Beautiful Stranger escrita por AustinandAlly


Capítulo 4
• Jace Herondale.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, gente queria agradecer e muito pelos comentários de vocês! eu estava viajando.. cheguei hoje e comecei a escrever o capitulo para postar, por isso ainda não respondi os comentários dos dois últimos capitulos, mas amanhã TODOS serão respondidos, desculpem-me qualquer inconveniente.

Bom ai está o 4 capitulo da minha fic, espero que vocês gostem e por favor gente comentem, sério! se estiver ruim ou bom deixem a opinião de vocês, um autor sem leitores não é ninguém. Obrigada! beijos.

OBS: Qualquer erro ou duvida me procurem por mensagem privada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/534511/chapter/4

Olhando para o fundo do seu copo

Esperando que um dia faça um sonho durar

Mas sonhos chegam devagar e passam muito rápido

Você a vê quando fecha os olhos

Talvez um dia você entenda porquê (...) ♫

Clary

– Isso é meu, o que está fazendo aqui? – aquela voz ecoou brusca no ambiente cortando meu ar, eu podia sentir uma respiração em minhas costas, estava pesada. Droga, eu nem havia percebido que Jace tinha entrado aqui.

Minha voz parecia estar travada na garganta, eu não conseguia soltar nenhum som, continuava de costas para ele. Parei instantaneamente de analisar a peça que estava sob meu domínio e então mãos tocaram meus ombros me virando bruscamente, meus olhos encontraram o mar dourado, um mar revolto. Sua expressão parecia estar suavizando quando olhou diretamente para mim.

– Eu te fiz uma pergunta. – me disse com uma irritação contida, suas mãos ainda em meus ombros apertando-os levemente.

–Me desculpe, eu não... não tive a intenção. Estava apenas procurando o banheiro. – disse num fio de voz, sua presença imponente me deixando imóvel ainda sentindo seu toque macio sob minha pele descoberta pela camiseta.

Mas tão logo ele abaixou seus braços como se percebesse aquilo, me vi sentindo falta de seu calor tão confortável, suspirei.

– Acho que isso não condiz muito com o que você está fazendo agora, ainda mais para quem estava procurando um banheiro. – arqueou uma sobrancelha, seu olhar ainda sob mim.

– Não fiz de propósito, juro. – disse, uma parte de mim queria desesperadamente que ele acreditasse.

– Não jure. – disse frio enquanto tomava o colar de minhas mãos guardando-o no bolso da bermuda.

– Você poderia ser menos grosso. – murmurei, ele soltou uma gargalhada.

– E você menos bisbilhoteira. – acusou-me enquanto empinava seu nariz, fiz uma carranca.

Ele parecia que iria dizer alguma coisa, mas sua frase ficou pela metade. Seus olhos dourados fitavam descaradamente minha camiseta, franzi meu cenho e ele se afastou ficando de costas para mim. O que poderia estar errado?

– O que? – perguntei um tanto irritada.

– Acho que você deveria não tentar me seduzir, eu posso não ser cavalheiro da próxima vez. – respondeu-me, sua voz reprimindo uma risadinha. Pelo anjo, o que estava acontecendo?

Então experimentei olhar para baixo apenas para constatar que a parte de cima de meu biquíni não aguentou e havia escorregado sem que eu ao menos tivesse percebido, minha camiseta estava colada ao meu corpo parcialmente transparente, ó céus que vergonha. Eu não estava me vendo, mas sabia que deveria estar corada como um tomate a essa altura.

– Ainda acho que você deveria não fazer isso. – disse entre pequenos risos que eu teria achado adorável se não estivesse começando a ficar irritada.

– Eu não estou tentando te seduzir, seu idiota. E pode ir virando essa sua cara pra lá. – falei raivosa enquanto me abaixava para pegar minha peça, Jace parecia querer espiar.

– Eu posso te ajudar, se quiser. – riu abertamente agora.

– Se não calar essa boca agora eu te mato, Jace. – de repente ele pareceu estremecer, ficando imóvel e de costas para mim. Ele não tinha cara de quem sentiria medo de uma garotinha feito eu, na verdade ele parecia suficientemente destemido para enfrentar qualquer coisa, mas por algum motivo estava quieto.

Eu olhei para os lados, talvez o quarto fosse uma suíte e tivesse algum lugar onde eu pudesse ajustar meu biquíni, pois estava fora de cogitação sair assim pela casa. Já bastava Jace ter presenciado essa cena embaraçosa, eu não precisava passar por isso outra vez.

– Não estou vendo onde tem um banheiro aqui. – disse ainda procurando.

–Não acho que seria apropriado, ele é interligado com o banheiro de visitas, e pelo barulho acredito que alguém deve estar usando nesse momento.– me respondeu prontamente, ainda de costas.

– Mas que droga, aqui não tem um banheiro decente? – resmunguei para mim mesma.

– Pode se trocar ai, eu não vou olhar. – prometeu-me, parecia disposto a cumprir, mas eu ainda tinha minhas dúvidas.

– E porque você não sai do quarto? – perguntei curiosa.

– Por que o quarto é meu ora, e eu vim aqui por algum motivo. Quem deveria sair é você, mas eu estou sendo um cara legal. – disse debochadamente, idiota. Bufei irritada.

– Ok, mas se olhar eu mato você. Fique certo disso. – o ameacei, ele apenas soltou uma risadinha abafada.

Ele não parecia que iria dizer mais nada então, por segurança, virei de costas também e comecei a tirar minha camiseta, peguei a peça do meu biquíni e o encaixei em meu busto, mas estava com dificuldades para amarra-lo, forcei meus braços curtos a fazerem um nó firme, mas por algum motivo eu não estava conseguindo. Mas que droga! O que tinha de difícil nisso? Eu havia conseguido amarrar quando acordei e agora a sorte brincava com a minha cara. Tentei mais uma vez, mas havia ficado frouxo demais, eu precisava de uma mão extra para colocar um dedo para segurar firme enquanto eu terminava o nó. Olhei para os lados me vendo sem saída, eu me mataria depois disso.

– hm.... Jace? – chamei completamente insegura. Segurei apertado o biquíni em meu busto como se aquilo aliviasse minha tensão.

– O que? Já acabou? – me perguntou.

– Na verdade.. eu preciso da sua ajuda. – falei piscando com força meus olhos, isso não estava acontecendo de verdade.

– Baixinha, não brinque com essas coisas. – disse numa risada abafada.

– Não estou brincando seu babaca, eu realmente preciso de ajuda para fechar o nó. Não seja um idiota, estou começando a me arrepender. Ó céus, por que eu? – resmunguei a última parte baixinho.

– Tudo bem, eu te ajudo. – sua voz de repente estava perto demais, senti sua presença atrás de mim.

Era impressão minha ou sua respiração estava um tanto descompassada? Era algo mínimo, mas no silêncio daquele quarto eu podia notar, me senti enrijecer quando seus dedos longos e sua pele macia tocaram rapidamente a pele de minhas costas enquanto buscava o tecido que seria amarrado.

Em menos de 1 minuto ele havia dado um nó firme sem minha ajuda, eu ainda segurava o biquíni com força com medo de que caísse novamente enquanto ele amarrava, mas a maior parte de mim estava tensa.

– Acho que está firme agora. – disse depois de um momento de silêncio. Eu abaixei minhas mãos lentamente sentindo que era verdade o que ele acabara de informar.

Braços apareceram na minha frente, uma camiseta branca estendida.

– Acho que já demoramos o suficiente, vista-se. – me disse, sua voz firme. Eu apenas aceitei sua oferta e me vesti rapidamente ainda de costas para ele, Jace imóvel atrás de mim.

Me virei lentamente ainda indecisa quando havia terminado, ele continuava ali parado. Seus olhos caíram nos meus.

– Obrigada. – murmurei sentindo a tensão que pairava no ar, ele assentiu.

– Você deveria ir. – me disse, eu apenas assenti e caminhei para fora. Fechando a porta atrás de mim.

...

– O que foi? Parece que viu um fantasma! – Izzy me disse quando finalmente voltei para o lugar onde ela estava. Sebastian, Helen e Aline tomavam banho de piscina.

– Nada, não foi nada. – me limitei a falar, não ia conversar sobre o que havia acontecido no quarto de Jace naquele lugar. Poderia parecer bobagem minha, ele apenas havia me ajudado, mas eu senti uma confusão de sentimentos naquele momento, eu ainda sentia. Havia algo de intimo naquele gesto, no leve toque de seus dedos em minhas costas desnudas. Estremeci com a súbita lembrança, meu corpo queria mais.

– Clary? – Izzy me chamou mais uma vez, eu a olhei.

– Você está estranha, e demorou muito. – me disse desconfiada.

– Nós conversamos depois sobre isso. – disse baixo, ela assentiu.

– Eu queria ir embora Izzy, sério. Não estou bem. – pedi, não sei se teria cara para encarar aquele olhar imponente sob mim, o dourado de Jace.

– Clary, nós acabamos de chegar.. iria ser uma tremenda falta de educação se fossemos agora.- me pediu calmamente, ela queria ficar e sem mim seria constrangedor demais, eu via em seus olhos.

– Tudo bem Izzy, mas não vamos demorar. – disse e ela assentiu com um pequeno sorriso.

– Hey! Ruivinha! A água está ótima. – Sebastiam gritou da piscina, enquanto Helen olhava atentamente para um ponto fixo. Eu não me permiti checar, eu sabia que devia ser Jace se aproximando da área externa.

– Vamos Izzy. Se viemos parar aqui então vamos pelo menos nos misturar, quanto antes fizermos isso mais cedo vamos para casa. – disse convicta, não seria o Herondale que me deixaria acanhada.

– Nossa, que bicho te mordeu em? deixa pra lá, melhor eu não saber. – resmungou já se levantando em direção à piscina, ela tirou suas roupas ficando apenas de biquíni. Sebastian soltou um assobio, revirei meus olhos.

Isabelle sempre foi linda, não tinha do que se envergonhar e ela realmente não se envergonhava, não por ser o tipo de garota exibida como Helen certamente era, mas por que Izzy estava de bem com ela mesma. E então me lembrei do pequeno grande detalhe, era agora que eu deveria tirar minha roupa. Corei violentamente, maldita hora que eu inventei de dar uma de destemida e aceitar o convite da piscina, deveria ter ido embora quando tive a chance.

Tirei lentamente minhas peças, tentando me tapar sem parecer ridícula. Eu era branca demais, eu gostava da minha pele, mas diante de Isabelle e das outras meninas eu me sentia insegura. Coloquei minhas peças em cima da cadeira e quando me virei para de fato entrar na piscina meu olhar cruzou com o de Jace, ele estava me encarando. Engoli em seco.

– Vem logo. – Sebastian se manifestou com um sorriso aberto. Eu fechei brevemente os meus olhos e segui até a piscina caindo em um mergulho simples.

Emergi na água, ajeitei meus cabelos para trás e abri os olhos dando de cara com uma imensidão negra que era os olhos de Sebastian, profundos e misteriosos. Eu tinha que admitir, ele era lindo, de um jeito diferente. Eu não o via como um possível namorado, eu o via como uma beleza frágil e forte ao mesmo tempo.

– Ótimo mergulho. – me elogiou, ele estava próximo demais.

– Obrigada. – respondi sucinta.

– Qual é o seu nome? Acho que não fomos apresentados.

– Clarissa, mas prefiro Clary.

– Sebastian Verlac. – me disse e então franzi meu cenho, Verlac? Mas Jace era Herondale e não Verlac.

– Achei que fosse irmão de Jace. – respondi.

– É uma longa história. – se limitou a dizer, afastando-se rapidamente de mim como se aquele assunto o irritasse.

Jace

– O que foi amor? – a voz de Helen ecoou pelos meus ouvidos, revirei meus olhos.

– Não me chame assim. – disse firme enquanto tirava seus braços de cima de mim, ela tinha essa mania insistente em achar que eu era propriedade dela só por que havíamos ficado uma única vez.

Helen era bonita, muito bonita, mas era fútil e sem personalidade. É o tipo que serve apenas para uma noite, e eu me sentia um cafajeste por falar assim de uma menina, mas era a verdade! E Helen não cooperava para merecer uma descrição melhor. Havíamos nos conhecido na minha cidade, a família dela era amiga da minha família de criação e consequentemente criou laços com a família de meus tios, os Penhallow. Meu pai de criação nunca me afastou da unica familia que havia me restado. Aline e ela se tornaram melhores amigas facilmente quando a primeira passou as férias de verão em minha casa, eu morava com Valentin, meu pai de criação, e Sebastian meu irmão de consideração. A história que envolve meu irmão e eu é longa e complicada, é difícil conviver com ele quando tanta coisa nos abala. Seu nome de registro verdadeiro é Jonathan Morgenstern, mas ele não gosta de ser chamado assim, prefere o nome que ele mesmo inventou, Sebastian Verlac, pois sente uma mágoa enorme de seu pai.

Havíamos sido ambos criados por Valentin, pois meus pais (Stephen e Celine Herondale) morreram em um acidente de trânsito quando eu tinha apenas um ano de idade, e então minha guarda foi parar nas mãos de Valentin, um dos melhores amigos de meu pai. Valentin sempre me contou que Stephen confiava nele cegamente, mais do que nos proprios Penhallow, parentes de minha mãe, pois se sentiam quase como irmãos e por isso ele havia confiado minha vida. Mas as coisas ficaram complicadas quando a mulher de Valentim foi embora deixando para trás Sebastian e ele, levando ainda em seu ventre uma filha, a filha perdida de Valentin. Eu nunca soube o motivo pelo qual ela o abandonou, nada além disso foi contado para mim ou meu irmão, mas o problema maior é que minha convivência com Jonathan (Sebastian) se tornou terrível quando ela foi embora, eu ainda era pequeno e por isso não lembro do rosto da mulher, mas Valentin surtou, sua raiva e desequilíbrio eram tão grande que afetava em nossa criação, enquanto me tratava bem ele desdenhava de Sebastian, fazendo o pequeno garoto odiar a nós dois. Queimou todas as fotos de sua mulher e quebrou o antigo quarto de casal, descontando sua raiva em seu filho biológico, castigando-o sempre que este fazia a menor das mal-criações, enquanto eu nunca era punido.

– Odeio quando fica assim, sabe que eu gosto de você. Não me trate desse jeito. – Helen pediu-me, suspirei derrotado. Eu não queria trata-la mal, mas suas atitudes me irritavam demasiadamente.

– Sabe que não temos nada, pare de insistir Helen. Chega disso. – retruquei me afastando dela para um mergulho.

Emergi do outro lado e quando abri meus olhos reparei naquela menina conversando com meu irmão. Os minutos anteriores com a garota ruiva ainda estavam mexendo comigo, algo nela despertava em mim desejos desconhecidos, coisas que eu nunca havia sentido e nem sabia como poderia ser possível quando eu nem ao menos sabia seu nome. Mas quando a vi naquele quarto, meu primeiro pensamento foi expulsa-la. Ela estava segurando o anel de Valentin, algo de extrema importância para mim, pois é a única coisa que eu tenho que represente um pai, e quando um dia Valentin se for é isso que me restará, pois Stephen e Celine não haviam me deixado nada além de um armário com roupas de bebe. Mas quando aqueles olhos verdes olharam pra mim, quando encostei de leve meus dedos em sua pele.. quando disse meu nome com aquela voz suave, eu só quis beija-la e isso não parecia o certo a se fazer quando ela era só uma estranha, uma estranha de beleza indiscutível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e ai? gostaram? comentem pfv, inspiração só vem com comentários #) querem mais pov Jace? ou preferem Clary?

:*