísse, não teria nada que salvaria minha vida agora.

Eu... Peeta... – tentei dizer, mas ele colocou um dedo nos meus lábios.

As ondas ainda estavam um pouco longe, mas todos os surfistas já estavam a postos, inclusive o ruivo, que estava em pé e segurava a minha prancha em seu braço forte e enorme.

– Seguinte, é como na moto – ele ficou de costas para mim, na mesma posição de todos os surfistas e entrelaçou meus braços em suas costas, segurando minhas mãos em sua barriga. – Se segure forte em mim, não me solte em nenhum momento e se sentir-se desequilibrando, equilibre-se em mim. É simples. Curta a onda junto comigo, você não terá que fazer nada. Como na moto. O.k?

– O.k – respondi com a voz trêmula.

Agarrei suas costas e entrelacei meus dedos finos uns nos outros, na barriga musculosa dele. Tentei acalmar-me, não tinha por que ter medo, eu estava com Peeta, um dos melhores surfistas que já tinha visto.

Eu não ia cair, pensei.

Precisava libertar-me desse medo, precisava curtir a vida como outras pessoas fariam se estivessem no meu lugar.

E iria.

A onda estava mais próxima do que eu imaginava, e era enorme. Devia ter o triplo do meu tamanho, ou mais. Peeta sacudiu-se, como se estava se preparando, apertou minhas mãos em sua barriga e a aventura começou.

Puta merda.

Fechei meus olhos e dei um grito quando senti a prancha se movimentando, Peeta fazendo manobras como se estivesse em um skate e o barulho da onda sendo cortada.

– Abra os olhos, Katniss – gritou Peeta, a animação presente em sua voz.

Obedeci relutante e dei outro grito, quase desequilibrando-me. Estávamos no topo da onda. Peeta e os outros surfistas faziam manobras como se a prancha fosse um skate. Era tão difícil quanto parecia?

Estávamos tão alto que eu não conseguia conter os gritos, quando olhava para o mar, a alguns metros de distância o medo me consumia, mas a alegria era maior. Era incrível estar em cima de uma prancha. Tudo era incrível. O barulho da onda e da prancha cortando-a, os gritos de felicidade meus e de Peeta, a altura que estávamos e a distância da praia. Os morros que da areia pareciam tão distantes a oeste da praia agora eram perto, e íamos em sua direção. Até mesmo me deu vontade de aprender a fazer isso algum dia.

A sensação era pura felicidade e adrenalina.

Peeta ia descendo e subindo com a onda, fazendo a água atrás da prancha alcançar o próprio tamanho da onda. O sorriso que ele dava ia de orelha a orelha e era como se eu pudesse sentir a felicidade que ele sentia em fazer isso. E ele era perfeito até nisso.

Quando estávamos mais a baixo com a onda que estava quase cessando, segurei-me com apenas uma mão em Peeta e estiquei a outra, tocando na onda e sentindo meus dedos contra a pressão. Peeta fez o mesmo, quase tocando a minha mão.

– É incrível, não é? – perguntou ele, antes de segurar meus braços e se jogar na água, que agora estava calma.

Prendi a respiração e senti-me sendo puxada para a superfície.

– Peeta – disse entre as risadas. – Eu não sei nem o que dizer.

Eu não conseguia parar de sorrir e de rir, assim como ele. Era incrível demais. Era pura adrenalina.

Peeta puxou a prancha para perto de nós e peguei-me admirando seu sorriso brilhando de lado e os olhos azuis sorrindo junto.

E era nesses momentos que eu tinha certeza: eu estava amando Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? :3

PS.: vocês vão amar o próximo.



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