Coração... - chamou vendo-a se isolar na sacada do quarto dele. - Não pode ser assim. Temos um filho agora, não somos só “namorados”, somos pais de um menininho. - tocou o rosto dela de forma carinhosa com as costas dos dedos. - Não faz assim, te quero de todo o coração.

Paulina desviou o olhar -  Hm... O Arthur... Ele quer mamazinho novamente e pensei que se ele dormisse com você poderia esquecer um pouco.

CD- Ai que delícia... - abriu um sorriso lindo. - vou adorar o meu filhotinho grudadinho em mim.

Paulina- Cuidado com o bebê, não vai esmagar,  olha o seu tamanho, o meu garotinho vira papinha. - alertou.

CD- Eu não vou nem dormir, vou só ficar olhando pra ele. - dizia radiante. - Mas e você? Não vai dormir com a gente?

Paulina- Não! Se o propósito é ele não ficar perto do mamá, não faria sentido se o fizesse.

CD- Ah... Eu fico perto então!

Paulina enrubesceu no exato momento, sentia seu rosto pegar fogo. - Que sem graça em...  Falo sério Carlos Daniel! Estou preocupada ele está super enjoado por conta disso. Estou até achando que ele está dormindo muito, sua mãe também reparou e olha que faz umas 6 horas que estamos juntos.  – “enumerou” suas razões.

CD- Vamos observar, trouxe umas coisas pra ele da farmácia, tem um antitérmico, um termômetro... Pedi umas dicas do que um bebê precisa, passei a semana encomendando as coisas pra ele, estou montando um quartinho todo a cara do baby.

Paulina- Ele vai amar... Vai sentindo a temperatura e qualquer coisa daremos um antitérmico, também tenho na bolsa dele se precisar. - murmurou vendo-o se aproximar perigosamente.

CD- Está com medo de mim? Ou melhor... Está com medo do que está sentindo?!- murmurou fitando- a profundamente nos olhos. - Olha bem nos meus olhos,  eu quero bem mais que só foder você. E é só por isso que aceitei o “estritamente sexual... “ e porque você é gostosa, claro. -enfatizou fitando-a cafajeste.

Paulina-Não tenho medo... Tenho juízo é diferente. - desviou o olhar do dele, sendo inebriada por seu perfume. - Sei do perigo que corro e apenas sou cautelosa.

Ele deu uma gargalhada gostosa. - Entendi... - rodeou seu corpo ficando por trás. - Esse predador aqui pode ser muito bonzinho com você. - deu um beijo no pescoço. - Carinhoso, gentil, apaixonado... Um amante excepcional. - sussurrou fazendo-a arrepiar-se por inteira.

Paulina enrubesceu completamente de face. - Ahm... Bem... Acho que é isso... O... Bebê precisa de seus cuidados... Eu... - desviou o olhar nitidamente desconcertada fazendo-o rir. - Vou tomar um banho e... Arthur está com a dona Cecilia.

Ele mordeu o lábio inferior fitando-a com um meio sorriso. - Isso pequena vai lá que eu vou ficar imaginando aqui e desejando ser o sabonete que você vai usar.

Paulina revirou os olhos. -Vou usar o da sua mãe, sabe onde tem toalhas?

CD- Pode me chamar de toalha..: - se deitou em sua cama de forma insinuante para que marcasse sua bermuda e sorriu satisfeito por vê-la olhar ali, bem onde ele queria. - Brincadeira, pequena. - riu sem vontade. - Pode usar o da minha mãe, tem tudo lá prontinho, toalhas limpas nas gavetas.

Paulina sorriu- Obrigada... Ah, amanhã pela manhã vou com o bebê comprar nossas coisas novamente.

CD- Sim claro, irei acompanhá-los.  Ele está com a tipóia, pode te dar trabalho e... te ajudo.

Paulina o fitou um tanto desconfortável. - Claro.

Ela saiu.

...

Ahhhh droga, droga, droga... - disse entrando com tudo no quarto de Cecília. - O que está fazendo deitada aí, Carol? - perguntou envergonhada de si. - Cadê a Cecília? E o Bebê ?

Carol- Ela foi dar mamadeira pra ele, o bebê está um grude com ela. E tem razão ele tem algo, além do bracinho está bem manhoso.  –respondeu rindo da feição de desespero da amiga. - Agora diz... Droga, droga, droga, o que?

Paulina- O Carlos Daniel! Quero ser muito durona com ele sabe, mas não consigo quando...

Carol- Quando está de bermuda sem cueca? - completou rindo sarcástica.

Paulina tapou a própria boca rindo também. - Cachorra reparando nisso...

Carol- Aiii desestabilizei menina, não aguentei...Reparei mesmo ainda mais que ele anda todo gostoso assim, musculoso, reparei amiga... Está sem cueca e o babado é grande viu Paulina, se fosse eu teria dado novamente. - murmurou enquanto digitava em seu celular. - Desfrute muito...

Paulina- Imagine... te olhando no fundo da alma, falando que quer você e só você, pedindo pra ficar, te prometendo tudo... Agora imagina tudo isso junto te pedindo beijo, encostando em você, já beijando... Tá achando que minha vida é fácil?!

Carol- Estou achando é gostoso, se fosse eu... Já estava com as pernas bem abertas e com ele em cima de mim... Aii que louca... Então meu amor, você está na casa dele, vai ser muito mais difícil resistir a ele nesse tempo.

Paulina- Aiiii que ódio, minha cabeça está dizendo “seja racional” mas o meu coração...

Carol- Está dizendo “dá pra ele safada”! Paulina... Pelo amor de Deus, esse macho me andou tudo isso sem cueca, imagina as mulheres quase mamando ele de longe vendo isso? Porque você sabe que mulher é safada, não sabe? Claro... veem um macho lindo daquele tamanho, vão olhar pra ver se condiz com a obra. E você aqui a única mulher que ele quer fica aí de frescura, até uma vir e querer sentar...

Paulina- Ele não saiu sem cueca... Lembro que ele colocou. - disse tentando recordar-se.

Carol- Ihhhh... Toda com ciúme... Relaxa ele foi pro seu apartamento com o pai dele. - riu mordendo a capinha do celular. - Paulina que raiva de você, já está aqui, olha o destino agindo e você virando as costas pra ele, em?!

Paulina- Não estou virando as costas, só não quero que seja rápido demais. - se justificou deitando ao contrário da amiga. - Ele é filho da puta... Deve estar cheio de vagabundas na agenda do celular, continua sendo um safado que iria para qualquer menagé que convidassem, você não conhece as amigas dele. E eu idiota, eu era só uma menina e elas com a idade que ele tinha ou mais, sabendo fazer muito mais “coisinhas” do que eu sabia fazer, deviam rir de mim.

Carol- Ahhh menina... - deu um tapão na perna dela. - não está insegura por isso, não é? Por Deus garota, e daí que eram mais velhas e sabiam tudo isso o que está dizendo? Olha onde ele tá, de longe da pra ver que está louquinho em você, olha o jeito que esse cara te olha menina.

Paulina- Não sou insegura em relação a isso, já fui... Nessa época, tentava impressionar ele por tudo isso sabe, queria ser melhor que as amigas dele, via o quanto eram livres e como desfrutavam do próprio corpo e do prazer.

Carol- E ele tinha tudo isso em você só que só pra ele. - terminou. - Só que ele tem medo que isso seja de outros, no fim sabia que era muito mais que merecia, é disso que falo Paulina, isso que tem que fazer ele sentir, já sabe que você é tudo isso, tem que sentir o perigo entende.  Mas para isso você precisa arriscar, garota.

Paulina- Está tudo sob controle. - disse mandando uma mensagem pra ele. - “Bem queria você de sabonete haha teremos muitas outras ocasiões.” -deu um sorrisinho sarcástico e disse indo pro banheiro. - Vou tomar um banho aqui, ele disse que já teria tudo no banheiro dela.

Carol- Vou ver se ela tem algo para dormir.

Paulina- Não vai não! Vai me esperar acabar o banho.

Carol- Provoca e fica com medo, não entendo! Se fosse eu ninguém ia me tirar de cima, ou de baixo não sei. - murmurou distraída sem perceber Carlos Daniel entrando.

CD- Paulina está aí? - perguntou surpreso vendo-a deitada ali.

Carol- Meu Deus, que susto! - colocou a mão sobre o peito. - Senhor do céu... Está no banho.

CD- Ah... - murmurou sem jeito. - Então tá... - saiu envergonhado.

Carol- Paulina...

...

Paulina- Bom Dia bebê... - sussurrou no ouvidinho do bebê enquanto espelhava beijos por seu pescoço e rostinho. - Acorda amor da mamãe. - tocou os cabelos dele que se espreguiçava levemente.

Arthur- Oi picesa... - disse com a vozinha rouca ouvindo o barulho do chuveiro. - Banho nenê? - perguntou tentando mover o bracinho com a tipóia.

Paulina- Não pode tirar assim filho, deixa que a mamãe tira pra você. - acalmou o pequeno. - E sim, vou dar banho em você depois que o papai sair do banho.

Arthur- Passeai? - perguntou sonolento.

Paulina- Sim... Vamos ao shopping com o Carlos Daniel. - beijou os cabelos do menino. - Quero comprar umas roupinhas pra você.

Arthur- E Coki copy. -complementou observando a feição da mãe mudar.

Paulina se deitou ao seu lado beijando apaixonada o pequeno rostinho por diversas vezes. - Seu safado... Só pensa em cup cake.

O pequeno gargalhou- Athui bebê...

Paulina- Arthur amor da minha vida. - beijou a barriguinha gorda. - Meu homem.

Arthur- Papai... - sorriu encantador apontando o pai vendo-o sair do banheiro.

Paulina virou-se para mirá-lo e foi como se o tempo parasse ali, assistia as gotículas de água deslizar pelo peitoral molhado e forte, a toalha amarrada na cintura marcando as pernas torneadas é um volume bem conhecido entre elas.

CD- Bom Diiiiia bebê do papai. - abriu um sorriso lindo deixando-a ainda mais desconcertada. - Bom Dia linda. - disse piscando para ela. - Dormiu bem?

Paulina se levantou da cama. - Bo... Bom Diiia... Dormi sim,  dormi bem... Vim pegar ele pra dar banho e... Saber se... Não sei, pensei que pudesse me emprestar uma camisa sua para... Eu montar um look? - questionou engolindo em seco por apreciar a imagem tentadora a sua frente.

Ele sorriu- Claro... Pode pegar ali no closet, estão separadas por cor e tecido. Deixa que eu dou um banho nele. E... Não demora, tá bem?!

Paulina- Beleza... Vou escolher e já volto pronta então! - concordou girando-a com desconfiança.

CD- Combinado... Eu aprendi a dar banho não me olhe assim tão preocupada, sei como lava como preciso secar todos os cantinhos e  dobrinhas, fica tranquila. - tentou passar confiança em meio a  seu olhar de preocupação.

...

Vamos meninos? - chamou já pronta vestida com a camisa verde militar de manga cumprida que ela arregaçou até se tornar 3/4 e um All Star branco.

Arthur sorriu ao vê-la entrar- Monita Palina...

CD sorriu- Está linda, amor... - analisou sua forma envolta por aquela camisa de forma tão sensual. - Ressaltou ainda mais a cor dos seus olhos.

Ela caminhou até os dois e pegou o pequeno em seus braços. - Que cheirinho gostoso desse neném meu Deus.

Arthur - Banho aqui Cailos Daniel, gotoso puma. - abriu um sorrisão e se agarrou mais ainda a ela. - Sadade. - a abraçou.

Ela riu para o pai do menino. - Que delícia, meu amor.

CD- Paixão , ele acorda na mesma posição que eu... O jeitinho de deitar é igual, de se espreguiçar, a cara quando acorda e tudo por instinto sabe... Estou apaixonado por esse molequinho. - beijou o meio das costas do pequeno. - A preguiça pra acordar é igual, ele é a melhor pessoa dessa vida.

Paulina-  Ele é perfeito! - beijou o pescoço do menino. - Denguinho da mãe... Vamos rapazes? -Minhas coisas já estão na sala.

CD- Vamos, vou pegar a carteira, minhas chaves, hmmm... - colocou o bebê em pé no chão. - Pronto garotão.

Arthur abriu um sorriso lindo e saiu correndo.

CD- Filho... Devagar! - pediu indo até a cômoda. - E eu não ganho nem um beijinho de Bom Dia nem nada? Um cheiro, um amasso... - questionou de forma sugestiva, fitando-a com um sorriso safado enquanto pegava seus pertences. - Essa camisa fica melhor em você do que em mim... Apesar de um tanto curta. - foi de encontro a ela.

Paulina sorriu envolvendo os braços em volta do pescoço dele- Um look genuinamente improvisado... Camisa do meu boy e tênis da amiga. - beijou-o brevemente fitando-o no fundo dos olhos. - Bom Diiiiiiaa... -murmurou espalhando beijos quentes e levemente molhados no pescoço dele. - Bom Diiia amorzinho... - ganhou a sua mirada tão intensa.

Carlos Daniel apenas se deixava levar por aqueles doces lábios, tão sedosos beijando sua pele como se fizessem promessas, ele a fitava de forma intensa, mas também um tanto sério, até tomar os lábios dela para si entregando tudo buscando a língua quente dela junto a sua, desejando-a mais a cada instante, fazendo instigar seus instintos mais profanos tão mais faminto por tê-la ali.

CD- Não acredito que dormiu aqui e nem que está tão perto. - colou os lábios aos dela. - Só quero te beijar muito, olhar pra você, sentir seu cheirinho de Paulina, sentir seu corpo bem perto do meu.

Ela fitava sensualmente  seus lábios estando bem próxima a eles. - Que beijo gostoso. - murmurou sentindo as mãos dele apertarem  a cintura cintura fina.

CD- Você é incrível. - grudou os lábios em seu pescoço, buscando aquela pele tão maravilhosa e convidativa. - Quero tudo com você, tudo pequena, tudo... Quero devorar cada pedacinho. - fitou-a com os olhos escuros de desejo, seus lábios tomaram seu pescoço mordiscando e arrastando a língua por ali, suas mãos seguiram ávidas a desbravar o belo corpo na altura de suas nádegas, apertando-as com as mãos cheias.

Paulina sentia seus milhares de pensamentos conflitantes virarem fumaça com aqueles beijos, aquela voz rouca sussurrando em seu ouvido palavras tão tentadoras, sendo inebriada pelo cheiro tão caro dele.

—Ainda não acredito que dormiu ao lado do meu quarto e não fizemos nada. Eu costumava ser tão mais esperto.- murmurou descendo os lábios para seu colo, depois deslizou a língua pelo vale entre seus seios quase que se perdendo.

Paulina- Foco amor. - tocou os cabelos dele tirando o rosto dele de seu decote.

Ele suspirou resignado se afastando um tanto frustrado, mas aceitando tudo o que permitisse tê-la por perto.

CD- Seguirei aqui, a enlouquecer por essa pequena. - suspirou abraçando-a por trás e depositando um beijinho na curva de seu pescoço. - Vamos olhar nosso pequeno.

Paulina riu- Vamos  “Papai” oficialmente, gostei viu? Já aprendeu a dar banho, trocar, por pra dormir.

CD- Nasci pra isso, minha vida. - suspirou fitando o quarto para conferir que não esquecia de nada. - Sonhei com esse molequinho a minha vida inteira, e quando aconteceu ele me deu a criança mais linda e carinhosa que conheço, bebê mais charmoso... Mistura da mulher mais linda desse mundo. - abraçou a cintura fina colando-a a si. -  Perfeitinha minha... Que pele macia. - deu um beijinho no pescoço. - Cheirosa...

Dulce- Desculpa Sr.  Carlos é que... - interrompeu um tanto sem jeito segurando o telefone em suas mãos.

Paulina se afastou sem graça, deslisando os dedos por entre os cabelos molhados. Dulce - É que bem... o... Senhor Dante, ele... Gostaria de falar com você, e aguarda em linha. - estendeu o telefone para ele. - Está ligando desde as 08:00, mas não te acordaria.

CD- Pode dizer que retorno depois. Ou melhor, marque com ele no fim da tarde no Coral Way, um café perto da academia de luta.

Dulce- Ok senhor Carlos. - saiu repetindo o que ouvira.

Paulina fitou atenta. - Vai encontrar ele?

CD- Não vai ter jeito, ele está me ligando incansa não velmente. O segurança que... Bem... Da primeira vez que vi o Dante, fui com o James, porque afinal não sabia ao certo do que se tratava. O James está lá no seu apartamento fazendo ronda em volta do edifício e nas ruas de acesso ao condomínio e viu o carro do Dante parar e pedir informações. O que é fato, pois subornamos o seu porteiro e ele acabou de dizer. - pegou novamente o celular e teclou rapidamente, depois fitou-a preocupado. - Ele quer encontrar você e vai ter que encarar isso de frente, se posicione apenas, ele te deixará em paz.

Paulina revirou os olhos indignada. - Me deixa pensar nisso, certo? Me sinto muito confusa em relação a isso, existem várias coisas que mudam muito a minha vida acontecendo ao mesmo tempo.

Dulce entrou apressada. - Sr Carlos, Dante Spielberg está a sua espera.

Ele fitou a mulher a sua frente apreensivo.

CD- Vou falar com ele, espere aqui e em seguida iremos, avisarei a minha mãe para que não saia com o pequeno... - digitou no celular fazendo menção de ir, mas parou e virou-se novamente para ela. - Quer vê-lo? Estou ao seu lado... Se quiser conhecê-lo bem... É a chance.