Depois de uma árdua missão, Hinata, de volta à vila, estava internada em estado grave. Ainda respirava com ajuda de aparelhos.

Suspiro

– ... estou há cinco dias nessa situação... será que isso não vai acabar? Eu não vou mais conseguir acordar?– ingadava-se com muito pesar.

Ouviu passos se aproximando e pelo barulho deduziu que sentara-se em alguma cadeira próxima à sua cama.

– A única coisa que me alegra, é você.

Ouviu um longo e pesado suspiro e logo sua mão estava envolta carinhosamente por mãos quentes e aconchegantes.

– Quem é você que sempre vem me visitar assim? Fica horas comigo segurando e acariciando minha mão, mas não diz nada, nem ao menos uma única palavra para que eu possa te reconhecer...

Ouviu alguns barulhos.

– Hm? O que é isso? Sinto meus lábios aquecidos... úmidos... não consigo movê-los... mas é tão terno... tão... doce...

Três dias depois, finalmente Hinata começara a responder como esperado ao tratamento dando um sinal mais que positivo de melhora. E no décimo primeiro dia, enfim abriu os olhos. Franziu o cenho e gruniu baixinho com a claridade do quarto. Sentiu um vulto correr para fora do quarto e depois aproximar-se rapidamente. Duas esferas azuis a fitavam intensamente.

– Hinata! Hinata-chan! - chamava um loiro espantado.

Hinata piscou algumas vezes ainda com certa dificuldade e finalmente conseguiu focalizar algo.

– Na-naruto-kun... ? - sussurrou.

– Baa-chan! Rápido! - gritava o loiro para a Godaime que vinha do corredor à passos largos e apressados em direção ao quarto.

– Naruto-kun... então era você que esteve comigo esse tempo todo?– indagava-se melancólica, afinal sabia que sua preocupação era apenas por amizade... mas então o que significava aquele beijo?

O loiro deslizou seus dedos pela face enfraquecida da morena dizendo que tudo ficaria bem. Ela sorriu e mais uma vez sua consciência a abandonara.

xXx

Cinco horas se passaram e despertara novamente. Já estava no final da tarde e por isso não sentiu tanta dificuldade em abrir seus olhos. Logo sentiu suas duas mãos acalentadas, mas o calor emanado por elas eram bem distintas.

De cada lado havia um rapaz segurando-lhe a mão e ambos dormiam.

Olhou para um lado, sorriu e agradeceu pela preocupação. Olhou para o outro e seu coração finalmente reconhecera seu doce calor.

– Obrigada, Neji-niisan.