As crônicas das Pedra. - As nove Pedras. escrita por Targaryen


Capítulo 9
Amy:Morrer com todos, ou viver sem ninguém?


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIIIIN
Esse capítulo até que foi rapido.
ATÉ PQ EU TAVA DOIDO PRA FAZER ELE, E EU ESPERO QUE TENHAM GOSTADO
E FALAR EM CAPS LOCK É MTO



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AMY

As tochas altas e presas às arvores indicavam o caminho. O pôr do sol trazia às nuvens uma cor de rosa, e ao céu um ciano maravilhoso. Enqaunto andava pensava que chamaria o tigre de Frank. Pássaros já não cantavam mais. A floresta podia ser um local sombrio depois do anoitecer.

As duas pilastras de madeira branca bem fixadas ao solo estavam a um metro de Amy. Selvagens fortes e brutos carregavam madeira de um lado para o outro, fogueiras acesas aqui e ali, cabanas feitas de bambu e folhas de palmeira.

E então Amy entrou no acampamento.

Particularmente, nunca gostara daquela parte central. As cabanas eram de pessoas como Layn – fortes e metidos a durões. O difícil era quando eles realmente eram durões.

– Amy! Até que enfim! Onde estava? – A voz grossa de Ash era única. Segurava dois grossos tubos de madeira por cima de sua camiseta rasgada

– Ash! Ash caramba que bom que está aqui. Olha preciso da sua ajuda, vá chamar Grandon, preciso falar com os dois.

– Grandon não está aqui agora. Foi falar com fogo cinzento.

– Ah droga. – Grandon, o grande. Amy esperava poder contar com ele, e ao mesmo tempo estava curiosa.

O que fogo cinzento foi falar com Grandon? A curiosidade despertava em sua mente, mas não havia tempo para esse tipo de coisa.

Olhou ao redor: Homens acendendo as fogueiras e armando as barracas para noite, outros brigando e discutindo, um grupo fazendo uma competição de luta e... bom esses deviam servir.

Amy foi à competição. Um bando de selvagens faziam um círculo humano como uma arena. Dentro deles, Lucas e Marvin se encaravam com olhares ferozes.

Ambos eram gigantes – de corpos bem musculosos e membros grandes, com as camisetas rasgadas e sujas, e os calções igualmente. Ambos portavam facas e espadas, porem estavam presas em seus cintos de couro. A luta era mano a mano.

Marvin correu na direção de Lucas, a mão levantada, pronto para dar um soco.

A desvantagem de ser grande é que você é lento.

A vantagem... é que os dois eram grandes.

O soco atingiu bem no nariz, fazendo Lucas cair ao chão. Marvin estava prestes a pular quando Lucas deu um chute nada agradável entre as pernas do oponente.

Amy abriu caminho entre o círculo humano, assim que Lucas conseguiu tempo para se levantar. Preparou seu arco e flecha.

– É melhor parar Marvin. – Disse Lucas, com a respiração pesada. – Ou se não, não vai poder ter filhos.

– É melhor calar a boca Lucas. – Marvin o olhava com um olhar psicopata. – Se não, vou arranca-la da sua cara.

– Quero ver você tentar.

Marvin começou a correr de novo, e teria quebrado o nariz de Lucas, se Amy não tivesse aparecido na frente.

– Parem seus imbecis! – Por pouco Marvin não para o soco.

Amy?! Saia daqui sua baixinha medíocre. – Marvin continuava com seu olhar psicopata.

Amy ergueu o arco, a flecha apontada para o pescoço de Marvin.

Ninguém me chama de baixinha. – Amy disse baixinho, mesmo que todos ouvissem. – Você vai parar com essa lutinha medíocre e me seguir.

– E se não? – A cabeça careca de Marvin pingava suor.

– Vai ter que lutar com uma flecha cravada no pescoço.

Encontraram Ash no caminho.

– Marvin? Achei que estava ocupado levando uma surra do Lucas. – Ash deu um risinho. Mesmo sabendo que Marvin estava ganhando a luta, Ash faria qualquer coisa para irritar alguém.

– Vá se foder.

Foram as únicas palavras o caminho todo. Quando chegaram á rede, as duas luas já estavam nítidas – Minguante e Cheia. Pena que Amy não pode dizer o mesmo do tigre.

A rede estavam cortadas em um grande buraco, sem nenhum sinal do tigre.

Amy ficou parada, olhando para a rede, boquiaberta.

– Am... Amy? - Ash perguntou. – Nos mandou aqui para ver uma rede partida?

– Cadê o meu tigre?!? – Berrou Amy – Mas que merda! Ele estava aqui! Cadê a droga do tigre-dente-de-sabre.

– O tigre o que? – Perguntou Marvin.

– Calem a porra da suas bocas e me ajudem a achar a merda do tigre! Não deve ter ido muito longe, anda! E cade Layn? Mas que merda.

Ela nunca esteve tão irritada na vida.

– Ou Princesa, ficar irritadinha não vai trazer seu tigre de volta. – Disse Marvin.

Amy se virou para o cara grande.

– Talvez eu devia ter soltado aquela flecha, princesa. Teria prestado mais.

Amy e Marvin estavam prestes a entrar em uma luta, quando eles ouviram o som. Parecia um gato gigante, meio leão, meio tigre.

– Frank! – Amy abriu um sorriso. – Frank!

A expressão de dúvida e medo na cara dos dois homens foi impagável.

– Ei espere Amy, já chega. Quem é Frank? – Ash já havia retirado a faca do cinto.

– Meu tigre ué.

– Seu... – Ash gaguejou – Tigre?!

– Dente-de-sabre.

– Ah lógico. Mais algo que eu deva saber?

– Am... ele é cego de um olho, se vai ajudar.

Ash e Marvin estavam mais perdidos do que puta em chuva de pau.

– Olha já chega. Eu vou ver se essa merda é verdade. – Marvin tomou a dianteira. Correu até a moita mais próxima.

– Ei Marvin espera! Nick pode ter colocado...

E então Marvin subiu pro ar como uma mosca, amarrado ao seu pé, uma resistente corda presa á arvore mais alta que ali se encontrava.

– Socorro! – Marvin se debruçava contra o ar. – Socorro me ajudem!

Amy demorou um tempo para processar e depois cair na gargalhada.

Sempre que ia falar alguma coisa séria olhava para Marvin e voltava a rir.

– Não tem graça sua baixinha! Me tire daqui!

Amy parou de rir na hora. Não que ela seja alta... Mas ela odiava aquele apelido.

– Baixinha é sua mãe seu viado – Pegou uma flecha, e cortou a corda que segurava Marvin.

Ele caiu no chão como um elefante.

– Obrigado.

– Idiota.

Marvin teve de sorrir.

– Cadê Ash?

Amy estava ocupada demais rindo, que não percebeu quando o garoto sumira.

– Eu... não sei ele... ele estava aqui agora a pouco.

– Deve ter ido atrás do seu tigre – Sugeriu Marvin.

Seu tigre. Refletiu Amy. Gosto disso.

– É, vamos ver.

Infelizmente, Ash realmente foi atrás do tigre.

Demoraram cinco minutos para achar o primeiro fio de sangue, que depois foi engrossando, até ter a grossura de um corpo.

Marvin ficou boquiaberto, não diferente de Amy.

– Ele foi arrastado.

Amy odiava sentir aquilo, mas estava com medo. Como iriam manter uma criatura que supostamente fez aquilo com Ash dentro de sua tribo?

Seguiram o rastro de sangue até encontrar o corpo. Se é que podiam chamar aquilo de corpo. Não foram muito longe, afinal Fran, o tigre, não poderia ir muito longe ferido e cego de um olho. Mesmo assim, a cena foi aterrorizante. Pelo visto Frank estava com fome.

A barriga de Ash estava toda detonada, a carne exposta, o fedor invadindo todo o local, e algumas partes estavam puro osso.

Em outras nem osso tinham.

– Ash! – Amy se limitou a chorar. Estava prestes a ir atrás do corpo do amigo quando Marvin o parou.

– Amy, ele já esta morto, mas o tigre não. Ele está por ai. Devemos tomar cuidado.

– Mas...

– Sem mas, Amy. Estamos sendo caçados. Devemos manter juntos. Ash sumiu e morreu sem fazer nenhum barulho, não podemos nos dar ao luxo de acontecer com mais alguém.

Ele tinha razão. Amy colocou uma das flechas no arco ao mesmo passo que Marvin retirou sua espada.

E outros barulhos começaram. Não era o mesmo que o anterior, mas parecia ser da mesma voz, e de repente foi tudo muito rápido.

Os sons de ataque da tribo Leste – a única sobrevivente em Matretrica fora a Sul, onde morava Amy e Nick – começaram a invadir todo o local. Sons como ‘’ uh uh uh ‘’ e ‘’ aaaaaaaah ‘’ ou ‘’ hie hie hie hie ‘’

A tribo Leste... Diziam que só sobrevivem à floresta de Matretrica pois eram canibais. Diziam que a mais modesta de suas armas eram um imenso machado duplo, tão afiado que cortava só de ver.

Droga, pensou Amy. Não foi Frank quem matou Ash.

– Martin – Disse Amy. – Ash não foi morto pelo tigre.

É. – disse ele.Olhou diretamente para Amy. – Percebi. Desculpe, baixinha.

E então acertou com o cabo da espada na cabeça de Amy.

+ + + + + + +

Acordou sonolenta, com a visão turva. A noite escura aprofundava na floresta. Seus grandes cabelos ondulados caiam-lhe o rosto.

Agradeceu aos deuses que seu arco ainda esteja sobre seu ombro. Estava deitada, em um esconderijo de pedra lotada de musgo. A noite estava refrescante, e as pedras confortavelmente geladas. Sua cabeça tinha um ferimento que a pouco parara de sangrar. Não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo. Seus pensamentos voltaram a Nick a Layn.

Onde estariam? Estavam bem? E sobre Marvin? Droga.

Amy se levantou. Suas articulações doíam. As nuvens da noite cobriam as luas e as estrelas.

Estava em um lugar de árvores baixas, e se se concentrasse muito, poderia ouvir um rio a diante. Pegou a aljava jogada ao chão ao seu lado, e colocou em seu ombro. Colocou a flecha na corda do arco, e saiu de sua toca. Caminhou por entre as pedras, com cuidado para não escorregar no musgo escorregadio. Marvin a tinha salvado.

Foi até a direção do rio. Não precisou caminhar muito, pegou um atalho descendo uma colina. O rio não era profundo – batia em seu quadril, e muito menos largo. Conseguiu atravessar facilmente. Aproveitou para beber um pouco.

Quando saiu, sua roupa molhada pregava em seu rosto, e a noite fria estava fazendo Amy tremer.

Caminhou até suas roupas ficarem secas, e os grilos e corujas darem som à noite. As corujas nas arvores pareciam estar a vigiando quando passavam por elas.

O Ar começava a ficar mais quente e úmido, as árvores crescendo e menos corujas em cima delas. Caminhou lentamente até achar uma grande árvore com um grande risco plano, como um I invertido.

Então, começou a correr. Conhecia aquele lugar, não estava longe do acampamento. Mais dez minutos e estavam onde Nick plantou a armadilha que Marvin acabou caindo.

Com o tempo as árvores ficaram mais e mais riscadas, passando rápido com Amy correndo, e o sinal de esquilos. Correu o mais rápido que pode, e então viu.

As duas pilastras bem fixadas ao solo, já não estavam tão fixadas assim. Ambas caídas, partidas ao meio. O solo ainda soltava fumaça, as árvores a partir dali estavam queimadas. Não existiam mais cabanas, não tinha mais fogueiras, o acampamento devia ter se transformado em uma enorme fogueira.

Mas agora não tinha mais acampamento.

Amy caminhou lentamente. As lagrimas brotando nos seus olhos ao ver cada cadáver queimado pelo fogo.

Amy caiu de joelhos ao chão, e cobriu as mãos na cabeça, e não resistiu, começou a chorar.

Aquela era sua família. Nasceu ali, foi criada ali, seus amigos, pai e mãe... todos enterrados por cinzas. Se perguntou o que seria pior: Morrer com todos, ou viver sem ninguém.

Voltou ao rio, mas desta vez sem pressa nenhuma. A este ponto, seus olhos já não choravam mais. Olhou para o horizonte, além do rio. Em algum lugar, a última tribo sobrevivente de Matretrica se estendia por ai.

Não tinha problema, pensou Amy. Ficou em pé, de frente para o rio. Olhou seu reflexo. Havia arranhões por toda a cara. Deixou o cabelo do lado esquerdo do ombro.

Do lado direito, uma marca de nascença, parecida a um ‘’K’’.

Armou seu arco.

Eu vou caça-los, não importa quantos. Um por um. Assim como me caçaram. Vão todos morrer com uma flecha minha cravada na testa.

E assim, seu medo foi embora. Não por muito tempo. Das cinzas do acampamento, surgiu uma figura. Mas não era Fogo cinzento.

– Frank? – Chamou Amy.


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Notas finais do capítulo

GEMTEEEEEE ENTAO
COMO EU DIGO, EU FICO MUITO FELIZ QUANDO VCS COMENTAM, E EU TBM TO DOIDO PARA MOSTRAR PRA VCS O OUTRO CAPITULO DA SAFIRA, PQ AI SIM VCS VAO DESCOBRIR O QUE É ESSA MARCA ''K''. ENFIM EU AMO VCS SEUS LINDO *-* COMENTEM POARR
bezo c:



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