Um ataque de ciúme. escrita por Anieper


Capítulo 3
Capítulo 3




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Annabth sorriu para mim e pegou o celular. Depois de falar rapidamente com seu pai e desligar o celular, fomos para o viveiro dos tubarões. Annabeth, me falava sobre como estava indo a reforma do Olímpo, eu tentava presta atenção, mas ela falava de coisas que eu nunca escutei na vida. Mas mesmo assim perguntava algumas coisas como se entendesse alguma coisa que ela estava falando. Quando encontramos os pais de Annabeth, vi que tinha uma senhora e dois garotos que não estavam com eles quando eles chegaram.

– Aquela é minha avó e eles são meus primos. - Annabeth disse para mim. - Eles vieram juntos com meu pai. Não ligue para a minha avó.

– Ela é pior do que o Sr. D? - perguntei sorrindo.

– Chega perto de Ares. - Annabeth disse com um sorriso sapeca.

– Ainda bem que já venci ele. - disse rindo.

– Percy, quando vamos fazer aquele passeio que seu chefe falou? - Bob perguntou correndo para perto da gente assim que nos viu.

– Agora, se vocês estiverem prontos. - respondi.

– Estamos. - os gêmeos responderam juntos.

– Antes deixe eu fazer as apresentações. Vó, Carlo, John, esse é meu namorado, Percy. Cabeça de Alga, essa é minha avó Marie, e meus primos Carlo e John.

– Prazer conhece-los. - respondei apertando as mãos deles.

– Então, você é o namorado da minha neta? Trabalha aqui? - apenas pelo tom dela soube que ela não foi com a minha cara.

– Sim, senhora. - disse sem deixa me intimidar. - Vamos.

Eu me virei e os guiei para os tanques. Primeiro mostrei o parque pelo modo normal, depois os levei para o passeio vip. Bob e Matew me perguntavam sobre todos os animais e eu ficava feliz em responder. Annabeth também começou a me fazer perguntas, claro que as delas eram bem mais complicadas do que as de seus irmãos, mas quando você é filho de Posseidon e alguém te faz perguntas sobre animais marinhos, você sabe a resposta. Ou pode colar com os peixes, como eu fiz duas vezes.

– Que peixes são esses, Percy? - Bob perguntou apontando para um dos tanque.

Olhei para onde ele apontava. Ele estava parado em frente do último tanque. Fui até ele e sorri. Esse peixe, eu conhecia muito bem.

– Eles se chamam Mandarim ou Synchiropus splendidus. São encontrados no Oceano Pacifico, e o seu tamanho médio é de 8cm. - respondi. - São raros os indivíduos que apresentam uma cor vermelho-terra brilhante, com esse. A maioris tem a coloração psicodélica, com faixas coloridas irregulares por todo o corpo. Predominando o verde ou o azul. A pele do peixe-mandarim não possui escamas, por esse motivo ela é necessariamente muito grossa, afim de proteger o peixe das pontas agudas presentes nos recifes de coral. Os olhos por sua vez são projetados para fora como grandes saliências, permitindo que o peixe-mandarim enxergue a sua volta. Os olhos também não possuem pálpebras, nem canais lacrimais, sendo a água do mar responsável pela limpeza dos mesmos. A visão do peixe-mandarim é bem desenvolvida, acima da média dos outros peixes, sendo que seus olhos são capazes de identificar até as cores do ambiente. Também, ao menor sinal de perigo, o peixe-mandarim eriça os longos espinhos das costas fazendo-o parecer maior do que realmente é. O nome do peixe-mandarim vem das cores e desenhos do seu corpo que parecem muito com as roupas de seda usadas pelos mandarins na antiga China. Essa espécie de peixe é mais comum no Oceano Pacífico, mas também pode ser encontrado no Oceano Índico e no Caribe. Quando criado em aquário ou em cativeiro o peixe-mandarim deve conviver somente com indivíduos da mesma espécie pois pode ser agressivo com indivíduos de espécies diferentes. Além disso a reprodução em cativeiro é muito difícil de ser alcançada e a alimentação a partir de produtos industrializados não é aceita pelo peixe se o ambiente do aquário não estiver nas condições ideais

– E depois eu que sou a Sabidinha. - Annabeth disse rindo.

– Muito engraçado. - falei. - O nome dessa é Lori.

– Vocês dão nomes aos peixes? - Marie perguntou.

– Não. - respondi.

– Então, como essa se chama Lori? - o Carlo perguntou.

– Isso é ideia do Percy. - Cami disse se aproximando da gente. - Ele chama todos os peixes por um nome, a gente estamos começando a pegar essa mania dele.

– Pessoal, essa é Cami, ela trabalha aqui ajudando nos truques com as baleias.

– Oi. - Cami sorriu. - Mario me falou que você estava dando um passeio vip para a sua namorada e a família dela, então eu pensei, por que eu não vou lá e levo eles para nadar com o Minie? Falei com ele e ele deixou eu levar vocês.

– Por que isso não faz parte do seu trabalho? - perguntei.

– Que isso. Faço questão.

– Quem é Minie? - os gêmeos perguntaram.

– Uma das baleias. Ela se machucou a alguns dias e não está no show, mas podemos nadar com ela. - Cami disse sorrindo para eles.

– A gente vai? - eles perguntaram para mim.

– Se seu pai deixar... - falei.

– Pai, a gente pode?

– É seguro? - ele perguntou para Cami e para mim.

– Sim. Qualquer coisa a gente joga o Percy na frente.

– Muito engraçado. - falei revirando os olhos. - Minie é bem doce, e ás vezes usamos ela para mergulhos para crianças especiais ou em grupos escolares. É seguro. E temos roupas de mergulhos para todos.

– Então, vamos.

A gente seguimos Cami e os gêmeos que foram na frente animados. Eu e Annabeth ficamos para atras com o pai e a madrasta dela.

– É mesmo seguro?

– Sim. - Annabeth respondeu. - E se não fosse, temos um filho de Poseidon aqui.

– Se a Minie pensar em alguma, coisa eu vou escutar antes que ela tenha chance de fazer e posso manda ela parar, afinal, ela é do reino do meu pai.

– Fico mais tranquila.

A gente nos trocamos e fomos. Como trabalho aqui tenho minha roupa de mergulho, mas como era um mergulho curto coloquei apenas a calça. Esse foi o meu erro, já que as meninas do "trabalho" sobre as baleias estavam ali.

– Cade o resto da roupa? - Annabeth perguntou assim que me viu.

– Lá dentro. - falei dando os ombros. - Vamos começar?

– Claro. - Cami disse. - Para a segurança de todos peço que não fiquem muito perto da boca e da calda, sem que eu ou Percy estejamos perto. Se ela fizer algum movimento inesperado, não se desespere, mantenha a calma e o mais importante, ao fazer carinho, faça apenas carinhos suaves, para ela não entender como uma ameaça.

– Cadê a Minie? - perguntei olhando em volta.

– Bom, lá embaixo. - Mario disse. - Ela não quis subi.

– Agora sei por que ganhamos esse passeio de graça. - falei.

– Você é o único que consegue fazer ela subi. - Mario disse sorrindo.

Rolei os olhos e pulei na água.

– E também não façam isso. - Cami disse com as mãos na cintura. - Se ela arrancar seu braço na frente da sua namorada, a culpa não vai ser minha.

– Assumo os riscos. - falei e me afundei.

Minie estava no fundo do tanque. Ela me olhou quando cheguei perto dela e sorriu. Um sorriso cheio de dentes.

– Oi garota. - falei sorrindo. - Vamos subi?

Não quero.

– Por favor, minha namorada e a família dela estão aqui. Eles querem te conhecer.

Sua namorada? Por que não disse logo?

Minie pegou meu braço com a boca e nadou para cima, se não fosse filho de Poseidon, teria morrido com a mudança repentina de pressão.

– Aqui está ela. - falei passando a mão no queixo dela. - Diga oi menina.

Minie encheu a boca d'água e jogou neles.

– Muito bem, vamos entrar.

Fui até a borda ajuda os irmãos de Annabeth e é claro a Annabeth. O mergulho estava indo bem, até as meninas tentarem chamar minha atenção.

Dava para ver que Annabeth estava cada vez mais nervosa. Elas se jogavam em mim, passavam por mim quase se esfregando em mim ou batiam em mim sem querer. Mas a gota d'água foi quando uma fingiu se assustar e pulou no meu colo.

– Cuidado. - falei a afastando de mim o mais rápido que pude, e meio rudemente, mas não tive culpa, o olhar que Annabeth me lançou falava o quanto ela estava louca para matar um.

– Desculpe. Me assustei. - ela disse sorrindo.

– Se nunca se assustou se olhando no espelho, não vejo o que tem aqui para te assustar. - Annabeth disse, fazendo os gêmeos rirem e Cami prende o riso.

– Falou comigo?

– Não, estava falando com as pedras.

– Olha aqui, só por que você namora com o Percy, não quer dizer que você seja dona dele.

– Não? E quem sabe o fato de ter levado uma facada por ele? Isso faz?

Vi os olhos de todos se arregalarem. Annabeth também arregalou os olhos e colocou as mãos na boca, eu apenas dei os ombros.

– Sabidinha, depois de atravessar o país para te encontra quando tinha sido sequestra e quase ser esmagado por aquela pedra, acho que você estava me devendo uma.

– Tem razão. - Annabeth disse mordendo os lábios.

– Vocês querem subi nela? - perguntei para os gêmeos.

– Podemos? - eles perguntaram os olhos brilhando.

– Sim. Venham, vamos pegar duas mascaras de ar.

Sair com eles da água e pegamos as mascaras. Depois de ajudar eles a colocarem as mascaras e a subi na Minei e sorri.

– Muito bem, se segurem aqui. Não soltem e se alguma cosa der errado, me puxem que trago vocês. Certo?

Eles balançaram as cabeças, coloquei minha mascara e afundamos. Minei sabia o que fazer, por isso não me importei. Na verdade apenas fiz isso para sair de vista daquelas doidas. Depois de alguns minutos subimos.

– Como foi? - a mãe deles perguntou.

– Demais. Podemos ir de novo?

– Não. Agora sou eu - Annabeth disse nadando até a gente. - Posso?

– Claro. - a ajudei a subi na Minei e subi atrás. - Vou te levar a um passeio especial.

Dei minha mascara para ela, e fiz Minei descer. A gente demos algumas voltas. Quando subimos a virei para mim e a beijei.

– Eu te amo. - falei para ela quando paramos de nos beijar. - Quem tá com fome?

E assim acabamos nosso dia.


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Notas finais do capítulo

Aqui está o link de onde encontrei o peixe: http://www.acemprol.com/peixe-raro-t7071.html