As crônicas das Pedra. - As nove Pedras. escrita por Targaryen


Capítulo 6
Rose: D. p. a.


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoas.
Me dói saber que eu não tenho nenhum leitor :C
mas eu vou continuar o livro até o fim.
Eu trouxe para vocês, uma personagem chamada Rose.
Eu espero que gostem :3
Confira:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/534540/chapter/6

ROSE

– Não! - Disse Rose. – Eu não suporto essa merda.
– Rose! – A senhora Lanny Jay era a professora mais chata que se podia ter. – Volte aqui, e aprenda os bons modos!

Rose soltou um tsc. Sua mãe a deixou nesta escola para pessoas ‘’inquietas’’. Em uma semana de aula, Rose faria de tudo para sair dali. - E se eu não voltar? – Disse ela com desdém.

– Então chamarei seus pais aqui.

– Que chame. Foda-se meus pais, foda-se essa escola, e vá se foder.

– Rose Buster! Fale com mais educação, ou irá para a zona de equilíbrio!

Rose virou os olhos.

– Vá se foder, por favor, obrigado.

***

– Eu vou queimar essa escola um dia! – Disse Rose quando os guardas a trancaram em uma pequena sela em baixo da escola, que chamavam de Zona de Equilíbrio.

Rose sentou nas pedras geladas da masmorra. Era frequente as vezes onde crianças iam para lá, para ‘’aprender a se comportar’’. As paredes eram frias, e existiam apenas uma cama, e uma mesa, com uma maçã e um limão.

Combinação perfeita pensou.

Apoiou sua cabeça contra a parede gelada

Bem, tecnicamente, Rose ia para lá todo dia. Era como se fosse seu novo quarto. Geralmente as 20 selas da Zona de Equilíbrio se mostrava vazia e deserta, mas Rosally poderia jurar que escutara alguém batendo botas, a cela ao lado.

Não arriscou perguntar se tinha alguém. Era inútil. E se tivesse? Que diferença faria? Gostava de permanecer na escuridão.

Ali, ninguém lhe faria mal.

Ali estava segura.

Olhou para o teto, mas enxergou o nada. Ficou encarando sem saber pra onde e sem saber o que fazer.

Água respingava no canto superior esquerdo da sela, molhando o chão escuro com uma pequena poça. A pequena luz fraca estava presa no teto, mas Rose não ligou a luz. Novamente, gostava da escuridão.

Fechou os olhos e a única coisa que fazer foi tentar recordar de seu passado, e de escutar a água batendo do chão.

A única coisa que conseguia recordar foi de seu pai queimando. De sua mãe, nada lhe lembrava.

Outra vez o barulho de botas.

Não, não pode ser. Não tem ninguém aqui. Quem mais viria aqui, exceto eu? Pensou. Mas agora o barulho ficou mais forte e mais frequente, como que se aproximasse. Não. De fato tem alguém aqui.

Estava quase se preparado para gritar por alguém, quando ouviu uma pequena voz.

– Ei. – Sussurrou.

Rose ficou perdida. Olhou para um lado e para outro, sem saber de onde viria a voz.

– Vim tirar você daqui! – Disse a voz novamente.

Oque? Pensou.

– Quem está ai? – Disse por fim, Rose.

Desta vez não obteve resposta. Encolheu os ombros, e pensou que estava louca. Mas a voz era muito humana para estar louca. Tinha, realmente tinha alguém ali.

– Onde está você? – Rose tentou de novo. – Quem é você?

Sombras. – Disse a voz, desta vez com uma voz áspera e medonha.

Depois, Rose tentou a chamar de novo, mas foi à última coisa que ela falara.

Adormeceu, e acordou com o barulho de chaves destrancando a porta da sela.

Guarda Hasband, alto e gordo, de pele amarela- acobreada destrancou a porta, porém não deixou Rose sair.

– Hasb? – Rose gostava do guarda. Não sabia o que, mas sentia-se em casa, quando sozinha com ele. – O que faz aqui?

– Ei, querida Rosally. – Disse Hasband, em sua voz doce e grossa.

Rose olhou com desdém.

– Se você emagrecesse toda vez que me chamar de querida Rosally, estará Anoréxico. - Das cinco coisas que Rose mais detestava, uma era seu nome. – Por favor, sem querida. E Rose, não Rosally.

Hasb deu um sorriso. Graças aos deuses, Hasband não se irritava tão fácil com insultos, diferente da maioria das pessoas.

– Tudo bem Rose. – Disse o guarda. – Mas o que eu vim discutir com você, não foi a respeito de nomes e apelidos.

Rose estudou seu rosto. Havia certa pressão, e uma tristeza interior.

– A senhora Lanny, - Prosseguiu o Guarda. – Está com uma pasta, cheia, só de bilhetes contra você Rose. Você anda muito fora de si. O que houve? Não é essa a garota que chegou aqui. Eu a quero de volta, traga pra mim. A garota de que eu me recordo, não tem desejos de incendiar esta escola, ou de ameaçar garotinhos e garotinhas com uma tesoura.

Rose fingiu que não ouviu. Completaria 15 dias de seu nascimento semana que vem, e, no entanto, sabia que seu presente seria mais um dia na Zona de Equilíbrio.

– Escute, eu sei que eu não sou a melhor aluna, ok? – Disse ela depois de um breve silêncio. – Eu posso ser um pouco imperativa... Mas eu me esforço, ta?

– Um pouco?- Perguntou Hasband. – Rose, você é a pior e a que mais assusta as pessoas nessa sala, desde que Arakka, de Whintcherland apareceu aqui.

Rose olhou Hasb com uma cara de quem não fazia nada do que estava falando.

Arakka? Quem era Arakka?

– Era uma garota. – Disse o guarda como se lesse seus pensamentos. – Morou aqui a vida toda, até ninguém saber mais dela. Desapareceu, assim, sem mais nem menos.

De Whintcherland. Agora lembrava.

Arakka era a princesa do avô do Rei Brandon, de Whintcherland. O pai Arakka, avô de Arakka, ficou uma vez tão irritado com esta, que o levou para cá, aqui em Anmaty. Cresceu aqui, até os... quinze, dezesseis anos. E então desapareceu.

O avô de Brandon, o rei Baros, de Whintcherland, fez um acordo com o antigo rei Davis, de Anmaty, fazendo com que em homenagem, a escola passasse a se chamar D. P. A.

Muitos não sabem da história, e achavam que D. P. A. significaria Departamento de Pessoas de Anmaty.

Rose não. Rose sabia a verdade da sigla.

– O que ela fez demais? – Quis saber Rose, depois de um tempo de reflexão.

– Ela queimou metade da escola.

Parece que somos gêmeas então. Pensou Rose. Daria minha vida pra queimar essa escola.

+ + + + + + + + + +

Dormiu tranquila à noite. Não entendia bem ao certo porque, mas Arakka fez Rose se sentir melhor.

Ao menos alguém a entendia.

Seu sonho foi mais estranho ainda.

Rose estava sentada na grava da escola. Se olhasse para frente, podia ver, escrito de todo tamanho. D.P.A.

Pessoas iam e vinham, pegavam comidas, e outros paqueravam e namoravam meninas.

Estava em uma primavera, e as flores brotavam vivamente, vermelhas azuis e violetas, e um sol quente rodeava o céu azul. Era um dia lindo.

Sentada a beira de uma árvore, estranhamente veio um menino.

Mexeu a boca. Estava falando algo, mas Rose não escutava. Depois veio mais outro menino, e uma menina.

Todos falavam, mas Rose não ouvia.

Um sentimento de desespero bateu, e de repente ela queria fugir, correr, morrer.

Mas então toda a multidão correu pra abraça-la.

E então ela acordou.

Acordou chorando.

– Não. – Disse ela soluçando. – Não pode acontecer, não é real, é impossível.

A madrugada pairava pela janela de seu quarto pequeno, entrando uma luz sombria.

Deitou em seu travesseiro, e perguntou por que chorava. Não foi um sonho ruim, foi um sonho esperançoso...

O que me ilude, me faz mais fraca. Pensou ela. O que me ilude me faz mais fraca.

Levantou de sua cama. Descalça, aos pés gelados. Encaminhou ao banheiro.

Um espelho pequeno estava acima da pia.

Olhou-a.

Seus olhos castanho-escuros se encaravam. Seus cabelos lisos caiam pelos ombros até o abdômen. Sua pele branca, com poucas sardas era delicada para uma menina bruta como ela.

Olhou-a novamente.

Viu a garotinha que nasceu, toda perfeita e delicada.

Desta vez, enxergou, em vez de ver.

E viu uma menina sem futuro. Presa em uma escola, pra sempre.

– Não se preocupe Rose. – Disse uma voz. Rose virou a cabeça de imediato. A voz era familiar. – As sombras terão sua vez.

De fato, era a voz áspera que escutara na Zona de Equilibro.

– Pelo amor dos Deuses! – Gritou – Quem é você!

E não obteve resposta. Obteve apenas seu espelho, refletindo a cara pálida de Rose.

Estou louca. Pensou. Minha loucura finalmente chegou a seu ápice.

Saiu do banheiro. Seus pés ainda estavam descalços. Passou pela porta de madeira escura, e voltou para o quarto. Estava escuro e pouco iluminado mas isso não importava, Rose sairia dali imediatamente.

Abriu a porta do quarto, dando a visão ao grande corredor ramificado por escadas que subiam e desciam no instituto D.P.A.

Desceu todas as escadas possíveis, com a maior quantidade de pressa que conseguia ter. Seus pés doíam, o chão estava incondicionalmente gelado.

Chegou até a porta de saída do instituto.

Para sua surpresa estava aberto.

Passou pela porta branca, e viu a visão de seu sonho, porém de um outro lado. Se sentiu em um pesadelo, visitando o lado obscuro de seu sonho.

Os brinquedos mexiam de um jeito incomodador. A grande cerca de madeira pontiaguda rodeava o lugar. A grama era escura, e grande, e a única coisa que iluminava eram as duas luas brilhantes que flutuavam no céu azul.

Podia jurar que se olhasse para uma janela, lá em cima, podia ver um rosto todo queimado, acendendo um fósforo, começando um incêndio.

Deitou na grama, macia, até confortável, sob a sombra da árvore do sonho.

Observou a sigla D. P. A e pensou.

Descanse-em-Paz-Arakka.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entããão, pessoas é isso :3
Aguardem o novo capitulo.
''Katherine'' está chegando asuhasuh
Beijum :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As crônicas das Pedra. - As nove Pedras." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.