- M-mas... Ichigo... – a proximidade era tanta, que Rukia conseguia sentir nas costas o coração de Ichigo bater a mil, como o seu. E ficou toda arrepiada ao sentir a respiração quente dele acariciando o seu pescoço.

   

Ele, por sua vez, apesar da tamanha insegurança, estava decidido. Sempre ficou com medo e inseguro, e não queria mais que ela escapasse como as águas da chuva ou o vento que bate no rosto.

     

- E-eu preciso ir... Me solte... – ela ainda tentava resistir apesar daquele desejo falar mais alto; porém o garoto era mais forte, e ainda abraçou-a mais intensamente,

    

- ... Rukia... – sem ouvi-la, Ichigo aproximou a boca ao ouvido dela, e a fez sentir novamente o hálito quente de morango, e ele desceu lentamente pelo pescoço beijando-o.

    

Rukia estremeceu, a pequena parcela de sanidade que ela possuía acabara de desaparecer, agora o amor que ela sentia pelo morango falava mais alto. Ichigo continuava a beijar o pequeno e delicado pescoço, depois voltou à boca para a orelha da morena e sussurrou bem pertinho:

    

- Você não vai mais escapar de mim! – e logo em seguida beijou o lóbulo da orelha.

  

- M-mas... – a mente de Rukia ainda tentava, em vão, dar sanidade a menina.

     

Ichigo em um movimento rápido a virou de frente para ele e prendeu as duas mãos da shinigami a cima da cabeça e a prensou contra a porta.

    

- Eu já disse que você fala de mais? – e com urgência, Ichigo toma os lábios de Rukia.

    

Ambos necessitavam desse contato, as palavras que não eram ditas, estavam sendo sentidas naquele momento, através do beijo carinhoso e ardente. Ichigo solta às mãos de Rukia e enlaça sua cintura, enquanto as mãos da garota vão direto a nuca do morango, puxando-o mais para si e aprofundando mais o beijo. Foram obrigados a se separar devido à falta de ar. Os dois se encararam, os corpos suados devido à alta temperatura do momento, ou o que restou da chuva.

    

- Não vou mais deixar você fugir! Já te deixei escapar várias vezes, hoje vai ser diferente! – Ichigo a abraça, os corpos perfeitamente juntados como dois imãs, feitos um para o outro.

     

Rukia não diz nada, não precisava dizer, ela retribuiu o abraço, encostando a cabeça na curva do pescoço de Ichigo.

     

- Obrigada Ichigo! – A morena sussurrava baixinho, que inconscientemente causava arrepios no morango.

   

Ele voltou a beijá-la, mas dessa vez com mais urgência, segurou delicadamente o rosto da shinigami e a puxou mais para si, querendo mais contato, continuaram a se beijar, e do rosto, as mãos de Ichigo começaram a descer e pararam no ombro da garota, e despiu levemente o kimono que cobria essa parte, deixando a mostra a linda pele branca, Ichigo se afastou dos lábios de Rukia e seguiu até a pele nua do ombro, e beijou-lhe até o pescoço.

    

Rukia já não pensava mais em fugir, isso nem passava mais por sua cabeça, acariciou os cabelos de Ichigo e fechou os olhos sentindo o contanto de sua pele com a boca do morango.

    

As mãos de Ichigo, que até agora se encontravam paradas na cintura da shinigami, se moveram até a barriga e começaram a entrar por dentro do kimono.

    

- I-Ichigo... – a shinigami corou ao sentir o contato entre as mãos de Ichigo e seu corpo.

    

Ele continuou calado e voltou os lábios a boca da morena, suas mãos contornavam a pequenas curvas da garota por dentro do quimono e depois foram até o nó que amarrava a roupa e o soltou, o beijo foi cessado, agora Ichigo encarava Rukia, que ainda estava corada, e lentamente foi abaixando o kimono até ele cair no chão, deixando a shinigami apenas com uma calcinha branca, o morango continuava a olhar com um pequeno sorriso no canto da boca, enquanto ela colocava as mãos envolta do próprio corpo com o intuito de esconder seus delicados seios.

     

- O-O que você está olhando? – Rukia virava a cabeça para o outro lado tentando esconder mais seu corpo.

     

Ichigo deu um leve sorriso, e logo em seguida a pegou no colo com rapidez, o que assustou um pouco a shinigami, e continuou andando na direção do futon que estava esticado no quarto, que era a cama de Rukia, ele a colocou no centro e ficou por cima dela, as mãos posicionadas do lado da cabeça da morena, ele a encarava por cima, ele abaixou a cabeça até o ouvida dela e sussurrou com carinho.

     

- Eu estava olhando seu corpo, ele é bem pequeno mesmo, não é? – Ichigo riu, e recebeu um pequeno tapa no ombro da morena – Eu to zuando! – o morango voltou a sussurrar – Ele é do tamanho certo!

     

Ichigo voltou a beijá-la, Rukia já sabia quais eram as intenções do morango, se sentia envergonhada por estar entregue por inteira, mas já era tarde de mais, sua mente já fora tomada pelo morango, agora a única coisa que estava em sua cabeça era aproveitar o momento e sentir todo o amor e carinho que sentiam um pelo outro.

     

E ele então, desceu lentamente a boca para o pescoço e foi até os seios roçando os lábios naquela área tão sensivel. A pele macia tão macia e cheirosa, mergulhou o seu rosto nela, saboreando-a, lambendo, como a borboleta na flor mais bela do mundo, cujo mel parece ter vindo do paraíso.

     

O garoto parou para tomar fôlego, nunca pensara que apenas um toque podia estremecer a terra, e voltou sua boca novamente na dela, juntando mais o seu corpo com o da morena, estando mais colados ainda, sentindo assim, o calor, a pele, cada curva de Rukia com mais intensidade, se encaixando perfeitamente como um quebra-cabeça.

    

Os beijos começaram a se prolongar entre uma pausa e outra, mas o morango quis se aventurar mais, e levou sua mão até a perna da shinigami, e começou a acariciá-la, num percurso indefinido, sem deixar nenhuma parte intocada, apertando a pele, as vezes roçando com as costas da mão, bem devagar, aproveitando cada pedaço e cada respiração que a menina soltava. Este toque do garoto em sua perna, fez a shinigami, sem perceber, coçar as unhas, mais forte, no corpo dele.

     

Assim, entre uma caricia e outra, entre um beijo e outro, as peças de roupas restantes de ambos foram sendo retiradas, mas isso fazia-os ficarem mais nervosos ainda, já que cada peça despida indicava que o momento estava chegando, como o andar dos ponteiros do relógio que se aproximava de sua meta, tudo era muito novo, todo sentimento ainda era inexplicável para eles.

Após a última peça, que cobria o corpo de Rukia foi dispensada, um forte medo e insegurança dominaram-os ainda mais, e isso foi refletido no olhar de ambos, ao se encararem.

   

Ichigo estava com medo de ferir ou fazer qualquer outra coisa errada com aquele corpo tão pequeno e frágil; temia que derretesse como flocos de neve:

  

- Rukia... Eu não consigo mais controlar... Este sentimento... mas eu...

     

- Eu também estou com medo, Ichigo – disse ela, pousando a mão sobre o rosto do garoto. – mas, acredito em você... E quero ficar “aqui”.

     

- Rukia... – as palavras fizeram-no acalmar um pouco. Os dois seguraram a mão do outro firmemente e...

     

A troca de carinhos extremamente intensas, toques, respirações, contato, o calor e carinho recebidos. A sensação que jamais sentira antes, ver a pessoa tão querida bem ao seu lado. Ambos estavam inexplicavelmente felizes. Ichigo beijava o pescoço da garota enquanto se posicionava para o ato, eles estavam ofegantes e os corpos quentes, o morango, agora começava a penetrá-la lentamente, hora ou outra se movendo lentamente, Rukia por sua vez, pôde apenas derramar lágrimas, não de dor, mas sim por estar tão realizada... E assim, depois de movimentos frenéticos, beijos e toques, os dois chegaram ao ápice juntos...

    

No meio do som da chuva, era imperceptível a respiração ofegante do casal. Deitados, exaustos e muito suados, Ichigo e Rukia se encararam. Ele passava lentamente os dedos sobre a face da garota.

    

- Doeu? – perguntou por fim

     

- Não. – ela sorriu levemente.

     

- Então porque você chorou? – ele vira a morena chorar, mas não havia parado porque ao mesmo tempo ela parecia aprovar. Com a pergunta do garoto, Rukia corou, ficou sem graça, não queria admitir que chorara por felicidade.

    

- ... Ah... P-porque... Me deixa! – ao vê-la toda envergonhada, Ichigo riu, e a abraçou:

    

- Não vou mais te deixar...

     

Estavam extremamente cansados, então, sem mais se conter, caíram no sono, um nos braços do outro...

     

Finalmente a chuva dissipara.