O Misterioso Diário de Emily escrita por Minene


Capítulo 19
Capítulo 19 - A Briga


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Estão com saudades? Haha
Quinta e sexta teve Evento Cultural, um evento que tem todo ano na minha escola para as pessoas do 8° ao 2° ano. Eu não tive aula nesses dias, mas em compensação, tive que ensaiar, por isso, só consegui terminar de escrever hoje. Espero que me desculpem e que gostem do capítulo. Boa leitura!



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“Quando você está ao lado de alguém, você não está fazendo favor a ninguém. Mas sim tendo a oportunidade de exercitar a sua capacidade de amar. Não desperdice.” – Eu Me Chamo Antônio

Quando Rebeca terminou de contar sua história, percebi que ela estava chorando. Lua, estava ao seu lado, segurando-se para não chorar. Nesse momento, lembrei-me de todas as coisas que a Rebeca tinha feito por mim desde o dia que eu cheguei em Fortaleza. Quando ela arrastou-me para o quarto, no dia do meu aniversário, para evitar uma briga entre eu e minha mãe. Todas as vezes que ela animou-me, para eu me sentir bem naquele lugar. Quando ela apresentou-me, no dia do shopping, a Lua e a Alice, que eram suas amigas. Ajudou-me a enturmar-me. Em todo esse tempo, ela apenas estava cumprindo uma promessa que havia feito há um ano atrás, continuando a missão de uma pessoa.

–Rebeca... – Ouvi alguém dizer

Olhei para onde Rebeca estava, segurando um colar, provavelmente o que o Gui a dera na praia. Atrás dela estava Ana, abraçando-a.

–O Gui se foi porque a missão dele aqui na terra já foi cumprida. Ele ainda está em algum lugar lá em cima, olhando para você e vendo se você está cumprindo a promessa direitinho, e eu sei que está – Ela olhou-me e sorriu – Então, não fique triste, ele não iria gostar de te ver assim. Ele te deu aquele apelido porque queria que te chamassem por ele, não apenas, por Rebeca. Acho que ele não gostaria de te ver sendo chamada apenas como Rebeca novamente, não é?

Ela negou com a cabeça, ainda sem falar nada. Ana deu um pequeno sorriso e continuou abraçada com Rebeca.

–Obrigada... – Ouvi sua voz fraca, depois tanto chorar, falando

Ela apenas sorriu novamente e Alice foi para trás de Lua, que ainda estava prendendo o choro, abraçando-a. Ana sempre havia sido conselheira, sempre que eu tinha algum problema recorria-me à ela, pois sabia que ela era a única que podia ajudar-me. Desde quando eu havia me mudado, Alice tinha substituído Ana, aconselhando-me sempre que eu precisava. Eu sabia que ela ajudaria Lua nesse momento.

–Pode chorar... – Alice falou – Isso vai ajudar... O Jonas não se foi para sempre e se for para vocês ficarem juntos, vocês vão se reencontrar.

–Mas eu não sei onde ele está... Como vou poder reencontra-lo? – Lua falou enquanto lágrimas caíam sobre seu rosto

–Mas ele sabe onde você está. Ele vai voltar, e se não voltar, significa que ele não era a pessoa certa para você.

–Mas...

–Shhh – Ela sussurrou

Elas passaram um tempo assim e depois Ana e Alice voltaram para os seus lugares. O clima estava tenso naquela mesa, ninguém falava nada, estava tudo muito silencioso.

–Bu! – Ouvi uma voz atrás de mim gritar

Eu gritei assustada e virei-me para trás. O Pedro, que tinha me dado um susto, e o resto da mesa estavam rindo da minha cara.

–Pedro, eu vou te matar! – Falei levantando-me da cadeira

–Calma maninha – Ele falou rindo, enquanto eu tentava bater nele

–Agora você vai ver! – Eu disse ficando na ponta dos pés para mexer no cabelo dele

Pedro não gostava que mexessem no cabelo dele. Desde pequena, eu sempre tentava mexer somente para irritá-lo, e isso acontecia até hoje.

–Ei, no meu cabelo não! – Ele disse empurrando-me

Eu perdi o equilíbrio e caí para trás, mas senti alguém segurando-me pela cintura.

–Você está bem, princesa? – Lucas falou enquanto eu ficava em pé novamente

–Sim, obrigada – Falei sorrindo e dando-lhe um beijo na bochecha

Todos, com exceção de Nick, que parecia estar com ciúmes por causa da cena que tinha acabado de acontecer, estavam rindo, até Samantha, que havia aparecido atrás de Pedro.

–Samantha! – Gritei – Mexe no cabelo do Pedro por mim

–O que? – Ele falou virando-se para trás, sem saber que Samantha estava atrás dele

Ela esticou-se e mexeu no cabelo dele, bagunçando-o.

–Eu vou matar vocês duas! – Ele falou e começamos a correr pela pizaria. Mas Pedro era mais rápido do que eu, pegou-me logo, mas consegui escapar e correr mais rápido dele. Quando cansamo-nos, voltamos a sentar. Pedro e Samantha sentaram-se com nós.

–Finalmente pararam de correr como uns loucos por aí, não é? – Alice falou tomando um gole de refrigerante

–Essa ideia... – Falei ofegante – Foi do Pedro.

–Minha nada! – Ele falou ofegante também – Vocês que vieram mexer no meu cabelo

–Isso foi ideia da Bia – Samantha falou ofegante como nós dois

Rimos um pouco e ficamos conversando. Em um certo momento, vi Nick olhando-me, e eu sabia o que aquele olhar significava. Balancei a cabeça afirmando, peguei a bolsa que estava nas minhas pernas e levantei-me.

–Gente, vou ali no banheiro

–Eu também vou – Nick falou levantando-se e tirando algo do casaco

Fomos até o lado de fora do banheiro feminino, perto de uma árvore grande, e abrimos o diário.

–Você está com os colares? – Perguntei

–Claro – Ele disse abrindo a caixa que havia pego no casaco

–O que vocês estão fazendo aqui? – Ouvi alguém falar

Olhamos para onde estava vindo a voz e vi Alice aproximando-se. Ela tropeçou em uma pedra e bateu no braço de Nick, fazendo-o soltar a caixa e segura-la.

–D-Desculpe – Ela falou sem graça

–Não tem problema – Ele falou sorrindo

Ela levantou-se e ficou olhando alguns segundos para ele, até que lembrou que eu também estava ali.

–Porque você está aqui, Nick? – Ela perguntou – Aqui é o banheiro feminino

–É que... – Ele falou tentando inventar alguma desculpa

–Eu que pedi para ele vir aqui comigo – Falei rapidamente

–Isso mesmo – Ele falou

–E esse livro? E esses colares? – Ela perguntou olhando para cada uma das coisas

Ela abaixou-se para pegar a caixa e os colares e eu abaixei-me também. Eu peguei a caixa e dois colares, colocando-os na caixa. Ela pegou os outros dois.

–Então...? – Ela falou estendendo os colares

Continuamos sem falar nada por alguns segundos, pensando em uma boa desculpa para aquilo. Fui pegar os colares na mão dela, mas vi alguém vindo em nossa direção.

–Eu sabia! – Ouvi uma voz mito conhecida vindo em nossa direção – Sabia que você estava mentido para mim o tempo todo, sabia! Eu... Eu sabia que você tinha nos trocado por essa daí!

–Espera Ana – Falei dando a caixa para Nick e aproximando-se dela – Não é o que você está pensando...

–Como não? A ligação de hoje de manhã sobre colares da amizade e... E agora isso? – Ela aumentou o tom de voz

Alice ia falar algo, mas Nick não deixou. Vi algumas lágrimas caindo pelo rosto de Ana, que enxugou-as rapidamente e voltou a olhar-me.

–Eu acreditei em você... – Ela falou – Acreditei em tudo que você falou naquela noite, em tudo que falou antes de ir embora

–Eu sei, mas...

–Chega disso! – Ela falou gritando, enquanto mais lágrimas escorriam pelo seu rosto – Eu não acredito mais em você!

Nesse momento, a Mandi, meus pais, Pedro, Samantha e todos da mesa estavam ao nosso redor.

–Ana, se você puder me ouvir...

–Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra que saia da sua boca! Acabou!

Ela tirou o colar que tinha no pescoço e jogou no chão, perto aos meus pés. Percebi pelo seu olhar que ela estava com raiva, decepcionada, e ver lágrimas escorrendo pelo seu rosto de machucava por dentro, principalmente por saber que aquelas lágrimas eram por minha culpa.

Peguei o colar no chão e saí correndo da pizaria, chorando, mas, quando eu estava saindo de lá, senti alguém segurar minha mão.

–Bia... O que aconteceu lá...

–Me larga, Alice – Falei sem olhar para o seu rosto – A culpa de tudo isso é sua!

–Eu não tenho culpa se você disse para ela que eu tinha te ligado hoje de manhã!

–Isso não importa agora! – Falei enxugando as lágrimas que caiam, pois minha visão estava ficando embasada – Você sabia que eu e o Nick estávamos juntos, e eu sei que você só tinha ido lá pra ficar com ele, pra evitar que eu ficasse sozinha com ele, não queria mais nada além disso!

–Você está falando muitas besteiras! – Ela gritou – Sim, eu admito que fui lá para ficar com ele, mas não para evitar você ficar com ele

–Me deixa em paz! – Gritei correndo novamente

Eu escutei passos vindo atrás de mim, mas depois pararam, eu não ouvia nada, não sentia nada além das lágrimas que escorriam pelo meu rosto, eu não sabia para onde estava indo, eu só queria ir pra muito longe dali.

Minha visão estava embasada, eu não via nada, nem ninguém. Eu continuava correndo até que senti uma mão segurando meu braço com força. Quando percebi onde eu estava, vi Alice segurando meu braço e um carro passando rapidamente na minha frente.

–Você estava louca em atravessar a rua sem ver se vinha carro ou não? – Ela perguntou com um tom ignorante, mas, ao mesmo tempo, preocupado

–Eu já disse, me deixa em paz!

Soltei meu braço da mão dela e corri pela rua, sem olhar os carros e as motos que vinham e minha direção. Alice vinha atrás de mim, então corri mais rápido. Limpei as lágrimas para ver melhor para onde eu estava correndo. Reconheci aquele lugar de longe. Eu estava na praça abandonada, eu não ouvia mais passos atrás de mim. Sentei-me no primeiro banco que vi em minha frente. Eu estava exausta, e, ainda chorando, olhei para o colar da Ana que estava em minha mão.

Coloquei minhas meus pés no banco e minha cabeça entre minhas pernas. As lágrimas que escorriam em meu rosto caiam no banco. Eu não sabia como explicar o que tinha acontecido para Ana, nem para Mandi. Senti alguém tocar meu ombro e virei-me para trás assustada.

–O que você quer, Alice? – Falei ainda ofegante de tanto correr

–Eu só quero conversar...

–Mas eu não! – Falei levantando-me e correndo em direção à casa, eu queria apenas ficar sozinha

–Bia, esse lugar é proibido, ninguém pode ir para ai! – Ouvi Alice gritar de longe

Chegando perto da casa, encostei-me perto de uma árvore e voltei a chorar. Minhas pernas doíam de tanto correr e as lágrimas não paravam de escorrer. Senti novamente uma mão tocar meu ombro.

–O que você quer, Al... – Falei virando-me para trás, mas parei de falar ao ver quem estava ali

–Eu não sou a Alice, princesa – Lucas falou dando um pequeno sorriso – Posso? – Ele perguntou se podia sentar-se

Afirmei e ele sentou-se ao meu lado, colocando seu braço ao redor de meu corpo.

–O que aconteceu lá? – Ele perguntou-me

–Não quero falar disso – Respondi séria

–Tudo bem, mas colocar a culpa na Alice não foi nada bom, não é?

–De que lado você está afinal? – Falei com um tom de arrogância, afastando-me dele

–Não estou do lado de ninguém, mas a culpa não foi dela, ela só queria ajudar-lhe

Não aguentei mais e voltei a chorar, lembrando de cada palavra de Ana. Lucas puxou-me para perto dele, encostando minha cabeça em seu peito. Quando o choro foi diminuindo, ele enxugou minhas lágrimas e encostei-me minha cabeça novamente em seu peito.

–Está sentindo-se melhor – Ele perguntou-me

–Sim, obrigada

–Eu não entendi muito bem o que aconteceu lá, pois cheguei depois e não sou muito bom em dar conselhos, mas acho que você devia perdoar a Alice

Continuei calada, sem olhá-lo, enxuguei algumas poucas lágrimas que estavam escorrendo e olhei-o nos olhos.

–Eu sei que ela não teve culpa de nada – Ele continuou – Perdoe ela...

Permaneci calada, apenas olhando-o nos olhos.

–Por mim...

Eu sabia que não devia ter culpado ela, mas não sentia-me pronta para pedir desculpas, ou desculpá-la. No fundo, eu ainda estava um pouco magoada, mesmo sem saber que ela não tinha culpa.

–Se você sabe que a culpa não foi toda dela, porque não a desculpa logo? – Ele falou como se estivesse lendo meus pensamentos

–E-Eu não sei o que fazer... – Falei baixo

–Você vai saber no momento certo – Ele falou sorrindo

Ver aquele sorriso, e vê-lo consolando-me, fizeram-me sentir-me melhor. Retribui o sorriso, eu estava gostando de tê-lo tão próximo de mim naquele momento. Já eram 22:00, e aquele lugar estava começando a ficar frio. Lucas percebeu isso e puxou-me para mais perto dele, encostando sua cabeça em mim.

–Desde quando vocês são amigas? – Ele perguntou – Digo, você e a Ana.

–Faz oito anos, tínhamos apenas seis anos nessa época

–Faz bastante tempo

–Faz mesmo... – Falei olhando para o colar dela, que continuava em minha mão

–E esses colares?

–Ela comprou na nossa última festa do pijama. Antes de eu mudar-me

–Festa do pijama? – Ele pareceu surpreso – Vocês fazem festas do pijama?

Ri um pouco do modo como ele falou, mas logo aconcheguei-me mais em seu peito.

–Sim, era como uma tradição, entende?

–Entendo. – Ele falou passando a mão pelos meus cabelos – Como vocês se conheceram?

–Como eu disse, foi há oito anos atrás...


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Leitores fantasminhas, podem comentar também, haha! Agora eu tenho um pergunta para todos vocês, e espero não ficar no vácuo. Vocês são Team Nick ou Team Lucas? Espero as respostas :3



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