Filho da Fênix escrita por Mand Fireguy


Capítulo 3
Capítulo 2 - Guerra Milenar


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal, desculpe a demora para escrever esse novo capítulo. As coisas andam meio tensas no colégio, essa coisa de fim de ano; professores entulhando-nos de deveres, mais curso preparatório, tia chata, etc.
Quanto ao capítulo em si, devo avisar-lhes que ele está aí mais para lhes introduzir o enredo do que qualquer outra coisa, isto é, não haverá muita ação ao longo dele, porém ainda assim ele é fundamental para a compreensão da história. Tentarei resumi-lo para que consigam ler com atenção, então leiam com atenção.
Obrigado.



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Victor lentamente despertou, mas não abriu os olhos. O torpor ainda era grande demais, o esterno dolorido lhe enviava pontadas a cada batimento cardíaco.

"O que... Era aquele cara?" Ouviu a voz de Gabriela.

"Filhos da fênix" Ouviu a resposta de Felipe, o garoto loiro. "São filhos de mulheres que, durante a gestação, ingeriram doses constantes de sangue de fênix. Digo constantes porque, se forem interrompidas, o resultado é um natimorto de olhos alaranjados."

Ele lentamente abriu os olhos, mas ninguém pareceu percebê-lo. Gabriela estava sentada em uma cama, próxima à que ele estava deitado. À frente dela, estavam Felipe e a garota loira, o olho direito azul celeste, o esquerdo castanho da cor de mel, parecendo ligeiramente esverdeado à luz solar que entrava pelas frestas da cortina.

"Então... Fênix existem?" Perguntou Gabriela.

"E magia, Ninfas, muitas outras coisas estranhas." Dessa vez foi a garota loira quem respondeu.

"Ah..." Disse Gabriela "Desculpe, qual o seu nome mesmo?" Perguntou educadamente.

"Catarina" Respondeu a garota.

Victor se sentou na cama. Neste ponto, as cabeças de todos os outros se viraram para ele.

"E finalmente o ruivo acordou. Olá, Vitinho." Disse Felipe.

"Anh... Oi... Felipe." Disse Victor.

"Que bom que você acordou, já está há um dia aí, sabia? São duas horas da tarde."

Victor passou a mão pela nuca, sentindo os cabelos viscosos pelo suor. De fato, não parecia que ele estava ali há pouco tempo.

"Entendo..."

"Estávamos tirando as dúvidas da sua amiga. Tem algo que você queira saber?" Inquiriu Catarina.

Victor ficou pensativo por um curto espaço de tempo. Ainda estava um pouco grogue, era difícil formular questões.

"Sim... O que... O que aquele cara queria comigo? Por que ele invadiria a minha casa?"

"Por mil motivos" Disse Catarina "Acho bom eu te explicar desde o início."

"Fazem vários séculos desde que essa guerra começou. Os magos sempre existiram dentre a humanidade, mas como sempre fomos raros, vivíamos na clandestinidade. Sempre houve um grupo que queria se aliar aos chamados Filhos da Fênix, para que pudessem sair dessa clandestinidade, mesmo que muitos mundanos morressem para isso. Entretanto houve um homem, um único mago chamado Merlim, que tentou convencer um futuro rei da Britânia a aliar magos e mundanos, para que a magia se tornasse conhecida e mais pessoas tivessem acesso a ela. Mas o império romano, recém tornado católico, descobriu isso, e matou a Merlim e a este futuro rei, jogando-os juntos na fogueira, acusando-os de heresia e bruxaria. Depois disso, iniciou-se uma caça a bruxos e hereges, e esta passou a ser a, digamos, punição preferida dos católicos àqueles que eram suspeitos de discordar deles ou de praticar magia. Apesar de nosso poder, morremos aos montes, pois não é tão fácil quanto muitos pensam criar um encantamento para bloquear as chamas, embora alguns tenham chegado a conseguir fazer isso. Alguns magos passaram a aprender táticas de transformação em animais, e se transmutavam em gatos para espionar a igreja, de modo que pudessem organizar um ataque no império romano para destruí-lo. Mas, não se sabe ao certo como nem por quem, mas fomos delatados ao papa, que decidiu que os gatos seriam demonizados. Passaram a matar não somente os magos transformados em felinos, mas todos os gatos, pois não há mundano capaz de discernir um gato comum de um mago transformado em um, então eles foram perseguidos. Mais uma vez, magos morreram, mas a morte dos gatos trouxe a superpopulação dos ratos e a peste negra, e assim um terço dos mundanos que viviam na Europa morreu. O grupo exaltado que queria a morte de mundanos se separou de nós, formando uma aliança com Fênix e Filhos da Fênix, criando a que foi chamada Tríplice Fênix. Nós nos reunimos com as Ninfas da Água, que, apesar de terem tido grande parte de seu habitat destruído pelos mundanos, aceitaram que não seria correto se vingar dessa forma e se aliaram a nós, e contatamos alguns líderes dos Mundanos, para que, se a guerra estourasse, eles soubessem orientar seu povo. Formou-se a Tríplice Aliança e, desde então, vêm ocorrendo uma espécie de guerra indireta entre nós e eles, ambos os lados formando alianças com outros tipos de espécies mágicas, área em que eles se saíram melhor, conseguindo alianças com os dragões e matando milhares de mundanos sem deixar explicação, embora nenhum dos lados ouse passar do limite e atacar diretamente um ao outro, o que levantaria uma guerra de grandes proporções, podendo destruir parte do planeta. Também possuíamos fênix ao nosso lado no início, três delas, mas duas morreram e uma está desaparecida. E assim a guerra vem se mantendo até os dias de hoje." Discursou ela.

"Como a guerra fria." Disse Victor.

"Exatamente." Disse a garota.

"E... o que era aquele troço de vidro na parede? Ou diamante, não sei dizer."

"Um portal." Disse Catarina. "E não é nem de vidro nem de diamante, ou a menos não exatamente. É Lonsdaleíta, um minério raro parecido com diamante. Não acho que você vá conhecer."

"Aposto que o nerd vai." Murmurou Gabriela.

"Lonsdaleíta..." Disse Victor "É uma versão hexagonal do diamante, de cor negra. Só é encontrado em crateras de meteoritos ou nos próprios meteoritos... Mas é impossível que tenham construído algo assim. Nunca ninguém encontrou Lonsdaleíta pura ou sem um número grande demais de imperfeições para que pudesse ser utilizada, e não é possível criá-la através da compressão de grafite."

Felipe deu uma risadinha.

"Eu falei." Murmurou Gabriela outra vez.

"Exato..." Disse Gabriela. "Quanto ao resto, ele é fabricado por magia, moldando a estrutura molecular com encantamentos. Por ser feito estritamente por magia, torna-se um material mágico, e é muito utilizado em itens encantados poderosos. Como portais."

Victor assentiu, embora fosse difícil de acreditar, apesar do que ele tinha visto. Como poderia magia existir?

"En-Entendo." gaguejou. "Mas, vocês podem usar magia?" Perguntou.

Catarina assentiu, pôs um espaço entre as mãos, levantou apenas os indicadores, alguns centímetros distantes.

"Fulmen." Sussurrou ela. Um relâmpago brilhou entre os dedos dela, ligando-os. Victor arregalou os olhos.

"Não entendo... Como?"

"É estranho que você não entenda. Você viu através da barreira que o Filho da Fênix tinha colocado sobre a casa. Somente um mago conseguiria isso."

"Eu não sou um mago." Disse Victor. "Do contrário, eu não conseguiria usar magia? Não já teria feito isso antes?" Perguntou. Lembrava-se ligeiramente de sua visão ter ficado aguçada na ocasião, mas duvidava que fosse mais uma impressão de sua memória nebulosa. E nunca nada assim tinha ocorrido antes.

"Talvez." Disse Felipe. "De qualquer modo, nós os trouxemos até a Pretora."

"Que pretora?" Perguntou Victor. "Que diabos é isso?"

"Uma espécie de chefe local. Cada Pretor organiza e lidera os magos de uma nação, em alguns países maiores há dois. No brasil, por ser um dos dez maiores, há três. O trouxemos à Pretoria desta região. É o procedimento padrão para mundanos vítimas de ataques por magia." Respondeu Felipe "A pretoria é como o local de trabalho dela. Como... Uma prefeitura."

Isso não tirou as dúvidas dos dois, mas eles não tinham muito o que fazer senão aceitar, naquela situação.


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Notas finais do capítulo

É só isso por enquanto, galera, espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo.

Nota nova: A parte a respeito da demonização dos gatos foi tirada do fato de que de fato houve um período da idade média em que essa espécie foi demonizada. O período de demonização acabou quando, depois da peste negra, italianos resolveram soltar gatos nas ruas para controlar os gatos. A igreja chiou um pouco, mas quando viram que funcionara, calou a boca.

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Favoritem se tiverem gostado bastante;
Recomendem se tiverem amado.



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