Beautiful Stranger escrita por AustinandAlly


Capítulo 1
• Beautiful Stranger.


Notas iniciais do capítulo

Olá, bem essa é minha primeira fic de TMI e espero que gostem. Só continuarei se tiverem reviews... bom é isso! obrigada desde já pela atenção :*



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Eu poderia dizer que hoje seria um dia particularmente comum, mas não foi assim, não era pra ser assim. O destino já tinha reservado pra mim algo maior, mas nem quando eu o vi pela primeira vez pude reconhecer tal feito.

♥ Clary

– O que você acha desse? – Isabelle me perguntava a cada cinco minutos sobre um vestido diferente. Já faziam algumas horas que estávamos nessa loja chique do shopping em busca de algo que ela julgasse “perfeito” como ela mesma diria.

– Meu deus Izzy, você sabe que está perfeita. Os últimos 15 ficaram exatamente maravilhosos em você. Qualquer um que escolha ficará ótimo para hoje à noite. – disse tentando convence-la do que de fato era verdade.

Hoje aconteceria uma enorme e glamorosa festa que Aline Penhalow daria pelos seus 16 anos, e como definitivamente é a cara dela será um baile de máscaras, quer algo mais brega e inoportuno do que isso? Ó céus. A pior parte é que quase toda a cidadezinha em que eu moro está animada, ou seja, não ir é quase um suicídio social. Eu não faço questão de comparecer, mas Izzy diz que essa talvez fosse uma chance de conhecer alguém interessante, Já que alguns parentes da aniversariante virão esse ano para sua tediosa festa, alguns parentes londrinos. E, óbvio, minha amiga está eufórica. Vocês devem se perguntar que tipo de doida ela é para ficar animada assim por tão pouco, mas acontece que em minha cidade natal, no interior, conhecemos todo mundo, a cidade é pequena e não tem ninguém interessante, ou ao menos nem um grande número de turistas.

Lembro-me de Izzy ter se envolvido com um forasteiro certa vez e não deu certo, ele partiu em dois dias quebrando seu coração. Eu a avisei que mesmo os parentes de Aline iriam embora quando a festa acabasse, mas ela insiste em dizer que dessa vez será diferente, pois ao que me parece alguns irão se mudar definitivamente. Não sei quem em sã consciência gostaria de abandonar a vida em uma cidade grande cheia de liberdade para viver aqui nesse fim de mundo, eu sonho com a universidade no próximo ano, pois é a minha única chance de me livrar do cabresto de morar em Cristal city. Minha mãe, Jocelyn, ama essa vida de interior, não que nossa cidade seja pouco desenvolvida, mas o interior simplesmente não é para mim.

– Heeeeeey! – uma voz estridente ecoou em minha cabeça, fiz uma carranca.

– Qual o seu problema em? não sabe falar mais baixo? – disse ainda carrancuda, Izzy soltou um risinho.

– Clary, estou te chamando a horas garota! Você que estava no mundo da lua! Poderia pelo menos prestar atenção nesse vestido que eu achei? – ela disse com um leve sorriso nos lábios.

– Outro Isabelle? Outro? Você ainda não escolheu? – perguntei um tanto irritada.

– Claro que escolhi sua grossa, estou falando desse vestido para você. – e então notei que ela esticava em meu colo um vestido verde oliva longo e justo até os quadris, o restante do vestido era apenas um tecido fino que esvoaçava suave e delicadamente. As alças possuíam algumas pedras prateadas discretas.

– É lindo Izzy, de verdade, mas não tenho dinheiro para isso. Você sabe que estou economizando... – ela me interrompeu levantando sua mão no ar num gesto para que eu calasse a boca.

– Eu já sei, economizando para a faculdade. Já entendi, mas aceite isso como um presente amiga, por favor. Sabe que não vou deixar você ficar em casa, não sabe? Então prove e logo em seguida escolheremos nossas máscaras.

– Izzy, sério, não quero dar nenhum tipo de trabalho. Não quero que gaste dinheiro comigo. – disse com um sorriso, ela era tão boa.

– Sabe que não me importo, papai me dá essa mesada gorda para que eu gaste e hoje quero gastar com nós duas. – ela piscou já me empurrando para o provador, me vi sem escolha. Além do mais eu não poderia contraria-la, depois eu encontraria algum trabalho temporário nas férias e poderia paga-la.

Eu vesti cuidadosamente o delicado vestido e quando enfim me deparei com o espelho tive que admitir, era lindo! a cor combinava com meus olhos, verde oliva. Meus cabelos ruivos caiam em cascatas pelas minhas costas contrastando com o tecido. Eu me senti bonita, sorri.

– Deixe eu ver. – ouvi izzy falar enquanto abria devagar a cortina do provador e revelava meu reflexo no enorme espelho, ela sorriu abertamente e eu soube que estava realmente bonita.

....

– Divirtam-se meus amores. – minha mãe disse enquanto nos encaminhava para o carro de Luke, meu padrasto, ele nos levaria.

Ela me dei um beijo na testa antes de entrar e eu sorri em retribuição.

– Juizo. – disse mais uma vez dando leve batidinhas na lataria do carro e assim meu padrasto deu partida.

– Sua mãe sempre preocupada. Mas eu já tinha dito que iria cuidar bem de você. – Izzy disse brincalhona.

– Acho que você não leva jeito pra cuidar de ninguém Izzy. – Luke brincou e nós rimos, apesar de ser meu padrasto eu o considerava como um pai, pois eu não havia conhecido o biológico.. sempre fora Luke quem cuidou de mim e eu o amava como uma filha ama um pai verdadeiramente.

....

– Puxa, esse ano a festa está realmente grandiosa. – disse surpreendendo-me, nada se comparava a mansão dos Penhalow hoje a noite. Abri a porta do carro para que pudéssemos descer.

– Eu disse a você que esse ano prometia. – Isabelle disse logo atrás de mim, olhávamos congeladas para o imenso jardim florido decorado com tantas luzes que mais parecia o céu adornado com estrelas brilhando por toda sua dimensão.

– Boa festa meninas, me liguem quando quiserem ir. – Luke disse com um sorriso, me virei para olha-lo e assenti. Ele partiu nos deixando sozinhas em meio a calçada.

– Vamos, precisamos colocar as máscaras. – a morena me disse.

– Como se ninguém nos conhecesse Isabelle. – disse revirando meus olhos.

– Não seja estraga prazeres amiga, poxa. – ela soltou um risinho da minha carranca, enquanto amarrava uma linda máscara negra de brilho fosco em meu rosto, apenas minha boca e meus olhos ficavam de fora. Meu cabelo estava solto, apenas uma pequena presilha o adornava na lateral.

Ela terminou de colocar sua máscara também e logo nós adentramos, primeiro pelo jardim até chegar ao salão principal, tudo estava incrivelmente lindo e devo dizer que ao contrário do que pensei não dava realmente para reconhecer ninguém, poucas pessoas podíamos deduzir pela silhueta, como a própria Aline.

– Aline!! – Isabelle disse quando nos aproximamos.

– Isabelle, clary! – ela falou animada, não que ela fosse arrogante, mas eu não gostava de Aline, a achava um tanto tediosa.

– Como nos reconheceu? – perguntou Izzy desapontada.

– Ah querida, com Clary e esses cabelos cor de fogo do seu lado fica difícil não reconhecer. Não tem ninguém nessa cidade com um tom de ruivo desse e além do mais você é a melhor amiga dela. – ela soltou uma risadinha, não levei como uma ofensa, até porque meu cabelo era uma das poucas coisas que eu gostava em mim.

– Hmm... acho que teremos que nos separar Clary. – arregalei meus olhos.

– Não está falando sério, está? – perguntei incrédula, ela riu.

– Seria bom não ser reconhecida, mas não, não estou falando sério. – sorri carrancuda.

– Da próxima vez eu pinto meu cabelo de preto se te faz se sentir melhor. – soltei uma piadinha e rimos juntas.

– Bom meninas, se me dão licença eu tenho algumas pessoas para cumprimentar. Sintam-se a vontade. – ela disse logo se retirando enquanto arrastava seu longo vestido cor de coral.

– Vamos beber alguma coisa? – Izzy me perguntou e eu assenti.

Caminhamos pelo salão em busca de algum bar, eu não parava de achar tudo absolutamente lindo em sua decoração clássica de preto e branco. Remetia um pouco a décadas antigas, mas estava tudo de muito bom gosto.

– Está muito cheio, acho que é melhor apenas uma de nós ir.. acho que conseguiremos nossas bebidas mais facilmente.

– Por mim tudo bem, se quiser eu vou. – me ofereci e ela sorriu claramente aceitando.

Me dirigi ao bar e me espremi entre as outras pessoas que estavam tentando conseguir alguma bebida, muitos vestidos brilhosos e ternos negros se emaranhavam na multidão de pessoas quando enfim consegui chegar ao balcão.

– Por favor... senhor! POR FAVOR eu quero duas bebidas com bastante vodka. – pedi e ele me ouviu, não demorou muito e o garçom as colocou no balcão, eu estiquei minha mãe para pega-las, mas uma outra mão as pegou primeiro, uma mão levemente bronzeada e forte com dedos longos e incrivelmente delicados para uma mão masculina, eram lindos.

– Hey! Hey, essa bebida é minha! – gritei ainda sem conseguir enxergar o rosto do infeliz, mas que droga. Saltei para fora da multidão em busca do ladrão de caipiroscas e então o vi caminhando com as duas bebidas na mão, estava de costas.

Seu corpo era esguio e seu caminhar gracioso, seus cabelos uma cascata loira dourada que caia até o meio de seu pescoço, incrivelmente alto. Apressei meu passo atrás dele, mas era um pouco difícil, pois suas pernas compridas davam mais passadas do que as minhas que eram curtas, me esforcei e finalmente o alcancei.

– Hey, o que pensa que está fazendo? Qual o seu problema? – disse raivosa enquanto tentava inutilmente bater em seu ombro para que se virasse pra mim, ele parou por um segundo e virou-se.

– Am? Do que está falando baixinha? – respondeu, sua máscara negra com detalhes em branco cobria seu rosto, mas seus olhos... dourados? Seus olhos me fitavam com uma força que me deixou por um segundo bamba.

– Estou me referindo a essas bebidas, você as roubou de mim. – disse tentando soar firme enquanto ele me olhava, esboçou um sorriso torto.

– Não estou vendo nenhum nome nelas. – respondeu enquanto olhava atenciosamente os copos de vidro que segurava em suas mãos, sua voz brincalhona e aveludada me fez ter raiva e ao mesmo tempo me sentir atraída.

– Seu idiota, você sabe que são minhas. Eu as pedi e você as roubou no balcão agora a pouco, não pense que me engana. – disse raivosa.

– Qual é Jace, a gente pega outra. Entregue logo pra essa menina. – uma voz feminina ladeou meus ouvidos, uma voz arrogante. Ele se virou para o lugar de onde a voz vinha, se tratava de uma garota igualmente loira que estava sentada em um lounge próximo. Jace? Eu não conhecida esse nome, talvez fosse algum dos convidados londrinos de Aline, a julgar pelo sotaque.

– Tudo bem. – disse simplesmente enquanto colocava as bebidas na mesinha do lounge onde a garota de longos cabelos loiros estava.

– Venha, vou pegar novas bebidas para você e seu namorado. – ele me disse enquanto passava por mim, eu fiquei apenas parada observando. A garota que estava com ele não pareceu nem um pouco satisfeita, ela parecia possessiva em relação a ele.

– O que? Não quer? Pensei que fosse me seguir. – ele disse esboçando um leve sorrisinho, fiz uma carranca.

– Quero as que estão ali garoto e não são para meu namorado. – disse raivosa.

– Calma, é alguma feminista então? Que odeia homens? – seu sorrisinho se abriu e minha raiva aumentou igualmente. Calma Clary, calma.

– Olha deixe pra lá, ok? Pode ficar com essa droga. – disse me dirigindo a onde Izzy provavelmente estaria me esperando. O estranho de nome “Jace” ficou lá parado enquanto eu me afastava, mas quando cheguei onde havia deixado minha amiga ela não estava mais lá.

–Mas que droga. – bufei irritada, olhei para os lados e nem sinal dela. Resolvi então caminhar ao longo do ambiente, talvez eu pudesse encontra-la. Andei arrastando a barra de meu vestido para lá e para cá e me deparei com a pista de dança, estava um agito só.

Me infiltrei por dentre os corpos dançantes de meninos e meninas e me soltei um pouco, que mal faria dançar, não é? Era uma música animada e eletrônica, eu mexi meus quadris no ritmo da batida. Nunca fui uma dançarina maravilhosa, mas dava para o gasto. O suor começou a escorreu por entre minhas costas, mas estava bom, era bom dançar assim livre. Mas de repente braços rodearam minha cintura, um corpo magro e másculo se colocou em minha frente, seu sorriso era um tanto frio e gelou minha espinha. Parei de me movimentar.

– Achei que pudéssemos dançar juntos, você parecia tão animada ruivinha. – uma voz estranha disse por entre aqueles lábios tão frios, ele parecia ser um cara bonito, mas tinha algo de horripilante ou até mesmo cruel nele. Talvez eu só estivesse exagerando, mas eu gostava da minha liberdade e definitivamente não queria dançar com um estranho.

– Não, obrigada. – disse me virando para ir embora, mas as mãos me seguraram me prendendo ao garoto.

– Já disse que não quero dançar. – repeti raivosa, ele apenas esboçou um sorrisinho. Ele também usava uma máscara, azul marinho. Seus cabelos num tom de loiro tão claro que pareciam flocos de neve, diferente do loiro quente do tal Jace.

– Mas eu quero dançar e ninguém recusa um pedido meu, muitas outras gostariam de estar no seu lugar, sabia? – disse arrogante e senti repulsa, me lancei para longe dele, mas seus braços eram fortes. Eu não estava acreditando que seria obrigada a dançar por um imbecil.

– Sebastian chega, chega desse show. Deixe a baixinha ir, procure outra garota. – aquela voz aveludada soou atrás de mim e eu não precisei me virar para saber de quem se tratava, era o tal Jace.

O loiro platinado me soltou, seu olhar era escuro e gélido na direção do meu “herói” e então ele assentiu se afastando um pouco raivoso, eu arrisquei olhar para trás e Jace ainda estava lá.

– Não pense que vou te agradecer. – disse ríspida e me arrependi, poxa o cara tinha feito um grande favor.

– Não pensei que fosse, apenas achei que seria uma forma de retribuir por suas bebidas. – ele sorriu me fazendo ter uma certa raiva ao lembrar do incidente no bar.

– Você o conhecia? Esse nome.. Sebastian.. eu nunca ouvi por aqui. Vocês são de fora? – perguntei de repente.

– Sim, Sebastian é meu irmão... e somos primos de Aline. Jace Herondale. – disse estendendo a mão para mim.

Então... aqueles eram de fato os parentes tão aguardados de Aline. Pensei enquanto os olhos dourados me fitavam por debaixo da máscara negra, apertei sua mão e senti as faíscas em minha pele.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram da historia comentem por favor :) beijinhos.